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264236534 Linha do tempo Historia Geral pdf

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PRÉ-HISTÓRIA IDADE ANTIGA IDADE MÉDIA IDADE 
MODERNA 
IDADE 
CONTEMPORÂNEA 
4000 a.C. 
Surgimento 
da escrita 
476 
Queda do 
Império Romano 
do Ocidente 
1453 
Tomada de 
Constantinopla 
pelos turcos 
1789 
Revolução 
Francesa 
Linha do Tempo 
História Geral 
Principais acontecimentos 
Pré-História ( 3 000 000 a.C. a  4000 a.C.) 
• Período Paleolítico 
– “Homens das cavernas”. Principais atividades econômicas: caça, 
pesca, coleta. 
– Nomadismo (as comunidades humanas se mudavam de acordo 
com a necessidade de alimento e água) 
 
• Período Neolítico 
– Revolução Agrícola (ou Revolução Neolítica): o ser humano 
aprende agricultura e domesticação de animais. Isso permite a 
fixação dos homens em um lugar só, chamado de sedentarização 
(oposto de nomadismo). 
 
• Idade dos Metais 
– Fabricação de ferramentas com metais (cobre, estanho e depois, 
ferro) 
Principais acontecimentos 
História Antiga ( 4000 a.C. a 476) 
•  4000 a.C.: desenvolvimento da escrita 
• Principais civilizações: Mesopotâmia e 
Egito (“Antiguidade Oriental”), “Grécia” 
(Atenas e Esparta) e Roma (“Antiguidade 
Ocidental). 
• Antiguidade Oriental: civilizações 
próximas de rios (Mesopotâmia – rios 
Tigre e Eufrates; Egito – rio Nilo), 
governos teocráticos e despóticos (faraós, 
reis, imperadores), servidão coletiva, 
construção de grandes obras (pirâmides, 
obras para irrigação), religião politeísta 
(vários deuses, muitas vezes 
antropozoomórficos) e crença na vida 
após a morte (mumificação). 
• Antiguidade Ocidental: 
– “Grécia”: cidades-Estado ou pólis 
(cidades autônomas política, econômica 
e militarmente); sociedade escravista ( 
do escravismo moderno, baseado na cor 
da pele). Duas polis são mais 
importantes: 
• Atenas: Desenvolvimento dos conceitos de 
cidadania e democracia (a cidadania grega 
era limitada a homens livres adultos); 
desenvolvimento de ciência, medicina e 
filosofia. Era uma cidade de navegadores, 
agricultores, filósofos e artistas. 
• Esparta: Cidade militarista, aristocrática e 
conservadora. 
– Houve um período de expansão da 
“Grécia” (Macedônia), em que se 
fundiram as culturas grega (helênica) e 
oriental. A esse fenômeno chamamos 
helenismo. 
– Roma: Sociedade escravista, conceito de 
cidadania, legislação (direito) que tem 
influência até hoje, língua latina, , arte, 
início do cristianismo, política do “pão e 
circo”. 
Principais acontecimentos 
Idade Média (476 a 1453) 
• Invasões “bárbaras” (germânicas) sobre o 
Império Romano do Ocidente. 
• Sociedade: estamental (com pouca 
mobilidade entre as camadas sociais) e 
hierarquizada. A nobreza feudal (senhores 
feudais, cavaleiros, condes, duques, 
viscondes) era detentora de terras e 
arrecadava impostos dos camponeses. O 
clero (membros da Igreja Católica) tinha um 
grande poder, pois era responsável pela 
proteção espiritual da sociedade. Era isento 
de impostos e arrecadava o dízimo. A 
terceira camada da sociedade era formada 
pelos servos (camponeses,  escravos) e 
pequenos artesãos. Os servos deviam pagar 
várias taxas e tributos aos senhores 
feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 
4 dias nas terras do senhor feudal), talha 
(metade da produção), banalidades (taxas 
pagas pela utilização do moinho e forno do 
senhor feudal). 
