Buscar

tcc Manoelito corrigido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A POLÍTICA AMBIENTAL NOS PROCESSOS PRODUTIVOS EM EMPRESAS DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI/BA.
MACEDO Manoel 1
Sc.M. ZANETTI, Macuco Elizabeth²
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise da política ambiental nos processos produtivos de empresas localizadas no município de Camaçari no estado da Bahia, na busca de compreender de que maneira é aplicado na pratica os cuidados com o meio ambiente, uma vez que é esses cuidados o grande diferencial para o sucesso da produção nas empresas e a preservação ambiental. A introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é por este motivo que a implantação correta de políticas ambientais deve ser discutida e implantada com critérios pré-determinados. Utilizando-se da leitura exploratória e da pesquisa de campo que delimita o tema abordado, a presente pesquisa possibilitou mensurar como a estratégia de competitividade nas empresas tem trazido resultados positivos, garantindo um bom rendimento tanto na força de trabalho quanto na preservação do meio ambiente. Foram pesquisadas 10 empresas de ramos distintos no município de Camaçari/BA. Com a realização dos estudos foi possível identificar que a maioria das empresas pesquisadas possuem políticas ambientais incorporadas entretanto, algumas não cumpre as determinações da NBR.
Palavras-chave: Política Ambiental. Educação Ambiental. Preservação Ambiental.
1. Manoel Macedo Graduação em Tecnologia de produção Industrial pela UNINTER.
² Mestre em Engenharia da Produção UFSC, Especialista em Psicologia de RH-UNICAMP, Bacharel em Administração de Empresas-FESP. Especialista/EAD. 
	
	
INTRODUÇÃO
	As questões relacionadas ao meio ambiente tem sido foco de discussão nas últimas décadas. A gênese dessas discussões foi abordada por biólogos e defensores do meio ambiente sobre os assuntos relacionados à destruição da camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais dentre outros recursos e que gerou uma busca pelo equilíbrio do planeta por meio de campanhas e fundações de ONGs em defesa dos ecossistemas. Diante de diversos problemas relacionados as questões ambientais é de suma urgência a apresentação de um novo modelo de utilização dos recursos naturais que alavancam a economia, e que proporcione uma redução de danos para o meio ambiente. Lógico que as ações destas empresas devem levar em consideração o estudo dos impactos no meio para que se reduza ao máximo os danos e esta seja certificada para produzir.
 De Há poucos anos atrás, as empresas percebiam estas questões como algo engessado dos sistemas de proteção ambiental, e que afetavam diretamente no aumento de custos. Mas hoje, os aspectos ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceder à empresa uma vantagem no mercado. (UNIVERSOAMBIENTAL, 2010). 
 É certo que, uma política ambiental bem concebida pode contribuir para reduzir os custos, bem como gerar ganhos marginais pela comercialização dos resíduos, além de conduzir a segmentos de mercado especialmente rentáveis. 
 Diariamente se evidencia que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente, faz-se necessária a introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é justamente por esta razão que deve-se pensar o projeto de uma correta gestão ambiental que a empresa desempenha um papel fundamental de preservação (UNIVERSOAMBIENTAL, 2010). 
 Com base nesta contextualização argumenta-se: as empresas de Camaçari/BA estão investindo em políticas ambientais para beneficiar o meio ambiente? Para responder esse problema, foi elaborado o seguinte objetivo: averiguar as políticas ambientais das empresas de Camaçari e a sua implementação. 
 O estudo aqui descrito segue estruturado pelo referencial teórico, onde se buscou analisar artigos científicos e demais literaturas que abordam a questão ambiental voltada para a educação e para a sustentabilidade de maneira que propicie uma melhor compreensão do objeto de estudo que é a política ambiental. A ideia de elaborar esta pesquisa surgiu da necessidade de compreender de que maneira as empresas de Camaçari cuidam das questões ambientais dentro do seu perímetro de atuação. Partindo destes pressupostos de educação para o meio ambiente aponto como questão central deste estudo a responsabilidade de implantação correta de políticas ambientais como rege a legislação. O objetivo deste trabalho de pesquisa compreender de que maneira é aplicado na pratica os cuidados com o meio ambiente, uma vez que é esses cuidados o grande diferencial para o sucesso da produção nas empresas e a preservação ambiental.
