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APOSTILA DE TRANSPORTES CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: TRANSPORTES TURMA: 110.05.02 | 1º SEMESTRE DE 2018 PROFESSORA: CAMILA ANTUNES 2018 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes APRESENTAÇÃO Este material foi elaborado exclusivamente para fins didáticos. Foi obtido por meio da compilação de materiais diversos, como livros e apostilas de demais docen- tes da área, qualquer referência deverá ser feita pela obra original. As referências empregadas para a composição de cada capítulo estão agrupadas ao final dos mesmos. Por se tratar de um assunto que está sempre em constante mudança, pretende-se atualizar este material sempre que se torne necessário. Favor comunicar todos os erros encontrados na apostila, pois é a partir do aprimoramento desta que os semes- tres seguintes terão uma melhor eficácia. Agradeço desde já. camilaantu- nes@fucap.edu.br 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes 1. TRANSPORTES Por definição, transporte é o deslocamento de pessoas e pesos de um local para ou- tro com finalidades diversas. O transporte é responsável por todo e qualquer ativida- de econômica, uma vez que sem ele, não há desenvolvimento em uma cidade, regi- ão ou país. Para se comprar uma roupa, por exemplo, o algodão teve que ser levado à fábrica de tecidos. Posteriormente, foi transportado ao local de confecção de rou- pas, para então estar disponíveis em lojas. Como se pode perceber o transporte está intimamente ligado às diversas atividades. Sendo assim, transporte é um meio que viabiliza de forma econômica os desloca- mentos para satisfação de necessidades pessoais ou coletivas, sendo que, os maio- res benefícios produzidos são a mobilidade e acessibilidade. O transporte é o principal responsável pela movimentação de um fluxo material, de forma eficaz e eficiente, desde um ponto fornecedor até um ponto consumidor. Por isso, é o responsável pela grande parcela dos custos logísticos dentro da maioria das empresas e possui participação significativa no PIB em nações com relativo grau de desenvolvimento. Consequentemente, obras de infraestrutura não somente encurtam as distâncias, mas também, melhoram e agilizam a mobilidade e contribuem para geração de no- vas tecnologias. Além disso, promovem a troca de produtos, bens, técnicas e infor- mações com outras regiões e/ou países. Dessa forma, intensificam o crescimento industrial, aumentando o mercado e a produção, com isso, gerando empregos. Portanto, a infraestrutura de transportes é um pré-requisito para o desenvolvimento de uma cidade, de um país. Segundo, VIANA (2007) ― “Os países que têm boa in- fraestrutura de transportes não a têm por serem desenvolvidos. Antes, são desen- volvidos porque cuidaram, no devido tempo, das suas estradas e das vias de trans- porte de todo tipo.”. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes 1.1 O ENGENHEIRO CIVIL E A ÁREA DE TRANSPORTES Como é perceptível, transportar não é apenas uma questão técnica; é também uma questão social e política, pois organiza o movimento de pessoas no espaço urbano e rural. Desse modo, a área de transportes necessita de técnicos com excelente formação para viabilizar um desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, encaminhar bo- as soluções para os efeitos negativos provocados pelo consumo de transportes. De acordo, com a Resolução 218/1973 no Art. 7º, do Conselho Federal de Engenha- ria, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), o Engenheiro Civil ou o Engenheiro de For- tificação e Construção é o profissional, sob o ponto de vista legal, que tem a prerro- gativa de criar, desenvolver, coordenar e atuar na área de transportes. Art. 7º Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICA- ÇÃO E CONSTRUÇÃO: I – “o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a edificações, estradas, pistas de rolamento e aeroportos; sistemas de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.” “Art. 1º Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às dife- rentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades”: Atividade 01 — Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 — Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 — Estudo de viabilidade técnica econômica; Atividade 04 — Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 — Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 — Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 — Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 — Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação téc- nica; extensão; Atividade 09 — Elaboração de orçamento; Atividade 10 — Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 — Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 — Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 — Produção técnica e especializada; Atividade 