• Estrutura política: o poder (jurídico, econômico e 
político) estava nas mãos dos senhores feudais, os 
quais se organizavam através de relações de suserania 
e vassalagem. O suserano era quem dava um lote de 
terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar 
fidelidade e ajuda militar ao seu suserano. O vassalo 
oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, 
em troca de proteção e um lugar no sistema de 
produção. As redes de vassalagem se estendiam por 
várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso. 
 
• Economia Medieval: A economia feudal baseava-
se principalmente na agricultura. Existiam moedas 
na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As 
trocas de produtos e mercadorias (in natura) eram 
comuns na economia feudal. O feudo era a base 
econômica deste período, pois quem tinha a 
terra possuía mais poder. O feudo era constituído 
pelo manso Senhorial (terras de domínio do 
senhor feudal como o moinho e o castelo), manso 
servil (área de produção de subsistência dos 
servos) e terras comunais (lugar onde os servos 
podiam coletar madeira, fazer pastagens, etc. O 
artesanato também era praticado na Idade Média. 
A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho 
agrícola eram extremamente rudimentares. O 
arado puxado por bois era muito utilizado na 
agricultura. 
• Religião: Na Idade Média, a Igreja Católica 
dominava o cenário religioso. Detentora do poder 
espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, 
a psicologia e as formas de comportamento na 
Idade Média. A igreja também tinha grande poder 
econômico, pois possuía terras em grande 
quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os 
monges viviam em mosteiros e eram responsáveis 
pela proteção espiritual da sociedade. Passavam 
grande parte do tempo rezando e copiando livros 
e a Bíblia. 
• Educação, cultura e arte medieval: A 
educação era para poucos, pois só os 
filhos dos nobres estudavam. Esta era 
marcada pela influência da Igreja, 
ensinando o latim, doutrinas religiosas e 
táticas de guerras. Grande parte da 
população medieval era analfabeta e não 
tinha acesso aos livros. A arte medieval 
também era fortemente marcada pela 
religiosidade da época. As pinturas 
retratavam passagens da Bíblia e 
ensinamentos religiosos. As pinturas 
medievais e os vitrais das igrejas eram 
formas de ensinar à população um pouco 
mais sobre a religião. Podemos dizer que, 
no geral, a cultura medieval foi 
fortemente influenciada pela religião. 
Na arquitetura destacou-se a construção 
de castelos, igrejas e catedrais. No 
campo da Filosofia, podemos destacar a 
escolástica (linha filosófica de base 
cristã), representada pelo padre 
dominicano, teólogo e filósofo italiano 
São Tomás de Aquino. 
Fim da Idade Média – “crise do século XIV” 
• Fome: As oscilações de índice populacional faziam com 
que a fome fosse uma ameaça constante. A situação se 
agravou por volta de 1316 quando a população 
aumentou e a falta de alimentos tomou conta da 
Europa. 
• Guerra: Algumas guerras eclodiram e dizimaram o que 
havia sobrado da população. A pior delas foi a “Guerra 
dos Cem Anos“, conflito entre a Inglaterra e a França. 
• Peste: Historiadores calculam que aproximadamente um 
terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste 
Negra era transmitida através da picada de pulgas de 
ratos doentes. Como as cidades medievais não tinham 
condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam 
facilmente. Como os conhecimentos médicos eram 
pouco desenvolvidos, a morte era certa. 
• Revoltas camponesas ou Jacqueries: após a Peste 
Negra, a população europeia diminuiu muito. Muitos 
senhores feudais resolveram aumentar os impostos, 
taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. 
Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram 
revoltas camponesas contra o aumento da exploração 
dos senhores feudais. Combatidas com violência por 
partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras 
conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a 
exploração e trazendo conquistas para os camponeses. 
• Esses fatores sinalizaram o fim da Idade Média, da 
estrutura e das relações de trabalho feudais. 
• A Idade Média (476 a 1453) costuma ser conhecida como a 
época em que a economia europeia esteve praticamente 
estagnada. Essa afirmação é feita porque a maior parte da 
população vivia nos feudos, que eram grandes áreas cercadas 
e isoladas uma das outras, com uma economia quase 
autossuficiente. Desse modo, costuma-se dizer queo 
comércio de produtos praticamente desapareceu no período 
medieval. 
