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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE – CÂMPUS RIO DO SUL CURSO – FÍSICA-LICENCIATURA 1ª FASE SEMESTRE 2014-1 DISCIPLINA – Pré-Calculo PROFESSOR – Guilherme Alunos: Vinicius Marquez ÁREAS E VOLUMES DE FIGURAS GEOMÉTRICAS REGULARES 1. POLÍGONOS REGULARES Polígonos regulares são aqueles que possuem todos os seus lados e ângulos internos congruentes. O número de ângulos internos de um polígono é igual ao número de lados do mesmo. Todo polígono regular pode ser inscrito em uma circunferência. 1.1. ÁREA DE UM POLÍGONO REGULAR A área de um polígono regular pode ser calculada a partir do seu número de lados e da medida dos mesmos: Qualquer polígono regular inscrito em uma circunferência pode ser divido em n triângulos congruentes, onde n é o número de lados do polígono. Por exemplo, no quadrado n = 4. Para calcular a área de qualquer polígono regular precisamos primeiro calcular o ângulo do mesmo. Se obtém a medida do ângulo com a seguinte formula: 𝜃 = 360° 𝑛 Agora vamos usar à lei dos cossenos para escrever uma equação para calcularmos o valor do lado l em função dos lados r e do ângulo α. A lei dos cossenos nos diz que: 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2 − 2𝑏𝑐 ∙ cos 𝜃 Substituímos as variáveis e a equação fica desse modo: 𝑙2 = 𝑟2 + 𝑟2 − 2𝑟 ∙ 𝑟 ∙ cos( 360° 𝑛 ) ⇒ 𝑙2 = 2𝑟2 − 2𝑟2 ∙ cos( 360° 𝑛 ) ⇒ 𝑙2 = 2𝑟2 ∙ (1 − cos( 360° 𝑛 )) ⇒ 𝑙2 = 2𝑟2 ∙ (2 ∙ ( 1 − cos( 360° 𝑛 ) 2 )) ⇒ 𝑙2 = 2𝑟2 ∙ (2 ∙ sin2( 180° 𝑛 )) ⇒ √𝑙2 = √2𝑟2 ∙ (2 ∙ sin2 ( 180° 𝑛 )) ⇒ 𝑙 = 2𝑟 ∙ (2 ∙ sin( 180° 𝑛 )) Agora recorrendo ao Teorema de Pitágoras e novamente à trigonometria, vamos escrever o apótema a em função de um lado r e de metade do lado l: 𝑟2 = 𝑎2 + ( 1 2 ) 2 ⇒ 𝑎2 = 𝑟2 − ( 1 2 ) 2 ⇒ 𝑎2 = 𝑟2 − ( 2𝑟 ∙ sin ( 180° 𝑛 ) 2 )2 ⇒ 𝑎2 = 𝑟2 − 𝑟2 ∙ (sin2( 180° 𝑛 )) ⇒ 𝑎2 = 𝑟2 (1 − sin2( 180° 𝑛 )) ⇒ 𝑎2 = 𝑟2 ∙ cos2( 180° 𝑛 ) ⇒ √𝑎2 = √𝑟2 ∙ cos2 ( 180° 𝑛 ) ⇒ 𝑎 = 𝑟 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) Isolando o raio r nas duas equações: 𝑙 = 2𝑟 ∙ (2 ∙ sin( 180° 𝑛 )) ⇒ 𝑟 = 𝑙 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) E 𝑎 = 𝑟 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) ⇒ 𝑟 = 𝑎 2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) Logo, o apótema a escrito em função do lado l e do ângulo α é igual a: 𝑙 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) = 𝑎 2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) ⇒ 𝛼 = 𝑙 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) Agora já podemos calcular a área do referido triângulo: 𝐴𝑠 = 𝑏 ∙ ℎ 2 ⇒ 𝐴𝑠 = 𝑙 ∙ 𝑙 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) 2 ⇒ 𝐴𝑠 = 𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) 2 ⇒ 𝐴𝑠 = 𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 2 ∙ sin( 180° 𝑛 ) ∙ 1 2 ⇒ 𝐴𝑠 = 𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 4 ∙ sin( 180° 𝑛 ) A fórmula acima se refere à área de apenas um dos triângulos, mas como o polígono regular possui n lados devemos multiplicar esta área por n para obtermos a área total do polígono: 𝐴𝑡 = 𝐴𝑠 ∙ 𝑛 ⇒ 𝐴𝑡 = 𝑛𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 4 ∙ sin( 180° 𝑛 ) Assim temos uma formula geral para calcular a área de qualquer polígono regular: 𝑨 = 𝒏𝒍𝟐 ∙ 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟏𝟖𝟎° 𝒏 ) 𝟒 ∙ 𝐬𝐢𝐧( 𝟏𝟖𝟎° 𝒏 ) 2. GEOMETRIA ESPACIAL Um sólido geométrico é uma figura geométrica que possui três dimensões, as dimensões de latitude, longitude e altitude. Os sólidos são, por exemplo, a esfera, o cubo, o cilindro, o cone e a pirâmide. Um sólido é limitado por um ou mais planos ou superfícies, assim como as superfícies são limitadas por uma ou mais linhas. 