14 — Condução de trabalho técnico; Atividade 15 — Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; Atividade 16 — Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 — Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 — Execução de desenho técnico. (CONFEA, Resolução 218/1973, 1973) 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes 1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS TRANSPORTES É difícil precisar o momento exato em que o transporte, como o conhecemos agora, surgiu. Não é possível afirmar quando o homem começou a transportar as coisas, nem mesmo a arqueologia consegue determinar quando foi criado o primeiro equi- pamento (ou dispositivo) de transporte. Entretanto, é de conhecimento que o trans- porte passou a existir no momento em que o homem deixou de ser nômade, no chamado período Neolítico (o último da Pré-História), e, então, surgiu a necessidade de levar coisas para outros lugares e, também, de levar para esses ambientes aquilo que ele poderia trocar com outros indivíduos. Como o transporte se movia à base de força humana (como elemento de tração), o volume a ser transportado era limitado, dessa forma, fazia-se necessário utilizar ou- tros mecanismos para transportar volumes maiores. Diante disso, ainda durante o período Neolítico, por volta de 5.000 a.C., ocorreu o processo de domesticação de animais, principalmente bois e cavalos – tração animal – , primeiro para arrastar coi- sas e, depois, para transportá-las carregadas sobre algum veículo (as carroças pri- mitivas). Nos locais em que não havia acidentes geográficos, florestas ou quaisquer outras dificuldades naturais, o arrasto era uma forma de transporte (como é ainda hoje, por exemplo, nas regiões de superfícies geladas onde se usam trenós). No en- tanto, nos locais em que havia dificuldades naturais, foi necessário que o homem desenvolvesse outra forma de transportar seus bens. Figura 1: Índio norte-americano e o uso do travois (equipamento de arrasto). Fonte: Razzolini, 2012. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes No que diz respeito às descobertas realizadas pelo homem, podemos destaca-las na seguinte ordem: o homem descobriu como domesticar animais, inventou a roda, e, depois, criou a carroça, o automóvel, o caminhão, o trem, o navio, o submarino, o balão,o dirigível, o avião, o helicóptero e o foguete espacial. A invenção da roda: A roda foi uma das mais importantes invenções da humanida- de, pois ela permite a movimentação de todos os veículos terrestres e é indispensá- vel nas engrenagens de veículos aquaviários e aeroviários. Antes de meados do sé- culo XIX, as rodas eram de madeira e recobertas por círculos de ferro que, embora tivessem o objetivo de protegê-las, danificavam as estradas e tornavam as rodas muito barulhentas. O primeiro pneu foi patenteado, em 1845, pelo engenheiro esco- cês Robert Thomson. Suas chamadas rodas com ar tinham uma durabilidade de 1.900 km de rodagem, mas seu custo era muito elevado, o que inviabilizou comerci- almente a invenção. Poucos anos depois, John Boyd Dunlop aprimorou a invenção de Thomson, adaptando-a para bicicletas e, em 1985, os franceses André e Edouard Michalin montaram pneumáticos num automóvel Peugeot. Os carros: A partir da criação da roda, o homem criou o carro. No início eram rústi- cos e pequenos, compondo-se somente de uma plataforma sobre eixo, e sua força de tração era de um único animal. Apesar de simples, esses veículos eram capazes de transportar mercadorias e pessoas. Mais tarde, a força de tração aumentou, ao se atrelarem mais animais aos veículos, que também sofreram alterações, de forma e tamanho, aumento do raio de ação, aumento da capacidade, etc. Em 1769, Nicolas Cugnot desenvolveu um sistema de carruagem que funcionava a motor a vapor. Esta foi, sem dúvidas, uma das bases para o surgimento do automó- vel. No entanto, podemos considerar que o carro mais antigo da história foi criado por Karl Benz, na Alemanha, em 1885. O alemão, fundador da empresa alemã Mer- cedes-Benz e considerado o pai do automóvel, introduziu o uso do motor de com- bustão interna a gasolina. Foi nesse momento que as pessoas começaram a consi- derar a viabilidade de um veículo autopropulsionado, que oferecesse condições maiores de comodidade, segurança e rapidez. A patente de Benz data de 29 de ja- neiro de 1886, na cidade de Mannheim. