Buscar

Vertebrados II introdução e anfíbios

Prévia do material em texto

Introdução de Vertebrados II
Número estimado de spp atuais:
Mamíferos: 5416 spp
Aves: 11863 spp
Répteis: 10038 spp
Anfíbios: 7323 spp
Peixes 32900 spp
Répteis não representam uma categoria taxonômica, é apenas um nome vulgar para vários grupos;
Sinapomorfias de Tetrapodas:
Quatro extremidades com 1 osso proximal (úmero/fémur), 2 ossos distais (rádio e ulna/tíbia e fíbula);
Pentadáctila;
Origem dos Tetrapodas:
A transição de um organismo semelhante a peixes para um tetrápoda terrestre envolveu modificações de estruturas e função. O deslocamento em ambiente terrestre requer um sistema de sustentação diferenciado.
Os ancestrais (Stegocephalia) eram grandes e pesavam muito: não tinham problemas na água porque flutuavam, mas na terra tiveram que modificar-se para melhor enfrentar a gravidade.
Modificações:
- Corpo:
O deslocamento em terra requer um sistema de sustentação diferente. 
Os ancestrais (Stegocephalia) eram grandes (1-2 m de comprimento) e, portanto pesavam muito: não tinham: não tinham problema na água pq flutuavam, mas em terra tiveram que se modificar para melhor enfrentar a gravidade:
as nadadeiras peitorais (anteriores) e pélvicas (posteriores) mudaram para os membros (extremidades); 
os ossos distais das nadadeiras tornaram-se mais complexos; 
os elementos proximais das extremidades tornaram-se mais robustos; 
os músculos dos membros aumentaram em tamanho e complexidade;
principais estruturas de deslocamento terrestre: pulso, tornozelo e dedos;
a cintura peitoral perdeu a conexão com o crânio, possibilitando maior mobilidade da cabeça e ombros (pescoço);
a cintura pélvica tornou-se mais firmemente ligada à coluna vertebral, inicialmente a uma única vértebra;
o crânio achatou-se, o rosto alongou-se (aumentando a área respiratória), os olhos tornaram-se mais dorsais;
 as nadadeiras dorsal e anal foram perdidas.
Nenhum tetrápoda tem nadadeira, apenas modificações.
Locomoção:
Caminhar/correr ao invés de nadar.
Nos peixes, os músculos forneciam a maior parte da força locomotora e as nadadeiras eram responsáveis pelas manobras.
Nos tetrápodas, os músculos do corpo e cauda são menos desenvolvidos, enquanto os músculos das extremidades são mais desenvolvidos. 
As vértebras desenvolveram zigapófises, que limitam os movimentos dorso-ventralmente e previnem o envergamento do corpo. São, em geral, mais ossificadas.
Registro fóssil mais representativo: ossos do crânio.
Em Mammalia, o forame não aparece na vida adulta, apenas no desenvolvimento. Como Mammalia e Testudine não possuem forames, identificamos a distinção pelos dentes, já que quelônios não os possuem.
Amphibia
É um grupo monofilético, porém tem sido questionado dependendo das características usadas.
 Amphibia remete a 2 fases durante o ciclo de vida: parte na água e parte terrestre. Dependendo da água para a reprodução, pode haver desvantagens devido à presença do homem no meio ambiente.
Entre as formas viventes há muitas alterações morfológicas.
Os primeiros anfíbios possuíam 5 dedos e eram semelhantes ao Sarcopterygii. Sofreram adaptações para a vida terrestre (pernas, pulmões, no sistema circulatório, narinas comunicadas com a cavidade oral, órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água quanto no ar, pele, larva com brânquias (girinos) – meio aquático, adulto com pulmões, etc; importância ecológica: predação de insetos; presa de vertebrados; ciclagem de nutrientes, entre outros). Há registros da presença de osso opercular. Eram grandes e pesados, carnívoros (alimentavam-se na água, a partir da presença de dentes, os dentes tinham esmalte que formava reentrâncias em labirintos – dentes labirintodonte).
Por que buscaram o solo?
Hipótese 1: sofreram com período de seca e buscaram outros ambientes devido a presença de extremidades.
Hipótese 2: os jovens saíram da água para fugir de predadores.
	São os tetrápodas mais basais.
Sinapomorfias de Amphibia
- dois tipos glandulares no tegumento (mucosa e granular) – autapomorfia em relação aos outros grupos e sinapomorfia entre eles – produz substâncias tóxicas;
- dentes pedicelados e bicuspidados, porém, a maioria dos anuros não apresentam mais dentes;
- corpo gorduroso em associação com as glândulas reprodutoras e gônadas;
- elemento opercular associado ao estribo 
- estribo direcionado dorso-lateralmente, não possuem bigorna e martelo;
- habilidade de elevar os olhos: músculo elevador do bulbo;
- similaridade no padrão de redução de elementos do crânio e nos padrões de fenestras;
- bastonete verde com um tipo especial de célula visual (células visuais especiais na retina, com função desconhecida - ausentes em Gymnophiona, que têm olhos reduzidos → possivelmente uma perda secundária);
- Papila amphibiorum: área sensorial no ouvido interno que percebe sinais acústicos com frequência inferior a 1000 Hz (ciclos por segundo);
- 2 côndilos occiptais;Não é exclusivo de Amphibia.