3. ÁREA E VOLUME DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS ESPACIAIS 3.1. PRISMA Consideremos o prisma como um sólido geométrico formado pelos seguintes elementos: base, altura, vértices, arestas e faces laterais. Os prismas podem apresentar diversas formas, mas algumas características básicas definem esse sólido geométrico. Por exemplo, o número de faces do prisma será exatamente igual ao número de lados do polígono que constitui suas bases (superior e inferior), dessa forma, sua classificação quanto ao número de lados pode ser: Triangular, Quadrangular, Pentagonal, Hexagonal, Heptagonal e Octogonal. Os prismas também podem ser classificados como retos ou oblíquos. Os prismas retos são aqueles em que a aresta lateral forma com a base um ângulo de 90º, os oblíquos são aqueles em que as arestas formam ângulos diferentes de 90º. Todos os prismas possuem área da base, área lateral, área total e volume. Todas essas medidas dependem do formato do polígono que se encontra nas bases; por exemplo, os prismas acima possuem em sua base um pentágono, portanto, para calcularmos a área dessa base devemos determinar a área do pentágono. No caso do prisma pentagonal reto, as faces laterais constituem retângulos e a do prisma oblíquo é formada por paralelogramos. 3.1.1. ÁREA DO PRISMA A área total do prisma será a soma do valor da área das duas bases mais a área de todas as suas faces laterais. Independentemente de um prisma ser reto ou oblíquo, a soma das áreas de todas as suas faces laterais pode ser obtida multiplicando-se o perímetro de uma das faces base pela medida da sua altura. Usaremos a formula geral para calcular a área da base, parra assim fazer uma formula geral da área dos prismas: 𝐴𝑡 = 2 ∙ ( 𝑛𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 4 ∙ sin( 180° 𝑛 ) ) + (𝑛 ∙ 𝑙 ∙ ℎ ∙ 𝑛𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 4 ∙ sin( 180° 𝑛 ) ) Sendo n o número de lados da base, l o valor dos lados da base e h a altura do prisma. 3.1.2. VOLUME DO PRISMA O volume do prisma pode ser calculado multiplano a área da base pela altura (usaremos a forma geral da base dos polígonos regulares) 𝑉 = 𝑛𝑙2 ∙ cos ( 180° 𝑛 ) 4 ∙ sin( 180° 𝑛 ) ∙ ℎ Sendo n o número de lados da base, l o valor dos lados da base e h a altura do prisma. 3.2. PIRÂMIDE Uma pirâmide é todo poliedro formado por uma face inferior e um vértice que une todas as faces laterais. As faces laterais de uma pirâmide são regiões triangulares, e o vértice que une todas as faces laterais é chamado de vértice da pirâmide. O número de faces laterais de uma pirâmide corresponde ao número de lados do polígono da base e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco. Como exemplos das pirâmides da geometria espacial no dia-a- dia temos as pirâmides do Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Uma pirâmide é classificada como reta quando todas as arestas laterais são congruentes, caso contrário ela é classificada como oblíqua. Uma maneira mais fácil de identificar uma pirâmide reta é quando o centro da base da pirâmide está alinhado com o vértice superior da pirâmide, em outras palavras, é possível traçar uma reta do vértice ao centro do polígono na base da pirâmide. Uma outra maneira fácil de identificar uma pirâmide oblíqua é quando não existe esse alinhamento do vértice superior com o