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Após o modelo apresentado pelo alemão, vários outros foram sendo desenvolvidos ao longo de toda a história do automóvel. Um deles, criado no ano de 1884 por Got- tlieb Daimbler, possuía motores de dois tempos. Mais tarde, uma empresa francesa – a Panhard e Levassor – iniciou sua própria comercialização de veículos. A moda após a Primeira Guerra Mundial era a fabricação de carros populares, veícu- los compactos e produzidos em série. A suposta controvérsia a respeito de quem, de fato, fora o pai do automóvel se deu entre o alemão Karl Benz e o americano Henry Ford. Não é difícil ver pessoas e livros afirmando que foi Ford o responsável por in- troduzir os veículos automotores, fato que não é verdade. O que acontece é que Ford, que começou a fabricar automóveis em 1908, iniciou muito depois de Benz, em um período no qual o alemão já havia patenteado a in- venção. Talvez, o fato responsável por tal equívoco tenha sido o sucesso que o ame- ricano teve ao introduzir a produção do automóvel em larga escala. O primeiro mo- delo, “Ford T”, vendeu cerca de 15 milhões de unidades, uma marca impressionante para a época. No Brasil e em praticamente toda a América Latina, a produção em série do carro só se concretizou após a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o Brasil viveu uma explosão da indústria automobilística. No governo de Juscelino Kubitschek, monta- doras de carro de todas as partes do mundo se instalaram no país. Entretanto, em 1952 quando a indústria automobilística começou a funcionar, os veículos vinham do exterior completamente desmontados e eram apenas montados aqui. Atualmente o Brasil possui um amplo parque industrial automobilístico e são poucas montadoras que importam os veículos. O Brasil, inclusive, exporta tecnologias para outros países, como, por exemplo, os motores com a tecnologia flex (movidos a ál- cool e a gasolina). Os trens: No século XVIII foi inventada a máquina a vapor, a qual propiciou o apare- cimento dos primeiros meios mecânicos de transporte: o marítimo e o ferroviário. Du- rante a Revolução Industrial a ferrovia cresceu, transformando-se no modo de trans- 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes porte mais rápido e com maior capacidade de deslocar grandes volumes, ocasio- nando o surgimento da rede ferroviária européia que interligava os países. O aparecimento das ferrovias se relaciona diretamente com a Revolução Industrial. Entretanto, desde o século XIV, nas minas da Europa, existiam vagões que corriam em trilhos de feitos de madeira, puxados por cavalos. A primeira estrada de ferro pública foi construída por George Stephenson, em 1825, ligava Stockton a Darlington e possuía 16 km de extensão. No Brasil, a primeira es- trada de ferro tinha 14,5 km de extensão e foi concluída em 1854, ligando o Porto de Estrela, no Rio de Janeiro, até a estação Fragoso. Depois, foi concluído o trecho fi- nal até Petrópolis, e a ferrovia foi denominada Estrada de Ferro Mauá, em homena- gem ao seu construtor, Irineu Evangelista de Souza (Barão, e depois, Visconde de Mauá – 1813- 1889). Em 1879, foi exibida pela primeira vez uma locomotiva elétrica, adaptada para as estradas de ferro subterrâneas (metrôs), o objetivo era resolver o problema da fuma- ça e da poeira geradas pelas locomotivas movidas a carvão. Na Alemanha, em 1912, funcionavam pela primeira vez locomotiva como motor a diesel e, em 1928, na Inglaterra, surgiram as primeiras locomotivas como motor elétrico a diesel. Desde então, o transporte ferroviário teve grandes avanços tecnológicos. Recente- mente a Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveu o Maglev- Cobra, um trem compacto e leve, que dispensa rodas e flutua silenciosamente sobre trilhos. Movido a energia elétrica, não emite gases de efeito estufa. Além disso, sua construção dispensa as caras e impactantes obras civis dos metrôs e trens de super- fície convencionais. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Figura 2: Protótipo do trem desenvolvido pela COPPE/ UFRJ. Fonte: O Globo, 2018. Os navios: Assim como a invenção da roda, não é possível precisar exatamente quando o homem passou a utilizar troncos de árvores para flutuar em rios ou lagoas. Inicialmente, o homem utilizava seu próprio corpo para movimentar o tronco pela água. Depois, descobriu que poderia usar uma vara comprida para “empurrar” sua embarcação e, mais tarde, fez outra descoberta bastante significativa: poderia usar um pedaço de madeira mais largo em substituição de seus braços e mãos, e assim, criou o remo. No Brasil os indígenas utilizavam – e, em muitos lugares ainda usam – a canoa, que nada mais é que um tronco escavado no centro. Os nativos da África e os indígenas da Oceania fazem uso de embarcações semelhante. Estima-se que por volta de 3.000 a.C., os Egípcios já construíam embarcações ca- pazes de enfrentar o alto-mar. Tais engenhos possuíam casco com varas de papiro e uma grande vela quadrada. A utilização da vela possibilitou que as embarcações se deslocassem por períodos de tempo mais longos e para lugares mais distantes. Com a invenção da bússola pelos Chineses, em torno de 270 d.C., tornou-se possí- vel ampliar as distâncias de navegação. Esse instrumento permitiu direcionar a em- barcação de forma mais segura. Esse advento deu início a uma nova etapa na histó- ria das navegações. 