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ROTEIRO DA AULA DE TÍTULOS DE CRÉDITO: TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: Relação jurídica – conceito Objetivos: realizar transações- trocas por excelência- transferência ( produtos/bens e serviços)- atender necessidades básicas – desenvolvimento individual/coletivo Instrumentos : produtos de uso comum ( gado /sal) Fase metálica Fase financeira – papel meda – meio normal ( direto) de extinção da obrigação Documento representativo – títulos de crédito . Conclusão: fases : economia natural- fase monetária( denominador comum de valores)- economia creditória Objetivos: facilitar circulação/ negócios 2. Crédito e Títulos de Crédito Crédito: confere crescimento da economia. Elemento fundamental – proteção – credor/devedor. Descumprimento da obrigação: morte/ escravidão pessoal e família/ responsabilidade patrimonial Conceito de crédito: Ato de vontade – ceder temporariamente alguma coisa mediante restituição- estimular o consumo . Elementos do Crédito: confiança e o tempo Conceitos básicos do crédito: Moral: creditum ( credere) – crença, confiança – ter fé Econômica: troca de bens atuais /futuros ( aplicação de juros – feneratício) Uso e gozo de um bem alheio- restituição Jurídica : direito à prestação do devedor tomando por base a causa exigível – obrigações civis, morais e naturais. Crédito gera riqueza? Troca de bens – permite utilizar da melhor forma possível os capitais existentes. Título de crédito: Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito , literal e autônomo , nele mencionado” . Cesar Vivante Art. 887 CC “ O título de crédito, documento necessário ao exercício literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.” documento representativo ( cártula) indispensável– obrigações pecuniárias – expressamente previstas. Obrigações – várias fontes: ato ilícito/ vontade ( unilateral/bilateral)/ lei. Títulos de crédito: função econômica – circulação de riqueza – substituição da moeda . 2.1 Características/Princípios * literalidade: devedor responsável pelas declarações- relação de conteúdo e extensão- exigibilidade vinculada ao conteúdo. * cartularidade – documento – exercício do direito – permite a exigibilidade / inexigibilidade da obrigação – retenção do pagamento/ anulabilidade de título/ substituição do título * autonomia : sem dependência entre um vínculo e outro – endosso – boa-fé/má-fé – inoponibilidade das exceções pessoais. todos que subscrevem um título de crédito, assumem obrigações independentes, distintas das contraídas por outros que, no mesmo título, apuseram as suas assinaturas. *Abstração: fonte obrigacional – causa/efeito. Direito cambial – alguns títulos não justificam a sua emissão o motivo – nota promissória/ cheque/ letra de câmbio. Duplicata – emissão – compra e venda ou prestação de serviço * Independência: não necessita de outro documento para exigibilidade. Duplicata sem aceite – fatura. 2.2. Classificação dos Títulos de Crédito: * QUANTO AO MODELO Os títulos poderão ter modelo livre e modelo vinculado. MODELO LIVRE- lei não estabeleceu padrão específicos – apenas requisitos indispensáveis- letra de câmbio/ nota promissória MODELO VINCULADO: padrão, medidas e campos definidos.- cheque e duplicata mercantil- descumprimento – sem exigibilidade/ efeito jurídico. QUANTOÀ ESTRUTURA Quanto à estrutura, os títulos de crédito se dividem em ordem de pagamento ou promessa de pagamento. ORDEM DE PAGAMENTO – três figuras intervenientes : a) quem dá ordem do pagamento ;b) quem recebe a ordem e c) o beneficiário. ROMESSA DE PAGAMENTO- duas figuras intervenientes, obrigatoriamente: aquele que promete pagar e o beneficiário da promessa. QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO (OU À NATUREZA) Os títulos de crédito poderão ser causais ou não-causais (também chamados de abstratos). Títulos causais – a lei autoriza a sua emissão – duplicata/ conhecimento de frete – transporte de mercadoria etc.... Títulos não causais- abstratos : título representativo de qualquer relação jurídica – compra e venda/locatícia – pagamento de aluguel ..... * QUANTO À QUITAÇÃO OS títulos de crédito podem se apresentar na forma pro-soluto pro solvendo Pro solvendo – para extinguir a obrigação – quitação do débito – descumprimento – execução/ desfazimento d negócio. Pro soluto: emissão do título quita o contrato. Descumprimento da obrigação paenas cobrança do título. * QUANTOÀ CIRCULAÇÃO: Nominativos/ portador Ao portador: sem identificação do credor- transferência mera tradição. – artigos 904 a 909 do Código Civil. Nominativos: identificam o credor a transferência ocorrer com tradição + negócio jurídico ( endosso ou cessão de crédito). Divisão : nominativos à ordem / não à ordem: possibilidade ou não de endosso. Distinção: entre endosso e cessão de crédito O art. 8º do Decreto nº 2044 dispõe que o endosso transmite a propriedade do título de crédito, sendo suficiente, para sua validade, a simples assinatura do próprio endossador ou de seu mandatário especial, no verso do título. A cessão de crédito é um instituto do Direito Civil, pela qual o credor de uma obrigação a transfere (cede) a terceiro (cessionário). Aquele que transfere (cedente), responde pela existência do crédito, mas não pela solvência do devedor (cedido) como já supracitado. * AS DIFERENÇAS ENTRE ENDOSSO E CESSÃO CIVIL Na cessão civil é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula “não à ordem” transmite os seus direitos à outra pessoa. No endosso, quem transfere o título de crédito responde pela existência do título e também pelo seu pagamento. Todavia, o devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé exceções pessoais. Já na cessão civil, quem é responsável pela transferência do título, somente responde pela existência do título, mas não responde pelo seu pagamento. No entanto, o devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais. No caso da cessão de crédito, o cedente tem, perante o cessionário, responsabilidade obrigatória pela existência do crédito (pro soluto) e responsabilidade opcional pela solvência do devedor (pro solvendo), sendo nessa última a necessária convenção prévia entre as partes (art. 296 do CC). Já no endosso constata-se, como regra, a responsabilidade do endossante pela existência do crédito e pela solvência do devedor.
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