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Síntese de indicadores sociais do IBGE: Grupos populacionais

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Departamento de Política Social e Serviço social Aplicado
Síntese de indicadores sociais do IBGE: Grupos populacionais
Alunos: 
Professora: 
Outubro, 2017
Grupos Populacionais Específicos 
Sendo o Brasil composto por uma parcela considerável de crianças, adolescentes, jovens e idosos, e esse grupo estar sujeito a vulnerabilidades específicas, foi-se determinado que era necessário uma proteção especial. Para melhor atendimento de suas necessidades eles serão considerados: grupos populacionais específicos.
Já em 2015 um pacto mundial foi divulgado pela ONU que visa desenvolvimento sustentável com 17 objetivos e 169 metas que reconhece a necessidade da erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões.
A partir deste conjunto de compromissos somados ao longo dos anos, o Brasil passará a ter cada vez maiores necessidades de assegurar e consolidar os direitos básicos e específicos desses grupos populacionais específicos.
Sendo assim a Síntese dos Indicadores do IBGE analisará as questões pertinentes voltados a cada um dos subgrupos para retratar as características e condições de vida de cada grupo.
Crianças e adolescentes
Para analisar as condições de vida da criança e do adolescente, os indicadores do IBGE destacam os seguintes aspectos: rendimento mensal per capta, insegurança alimentar, saneamento básico, trabalho infantil e saúde na escola.
Em 1990 a Doutrina da Proteção Integral da Organização das Nações Unidas é consagrada através da regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente no art. 227 da Constituição Federal de 1988, reconhecendo e garantindo os direitos das crianças e dos adolescentes.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (…)
Fica claro, portanto, que a garantia dos direitos especificados na constituição não é dever apenas governamental, mas também da sociedade e família. Inclusive a instância família é citada primeiramente não por um mero acaso, mas por ela representa a condição de esfera primeira, natural e básica de atenção às crianças e adolescentes e sendo assim, atribuindo ao Estado o papel de garantidor das condições mínimas para que a família exerça sua função.
Contudo fica claro a partir dos dados projetados pelo IBGE que a instância familiar encontra dificuldades de exercer seu papel pois em 2015 a renda per capta mensal de 17,6% dos domicílios em que residem as crianças de 0 até 4 anos e 18% dos domicílios com crianças e adolescentes de 5 até 14 anos não ultrapassam ¼ salário mínimo. Percentual que comparando ao do ano anterior, representa um aumento de 2,4% e 2,1% respectivamente. Uma das causas que poderiam explicar estes números é a elevação da taxa de desemprego, que está intimamente interligada com a formação do exército de reserva, fenômeno é inerente ao sistema capitalista. 
Apesar do aumento do percentual anteriormente citado, o relatório divulga que ainda assim estes números são mais baixos do que os do início da década e que o aumento real dos salários e a implementação de programas sociais de transferência não contributivos tiveram um papel importante para uma melhora na qualidade de vida. 
Com relação a situação de insegurança alimentar, crianças e adolescentes são as maiores vítimas. O percentual de pessoas de 0 a 4 anos nessa situação é de 34,1% e 33,7% entre as de 5 a 14 anos. E é importante destacar, também, que a insegurança tem um perfil populacional. Crianças negras e pardas são as que mais residem em domicílios com insegurança alimentar (43,1%) e 48,6% das crianças que residem em área rural convivem com a mesma. Apesar de ser perceptível o decréscimo da inseguridade alimentar em uma comparação dos anos 2004/2013, tais dados são alarmantes pois a insegurança alimentar é apontada pelo Fundo das Nações Unidas como uma das causas subjacentes e estruturais da mortalidade infantil.
Outro aspecto analisado pelo IBGE é o saneamento básico. A região norte brasileira é que mais destacou-se pelo baixo acesso a serviços de saneamento. Numa proporção de crianças da região norte de 0 a 4 anos de idade sem abastecimento de agua por rede geral é de 41,2% e 80,7% sem esgotamento sanitário por rede coletiva. Sendo estimado que cerca de 6% de todas as doenças no mundo sejam causadas pela falta de saneamento e provoca a morte de mais de 15 milhões de pessoas anualmente por doenças infecciosas, podemos considerar que a taxa de mortalidade infantil tem como uma das principais causas o déficit do serviço.
Para garantir boas condições de vida da criança e do adolescente é necessário que as políticas de combate ao trabalho infantil sejam eficazes. Pela Constituição Brasileira (Artigo 7, inciso XXXIII) é determinada a “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos”, salvo a condição de aprendiz, que poderá - o adolescente - trabalhar a partir dos 14 anos, contudo, a realidade brasileira mostra-se distinta. O percentual de crianças e adolescentes de 10 a 13 anos de idade em situação de trabalho infantil no ano 2005 era de 26,9% na zona rural. A partir desse ano o percentual passou a cair significativamente e em 2015 a taxa caiu para 8%.
O que justificaria a mudança desse quadro tão drasticamente? Provavelmente o fato de Lula da Silva ter sido eleito em 2003 e anunciar a intenção de não somente combater a escravidão, mas de erradica-la do país. Criou Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) e implementou diversas medidas como campanhas e comissões estaduais pela erradicação do trabalho escravo.
Jovens
A população jovem (pessoas de 15 a 29 anos) correspondia 23,6% da população brasileira em 2015. O Estatuto da Juventude fora criada para determinar quais são os direitos dos jovens que devem ser garantidos e promovidos pelo Estado brasileiro. Para que a efetivação dos direitos dos jovens ocorra, é necessário que três temas que representam as especificidades desse grupo sejam compreendidas: violência, educação e trabalho.
Violência é um eixo que atinge toda a população brasileira, contudo os jovens são os principais afetados por ela. Uma prova disso é a taxa de homicídios por armas de fogo de 2014 ser sempre maior entre a população de 15 a 29 anos. Apesar do comprometimento com Desenvolvimento sustentável, a meta de “reduzir significamente todas as formas de violência e as taxas de mortalidade relacionada em todos os lugares” muito dificilmente será alcançada em 15 anos.

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