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FENOMENOLOGIA III

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FENOMENOLOGIA
MILENE COELHO
FENOMENOLOGIA
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EDMUND HUSSERL
Nascimento: 8 de Abril de 1859, na cidade de Prossnitz na Moravia. (atual República Theca).
Falecimento: 27 de abril de 1938, Friburgo em Brisgóvia, Alemanha.
Bacharelado: início 1868 - término 1876, sendo considerado um péssimo aluno.
Iniciou seus estudos em matemática em 1876 em Leipzig. Concentrou-se seus estudos em matemática, física, astronomia e filosofia.
Foi aluno de Wilhelm Wundt – psicologia filosófica.
Amizades profundas e duradouras com Gustav Albrecht e Thomas Masaruk – luteranismo – filosofia (Descartes, Leibniz e Brentano).
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Sob a influência de Brentano, Husserl mudou-se definitivamente da matemática para a filosofia.
Brentano recomendou Husserl para Carl Stumpf, para que se habilitasse em psicologia na cidade de Halle.
1887 – defendeu a tese de habilitação Sobre o Conceito de Número: análise psicológica.
1891 – publica a obra Filosofia da Aritmética – investigações psicológicas e lógicas.
Ministrou aulas nas universidades de Halle, Göttingen e Freiburg.
Edmund Husserl – filósofo, matemático e cientista.
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Martin Heidegger
Maurice Merleau-Ponty
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Immanuel Kant
Emmanuel levinas
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Jean-Paul Sartre
Jacques Derrida
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Friedrich Hegel
René Descartes
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Friedrich Nietzsche
Max Scheler
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Franz Brentano
Karl Jasper
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Da matemática ao psicologismo: os primeiros anos em Halle (1887 – 1901)
Husserl estudou com Weierstrass.
Weierstrass pautou-se seu trabalho na busca de um fundamento radical que pudesse oferecer à matemática a base para a construção de uma matemática pura, sem o auxílio do raciocínio geométrico – despertou para o empreendimento que denominou Fenomenologia. 
Como explana Kusch: “Weierstrass estava tentando substituir o instinto irracional pelo pensamento racional, procurando fundamentações radicais e raízes originais, além de tentar formular um método completamente rigoroso, absolutamente evidente”.
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Estudo do conceito de número – investigação estaria no alicerce psicológico do conceito de número na ideia de multiplicidade, que Husserl recorrreu à Psicologia Descritiva. 
Qualquer coisa sobre a qual podemos pensar é alguma coisa. Agora, reduzindo todas essas coisas mantidas juntas por um só interesse igual – pelo coletivo e – para meras algumas coisas ou uns, chegamos ao conceito de multiplicidade. Multiplicidade nada mais é do que alguma coisa ou outra e alguma coisa e outra, etc., ou ainda, de forma mais sintética: um e um e um, etc. finalmente, dessas multiplicidades ainda não especificadas passamos para o conceito de números (...).
(Kusch, 2003, p.35)
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Em termos gerais, o esforço de Husserl em fundamentar a aritmética pela consciência psíquica acabou levando-o à impossibilidade de compreender a lógico matemática.
Ou seja, não deu certo.
No entendimento dos antipsicologistas, as “leis da psicologia referiam-se somente às leis que regem a conexão real dos processos de consciência e sua causalidade, enquanto as leis da lógica estariam voltadas aos conteúdos e às operações para que esses sejam verdadeiros.
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Psicologistas – Husserl utilizava do psicologismo (filósofos e psicólogos) – partiam da concepção de que em qualquer produção de conhecimento – filosofia, ciência, arte, tec. – nós podemos encontrar atividades psicológicas. E, para conhecermos a natureza dessas produções, deveríamos conceber uma psicologia do conhecimento, porque só assim teremos, com precisão, os fundamentos do conhecimento e das coisas conhecidas.
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O descobrimento da Fenomenologia: as “Investigações Lógicas” (1900 – 19001).
Investigações lógicas – inaugurou a Fenomenologia, o objetivo principal da obra, foi inaugurar um novo fundamento, uma teoria das teorias, para a lógica pura, para a psicologia e para a teoria do conhecimento em geral.
A fenomenologia surgiu como uma ciência originária, primeira (no sentido filosófico e não empírico) capaz de fundamentar não só a filosofia, mas também as ciências empíricas e principalmente a psicologia.
A fenomenologia surge para explicar de uma maneira totalmente nova e fundamentada o problema do conhecimento.
Fenomenologia – formula sua própria metodologia.
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O despertar da fenomenologia iniciou-se com a refutação do psicologismo e com a plena diferenciação entre a filosofia e a psicologia.
Husserl definiu a fenomenologia como uma ciência apriorística (filosofia), diferenciando-a da psicologia, contudo, em seguida, aponta a fenomenologia como possibilitadora de uma psicologia fenomenológica.
Husserl restaurando a filosofia e as ciências, ergueu a:
Fenomenologia – como fundamento do conhecimento, da razão e das ciências.
Psicologia fenomenológica – como estrutura da psicologia científica.
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Na concepção de Husserl, a filosofia de seu tempo estava sem rumo e contaminada pelo ceticismo e pelo relativismo, produzindo com isso filosofias provisórias.
Husserl impôs à filosofia a necessidade de remover os impasses que a impediam de conquistar um conhecimento absoluto, para que ela pudesse se constituir como ciência de rigor, ou seja, constituir-se de forma universal e absolutamente válida.