 Em sequência vemos a metodologia de desenvolvimento da pesquisa que será discutida e apresentada de forma sintética para uma melhor compreensão da análise dos dados. Por fim apresenta-se as considerações finais do estudo, bem como a relevância do mesmo para futuras pesquisas no campo de estudo das políticas de educação para o meio ambiente.
1.CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
Educação ambiental
De acordo com a percepção de CARVALHO (2006) a Educação Ambiental é concebida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização capaz de chamar a atenção para a finitude e má distribuição do acesso aos recursos naturais e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas. 
	No plano de Políticas Públicas Internacionais, a Educação Ambiental passa a ser objeto de pauta nas discussões no ano de 1972. Com ocorrência da Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas em Estocolmo na Suécia é que foram adotadas um conjunto de medidas que visavam um trabalho ecológico de preservação do meio ambiente à medida que se retirasse dele a matéria prima para a produção de bens de serviços e de consumo. (CECIM et.al,2014)
 Esse conceito – meio ambiente consta na lei 9.795, de 1999, que define a Política Nacional de Educação Ambiental. Segundo a política, a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (BRASIL, 1999).
 Neste sentido, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) trabalha com diretrizes e políticas públicas que promovem a educação ambiental no país. Desde a formação continuada de educadores e da sociedade em geral, seja por meio de cursos presenciais ou à distância, passando pelo incentivo da sustentabilidade.
 Entretanto, MULTIRIO (1995) afirma também que a Educação Ambiental é para o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais, e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental. 
 É verdade também que a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. (Art.1º e 2º, Lei Federal nº 9.795, de 27/4/99). Segundo PEDRINI, (1998) a educação ambiental é um processo individual e coletivo. 
 Já TANNER (1978) apontava, há duas décadas, para a necessidade de se fixar, como objetivo geral da educação ambiental, a manutenção, para gerações futuras, das condições de sobrevivência em nossa espaçonave terra (pag.38). 
Por conseguinte, ter definido o objetivo da educação ambiental, não facilita sua divulgação, pois, vida em si é um grande fenômeno não compreendido e as condições de sobrevivência, em nosso planeta, estão longe de serem conhecidas, embora reconhecessem nossa fragilidade dependência dos outros seres vivos e não vivos, não só da Terra, mas também do universo. 
 2.2 Responsabilidade Social das empresas
 
 É entendido que DIAS (2006)faz uma ligação entre responsabilidade ambiental e responsabilidade social empresarial. Ainda de acordo com DIAS (2006) responsabilidade ambiental é um conjunto de ações realizadas além das exigências legais, e responsabilidade ambiental empresarial é constituída de ações que extrapolam a obrigação, que assumem um conteúdo voluntário onde o objetivo seja manter o meio ambiente natural livre de contaminação e saudável para ser usufruído pelas gerações futuras. 
 Entretanto, TACHIZAWA (2006) vê responsabilidade social corporativa como um importante instrumento gerencial de capacitação e criação de condições de competividade para as organizações, seja qual for seu segmento econômico, de forma que ocorra um desenvolvimento que seja sustentável econômica, social e ecologicamente, mas para que isso ocorra é necessário que haja nas organizações públicas e privadas executivos e profissionais que incorporem tecnologia de produção inovadora, regras de decisão estruturadas e demais conhecimentos sistêmicos exigidos no contexto em que se inserem. 
 Segundo DEMAJOROVIC (2003) a responsabilidade social tem sido interpretada pelo público como a contribuição social voluntária, das empresas, sendo destacada como a atuação das empresas junto à comunidade, sem considerar como parte integrante da gestão das empresas. 
 A mídia tem divulgado os projetos e investimentos sociais das empresas, como as parcerias das entidades filantrópicas e com governos, em projetos de educação ambiental nas escolas, reciclagem de lixo, preservação de ecossistemas, entre outros. 
