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constestação de civil reenvio

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CIVIL DA COMARCA DE LONDRINA, ESTADO DO PARANÁ
Processo nº ... 
ELISA, brasileira, solteira, 28 anos, bancária, portador da carteira de identidade n° xxxxxxxxxx, expedida pelo xxx/xx, inscrita no CPF/MF sob n° xxxxxxxxxxx, endereço eletrônico xxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxxx, nº xxx, bairro xxxx, cidade xxxx, Estado xxxx, CEP xxxx, por intermédio de seu advogado abaixo assinado ( procuração anexo ), com endereço profissional na rua xxxxxx, nº xxx, bairro xxxx, cidade xxxx, Estado xxxx, CEP xxxx, para fins do artigo 106, I do Novo Código de Processo Civil, 
Que propõe AÇÃO DECLARATÓRIA DE VÍCIO REDIBITÓRIO C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAS E MORAIS em face da 1) CONCESSIONÁRIA ENERGY, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº xxxxx, com sede na Rua xxxx, nº xx, cidade Londrina, Estado Paraná, CEP xxxx; 2) e a fabricante xxxxx, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº xxxxx, com sede na Rua xxxx, nº xxx, cidade xxxx, Estado xxx, CEP xxx, na pessoa de seu representante legal xxxx, pelas razões de fato e de direito que passa a expor vem oferecer perante esse tribunal:
RECURSO DE APELAÇÃO 
Expondo e requerendo o que segue:
DOS FATOS
No dia 20.02.2015, a autora, de 28 anos, se dirigiu até a concessionária de automóveis Energy, localizada na cidade de Londrina, Paraná, com intenção de adquirir um automóvel novo, Chair, marca vinculada à concessionária. Após negociação, desistiu da compra optando pelo modelo Rack x AC 1.5 M/T ano/ modelo 2015, chassi X, posteriormente emplacado com placa X, cor branco, conforme Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) pelo preço de R$ 36.500,00 (trinta e seis mil e quinhentos reais). 
A forma de pagamento do veículo se daria da seguinte forma: A autora entregaria outro veículo, seu, marca Siena, placa Y no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais), restando o valor de 23.500,00 (vinte e três mil e quinhentos reais) que foi liquidado por meio de alienação fiduciária a favor do banco Vase do Brasil S/A.
Entretanto, no mês de setembro o veículo começou a apresentar seus primeiros problemas, sendo: barulhos estranhos nas portas, na parte traseira e no painel. A fabricante oferta uma garantia de três anos para cobertura de falhas mecânicas, hidráulicas e defeitos na fabricação. Diante o exposto a autora procurou a oficina da própria concessionária, no dia 20 de setembro de 2015, dando origem à ordem de serviço 43.260. 
Mesmo após a visita a concessionária os problemas no automóvel persistiram, pior ainda, novos barulhos apareceram na entrada de ar esquerdo, próximo ao parasol, na parte de cima, porta malas, além de um apito quando o veículo atingia mais de 100 Km/h.
Não satisfeitos seus problemas, novas idas a concessionaria foram necessárias (10 de outubro de 2015, 25 de outubro de 2015, 10 de dezembro de 2015).
No dia 26 de janeiro de 2016 o veículo apresentou problemas ainda mais sérios, sendo necessário o acionamento do guincho, pelo custo de R$ 250,00 novamente levando o automóvel até a mencionada concessionária, este permanecendo neste local até nova ida da autora, nos dias 16 de janeiro de 2016 e 11 de fevereiro de 2016, ocorrendo a substituição de uma peça. 
Além de todos os desconfortos enfrentados, decorrentes das várias idas, na tentativa da resolução amigável do conflito, sem sucesso até a oficina da Energy, que acarretou em dificuldades financeiras pela falta do seu meio de transporte para ir ao trabalho, a autora também enfrentou a falta de preparo do funcionário que afirmou que ela comprou um carro popular e quer ter um carro de luxo, dentro do padrão popular, que provocou grande revolta em Elisa.
As providências solicitadas não surtiram efeito, os problemas não foram sanados por parte da concessionária Energy, que não tomou nenhuma iniciativa que indicasse a intenção de, realmente solucionar o incômodo, persistindo até o presente momento.
do direito 
O CPC 2015 diz que 
”Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.”