centro do polígono na base da pirâmide, ou seja, se traçarmos novamente a reta, ela não terminará no centro do polígono da base. 3.2.1. ÁREA DA PIRÂMIDE A área total da pirâmide será a soma do valor da área da base com a área de todas as suasfaces laterais. Como as faces laterais são todas triângulos, precisamos calcular a área de cada um deles. Como sabemos, a área de um triângulo qualquer pode ser obtida multiplicando- se a medida da sua altura pela medida da sua base e dividindo-se este produto por dois: 𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ 2 Sabendo que todas as laterais da pirâmide são triangulares podemos fazer uma formula mais abrangente: 𝐴𝑡 = 𝐴𝑏 + 𝑛 ∙ 𝑏 ∙ ℎ 2 Onde Ab é a área da base e n é o número de lados da base (Se a base for um triangulo usamos o Ab como a formula da área de um triangulo e caso a base seja um polígono regular usamos a formula geral dos polígonos regulares). 3.2.2. VOLUME DA PIRÂMIDE Independentemente de uma pirâmide ser reta ou oblíqua, regular ou irregular, a medida do seu volume é igual a um terço do produto da área da sua base pela sua altura, o qual pode ser expresso através da seguinte fórmula: 𝑉 = 𝐴𝑏 ∙ ℎ 3 Onde h é a altura da pirâmide (a altura da pirâmide é a distância do seu vértice ao plano da sua base). 3.3. CILINDRO Em matemática, um cilindro é o objeto tridimensional gerado pela superfície de revolução de um retângulo em torno de um de seus lados. De maneira mais prática, o cilindro é um corpo alongado e de aspecto redondo, com o mesmo diâmetro ao longo de todo o comprimento. Um cilindro circular reto possui o seu eixo e as suas geratrizes perpendiculares aos planos das bases e o eixo e as geratrizes são congruentes à sua altura. A projeção ortogonal do centro de uma das bases no plano da outra é o centro da outra base, ou seja, visto o cilindro de cima os centros se sobrepõe, na verdade as bases se sobrepõem. Um cilindro circular oblíquo possui o seu eixo e as suas geratrizes oblíquas aos planos das bases e o eixo e as geratrizes não são congruentes à sua altura. A projeção ortogonal do centro de uma das bases no plano da outra não é o centro da outra base, isto é, observado o cilindro de cima os centros das bases não se sobrepõem. 3.3.1. Área do cilindro A área total da superfície de um cilindro circular é a soma da área da superfície lateral com a área dos dois círculos das bases. A área da superfície lateral é igual ao produto do perímetro da base pela altura do cilindro: 𝐴𝑙 = 2𝜋 ∙ 𝑟 ∙ ℎ A área de cada base é igual ao produto de 𝜋 pelo quadrado do raio da base, visto que as base são círculos: 𝐴𝑏 = 𝜋 ∙ 𝑟 2 Para não precisarmos calcular as áreas separadamente, podemos utilizar uma única fórmula: 𝐴𝑡 = 𝐴𝑙 + 2 ∙ 𝐴𝑏 ⇒ 𝐴𝑡 = 2𝜋 ∙ 𝑟 ∙ ℎ + 𝜋 ∙ 𝑟 2 ⇒ 𝐴𝑡 = 2𝜋 ∙ 𝑟 ∙ (ℎ + 𝑟) h se refere à altura do cilindro e r ao raio das suas bases. Al, Ab e At se referem respectivamente a área lateral, a área das bases e a área total. 3.3.2. VOLUME DO CILINDRO Independentemente de um cilindro circular ser reto ou oblíquo, a medida do seu volume é igual ao produto da área da base pela altura do cilindro, o qual podemos expressar através da seguinte fórmula: 𝑉 = 𝐴𝑏 ∙ ℎ ⇒ 𝑉 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ∙ ℎ 3.4. CONE Um cone é um sólido geométrico formado por todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em um ponto V (vértice) em comum e a outra extremidade em um ponto qualquer de uma mesma região plana R (delimitada por uma curva suave, a base). Um cone circular