2018 Transportes Prof. ª CamilaAntunes Durante a Revolução Industrial, surgiu o primeiro experimento com o vapor para mo- ver barcos, realizado por Willian Symington, em 1788. Porém, foi somente mais de 100 anos depois, em 1910, que Georges Claude construiu um navio movido a vapor. Os navios a vapor dominaram os mares até os anos de 1950, sendo substituídos pe- los modernos navios movidos a diesel e, inclusive com propulsão atômica. Figura 3: Exemplo de navio-tanque (petroleiro). Fonte: Razzolini, 2012. Os aviões: Após o homem conseguir voar com uma aeronave mais leve que o ar – os balões – o grande desafio era desenvolver algo mais pesado que o mesmo e que pudesse alcançar voo através de meios próprios. Em 1883, John J. Montgomery de- senvolveu um planador, porém a invenção era capaz de voar apenas de cima para baixo e somente por meio da força do vento. Na história da aeronáutica, o Brasil está bem representado. Em 1709, Bartolomeu Lourenço de Gusmão colocou no céu o primeiro balão. Já no dia 12 de novembro de 1906, Santos Dumont realizou um voo que, embora tenha durado apenas 21 segun- dos, entrou para a história. Pilotando seu invento, batizado de 14bis, ele se elevou a 6 metros de altura e voou por 220 metros a uma velocidade de 41 km/h. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Figura 4: Santos Dumont e o 14 Bis, em Paris. Fonte: Razzolini, 2012. Em alguns países, em especial nos Estados Unidos, os irmãos Wright são conside- rados os inventores do avião devido à suposta realização de um voo com uma má- quina “mais pesada que o ar”, em 17 de dezembro de 1903. Os dutos: Uma das primeiras aplicações dos dutos foram os aquedutos (dutos para transporte de água), que são uma invenção dos Romanos. Logo tiveram sua primei- ra utilização para a distribuição de água, já como transporte de mercadorias teve seu início em 1859, com o descobrimento do petróleo. Construído em 1723, no Rio de Janeiro, o Aqueduto da Carioca, conhecido como Aqueduto dos Arcos da Lapa, foi o primeiro do Brasil. O objetivo era trazer água, desde o bairro de Santa Tereza, para abastecer o centro da cidade. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Figura 5: Aqueduto da Carioca. Fonte: Wikipédia, 2018. 1.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DOS TRANSPORTES Como característica econômica mais preponderante dentro do escopo dos Sistemas de Transporte, podemos citar aquela que se relaciona à produção. Mormente, a ofer- ta de bens na economia. Podemos dizer que é somente por meio de um sistema de transporte eficiente que se é capaz de se interligarem os mais diversos setores da economia, e garante-se a interdependência entre os mesmos. Considerando a dis- tância existente entre os centros produtivos, e as cadeias de insumo-produto, pode- mos afirmar ainda que quanto menos oneroso – nesse caso, mais eficiente – for o meio de transporte que faz ligação da oferta de matéria-prima ao centro de produção e, posteriormente, ao consumidor, menores serão os preços finais das mercadorias ofertadas ao consumidor nos mais diversos mercados. Os transportes também são responsáveis por conduzir os fatores de produção (nes- se caso, capital e o trabalho) às unidades produtivas, interligando o mercado de tra- balho ao mercado de bens e serviços. Um equipamento fabril, por exemplo, respon- sável pela confecção de peças de roupa, depende uma logística de transporte capaz de levar este produto à confecção de roupas ao menor custo (frete) possível e no 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes menor tempo. Os funcionários, tanto da confecção quanto da fábrica de equipamen- tos, ainda dentro desse contexto, necessitam de se locomoverem de suas residên- cias até o local de trabalho; mais uma vez, ao menor custo e no menor tempo possí- vel. Os custos de transporte, associados ao deslocamento dos indivíduos em centros ur- banos, são fatores que pesam no orçamento das empresas. Diversos fatores e mer- cados estão envolvidos, como por exemplo, o de combustíveis de veículos de trans- porte. Quanto mais caro for o combustível e maior for a demanda por ônibus, por exemplo, maior tende a ser o preço da passagem de ônibus. Isso, por sua vez, é re- passado aos passageiros que ou tem incentivo patronal para esse deslocamento, arcando apenas com uma parte da despesa; ou são indivíduos fora do mercado for- mal de trabalho, que arcam com o custo integral da passagem. É claro que pode ha- ver fatores políticos envolvidos no preço final da passagem de ônibus e, que nesse caso, fugiriam à análise do custo econômico dos transportes, portanto é necessário cautela em nossas observações. A mesma análise poderia ser aplicada ao sistema de transporte aéreo de passageiros. Conclui-se que o custo dos transportes aliado à logística existente para que os mesmos funcionem podem acarretar no preço final dos bens e serviços ofertados na economia, no orçamento das famílias e das empresas – em última instância, no bem-estar econômico da população. Portanto, faz-se jus a combinação de políticas e investimentos públicos, e também investimentos privados – além do avanço tecnoló- gico existente – para que cada vez mais se encontre eficiência nos transportes e ha- ja menores custos econômicos associados a estes. 