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
O réu sofreu o ajuizamento de sentença terminativa com resolução de mérito , bem como a inobservância do juiz quanto ao laudo de perícia técnica realizada no veículo objeto desta ação. Em 06.03.2017, o MM. Magistrado proferiu decisão de fls... que, no seguinte teor:
“2ª Vara Cível do Foro da Comarca Central da Região Metropolitana de Londrina Autos nº X (...) 1. Trata-se de Ação Declaratória de Vício Redibitório cumulada com pedido de indenização por Danos Morais, envolvendo as partes acima nominadas. Alega a autora, em suma, que: a) adquiriu perante a primeira ré o veículo descrito na inicial, fabricado pela segunda ré e que, alguns meses depois, começou a apresentar defeitos, tais como barulhos nas portas, painel e parte traseira; b) levou o veículo à oficina da primeira ré, porém, além dos defeitos não terem sido sanados, outros começaram a aparecer; c) que as rés ofereceram garantia contratual de 03 (três) anos, porém, os defeitos perduram até hoje, sem qualquer solução por parte delas. Pugnou pelos benefícios da justiça gratuita. Requereu a resolução do negócio jurídico firmado entre as partes, e a condenação das rés a restituírem o valor total pago pela autora no veículo, além do pagamento das despesas decorrentes da resolução do negócio e danos morais decorrentes da má qualidade dos serviços e do produto. Por fim, pediu o reconhecimento da existência de vício redibitório, ou defeito do produto, além da inversão do ônus da prova. Recebida a inicial, com deferimento do pedido de assistência judiciária gratuita. Citada, a ré Energy Comércio de Veículos Ltda. apresentou contestação, onde arguiu, em síntese: a) preliminarmente, pediu pela revogação dos benefícios da assistência gratuita à autora; a decadência 4 NPJ Direito Civil - Sua Petição - Seção 6 do direito da autora de reclamar pelos vícios aparentes, ou de fácil constatação, do objeto do negócio jurídico, e a ilegitimidade passiva da concessionária ré, além da ausência de requisitos essenciais para a caracterização da responsabilidade civil, diante o limite da responsabilidade da concessionária e ausência de nexo de causalidade e ato ilícito; b) ausência de dano moral, eis que não se vislumbra cometimento de ato ilícito pela ré, capaz de causar ofensa à moral da autora. Pugnou pelo acolhimento das preliminares arguidas, e total improcedência dos pedidos da autora. A ré Chair do Brasil Ltda. apresentou contestação, onde alegou, em síntese: a) preliminarmente, a impossibilidade jurídica do pedido de restituição do valor pago pelo veículo, e a decadência do direito da autora de reclamar pelos vícios aparentes, ou de fácil constatação, do objeto do negócio jurídico; b) que a garantia oferecida ao veículo diz respeito à troca de peças ou componentes completos, excluindo a hipótese de troca do veículo por outro; c) ausência de dano moral, eis que não se vislumbra cometimento de ato ilícito pela ré capaz de causar ofensa à moral da autora. Pugnou pelo acolhimento das preliminares arguidas e total improcedência dos pedidos da autora. Requereu, ainda, o indeferimento da inversão do ônus da prova, e do pedido de indenização. Juntou parecer técnico. A autora ofertou réplica onde refutou as preliminares arguidas pelas rés. Foi proferida decisão saneadora, a qual foi objeto de embargos de declaração, acolhidos conforme decisão proferida por este juízo. Houve instauração de incidente de impugnação ao perito nomeado, o qual foi posteriormente substituído. Produzida a prova pericial e designada audiência de instrução e julgamento, esta se realizou com a oitiva de testemunhas. O feito foi concluso para prolação de sentença. 5 NPJ Direito Civil - Sua Petição - Seção 6 [...] Ainda que o perito tenha concluído pela inexistência de vícios no produto, não está o magistrado adstrito à conclusão do laudo pericial, pelo quetenho por bem reconhecer a existência de vício redibitório e condenar os réus a substituírem o veículo da autora, além de arcarem com indenização pelos danos materiais (guincho) e morais suportados pela autora. [...] Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado pela autora, nos termos do art. 487, I do NCPC, condenando os réus, de forma solidária, a fornecer novo veículo à autora, com as mesmas características e de igual valor. Ademais, deverão os réus pagaram a quantia de R$ 30.000,00 à autora à título de danos morais e indenizar a mesma na quantia de R$ 250,00 pelos danos materiais sofridos. Condeno os réus ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, os quais fixo em 10% sobre o valor da condenação, com fulcro no art. 85, §2º, do NCPC.”
Isto porque, O juízo “a quo” julgou totalmente procedente o pedido do apelado e condenou o apelante a pagar a indenização pleiteada. certamente de forma involuntária, a decisão, com todo respeito, precisa ser reformada posto que ignorou o conteúdo da prova técnica pericial produzida, e julgou a causa, em contrariedade com os fatos e provas dos autos.
Assim, faltou decorrente desse fato, a necessária fundamentação exigida pelo art. 489, § 1º do Código de Processo Civil.
Ademais a autora não merece o recebimento de indenização por danos morais, tampouco a ré merece condenação à substituição do veículo, e ao pagamento de tal indenização por danos morais. Além disso, a ré Energy requer a reforma em razão da inobservância, pelo magistrado, das conclusões obtidas através da prova pericial, que verificou a inexistência de vícios no veículo e demonstrou que o veículo se encontrava dentro dos padrões esperados e não apresenta os vícios descritos na inicial, estando plenamente apto para uso.
Desta forma, conforme se verifica dos trechos destacados na sentença, acima apontada, resta claro, motivo desta apelação, a imprescindibilidade da reforma da decisão terminativa de primeiro grau, pois em tal fundamento não observou os laudos da perícia técnica que impõe ao pagamento de indenização por danos morais ou substituição do veículo sem que haja nenhum vício capaz de trazer riscos a segurança do cliente. 
Assim, se faz necessário a reforma da sentença para a verificação do laudo técnico pericial.
DOS PEDIDOS
Isto posto, requer a V. Exa.:
a) seja ACOLHIDA a pretensão de anulação da decisão do juízo “a quo” que julgou totalmente procedente o pedido do apelado e condenou o apelante a pagar a indenização pleiteada;
b) No mérito da reforma que seja a demanda JULGADA IMPROCEDENTE em todos os seus pedidos, diante da absoluta ausência de direito do Autor na sua pretensão inicial.
DO PEDIDO DA NOVA DECISÃO 
Por todo o exposto, requer que seja recebido este recurso para lhe dar provimento, reformando-se totalmente a sentença de primeira instância, julgando improcedente o pedido de indenização formulado pelo apelado, e condenando-o nas custas e verbas de sucumbência.
Pede deferimento.
Local, (Dia) de (Mês) de
(Ano)
Assinatura
Nome do Advogado
OAB/ (UF)

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