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Maquiavel, Hobbes e Locke 1 🗣 Maquiavel, Hobbes e Locke Maquiavel Maquiavel vive em uma era e ausência de poder centralizado e acredita que o Estado O autor critica a ideia de regime ideal e propõe a politica no âmbito da contingencias, a partir de experiências concretas. Ou seja, é necessário atitudes especificas para conseguir realizar a manutenção e manter o Estado vigente. 💡 O homem é naturalmente egoísta, covarde, competitivo e deseja lucro. Portanto, na ausência de um poder soberano, temos tendências de buscar o conflito e a barbárie. A natureza do homem exige a presença do poder civil dotado de leis e capaz de garantir a ordem interna e a defesa de seu povo contra ameaças externas. A politica é a ação continua de mediar institucionalmente conflitos para alcançar a ordem pública. Sendo assim, o uso da força do estado não deve ser um instrumento rotineiro da política. Maquiavel, Hobbes e Locke 2 O conflito tem natureza cíclica é representa mudança, evolução e ruptura. O conflito deve ser controlado e mediado, mas não eliminado. Eliminar o conflito é uma forma tirânica de lidar com a situação. Virtú é a valorização do homem, de suas ações, escolha e conquistas. O individuo consegue ser o sujeito de sua própria história, indo contra a concepção medieval de predestinação e controle divino. Fortuna: de caráter externo, acaso. Muitas vezes vista como a sua sorte. Virtú e Fortuna: para Maquiavel, o homem de virtú é capaz de dominar, até certo ponto, a fortuna. Ele consegue se aproveitar da sua fortuna para adquirir o máximo possível, e em momento de má fortuna, ele lida de maneira menos danosa. Mas a fortuna só pode ser controlada até certo ponto. A governança não se faz pelo uso apenas da força, e sim da estratégia e sagacidade. Porém, é essencial que o Estado seja dotado do poder, exército próprio e força para conseguir manter a ordem. Política e Moral A ação política visa resultados, portanto, não se alia a moral convencional e dos valores cristãos. O governante deve se guiar pela racionalidade para alcançar fins públicos e pela necessidade de fazer o melhor para politica de Estado e a esfera pública. Necessita de impessoalidade na condução da coisa pública. A liberdade civil se manifesta dentro das leis do Estado, ou seja, elas são forças motoras na sociedade contanto que estejam dentro das leis do Estado. Boas leis são capazes de educar os homens para a atividade política em prol da república. Contudo, nenhum solução para a desordem é permanente dada a natureza humano. O conflito pode se expressar de forma controlada Hobbes Maquiavel, Hobbes e Locke 3 A unidade e a soberania do Estado. A superação do divisionismo e dos conflitos como condição da paz e da ordem civil. Hobbes não aceita o conflito, o Estado Soberano deve superar qualquer disputa da sociedade. Hobbes acredita que a natureza humana é passional, egoísta, ávida de poder e glória, mas também racional. Estado de Natureza Os indivíduos são iguais e livres, o que resulta na guerra generalizada ou iminente, fruto das disputas por poder ou sobrevivência. Na ausência de poder, todos representam uma ameaça e isso traz a condição de insegurança e medo constante da morte. 💡 Se nação há um Estado controlando, fazer guerra contra o outro é a atitude mais racional. O contrato social surge em uma acordo recíproco, através do qual, cedem todos os seus direitos naturais - com exceção a vida - para um poder soberano capaz de protegê-los de si mesmos. Hoobes é um contratualista, logo, afirma que a origem do Estado e da sociedade está em um contrato, estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política. O homem abandona o Estado de Natureza para sentir segurança a sua vida, uma vez que o homem protege sua vida acima de tudo. Para garantir o direito a vida, criar um poder maior que os homens livres é o ideal uma vez que a liberdade, a igualdade, geram guerras. O Estado Hobbes busca legitimar uma soberania absoluta e indivisível, por meio de pacto de submissão em troca de proteção. O Estado Soberano deve ter direito a tudo, aumentará sua riqueza, terá um exercito permanente. Os homens devem abrir o direito do Maquiavel, Hobbes e Locke 4 uso da força, o direito a violência, dando ela ao Estado Por meio do contrato