Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: História e Teoria do Urbanismo Professor: Luiz Antônio Custódio A CIDADE IDEAL UTOPIA Aluno: Daniela Martins Nunes Teixeira Porto Alegre 17 de Setembro de 2012 SUMÁRIO 1. INTRODUÇAO ........................................................................................... 3 2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 4 3. CONCLUSÃO ............................................................................................ 6 REFERÊNCIAS.................................................................................... 7 1. INTRODUÇÃO3 Este trabalho trata sobre as cidades ideais, embutidos no contexto histórico a que pertencem e as suas intenções para a sociedade. As influências a que os arquitetos foram submetidos são explicadas a partir de sua origem, cuja referência foi explicada e usada para os estudos de projeto utópicos da época (séculos XIV e XV). Além do projeto urbanístico e arquitetônico, a sociedade é englobada como parte fundamental, segundo alguns teóricos citados. 2. DESENVOLVIMENTO4 O contexto histórico das cidades ideais surge com a decadência da sociedade medieval, nos séculos XIV e XV, juntamente com a inquisição na Europa e as grandes navegações. A época citada enfrenta forte e repentina expressão religiosa, militar, comercial e industrial, condicionando, também, o impulsionamento de novas soluções para as cidades medievais que apresentavam péssimas condições de vida. Nesse mesmo contexto, há o descobrimento de um antigo documento, escrito por Marcus Vitruvius Pollio ou Vitrúvio, no século I A.C. aproximadamente. Os escritos, intitulados de “Tratado de Arquitetura” apresentam dez tratados sobre arquitetura, planejamento urbano, técnicas de construção, proporção, etc. Cada tratado dedica-se a um tipo de prédio da cidade, apontando suas devidas partes e formas, e compondo o triângulo entre os principais conceitos: “utilitas” (utilidade), "venustas" (beleza) e "firmitas" (solidez). A intenção de Vitrúvio era a de relacionar a arquitetura de forma direta com a natureza, criando, assim, relações com o corpo humano. As medidas do homem são referência para o formato, para as medidas e para a proporção dos templos e outros edifícios. Tudo deveria ser construído a partir das proporções humanas. Fig. 02 Leonardo da Vinci. Fig. 01 Utopia: Vem a ser o que se imagina como sendo perfeito, ideal, porém imaginário não se sabe ao certo se é possível alcançar ou realizar, é almejado mas apenas utópico. (Dicionário)5 A utopia das cidades ideais é a de uma sociedade perfeita, em que não inclui apenas o projeto arquitetônico e urbanístico, mas também cria-se um otimismo irreal em cima da população em que a habita. Um local em ordem e em controle social, sem conturbações ou revoluções. Thomas More foi um crítico da sociedade da época, o capitalismo, e criou seu próprio ideal, criando uma ilha chamada Utopia, no livro Utopia, onde não existe propriedade privada. O projeto das cidades ideais muito tem em comum com a crença em mitos na época. A cidade ideal é um sonho de projeto estabelecido a partir de proporções, contendo vias, quarteirões e prédios públicos dispostos de forma ‘perfeita’. Onde saneamento, transporte, segurança, trabalho, lazer e sociedade, estariam todos resolvidos e em equilíbrio. Normalmente as cidades ideais possuíam um formato circular, havendo preocupação em relação aos ventos e sol. Os estudos encontrados sobre as cidades são fundamentados nos princípios de Vitrúvio, sendo todos muito parecidos. Os projetos das cidades permaneceram mais na teoria do que na prática, devido às inúmeras cidades já existentes criadas durante o período feudal, não havendo necessidade de criação de novas nem condições monetárias para isso. Foram raras as oportunidades de testar a funcionalidade desses projetos, fazendo das reformas de praças e ambientes públicos, as intervenções que mais se aproximavam do intuito dos idealistas. Traçado da cidade ideal. Fig. 03 Capitólio, Roma, após reforma. Fig. 04 3. CONCLUSÃO6 As cidades ideais foram importantes para a arquitetura e urbanismo do século XXI, devido às suas formas de melhor organizar o espaço, como o traçado regular e aproveitamento de recursos naturais para dar conforto à população. A sustentabilidade das construções buscadas hoje, foram há muito tempo já exploradas com as cidades ideais e hoje podem, também, ser usadas como referência. A importância dos escritos de Vitrúvio permanecem ainda. Os tratados e os três conceitos, de utilidade, de beleza e de solidez, são muito exploradas como referências para arquitetos e urbanistas atuais, mesmo após dois mil anos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7 LIVRO BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 2007 (4. Ed.) BENEVOLO, Leonardo. A cidade e o arquiteto. 1984 VITRUVIO, Marco Lucio. Los diez libros de architectura. INTERNET https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/1356/1/3116-7269-1-PB.pdf http://veredas.favip.edu.br/index.php/veredas1/article/viewFile/93/120 http://www.nea.uerj.br/Anais/coloquio/macsuelber.pdf http://www.arquitetonico.ufsc.br/cidade-e-utopia-%E2%80%93-novos-modelos-sociais-e-espaciais AULAS Anotações e slides da aula de História e Teoria do Urbanismo, UniRitter. FOTOS Fig. 01: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg Fig. 02, 03 e 04: Slides da aula.
Compartilhar