Na percepção de Husserl, a filosofia atual tem como tarefa primeira resgatar o seu ideal (ideia de filosofia) – formulado desde Platão – que estava perdido entre as concepções científicas (objetivantes).
Filosofia pensada como Filosofia primeira – deveria começar pela indagação dos fundamentos últimos e no estabelecimento das questões últimas.
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No entanto, para encontrar os fundamentos últimos, a filosofia deve imediatamente perseguir os questionamentos últimos, ou melhor, perseguir e começar por aquele ser que se impõe à tarefa de se questionar.
Assim ficou proclamado o autêntico sentido da fenomenologia, que é buscar, antes de qualquer coisa, o fundamento da vida humana ou como Husserl denominou: a subjetividade transcendental.
A subjetividade transcendental é para a filosofia husserliana a fonte originária de todo o sentido, assim sendo ela funda-se como fonte constituidora do mundo e de si mesma.
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Se a subjetividade transcendental é a fonte constituidora do sentido do mundo e de si, a objetividade acaba sendo parte desta constituição. Husserl impôs sua luta contra a clássica oposição da subjetividade e objetividade, que acabou originando a cisão da filosofia e da ciência.
A fenomenologia transcendental tem como objeto elucidar os conceitos básicos da ciência; e como “filosofia universal” fenomenológica tem por objeto o que a filosofia tradicional denomina metafísica e que Husserl denominou preferentemente de “filosofia primeira”, assim como as questões últimas (problema do destino e da morte, sentido da vida e da história, problemas ético-religiosos, entre outros).
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O QUE É FENOMENOLOGIA TRANSCENDENTAL?
Principais motivações – busca da fundamentação das ciências convencionais e no estabelecimento do estatuto do saber na filosofia; justamente por elas carecerem de fundamentos essenciais, ou seja, de não abrangerem a mera objetividade.
A fenomenologia, neste termo, pretende ser uma doutrina da essência do conhecimento a priori (é o conhecimento ou justificação independente da experiência, um princípio anterior à experiência, usada para indicar “aquilo que vem antes de”). Desligando-se de qualquer referência empírica (Empírico é um fato que se apóia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias e métodos científicos).
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A fenomenologia transcendental será uma fenomenologia da consciência constituinte, ou seja, da consciência enquanto tal, ficando desconsiderada qualquer forma de conhecimento que comece pelo ser objetivo ou que se estabeleça a partir das verdades objetivas (ciência objetiva).
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Objetividade é a qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação imparcial, independente das preferências individuais. Descrição de um facto ou a descrição técnica do assunto
Em epistemologia, o conceito de objetividade caracteriza a validade de um conhecimento ou de uma representação relativa a um objeto. Em outras palavras, o que é real e como sabemos se é verdadeiro o que inferimos a respeito da realidade? Isto depende, por um lado, do conceito do objeto alvo da atenção e, por outro, das regras normativas próprias da área em questão. Assim, do ponto de vista epistemológico, a objetividade não é sinônimo de verdade, embora seja comum confundir os dois conceitos, mas sim uma espécie de "índice de confiança" ou de "qualidade" dos conhecimentos e representações. Também não é sinônimo de fidelidade ao objeto ou à realidade, apesar de o termo ser muito utilizado com este significado, porque as regras normativas que permitem distinguir o que é objetivo do que não é são definidas, em cada contexto, pela comunidade de membros especializados no assunto.
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Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva.
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos.
Na teoria do conhecimento, a subjetividade é o conjunto de ideias, significados e emoções que, por serem baseados no ponto de vista do sujeito, são influenciados por seus interesses e desejos particulares. Tem como oposto a objetividade, que se baseia em um ponto de vista intersubjetivo, isto é, que pode ser verificável por diferentes sujeitos.
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Metafísica (o que está para além da física) é uma das disciplinas fundamentais da filosofia. Os sistemas metafísicos, em sua forma clássica, tratam de problemas centrais da filosofia teórica: são tentativas de descrever os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, bem como o sentido e a finalidade da realidade como um todo ou dos seres em geral.
Concretamente, isso significa que a metafísica clássica ocupa-se das "questões últimas" da filosofia, tais como: há um sentido último para a existência do mundo? A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos? Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-lo? Existe algo como um "espírito"? Há uma diferença fundamental entre mente e matéria? 
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Algumas obras:
Filosofia Como Ciência de Rigor;
Ideias Relativas para uma Fenomenologia Pura e Filosofia Fenomenológica;
Ideia da Fenomenologia: Cinco Lições;
Investigações Lógicas;
Fenomenologia e Psicologia – A Fenomenologia Transcendental;
Meditações Cartesianas e leituras de Paris;
Lógica Formal e Lógica Transcendental: ensaio de uma crítica da razão lógica;
A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental.
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Filmes:
O contador de Histórias (2009);
Questão de Tempo (2013);
Uma Canção para Marion (2013);
Em um Mundo Melhor (2010);
Prova de Redenção (2013);
Ninguém é Perfeito (1999);
Intocáveis (2011);
Histórias Cruzadas (2011);
Lições para Toda Vida (2011)
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Para ler:
TESE DOUTORADO
A (RE)CONSTITUIÇÃO DA PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA EM EDMUND HUSSERL – TOMMY AKIRA GOTO.
ARTIGOS
A FENOMENOLOGIA EM HUSSERL – JEAN MARLOS PINHEIRO DO MARANHÃO.
FENOMENOLOGIA E TEORIA DO CONHECIMENTO EM HUSSERL – URBANO ZILES.

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