• No entanto, devemos relativizar essa ideia. Durante a Idade 
Média continuaram a existir profissionais como os artesãos 
(ferreiros e construtores de máquinas, por exemplo), 
comerciantes e negociantes. As pessoas não deixaram de 
adquirir certos equipamentos fundamentais à prática da 
agricultura (como enxadas e arados), que eram, portanto, 
fabricados e comercializados. Ainda que essas atividades de 
comércio tenham sido bastante restritas, numa Europa 
separada por feudos e ameaçada por guerras entre os povos 
do continente, isso não significa que elas tenham 
desaparecido, ou que não tenha havido desenvolvimento de 
tecnologia e ciência durante esse período. 
Principais acontecimentos 
Idade Moderna (1453 a 1789) 
• Características gerais: O fato é que a História Moderna 
representa um período de diversificação dos costumes 
e das tradições medievais. As relações humanas e as 
formas de interpretar o mundo se alteram. O novo 
período oferece novas reflexões e recupera a grandiosa 
cultura da Antiguidade. 
• A História Moderna é fruto de inovações que 
começaram a se desenvolver ainda durante a Idade 
Média. A fase final deste período viu crescer o 
comércio através das feiras, das Cruzadas e dos Burgos. 
O renascimento do comércio fez nascer uma nova 
classe social: os burgueses. Estes seriam os homens 
que conduziriam as alterações sociais no novo período 
através do desenvolvimento do nascente Capitalismo. 
• Grandes Navegações: Durante os séculos 
XV e XVI, os europeus, principalmente 
portugueses e espanhóis, lançaram-se nos 
oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com 
dois objetivos principais: descobrir uma 
nova rota marítima para as Índias e 
encontrar novas terras. 
– Chegada dos europeus às Américas e 
colonização dessas terras. 
– Brasil: Período colonial (escravidão, 
capitanias hereditárias e sesmarias, governo 
geral, engenhos de cana-de-açúcar baseados 
no sistema de plantation, início da 
mineração, colonização mais litorânea). 
– América hispânica: Encontro com grandes 
civilizações pré-colombianas: incas, maias e 
astecas, os quais possuíam religião, 
economia, política e sociedade muito bem 
estruturadas e desenvolvidas. A colonização 
aqui se desenvolve no interior do 
continente, baseada na mineração de ouro e 
prata e utilizando servidão indígena. 
• Renascimento comercial e urbano: Os 
pequenos burgos (cidades) começaram a 
crescer e se tornar importantes concentrações 
de trabalhadores livres e comerciantes, onde 
passaram a ser organizadas feiras permanentes, 
o que resultou no surgimento de inúmeras 
cidades. As cidades voltaram a se tornar 
importantes núcleos econômicos. Ao mesmo 
tempo, isso indicou também a decadência dos 
vínculos feudais, pois os moradores da cidade 
passaram a negociar com os senhores o fim do 
pagamento de tributos e serviços. O aumento 
da liberdade política e econômica foi 
propiciando o aprimoramento do trabalho 
urbano. Os artesãos, que faziam os produtos 
consumidos pelos europeus, passaram a ser 
organizar em entidades para além de suas 
cidades. Para isso, formaram as guildas e as 
corporações de ofícios, que eram associações 
de trabalhadores de determinadas profissões. 
• Renascimento cultural: É a intensificação artística e científica que ocorreu nos 
séculos XV e XVI na Europa. Os governantes europeus e o clero passaram a dar 
proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, 
conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas 
(governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das 
regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres 
encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas. Cidades como 
Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e 
intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do 
Renascimento. 
Principais características do Renascimento cultural: 
– Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos 
e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos 
homens medievais (que valorizavam mais o divino e viam o homem como um ser 
incompleto, imperfeito); 
– Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em deus 
(teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem 
(antropocentrismo); 
– A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem 
renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e 
de observação da natureza e universo (empirismo). 
 
• Mercantilismo: Política econômica adotada na Europa durante o Antigo 
Regime (séculos XVI a XVIII). O governo absolutista (ver próximo slide) 
interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes 
governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, 
através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas 
dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito 
internacional. 
