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Hobbes, Locke e Rousseau

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Estudo dirigido – Economia Política 2º estágio – Hobbes, Locke e Rousseau
HOBBES
1- O que é contratualismo?
Conjunto de teorias que afirmam a necessidade da existência de leis e regras para manter a ordem social dentro de um Estado, evitando assim o uso da violência. Ou seja, o contratualismo vem com o intuito de dar legitimidade ao poder.
2- O que diferencia a proposta de Hobbes da proposta de Maquiavel?
Maquiavel era tido como absolutista, pois atribui poder ao príncipe. Para ele, esse poder absoluto terá legitimidade pela virtude. Ele aconselha os governantes a governarem para manter o poder político mesmo que tenham de fazer uso da força e criar inimigos. Já Hobbes afirma que quem vai garantir a legitimidade é o pacto, pois ele vai substituir a tradição, o direito divino, ou seja, esse pacto é autoritário, de submissão, onde o homem troca todos os seus direitos naturais por um único direito, o da vida. E uma vez que o Leviatã for escolhido, não tem como voltar atrás.
3- Como Hobbes percebe o homem?
Para Hobbes, o homem em seu estado de natureza é egoísta, egocêntrico e inseguro, ou seja, uma visão negativa e idealista do homem. Para ele o homem faz o seu próprio governo, com a finalidade de suprir suas paixões e desejos. Ele vê também no seu semelhante um adversário, um inimigo, uma ameaça, e por isso tendem a guerrear entre si.
4- Descreva o estado de natureza hobbesiano.
O estado de natureza hobbesiano era tido como um estado de guerra onde vigorava a lei do mais forte e havia a necessidade de se antecipar aos movimentos para permanecer vivo, ou seja, apresentava um temor da morte violenta. Nesse estado de natureza o homem não tem o conceito de justiça, e por isso é necessário a instalação do estado, pois esse precisa ter força para realizar o fim a que ele se propõe, que é a manutenção da vida e a segurança.
5- Como Hobbes explica a “guerra de todos contra todos”?
A guerra de todos contra todos pode ser explicada pelo fato de que, no estado de natureza hobbesiano, o homem enxergava o outro como seu inimigo. Ou seja, o homem era tido como o seu próprio lobo. Existiam três causas principais para essa discórdia: a competição, a desconfiança e a glória.
6- Como Hobbes justifica o contrato/pacto social?
Para Hobbes, os homens tem o desejo coletivo de sair do estado de guerra, tido como caótico e querem trazer a ideia de segurança. Ou seja, para existir paz, Hobbes propõe a criação de um poder centralizado, um poder absoluto. Hobbes quer um pacto de submissão, onde o sujeito troca todos os seus direitos naturais por um só, o direito à vida.
LOCKE
7- Descreva o estado de natureza lockeano.
Para Locke, o estado de natureza era um estágio pré-social e pré-político, ou seja, já tinha estruturado uma sociedade (quem manda e quem obedece), só não tinha legitimidade.
O que diferencia esse estado para o de hobbes, é que Locke vê o homem tendendo a ser bom, e tem interesse em proteger os direitos naturais já existentes, como o da vida, liberdade, propriedade. Entretanto, o excesso de liberdade dado ao homem torna esse estado incerto, pois o homem as vezes abusa até pela forma dinâmica de viver. Ex: a corrupção nos dias atuais, ocorreu porque teve um excesso de liberdade.
8- Caracterize o liberalismo político.
Liberalismo político é a corrente de contraposição as teorias absolutistas. Diz que o soberano precisa obedecer as leis, que o seu poder deveria ser limitado, e traz o pacto para que este pudesse alternar o poder, ou seja, defende que o poder não deveria ser somente concertado nas mãos de um só. 
9- Caracterize o “pacto” proposto por Locke.
Locke tem seu pacto fundado na confiança, baseado na representação e que não existe um prazo de validade imprescritível, ou seja, o poder (pacto) se sustenta até quando existir confiança. Esse pacto se compromete em buscar esses direitos naturais numa sociedade civil.
10- O que justificaria segundo Locke, o surgimento da sociedade civil?
O surgimento da sociedade civil seria ao trocar o estado de natureza para a sociedade civil, abrindo mão dos direitos naturais. Ou seja, o objetivo da sociedade civil é a união dos homens em comunidades, colocando eles sob governo. Para este objetivo falta a lei e o juiz imparcial. Existe também o temor, para que regre o excesso de liberdade, ou seja, deixa de fazer a lei (no estado de natureza) para seguir (diante o pacto).
11- O que diferencia o pacto de Locke do pacto de Hobbes?
Locke tem seu pacto fundado na confiança, entretanto pode correr o risco de ter problemas, já que o homem tem a sua natureza má. Já Hobbes em seu pacto, defendia o absolutismo, concentrado nas mãos de um monarca. 
12- Caracterize o “estado de guerra” em Locke.
O estado de guerra em Locke tem o uso ilegítimo da força. É uma dissolução do estado civil. Ou seja, o homem tem a liberdade de sair do estado de natureza (onde não existiam conflitos) e ir para o de guerra, pois ele é um ser livre.
ROUSSEAU
13- Como Rousseau percebe o homem em seu “estado de natureza”?
Para Rousseau, o homem no estado de natureza é livre e bom selvagem. Entretanto, essa liberdade não é tida por completa, pois por toda parte o homem encontra-se a ferros. Ele diz que a natureza o limitava, que o homem era ingênuo e a partir do momento em que ele vive em sociedade, acaba se corrompendo, ou seja, decorrente do processo ele se torna mau. Ex: namoro, que somente durante o tempo notamos os defeitos.
14- O que justificaria, segundo Rousseau, o “contrato social”?
Rousseau diz que a natureza impõe limites ao homem e aos seus direitos naturais. Ele diz que no pacto os homens permanecerão livrem pois quando celebram esse pacto, transformarão a liberdade natural em vontade geral, ou seja, para o homem viver em sociedade ele precisa ser menos individualista. Portanto, os cidadãos livres renunciariam a sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral.
 