- redução de elementos do crânio;
- mecanismo de respiração forçada (bombeamento).
Caracteres Gerais dos Anfíbios:
- pele: úmida, glandular, sem escamas;
- são ectodérmicos (como peixes e répteis) – dependem do ambiente como fonte de calor;
- olhos com pálpebras móveis;
- membrana timpânica (externamente);
- língua protrátil, boca com dentes ou ausentes;
- pernas: geralmente 2 pares, com 5 ou menos dedos (4 nos anteriores), alguns com um par de membros, outros sem nenhum;
- duas narinas: comunicadas com a cavidade bucal e com válvulas para impedir a entrada de água (tubérculo pré—lingual);
- esqueleto: ósseo essencialmente (em grande extensão);
- a maioria não apresenta costelas, porém, quando presentes, não presas ao esterno;
- crânio com dois côndilos occipitais;
- circulação dupla e incompleta; coração com 3 câmaras; 
- glóbulos vermelhos nucleados e ovais;
- respiração: brânquias, pulmões, pele, mucosa bucal; 
- cordas vocais (não são homólogas) em sapos e rãs;
- fecundação: externa ou interna;
- geralmente com estágio larval (girino);
- comportamento: enterram-se, hibernação, onívoros, carnívoros;
- limitações: respiração cutânea; incapazes de produção de urina concentrada; 
- ovo resistente à dessecação;
- glândulas mais ivedentes são as mucosas devido a presença do muco;
- crânio frágil;
- quando o sapo cai na água, a boca se fecha e o tubérculo pré-lingual não permite a entrada de água – realiza bombeamento bucal até certo ponto, após esse tempo, faz respiração cutânea.
Forma (Morfologia)
ofiomorfos: são os Gymnophiona (cobras-cegas), sem membros locomotores 
lacertiformes: são os Urodelos (salamandras), geralmente 2 pares de pernas e cauda desenvolvida 
raniformes: são os anuros (rãs, sapos e pererecas) com dois pares de pernas. Tem corpo globoso, achatado dorso-ventralmente, revestido de pele rugosa e úmida e: 
- não apresenta pescoço nítido;
- cabeça: forma triangular, achatada dorso-ventralmente; 
- tronco: achatado dorso-ventralmente e partes látero-ventrais bem largas;
- corcunda sacral: cintura pélvica se articula com o sacro; 
- membros: anteriores (menores) posteriores (maiores) – locomoção; 
- fenda bucal é comprida, alcançando a margem posterior da membrana timpânica; 
- duas fossas nasais dorsais, próximas da linha média, na região anterior da cabeça; 
- olhos são laterais, com pálpebras sendo a superior carnosa e opaca e a inferior menor;
- internamente uma 3ª pálpebra transparente que se assemelha à membrana nictitante dos vertebrados superiores (função: proteção na água e no ar);
- Glândulas parotóides: produção de secreção espessa, esbranquiçada, granulosa e alcaloide (função – proteção contra predadores);
- A cloaca é terminal em Anura e Gymnophiona e anterior à cauda em Urodela, devido a presença de cauda neste último; 
- dois pares de membros: Os anteriores com 4 dedos (faltando o polegar). O macho tem também fortes rugosidades, que servem para prender a fêmea durante a cópula. 
- Em alguns as extremidades dos dedos modificam-se propiciando aderência (ventosas) 
- Aspalmas e as solas apresentam tubérculos cornificados que protegem os pés contra a abrasão e que fornecem tração em superfícies úmidas e escorregadias. 
OBS: [QUESTÃO DE PROVA]: descrever Gymnophiona: ausência de cauda, corpo alongado e estreito, ausência de membros, pele sem escamas, olhos cobertos por membranas ou ausência dos mesmos.
Anura: 
-Rã: ausência de glândula paratóide, presença de coluna sacral e membranas interdigitais.
-Sapo: presença de glândula paratóide, ausência de membrana interdigitais e coluna sacral, pele com verrugas maiores que as da rã.
-Perereca: maioria arborícola, apresenta dilatação das extremidades dos dedos, as pernas posteriores são mais alongadas, a pele é mais lisa, a coluna sacral não é tão evidente, olhos enormes e ventosas nos dígitos.
Urodela: extremidades reduzidas, pele lisa, cauda com 2/3 do comprimento do troco, muitas glândulas granulosas, algumas retém brânquias (sendo dependentes do ambiente aquático).
- Neotênicos: retém características ancestrais.
- Pedomorfose: capacidade de regeneração.
Diferenças dos lagartos: Urodela não apresenta escama, a cloaca é longitudinal (só urodela tem) e ausência de unhas (nenhum anfíbio apresenta unha).