1.4 ASPECTOS SOCIAIS DOS TRANSPORTES Motivado pela satisfação de suas necessidades e melhoria de seu bem-estar, o ho- mem procurou, através dos tempos, meios de se locomover para atingir lugares e objetivos. Nesse caso, sendo dispendioso alcançar grandes distâncias sem algum modo de transporte, foi concebida a necessidade de locomoção. Quanto mais efici- 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes ente fosse o transporte, menos tempo seria necessário para se alcançar novos luga- res e atingir novas distâncias - o que culminaria inevitavelmente, com a integração de novas regiões, possibilitando a troca de mercadorias, experiências e informações. Os transportes estão no centro do surgimento de várias características da sociedade contemporânea, tais como o comércio, a comunicação, a produção das manufaturas (posteriormente, indústrias). O transporte é um meio para se atingir um objetivo, que quanto mais eficiente este o for, menor é o tempo dispendido no seu atingimento, nesse caso menor o seu custo associado. A interdependência entre os vários setores da economia propiciou a cria- ção de diversos meios de transporte visando a conectar esses setores, seja no lado produtivo (aumentando a oferta de insumos em determinado mercado), seja no lado comercial (aumentando a oferta de bens e serviços nas mais diversas regiões). Bens cuja perecibilidade é um fator determinante, com a melhoria dos meios de transporte e sua eficiência, foi possível conectar o lado da produção com os merca- dos consumidores, de modo que o seu consumo passou a se realizar em tempo há- bil. 1.5 ASPECTOS POLÍTICOS DOS TRANSPORTES O transporte possui um importante papel na manutenção da unidade política. Um dos pilares do sistema político é a garantia da ordem e do bem estar dos indivíduos que pertençam à sociedade, seja na oferta de estrutura para a segurança pública; na garantia da ordem e isonomia econômica; do respeito aos direitos fundamentais. As decisões políticas de determinado governo afetam o sistema de transporte como um todo. As regulamentações para transporte de carga; o controle das tarifas das concessionárias de transporte público; a regulamentação e as exigências do sistema de aeroportuário; o controle das fronteiras. Até do lado das fontes de receitas gover- namentais, os transportes possuem relevância, parao caso dos ICMS estaduais – Impostos relativos à circulação de mercadorias e à prestação de serviços de trans- porte interestadual e intermunicipal e de comunicação. O transporte e à circulação 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes de mercadorias dependem que exista um sistema de transporte capaz de atender aos mercados consumidores. É através da existência de um sistema completo de transportes – por exemplo, no Brasil, o transporte rodoviário – que os governos con- seguem garantir a manutenção de uma fonte de receita tributária importante. Ainda considerando o caso do ICMS, temos os serviços de comunicação Muito embora, na sociedade contemporânea, os serviços de comunicação estejam atrelados à comu- nicação digital – e não, como no passado, que dependiam da estrutura dos correios e do transporte de cartas – i.e. rede de computadores e de telecomunicações, a ins- talação e manutenção dessa infraestrutura depende da existência de um sistema de transporte – seja para o trânsito de insumos para os equipamentos; seja para o es- coamento de mercadorias importadas; ou ainda, para interligar à oferta do serviço a seu mercado consumidor (empresa – consumidores). A garantia da ordem em um sistema político requer o papel atuante das forças ar- madas, seja da defesa dos recursos de propriedade da união, que reforçam a sobe- rania nacional, seja na defesa das fronteiras – ou até em casos de intervenção em situações de emergência. O transporte fundamental à movimentação de tropas e equipamentos para a defesa dos interesses de uma nação ou de uma região. Tão necessário quanto o transporte de equipamentos bélicos é a possibilidade de transportar pessoas e mercadorias, o que promove assentamentos e ocupação gradativa da região, que auxiliam na defe- sa de tais interesses. Como um típico exemplo brasileiro, temos a Rodovia Transa- mazônica que foi construída na década de 70 sob a alegação de que a rodovia era necessária para o resguardo da soberania nacional e para a integração da região amazónica ao resto do país. Um dos aspectos políticos mais importantes na