Principais características do Mercantilismo: 
– Metalismo ou bulionismo: Acúmulo de metais preciosos, especificamente o 
ouro e a prata. 
– Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em 
seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-
primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons 
lucros. 
– Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao 
máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular 
a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países. 
– Pacto Colonial: as colônias europeias deveriam fazer comércio apenas com 
suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo 
ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico 
ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial. 
– Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que 
importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em 
boa situação financeira. 
• Absolutismo: Forte centralização política nas 
mãos dos reis. A burguesia comercial forneceu 
apoio político e financeiro aos reis, que em 
troca, criaram um sistema administrativo 
eficiente, unificando moedas e impostos e 
melhorando a segurança dentro de seus reinos. 
Nesta época, o rei concentrava praticamente 
todos os poderes (daí vem o termo 
“absolutismo”, seu poder era quase absoluto). 
Criava leis sem autorização ou aprovação 
política da sociedade. Criava impostos, taxas e 
obrigações de acordo com seus interesses 
econômicos. Agia em assuntos religiosos, 
chegando, até mesmo, a controlar o clero em 
algumas regiões. Todos os luxos e gastos da 
corte eram mantidos pelos impostos e taxas 
pagos, principalmente, pela população mais 
pobre, a qual tinha pouco poder político para 
exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a 
violência de seus exércitos para reprimir, 
prender ou até mesmo matar qualquer pessoa 
que fosse contrária aos interesses ou leis 
definidas pelos monarcas. 
• Reforma Protestante: A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, 
perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam 
tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam 
desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. 
A burguesia comercial estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos 
estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo 
emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos. Os reis 
estavam descontentes com o papa, pois este interferia muitonos comandos que 
eram próprios da realeza. O novo pensamento renascentista também fazia 
oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e 
formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso 
a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um 
pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e 
da razão. Neste contexto, surgiram pessoas que contestaram (protestaram contra) 
os comportamentos da Igreja Católica, inclusive fundando novas correntes 
religiosas. 
– Reforma Luterana (Alemanha): O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros 
a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de 
Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica. 
– Reforma Calvinista (França): De acordo com Calvino, a salvação da alma ocorria pelo 
trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros 
para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma 
de ficar em paz com sua religiosidade. 
– Reforma Anglicana (Inglaterra): O rei Henrique VIII funda o anglicanismo, que se torna a 
religião oficial da Inglaterra, e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja 
Católica uma grande quantidade de terras. 
• Contrarreforma Católica: 
Preocupados com os avanços do 
protestantismo e com a perda de fiéis, 
bispos e papas reúnem-se na cidade 
italiana de Trento (Concílio de Trento) 
com o objetivo de traçar um plano de 
reação. No Concílio de Trento ficou 
definido: 
– Catequização dos habitantes de terras 
descobertas, através da ação dos 
jesuítas; 
– Retomada do Tribunal do Santo Ofício 
– Inquisição : punir e condenar os 
acusados de heresias; 
– Criação do Index Librorium 
Proibitorium (Índice de Livros 
Proibidos): evitar a propagação de 
idéias contrárias à Igreja Católica. 
• Iluminismo: Este movimento surgiu na França do 
século XVII e defendia o domínio da razão sobre a 
visão teocêntrica que dominava a Europa desde a 
Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta 
forma de pensamento tinha o propósito de iluminar 
as trevas em que se encontrava a sociedade. 
Os pensadores que defendiam estes ideais 
acreditavam que o pensamento racional deveria ser 
levado adiante substituindo as crenças religiosas e o 
misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a 
evolução do homem. O homem deveria ser o 
centro e passar a buscar respostas para as 
questões que, até então, eram justificadas 
somente pela fé. 