 Para CECIM et al (2014), mesmo os profissionais, técnicos e gestores de meio ambiente veem responsabilidade social como uma atuação voluntária das empresas, distinguindo-a da atuação das empresas nas áreas de planejamento operação e controle ambiental voltado para o controle de poluição e minimização de impactos ambientais. 
 Mesmo com a mídia expondo as questões relacionadas ao meio ambiente ainda é difícil vermos a questão ambiental tratada de fato como integrante de responsabilidade social, sendo essa uma boa razão para empregar o termo ‘Responsabilidade Socioambiental’ para esclarecer que as questões socioambientais indissociáveis (CECIM et al. 2014).
 Resíduos Sólidos gerados no meio ambiente
 
 A problemática dos resíduos sólidos cada vez mais vem se tornando recorrente na vida do ser humano. LIMA & SILVA (2002) conceituam resíduos sólidos como todo e qualquer refugo, sobra ou detrito que resulte da atividade humana. Destaca também que esses resíduos podem ser classificados de acordo com a sua natureza física –seco ou molhado – de acordo com sua composição química – orgânico ou inorgânico – e pode ainda ser classificado por sua fonte geradora – domiciliar, industrial, hospitalar, etc.
 De acordo como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas-IPT (1995), resíduos sólidos constituem aquilo que genericamente se chama lixo: materiais sólidos considerados sem utilidade, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana, e que devem ser descartados ou eliminados. 
 As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos animais, ou o oxigênio produzido pelas plantas verdes como subproduto da fotossíntese, assim como os restos de organismos mortos são, em condições naturais, reciclados pelos decompositores, e tendem a ser usados como adubo orgânico.
 Os resíduos sólidos gerados nas empresas devem ter descarte seguro, pois a lei ambiental deve cumprida à risca evitando-se assim a aplicação de multas ou ainda o fechamento da mesma.
De acordo com BARBOSA, (1992) estima-se que nos Estados Unidos sejam produzidos cerca de 800 mil toneladas de lixo por dia dos chamados resíduos domiciliares. 
Dados do IPEA (2014) apontam que no Brasil, a produção de resíduos domiciliares é da ordem de 100 mil toneladas por dia. Os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo geram cerca de 6.000 t/dia e 11.50 t/dia respectivamente. 
O que se sabe, pela constatação da presença de resíduos de forma indiscriminada no ambiente, além daqueles dispostos em sistemas sob controle, é que as quantidades são elevadas e os problemas decorrentes, bastante graves. A NBR 10.004/1987 (2004, p. 1) traz a definição de resíduos sólidos: 
[...] Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (NRB 10004/ 1987).
 Os resíduos sólidos provenientes de lares ou de empresas é tema tratado por diversos autores e merecem ser abordados no contexto aqui apresentado.
 DAGNINO (2004) defini lixo como: “os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob estado sólido” (DAGNINO, 2004, p. 131). 
 Já PACHECO (2009) nos fala que geralmente: Resíduos sólidos, “lixo”, é muito diversificado, devido aos diferentes processos que originam diferentes resíduos. Ele tem em comum o fato de serem descartados nos processos de consumo e normalmente, são lançados diretamente no meio ambiente, poluindo o solo, água e ar. 
 CAVALCANTI, SOUZA e ALVES (2011) afirmam que, independentemente de esses resíduos ainda serem considerados sem valor, cada vez mais a coleta seletiva vem se constituindo como uma alternativa sustentável, ambiental e econômica, tendo em vista não só a degradação que o descarte inadequado dos resíduos tem gerado no meio ambiente, mas também a renda que milhares de famílias de catadores obtêm com a venda desse material. 
 2.4 Questões ambientais no Brasil. 
 No Brasil, temos dezessete leis ligadas às questões ambientais que dão respaldo a Carta Magna no que tange aos cuidados as questões ambientais são elas: 
Lei da Ação Civil Pública – número 7.347 de 24/07/1985. Lei de interesses difusos trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico.