melhoria dos transportes se deu pela melhora nos indicadores de distribuição de renda. Com a maior a oferta de transpor- tes públicos e também por meio de subvenções e subsídios governamentais - a par- te da população com menor poder aquisitivo que vivia nas periferias dos centros ur- banos, por exemplo, passou a poder se deslocar para as cidades para trabalhar, o que aumentou o contingente empregado da população, a oferta de empregos, o au- mento da renda e também ascensão econômica da população. Os transportes estão 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes intimamente ligados também à melhora na qualidade e na oferta do ensino, seja por interligar centros de pesquisa e tecnologia, seja por permitir o acesso da população aos centros de ensino, seja também por promover a integração entre regiões. Ainda no âmbito das cidades, pode-se destacar a diferença existente entre metrópo- les e as regiões do interior, considerando a forma de estado brasileira. Vale destacar, regiões metropolitanas, que geralmente possuem maior densidade demográfica, apresentam maior fluxo de veículos, sejam eles de uso particular, comercial, trans- portes públicos, e até caminhões. Assim, há alguns aspectos a serem considerado nessa análise. Primeiro moradores dessas regiões enfrentam custos mais elevados para se deslocarem e despendem maior tempo no trajeto da residência para o traba- lho. Sendo assim, há maior necessidade de implementação de alternativas viáveis de transporte de massa, como metrô e ônibus expressos, que conectem pontos es- tratégicos das cidades. Ao passo que as regiões do interior do país por possuírem menor densidade demográfica e maior distribuição espacial tanto das residências quanto das áreas de indústria e comércio, não enfrentam os mesmos problemas de dispêndio de tempo e recursos financeiros em seus deslocamentos. No entanto, há tradeoffs11 na comparação com as cidades, visto que nas regiões do interior dos es- tados há uma tendência de existirem menos ocupações qualificadas e centros de ensino e pesquisa em relação àquelas. É necessário por parte da autoridade governamental responsável por elaborar as po- líticas públicas maior atenção aos aspectos das diferenças sociais, no âmbito do acesso aos meios de transporte. Tanto nas exigências legais e regulatórias, através de transferências e subsídios para aumentar a oferta para regiões com dificuldades de acesso e que sejam mais escassas de recursos; quanto do lado dos investimen- tos públicos em infraestrutura, para que existam melhorias nas qualidades das rodo- vias tanto urbanas quanto interestaduais, por exemplo, para que no final isso reper- cuta na redução dos custos indiretos e redução do preço final dos bens ofertados ao consumidor. 1 Tradeoffs do inglês “escolhas conflitantes”, i.e. algo que se perde em troca de algum benefício. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes 1.6 ASPECTOS AMBIENTAIS DOS TRANSPORTES O surgimento e o posterior desenvolvimento dos meios de transporte provocaram impactos ambientais com a modificação perceptível dos espaços urbanos. A socie- dade, ao longo do tempo, passou a levantar questionamentos a respeito dos impac- tos que a malha de transportes tem sobre o espaço ambiental, como um todo. Um caso conhecido e que vale destacar, é o da destruição da camada de ozônio, pela emissão de gases poluentes por parte de veículos automotores. Durante muito tem- po apenas o uso dos recursos naturais escassos foi explicitamente tratado como custo de transporte. Porém, esse custo reflete tão somente o preço de mercado e não reflete o custo global à sociedade. A infraestrutura das cidades precisou ser modificada ao longo tempo para se adaptar às necessidades econômicas contemporâneas, seja no transporte de mercadorias e insumos; seja na oferta de bens e serviços; seja também na interligação de regiões, melhorando o fluxo de transporte nas cidades. Essas modificações não obstante necessárias tem como ônus a degradação de inúmeros elementos do meio ambien- te, como biomas, a fauna e a flora, para abrir novos espaços que permeassem o transporte que interligasse as regiões. Dois aspectos sobre a poluição merecem destaque. A poluição e o uso do solo. A contaminação do ar por gases poluentes das mais diversas fontes, inclusive por veí- culos, é uma das formas de poluição mais severas e difíceis de serem combatidas, a não ser pela conscientização da sociedade, tanto dos motoristas quanto dos produ- tores de veículos, para que sejam adotadas práticas socioambientais mais respon- sáveis. Outra forma de poluição, que merece destaque também, por estar diretamen- te relacionada com o sistema de transporte como um todo, é o ruído. O problema da poluição sonora, entre outros, é que embora a fonte de ruído seja cessada a propa- gação do som gera externalidades negativas mesmo a longas distâncias. As