reto possui o seu eixo perpendicular ao plano da base e o eixo é congruente à sua altura. As geratrizes são congruentes entre si. A projeção ortogonal do vértice no plano da base é o centro da base, ou seja, visto o cone de cima o vértice sobrepõe o centro da base. Um cone circular oblíquo possui o seu eixo oblíquo ao plano da base e o eixo não é congruente à sua altura. As geratrizes não são congruentes entre si. A projeção ortogonal do vértice no plano da base não é o centro da base, isto é, visto o cone de cima o vértice não sobrepõe o centro da base. 3.4.1. ÁREA DO CONE A área total da superfície de um cone circular é a soma da área da superfície lateral com a área do círculo da base. Quando conhecemos o raio e o comprimento do arco podemos calcular a sua área através da seguinte fórmula: 𝐴 = 𝑟 ∙ 𝑎 2 Onde r é a medida do raio e a é a medida do arco. Como a área da superfície lateral de um cone circular reto é igual a área de um setor circular cujo raio é a medida da geratriz g e o comprimento do arco é o comprimento da circunferência da base do cone, isto é, 2𝜋 ∙ 𝑟, onde r é a medida do raio da base, temos que a área da superfície lateral é dada por: 𝐴𝑙 = 𝑔 ∙ 2𝜋 ∙ 𝑟 2 ⇒ 𝐴𝑙 = 𝑔 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 A área da base é igual ao produto de 𝜋 pelo quadrado do seu raio, já que a base é um círculo: 𝐴𝑏 = 𝜋 ∙ 𝑟 2 Em vez de utilizarmos duas fórmulas, uma para calcular a área da superfície lateral e uma outra para calcular a área da base circular e depois as somarmos, podemos fazer uso de apenas uma fórmula: 𝐴𝑡 = 𝐴𝑙 + 𝐴𝑏 ⇒ 𝐴𝑡 = 𝑔 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 + 𝜋 ∙ 𝑟 2 ⇒ 𝐴𝑡 = 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ (𝑔 + 𝑟) 3.4.2. VOLUME DO CONE Independentemente de um cone circular ser reto ou oblíquo, a medida do seu volume é igual a um terço do produto da área da base pela altura do cone, o qual podemos expressar através da seguinte fórmula: 𝑉 = 𝐴𝑏 ∙ ℎ 3 ⇒ 𝑉 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ∙ ℎ 3 3.5. ESFERA A esfera pode ser definida como "um sólido geométrico formado por uma superfície curva contínua cujos pontos estão equidistantes de um outro fixo e interior chamado centro"; ou seja, é uma superfície fechada de tal forma que todos os pontos dela estão à mesma distância de seu centro, ou ainda, de qualquer ponto de vista de sua superfície, a distância ao centro é a mesma. Uma esfera é um objeto tridimensional perfeitamente simétrico. Na matemática, o termo se refere à superfície de uma bola. Na física, esfera é um objeto (usado muitas vezes por causa de sua simplicidade) capaz de colidir ou chocar-se com outros objetos que ocupam espaço. 3.5.1. ÁREA DA ESFERA A formula da área da esfera é dada pela seguinte formula: 𝐴 = 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟2 3.5.2. VOLUME DA ESFERA A formula para calcular o volume da esfera é a seguinte: 𝑉 = 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟3 3 4. REFERENCIAS http://www.matematicadidatica.com.br/AreaPoligonoRegular.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos-Geometricos-Area-Volume-Prisma.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos-Geometricos-Area-Volume-Piramide.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos-Geometricos-Area-Volume-Cilindro.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Solidos-Geometricos-Area-Volume-Cone.aspx http://www.brasilescola.com/matematica/esfera.htm
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