Lei dos Agrotóxicos – número 7.802 de 10/07/1989.
A lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da embalagem. 
Lei da Área de Proteção Ambiental – número 6.902 de 27/04/1981.
Lei que criou as “Estações Ecológicas “, áreas representativas de ecossistemas brasileiros, sendo que 90 % delas devem permanecer intocadas e 10 % podem sofrer alterações para fins científicos. Foram criadas também as “Áreas de Proteção Ambiental” ou APAS, áreas que podem conter propriedades privadas e onde o poder público limita as atividades econômicas para fins de proteção ambiental.
Leis das Atividades Nucleares – número 6.453 de 17/10/1977.
Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com as atividades nucleares. Determina que se houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a instalação tem a responsabilidade civil pelo dano, independentemente da existência de culpa. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer operador, os danos serão assumidos pela União. Essa lei classifica como crime produzir, processar, fornecer, usar, importar ou exportar material sem autorização legal, extrair e comercializar ilegalmente minério nuclear, transmitir informações sigilosas neste setor, ou deixar de seguir normas de segurança relativas à instalação nuclear.
Lei de Crimes Ambientais – número 9.605 de 12/02/1998.
Reordena a legislação ambiental brasileirano que se refere às infrações e punições. Fonte: www.ibama.gov.br.
Leis da Engenharia Genética – número 8.974 de 05/01/1995. Esta lei estabelece normas para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, manipulação e transporte de organismos modificados (OGM) , até sua comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. A autorização e fiscalização do funcionamento das atividades na área e da entrada de qualquer produto geneticamente modificado no país, é de responsabilidade dos Ministérios do Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura. Toda entidade que usar técnicas de engenharia genética é obrigada a criar sua Comissão Interna de Biossegurança, que deverá, entre outros, informar trabalhadores e a comunidade sobre questões relacionadas à saúde e segurança nesta atividade.
Lei da Exploração Mineral – número 7.805 de 18/07/1989. Esta lei regulamenta as atividades garimpeiras. Para estas atividades é obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo órgão ambiental competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra, que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão, sendo o titular da autorização de exploração dos minérios responsável pelos danos ambientais. A atividade garimpeira executada sem permissão ou licenciamento é crime. Para saber mais: www.dnpm.gov.br.
Lei da Fauna Silvestre – número 5.197 de 03/01/1967. A lei classifica como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, caça profissional, comércio de espécies da fauna silvestre e produtos derivados de sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica (importada) e a caça amadorística sem autorização do Ibama. Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis em bruto. Para saber mais: www.ibama.gov.br
Lei das Florestas – número 4.771 de 15/09/1965. Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória) uma faixa de 30 a 500 metros nas margens dos rios, de lagos e de reservatórios, além de topos de morro, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país preservem 20 % da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada em cartório de registro de imóveis.
Lei do Gerenciamento Costeiro – número 7.661 de 16/05/1988. Define as diretrizes para criar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, ou seja, define o que é zona costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre. Permite aos estados e municípios costeiros instituírem seus próprios planos de gerenciamento costeiro, desde que prevaleçam as normas mais restritivas. Este gerenciamento costeiro deve obedecer as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Lei da criação do IBAMA – número 7.735 de 22/02/1989. Criou o IBAMA, incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao IBAMA compete executar a política nacional do meio ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.
Lei do Parcelamento do Solo Urbano – número 6.766 de 19/12/1979. Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
Lei Patrimônio Cultural – decreto-lei número 25 de 30/11/1937.
Lei que organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, incluindo como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico, arqueológico, os monumentos naturais, além dos sítios e paisagens de valor notável pela natureza ou a partir de uma intervenção humana. A partir do tombamento de um destes bens, ficam proibidas sua demolição, destruição ou mutilação sem prévia autorização do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN.
Lei da Política Agrícola – número 8.171 de 17/01/1991. Coloca a proteção do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, desenvolver programas de educação ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros.
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – número 6.938 de 17/01/1981. É a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA).