15- Caracterize o contrato social proposto por Rousseau.
O contrato proposto por Rousseau é fundado na vontade geral, visto que o que induz o contrato, o que justifica, é a necessidade de associação para garantir os direitos naturais.
16- Descreva o ideal de democracia expresso por Rousseau.
Para ele, o sujeito teria de participar efetivamente das decisões do estado/coletividade. Ele queria então a democracia direta, que tenha como resultado a expressão da vontade geral na hora de tomar uma decisão.
17- O que caracteriza a “vontade geral” proposta por Rousseau?
Para ele, a vontade geral equivale a soberania. É caracterizada por independer da vontade de particulares, ou seja, ela expressa a vontade do corpo coletivo, do soberano, objetivando o que é melhor para um conjunto. Possui 4 características, é indivisível (não pode ser a vontade de uma parte), inflexível (tende a não ser modificada), infalível (tende a escolher o bem comum, a ser verdadeira) e verdadeira (expressão genuína e legítima da vontade do corpo político, que é o povo).
18- O que diferencia a “vontade geral” da “vontade da maioria”?
Vontade geral é algo acima das vontades individuais, ou seja, é o melhor para o conjunto. Vontade da maioria é a vontade dos desejos individuais, ou seja, é a soma das vontades particulares.
19- Como Rousseau justifica ser “o povo”, “o soberano”?
Para ele, o homem é súdito dele mesmo, obedece a si mesmo, ou seja, que fosse o governante e o povo ao mesmo tempo, sendo assim, sempre buscando o seu bem. Em outras palavras, para Rousseau o soberano é o povo. O conjunto de cidadãos que transformam sua liberdade natural em liberdade civil.
20- Estabeleça relação entre os contratualistas estudados (Hobbes, Locke e Rousseau).
Semelhanças: Eram contratualistas; propuseram pactos; partiam sempre da ideia de um estado de natureza para se chegar a sociedade civil; reconheciam que os homens eram jusnaturalistas (ou seja, detentores de direitos naturais).
Diferenças: Hobbes tinha o pacto de submissão (segurança), Locke o de confiança e Rousseau baseado na vontadegeral.
Hobbes dizia que o homem era o seu próprio lobo, Locke dizia que o pacto parecia ser bom por ser de confiança mas o problema é a natureza de má fé do homem, e Rousseau considera o ser humano essencialmente bom, porém a sociedade o corrompe.

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