fontes de poluição sonora estão geralmente ligadas a infraestrutura de grandes cidades, pela alta concentração de veículos no trânsito urbano, que emitem sons de buzina e motores. Há também o ruído provocado pelas aeronaves no espaço aéreo. Já estão 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes em curso diversas pesquisas que almejam elaborar tecnologias capazes de diminuir o impacto do ruído na saúde da população, sem que necessariamente o sistema de transportes passe por uma modificação drástica. A crescente e célere urbanização da população demandam evolução e crescimento da Infraestrutura de transporteurbano. Tal expansão usualmente é realizada por meio do uso do solo para implantação de grandes avenidas e de sistema de transpor- te de massa como o metrô e os ônibus expressos. Infelizmente as grandes obras de infraestrutura são acompanhadas de consequências indesejáveis, tais como a divi- são de uma zona em duas partes pouco comunicáveis, uma vez que essas obras restringem a passagem de um lado para outro a alguns pontos, além de muitas ve- zes modificar o uso do solo. Porém, de todos os problemas talvez o mais grave seja a remoção de famílias e empresas localizadas na faixa determinada pelo traçado da via para outros locais. Mesmo as pessoas não atingidas pela desapropriação, certamente vão sofrer al- guns efeitos negativos do novo uso do solo, tais como poluição e exposição a riscos de acidentes. Por estas razões, é preciso que a escolha do traçado seja feita com muito cuidado e critério para que prejudique o menor número possível de pessoas e empresas. 1.7 MOBILIDADE URBANA E CONDIÇÕES ATUAIS DO TRANSPORTE NO BRASIL 1.7.1 MOBILIDADE URBANA A mobilidade urbana é um aspecto associado às cidades, que envolve a capacidade de deslocamento de indivíduos para suprir suas necessidades, seja para a realiza- ção das atividades cotidianas, tais como: trabalho, educação, saúde, lazer e cultura. Seja para o deslocamento entre cidades e regiões; seja para o transporte de merca- dorias. Trata-se de uma consequência dos processos históricos que refletem carac- terísticas em diversos âmbitos de uma sociedade. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes O Brasil, particularmente, vive uma crise de mobilidade urbana, com a grande maio- ria das cidades e regiões metropolitanas sofrendo a alta taxa de ocupação da área urbana, crescimento populacional e piora da qualidade da infraestrutura dos trans- portes. Somado a isso, o crescimento econômico da última década proporcionou o aumento do número de viagens e distâncias percorridas de pessoas e cargas. Em- bora a mobilidade urbana esteja relacionada a um direito fundamental, que é o da liberdade de locomoção, somente com o advento da Lei12. 587/12 (“Lei da Mobili- dade Urbana”), é que se pôde dispor de diversos instrumentos e ferramentas, que visassem a integrar os diferentes modos de transporte, além de promoção da mobi- lidade e da acessibilidade de pessoas e cargas para os diversos municípios brasilei- ros. O surgimento dessa lei se constitui em uma importante evolução no âmbito das polí- ticas públicas, criando um rol de ferramentas para o agente regulador e para admi- nistração das cidades. A política de mobilidade urbana tem como objetivo proporcio- nar um acesso amplo e democrático à cidade. Não se pode dissociar mobilidade urbana do aspecto da sustentabilidade. Mobilida- de urbana sustentável pode ser associada à combinação de resultado de políticas de transporte e circulação que visam à priorização dos meios de transporte coletivos e não motorizados, permitindo assim o acesso básico às necessidades dos cidadãos, respeitando o meio ambiente e promovendo a isonomia social. Ela precisa estar ne- cessariamente ligada às políticas públicas de ordenação do espaço, além de priori- zar as necessidades do bem comum. 1.7.2 CONDIÇÕES ATUAIS DA MOBILIDADE A seguir, estão resumidos os principais dados referentes à mobilidade urbana no Brasil, nos municípios com mais de 60 mil habitantes. Os dados foram extraídos do Relatório Geral de Mobilidade Urbana, elaborado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes A tabela 1 mostra que no conjunto das cidades com mais de 60 mil habitantes ocor- riam, em 2014, 64.1 bilhões de deslocamentos de pessoas por ano. A maior parte era feita a pé ou de bicicleta (40,6%), enquanto o transporte coletivo atendia 28,4% e o transporte individual 31%, o que pode ser visto na figura 6. Tabela 1: Mobilidade nas cidades com mais de 60 mil habitantes em 2014. Modo Viagens (bilhões/anos) Distância (bilhões km/ano) Tempo (bilhões horas/ano) Valor % Valor % Valor % T. coletivo 18,2 28,4 250 56,8 11,0 48,0 T. individual 19,9 31,0 155 35,2 5,0 21,8 T. não motorizado 26 40,6 35 8,0 6,9 30,1 Total 64,1 100,0 440,0 100,0 22,9 100,0 Fonte: ANTP (2014). Figura 6: Principais consumos da mobilidade por tipo