Lei de Recursos Hídricos – número 9.433 de 08/01/1997 
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição – número 6.803 de 02/07/1980. Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e licenciamento das indústrias, exigindo o Estudo de Impacto Ambiental.
 Diante da problemática acima descrita com relação às questões ligadas ao cuidado com o meio ambiente; evidencia-se que as empresas devem ter um olhar cuidadoso ao desenvolverem suas atividades, de maneira a preservar o meio ambiente seguindo as normas impostas por lei nos territórios onde desenvolvem essas atividades.
3.1 METODOLOGIA
 No desenvolvimento da pesquisa, buscou-se conhecer a forma de política ambiental praticada pelas empresas do município de Camaçari/BA. Para a construção e elaboração da pesquisa foram realizados levantamentos bibliográficos relacionados ao assunto Gestão Ambientais nas empresas em livros, artigos, internet etc., em seguida foi aplicado um questionário na região central de Camaçari com 10 empresas heterogêneas (ramos distintos), no período de janeiro a novembro de 2017 para coleta de informações e tratamento de dados.
 Para uma melhor compreensão e dimensão do objeto de estudo, abordar-se á aqui a descrição do setor industrial no município de Camaçari/BA para uma melhor cruzamento e tratamento de dados.
O setor industrial de Camaçari/BA.
 Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar o Polo Industrial de Camaçari.
 Camaçari é a quarta cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana de Salvador IBGE(2010). Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados com uma população de mais de 281 mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado em cerca de 17 bilhões de reais de acordo com o IBGE (2010). Em 2014 Faz parte dos 71 municípios brasileiros integrados no Mercosul.
 É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001) sendo a primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil e do Polo Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgiado cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. 
Foto1. Polo Petroquímico de Camaçari/BA.
 Fonte: http://www.correio24horas.com.br
 A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari, inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos mais importantes da América Latina.
ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
 O objetivo da presente pesquisa nesta parte é apresentar a análise dos dados obtidos fazer a discussão acerca do tratamento dos mesmos. Através dos dados coletados de maneira quantitativa por meio de entrevista realizada em 10 empresas de ramos diferentes no município de Camaçari/BA, foram obtidos os seguintes dados:
 Dente as empresas pesquisadas, 30% não tem o habito de passar informações sobre os cuidados tomados para preservação do meio ambiente e 70% apresentam os planos de cuidados com o meio ambiente desenvolvidos dentro das normas técnicas.
 Foi possível ainda identificar por meio da coleta de informações que 65% das empresas tem como prioridade a economia de água e de energia. Observou-se ainda que as demais procuram outras formas de políticas ambientais que diminuam os impactos com o meio ambiente como por exemplo o cuidados com o lixo por meio de coleta seletiva, separação do lixo úmido do lixo seco etc. 
 Dentre as empresas analisadas apenas 5% delas afirmam conversar sobre política ambiental com funcionários diretamente enquanto 95% não conversão com funcionários.
 Das empresas pesquisadas no município de Camaçari, cerca de 20% afirmaram promovem cursos e palestras relacionadas à responsabilidade social e ambiental aos seus funcionários. Enquanto a maioria com 80% não tem nenhum tipo de programa específico. 
Nas questões sobre a saúde e a segurança no trabalho 60% das empresas afirmam que possuem programas ou ações educativas voltadas para saúde, e segurança no trabalho e 40% não possuem programas voltados a higiene e segurança no trabalho,
. Diante do quantitativo do universo pesquisado ficou constatado que 60% das empresas cuidam das questões relacionadas a coleta seletiva e destinação dos resíduos sólidos internamente e 40% não possuem práticas relacionadas a coleta seletiva. 