social, o soberano é autorizado a decidir e agir em nome de todos. Não existe uma forma de contestar uma vez que o soberano foi criado a partir de um contrato em conjunto e voluntário. Pois nos tornamos um corpo social representado pelo soberano. A propriedade privada, porém, não é um direito natural e sim uma concessão do Estado. O soberano estabelece as regras de contrato entre os súditos. Liberdade A liberdade não é um valor em Hobbes. No Estado de Natureza ela provoca o caos e barbárie. A liberdade no Estado Civil significa ter o direito de fazer tudo aquilo que as leis do soberano não proibirem, vivendo em paz e segurança. Locke Locke vive em um período em que reacendem os confrontos religiosos e as disputas entre coroa e parlamento, com a ameaça de uma nova guerra civil. Em 1688, a revolução gloriosa marca o triunfo do liberalismo político sobre o absolutismo. Locke introduz os princípios do liberalismo político e econômico ao defender a limitação do poder estatal e propriedade privada - fruto do mérito e das conquistas pessoais dos homens -, defendendo os direitos naturais e invioláveis dos homens. A liberdade é um direito natural e deve ser defendido. O objetivo grande e principal é a preservação da propriedade. Para este objetivo, muitas condições faltam no estado de natureza. Primeiro, falta uma lei estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita mediante consentimento comum, como padrão do justo e injusto e medida comum para resolver quaisquer controvérsias entre os homens. Maquiavel, Hobbes e Locke 5 Em segundo lugar, no estado de natureza falta um juiz conhecido e indiferente com autoridade para resolver quaisquer dissensões, de acordo com a lei estabelecida. Em terceiro lugar, no estado de natureza frequentemente falta poder que apoie e sustente a sentença quando justa, dando-lhe a devida execução. Ideias que se situam dentro do racionalismo filosófico cujo proposta é refletir sobre os fundamentos do poder estatal, justificado a partir das necessidades, interesses e escolhas dos indivíduos. Ele combina pensamentos filosóficos com pensamentos institucionais. 💡 Jusnaturalismo: os homens nascem portadores de direitos naturais e inalienáveis concedidos por Deus igualmente a todos. Para Locke, o Estado de natureza não era total caos pois os indivíduos são racionais e sociáveis, mas também suscetíveis às suas paixões. Ou seja, havia uma relativa paz e pelo igual usufruto dos direitos naturais à vida, liberdade e propriedade privada. Porém não isento de conflitos que ocorrem quando os direitos são ameaçados pela irracionalidade de alguns. Uma vez que o homem nasce com direitos que jamais podem ser transpassados para terceiros. Anteriormente, vivíamos no Estado de Natureza relativamente pacífico. Com o surgimento da moeda e do comércio, as propriedades se acumulam gerando intensos conflitos e isso leva ao agravamento da violência uma vez que alguns indivíduos tem mais recursos que outros. Isso faz com que se abandone o estado natural de existência, pois os conflitos se tornam frequentes e nossos direitos naturais são infligidos diariamente. O Contrato Social é criado para haver um poder que tem a função de proteger os direitos individuais e, por conseguinte, não pode violá-los. Esse contrato tem o intuito de garantir seus direitos naturais as ameaças e transgressões de terceiros. O individuo tem a liberdade de aceitar o contrato social ou não de forma individual, uma vez que nossos direitos pessoais são primordiais e não podem ser ultrapassados pelo Maquiavel, Hobbes e Locke 6 Estado, O Estado tem as prerrogativas de legislar, julgar e punir os transgressores.Mas, para evitar a tirania, tem seus poderes ou funções separados. Executivo: Responsável por governar garantindo a ordem pública e defesa do território. Legislativo: o poder supremo, responsável por promulgar leis, as quais todos estarão igualmente submetidos. Deve ser composto por homens eleitos pelo povo. Federativo: o direito de um povo reunir força em defesa de seus valores, crenças e liberdades contra o desrespeito em grupo. Mas, Locke reconhece, essas funções acabam sendo do Executivo, o que anula o poder Federativo. O abuso de poder implica na quebra do contrato e devolve a soberania ao povo.
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