• Século das Luzes: O apogeu deste movimento foi 
atingido no século XVIII, e, este, passou a ser 
conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo 
foi mais intenso na França, onde influenciou a 
Revolução Francesa através de seu lema: “Liberdade, 
igualdade e fraternidade”. Também teve influência 
em outros movimentos sociais como na 
independência das colônias inglesas na América do 
Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 
• Revolução Francesa (1789): 
A situação da França no século XVIII era de extrema 
injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro 
Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, 
camponeses e a pequena burguesia comercial. Os 
impostos eram pagos somente por este segmento social 
com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A França 
era um país absolutista nesta época. O rei governava com 
poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a 
política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta 
de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, 
nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os 
oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da 
monarquia) ou condenados à guilhotina. 
O clero tinha o privilégio de não pagar impostos. A 
nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, 
marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e 
muito luxo na corte. A base da sociedade era formada 
pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e 
burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a 
sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos 
impostos. A vida dos trabalhadores e camponeses era de 
extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na 
qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo 
tendo uma condição social melhor, desejava uma 
participação política maior e mais liberdade econômica 
em seu trabalho. 
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo 
foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia 
comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A 
Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a 
prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era 
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do 
terceiro estado francês. 
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a 
família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da 
monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados 
em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados 
durante a revolução. 
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos 
feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos 
iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo. 
• Girondinos e Jacobinos: Após a revolução, o terceiro estado começa a se 
transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os 
girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar 
uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por 
outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma 
maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-
Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças 
na sociedade que beneficiassem os mais pobres. 
• A Fase do Terror: Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e 
Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, 
recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo 
governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição 
foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização 
política são as marcas desta época. 
• Napoleão Bonaparte – implantação do governo burguês: Em 1795, os 
girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na 
França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da 
burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general 
francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de 
Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a 
instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assumi o 
cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura. 
A Revolução Francesa foi um importante marco na 
História Moderna da nossa civilização. Significou o 
fim do sistema absolutista e dos privilégios da 
nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus 
direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida 
dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou 
significativamente. Por outro lado, a burguesia 
conduziu o processo de forma a garantir seu domínio 
social. As bases de uma sociedade burguesa e 
capitalista foram estabelecidas durante a revolução. 
Os ideais políticos (principalmente iluministas) 
presentes na França antes da Revolução Francesa 
também influenciaram a independência de alguns 
países da América Espanhola e o movimento de 
Inconfidência Mineira no Brasil. 
 
• Revolução Industrial:A Revolução Industrial teve início no século 
XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de 
produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de 
produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A 
burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e 
produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a 
produção de mercadorias. O século XVIII foi marcado pelo grande 
salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a 
vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de 
produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando 
milhares de desempregados, por outro baixou o preço de 
mercadorias e acelerou o ritmo de produção. 
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de 
trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, 
abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a 
empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por 
dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por 
exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou 
qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e 
passavam por situações de precariedade. 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores 
condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de 
sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve 
também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como 
"quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa 
forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na 
forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os 
trabalhadores. 
A Revolução Industrial tornou os métodos de 
produção mais eficientes. Os produtos passaram a 
ser produzidos mais rapidamente, barateando o 
preço e estimulando o consumo. Por outro lado, 
aumentou também o número de desempregados. As 
máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-
obra humana. A poluição ambiental, o aumento da 
poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento 
desordenado das cidades também foram 
consequências nocivas para a sociedade. 
Principais acontecimentos 
Idade Contemporânea (1789 a hoje) 
• Guerras Napoleônicas (1799-1815) 
• Independência da América 
Espanhola (1808-1829) e da América 
Portuguesa (1822) 
• Imperialismo na África e na Ásia 
• Guerra Civil dos Estados Unidos 
(1861-1865) 
• Unificação da Itália e da 
Alemanha (1870, 1871) 
• Belle Époque (1871-1914) 
• Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) 
• Revolução Russa (1917) 
• Crise de 1929 
 
• Modernismo 
• Comunismo 
• Fascismo e Nazismo 
• Segunda Guerra Mundial (1939-
1945) 
• Descolonização da África (déc. 1940-
déc. 1980) 
• Guerra Fria (1945-1991) 
• Atentados de 11 de setembro 
(2001) 
• Crise econômica de 2008-2009 
• Primavera árabe de 2010-2011 
Fontes 
• http://www.suapesquisa.com/

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