Pelos dados obtidos evidencia-se que apesar da legislação e das normas operacionais muitas empresas pesquisadas precisam ter um olhar mais cuidadoso nas questões relacionadas ao meio ambiente pois 80% das empresas pesquisadas afirmam possuir planos de ação para adoção de práticas ambientais corretas, enquanto apenas 20% não possuem nenhum tipo de ação para adoção. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O presente estudo intencionou elencar as práticas relacionadas aos cuidados com o meio ambiente praticadas por empresas do município de Camaçari/BA, de forma sucinta, uma vez que, para ter um diagnóstico preciso sobre os impactos e danos que essas empresas podem ou não causar compete aos órgãos de Proteção Ambiental, pois, requer um rigor nos cumprimentos da legislação e das normativas para funcionamento das mesmas. 
 Observou-se que as empresas pesquisadas de certa forma promovem serviços com total respeito ao meio ambiente, cumprindo a legislação ambiental em suas atividades locais preconizando o que é determinado pela NBR.
 As questões de coleta, tratamento e disposição final dos efluentes líquidos e resíduos sólidos são feitas de acordo como manda as normas padrão. Monitoramento contínuo do ar, das águas subterrâneas e de superfície tem atenção especial para garantir uma melhor qualidade do ambiente e segurança no trabalho. A partir da pesquisa constatou-se que os problemas ambientais necessitam de uma solução que venha promover um equilíbrio numa perspectiva sustentável de forma que a utilização dos recursos naturais sejam utilizados de forma consciente e que as ações de utilização agridam o menos possível o meio ambiente.Com as ações de cuidados em consonância Legislação há condições de se produzir e cuidar de forma a diminuir os impactos e certamente os danos ao planeta.
REFERÊNCIAS
 
ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 
CAGNIN, C. H. Fatores relevantes na implementação de um sistema de gestão ambiental com base na Norma ISO 14001. 2.000. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 
CALLENBACH, E., et al. Gerenciamento Ecológico – Eco -Management – Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo: Ed. Cultrix, 1993.
 C. R. Cavalcanti F. C. S. Souza G. S. Alves. Estudo do gerenciamento da coleta seletiva dos resíduos sólidos no município de Mossoró – RN,2011.
CECIM, B.FALCÃO, B.C; ARAÚJO, L.C. Política ambiental – um enfoque em empresas de Palmas. Trabalho de conclusão de curso,2010.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986, publicado no D. O U. de 17.2.86. 
COMISSÃO Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: FGV, p.44-50, 1988. 
CAMPOS, L. M. S. SGADA – Sistema de gestão e avaliação de desempenho ambiental: uma proposta de implementação. 2001. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 
DAGNINO, Ricardo. Um olhar geográfico sobre a questão dos materiais recicláveis em Porto Alegre: sistemas de fluxos e a (in) formalidade, da coleta à comercialização. (Trabalho de Graduação) Orientação: Prof. Roberto Verdum. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 131p. Disponível em: http://www.archive.org/download/ricardo_dagnino_um_olhar_geografico/Ricardo_Dagnino- Um_olhar_geografico.pdf 
DEMAJOROVIC, Jacques. Sociedade de Risco e Responsabilidade socioambiental: Perspectivas para a Educação Corporativa. São Paulo: Ed. SENAC-SP, 2003.
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – responsabilidade social e sustentabilidade, Editora Atlas-2006. 
DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999 
 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE,2010.
MEIO AMBIENTE – AS 17 LEIS AMBIENTAIS DO BRASIL disponível em: http://www.planetaorganico.com.br/site/index.php/meio-ambiente-as-17-leis-ambientais-do-brasil/
PACHECO, Flavio Augustus da mota. Educação Ambiental. Palmas: [S.n.], 2009. (Apostila da disciplina Educação Ambiental, Curso de Tecnologia em Gestão ambiental, Faculdade Católica do Tocantins.2009.
PEDRINI, Alexandre Gusmão. Princípios da educação ambiental editora Altas, 1°edição cidade de São Paulo, 2006.
TACHIZAWA TAKESHY, Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa – estratégias de negócios focadas na realidade brasileira, Editora Atlas-2006.
UNIVERSOAMBIENTAL. Responsabilidade social disponível em http://www.universoambiental.com.br/novo/canais.php?canal=9&canallocal=30, acessado em 20 de novembro de 2017.

Continue navegando