de transporte no Brasil em ci- dades com mais de 60 mil habitantes. Fonte: ANTP (2014). A figura 7 mostra que as viagens no transporte coletivo são as mais longas e tomam o maior tempo médio entre todos os deslocamentos. A distância nas viagens em 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes transporte individual é 62% e o tempo é 44% inferior aos valores do transporte cole- tivo. Figura 7: Distância e tempo de percurso por viagem no Brasil em cidades com mais de 60 mil habitantes em 2014. Fonte: ANTP (2014). Já a figura 8 demonstra que as viagens no transporte coletivo consomem menos energia e emitem menos poluentes que as viagens no transporte individual. O custo médio por habitante das viagens no transporte coletivo é muito inferior ao custo da viagem no transporte individual. Quando as externalidades negativas de acidentes de trânsito e de emissão de poluentes são analisadas, o transporte coletivo mostra- se muito menos prejudicial que o transporte individual. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Figura 8: Consumo e impactos da mobilidade por habitante no Brasil em cidades com mais de 60 mil habitantes em 2014. Fonte: ANTP (2014). 1.7.3 IMPACTOS NEGATIVOS DA MOBILIDADE O processo de motorização e urbanização da sociedade brasileira trouxe conse- quências trágicas, de forma semelhante ao ocorrido em outros países em desenvol- vimento. O aumento acelerado do número de automóveis da organização da indús- tria automobilística, em 1956, causou um enorme número de feridos e mortos. Outro impacto trágico, porém mais veloz e letal, ocorreu na década de 1990 após a liberação e incentivo ao uso da motocicleta. A tabela 2 mostra que, em 2011 e 2012, foram indenizadas por morte no trânsito 58 e 60 mil pessoas, respectivamente. Nos mesmos anos, foram indenizadas por invalidez permanente, respectivamente, 239 e 353 mil pessoas. Tabela 2: Indenizações por morte e invalidez no trânsito em 2010 e 2011. Natureza Ano 2011 2012 Morte 58.134 60.752 Invalidez permanente 239.738 352.495 Fonte: VASCONCELOS, 2013. Os custos de utilização dos modos de transporte são a variável mais preponderante na definição das políticas públicas voltadas à mobilidade e aos Sistemas de Trans- porte. A escolha da aquisição dos meios de transporte, no tocante aos veículos parti- culares, principalmente no Brasil, está associada aquilo que se percebe mais facil- mente, o que se convenciona de custos diretos (combustível, estacionamento e o próprio veículo em si), pela grande maioria das pessoas. Entende-se, no entanto que essa escolha deveria também ser orientada pela decisão a respeito dos custos indi- retos (seguro, manutenção, impostos e depreciação). 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes Tabela 3: Tempo de viagem e custo de desembolso de uma viagem de 9 km em ôni- bus, automóvel e motocicleta em grandes cidades do Brasil em 2012. Informação de uso do modo Ônibus Auto Moto Tempo de viagem (minutos) Acesso a pé 12 02 02 Espera 06 00 00 No veículo 25 18 14 Total 43 20 16 Fator tempo (ônibus = 1) 01 0,47 0,37 Custo (R$) 2,2 2,5 0,65 Fator custo (ônibus = 1) 01 01,1 0,3 Fonte: VASCONCELOS,2013. Como pode ser observado na tabela 3, o custo de desembolso do usuário dos ôni- bus (tarifa paga) é similar ao custo de usar um automóvel (gasolina e estacionamen- to) e é três vezes superior ao custo de usar a motocicleta, assim como, os modos individuais são mais rápidos que o ônibus. Este cenário se deu em função de políticas baseadas em benefícios e isenções das taxas aos automóveis e motocicletas, bem com, políticas inadequadas de oferta e circulação do transporte coletivo, o que acarretou no aumento do seu custo e dimi- nuição da confiabilidade. 2018 Transportes Prof. ª Camila Antunes REFERÊNCIAS Análise do sistema de transporte. Eijikawamoto, 2ª Ed 1999. [ANTP] ASSOSSIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS. Sistema de Informação da Mobilidade: relatório geral 2014. São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.antp.org.br. Acesso em: 18 fev. 2018. História dos meios de transporte. Disponível em: <http://www.historiadetudo.com/meios-transporte>. Acesso em: 18 fev. 2018. [ICETRAN] INSTITUTO DE CERTIFICAÇÃO E ESTUDO EM TRÂNSITO E TRANS- PORTES. O que você precisa saber sobre mobilidade urbana. Disponível em: https://icetran.org.br/blog/mais-sobre-mobilidade-urbana-no-brasil/. Acesso em: 18 fev. 2018. PEREIRA, Márcia de Andrade; LENDZION, Eloá. Sistemas de Transportes. Curitiba, 2013. (Apostila). RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Transportes e modais: com suporte de TI e SI. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes, 2012. VASCONCELLOS, Eduardo Alcântara de. Políticas de transporte no Brasil: a cons- trução da mobilidade excludente. [livro eletrônico]. Barueri: Manole, 2013.
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