Gymnophiona: corpo alongado/cilíndrico com diâmetro uniforme, ausência de cauda, pele úmida, olhos reduzidos, tegumento segmentado, placas cefálicas na cabeça e abertura cloacal terminal. 
Tegumento
Tegumento pluriestratificado (epi, derme e hipoderme), varia apenas a proporção de cada camada e as especializações que cada uma origina;
Epiderme e derme possuem grau de desenvolvimento aumentado, se modificando muito; 
pele: úmida, glandular, sem escamas 
 A pele é frouxamente ligada à musculatura. Entre esta e a pele formam-se espaçosas cavidades e somente em alguns pontos têm ligações com os músculos. As cavidades são denominadas linfáticas (líquido linfático, mantém a região úmida). 
pele: respiração e proteção (cobras cegas com escamas, limitadas à região cefálica: hábito fossorial). 
pouco desenvolvido (espessura);
é altamente vascularizado, permitindo as trocas gasosas (respiração cutânea);
a pele escorrega, pois o tegumento está preso à musculatura por filamentos de tecido conjuntivo e possui muita linfa, fazendo com que o tegumento deslize. Isso é importante para garantir um deslocamento facilitado no ambiente terrestre e para fugir de predadores.
Muda: ocorre no tegumento. Alguns indivíduos trocam todos os dias, enquanto outros a trocam parcialmente. Podem comer a pele após a muda. A frequência de trocas depende da espécie.
Epiderme: 
A epiderme forma-se em várias camadas, tendo a mais externa sofrido cornificação (impede a evaporação).
Ela tem sua camada mais superficial queratinizada disformemente, formando as ‘verrugas’, calosidade, ‘chifres’ e tubérculos. A queratina é um importante constituinte da camada córnea dos tetrápodas terrestres, sendo mais importante nos diapsida. A camada de queratina nos anfíbios não é muito desenvolvida devido ao fato de realizarem respiração cutânea.
Alguns animais possuem ‘chifres’ (projeções da camada córnea na região da cabeça/pálpebras).
Em determinadas fases da vida, a epiderme origina estruturas temporárias, como por exemplo, os calos nupciais, que aparecem, em geral, entre os dedos dos pés e mãos dos machos, na época reprodutiva, auxiliando no amplexo nupcial e no estímulo de oviposição da fêmea.
Derme:
Origina duas importantes estruturas:
- glândula mucosa: produz muco e, em geral, ocorre por todo o corpo, aparece em todos os grupos;
- glândula serosa ou granular: produz, em geral, substâncias ‘tóxicas’ (alcaloides), podem ocorrer por todo o corpo (Urodela e alguns anuros) ou estarem concentradas em regiões específicas do corpo (em alguns Urodela e alguns anuros). Quando está localizada atrás dos olhos recebe o nome de glândula paratóide, e quando está localizada nas pernas, glândula paracnemis.
As glândulas hedônicas produzem feromônios, elas aparecem em regiões especificas: região mental (gular) de alguns Urodela. São denominadas glândulas mentonianas. Essas glândulas tem importante papel no comportamento de cópula, antes do amplexo os animais esfregam sua glândula um no outro.
A derme origina ainda algumas estruturas que aparecem em Anura, em época de pouca umidade e baixa taxa de oxigênio. Elas representam filamentos vascularizados que se desenvolvem nas pernas (coxa) e nos flancos (lateral do tronco). Vulgarmente chamados de ‘pelos’ (os anuros que apresentam essas estruturas são chamados de Haired ou Hairy frogs). Esses ‘pelos’ auxiliam nas trocas gasosas.
A derme é rica em cromatóforos e origina as ventosas.
Em Gymnophiona há apenas glândulas mucosas, pois não precisam de toxinas para defesa, já que elas vivem enterradas.
Sistema Muscular
- é fina e fortemente associada ao esqueleto;
- Torna-se distintamente modificada, de forma que a musculatura axial se divide em duas regiões com particularidades;
- em relação ao grupo anterior (peixes), apresenta grande diferenciação, sendo, portanto, mais complexa;
- ainda em relação aos peixes, a região que mais se diferenciou foi a hipoaxial e extremidades (músculos mais desenvolvidos nas extremidades locomotoras e diferenciados no tronco); 
 
- Musculatura epiaxial: representada basicamente por um músculo dorsal e os músculos laterais:
Dorsal: dorsal do tronco – dispõe-se da região do pescoço até a cauda (nos que a possuem). Apresenta pouca massa.
Laterais: transversal: é o mais interno
 Oblíquo externo: é o mais externo	 apresentam pouca massa muscular.
 Oblíquo interno: é o intermediário
- A musculatura hipoaxial ou ventral apresenta modificações ainda mais acentuadas. Os miosséptos ou miômeros, que são tão evidentes, separando os feixes musculares de cada segmento do corpo dos peixes, são reduzidos ou estão ausentes na musculatura ventral do corpo de muitos anfíbios. Ela é representada por parte dos músculos oblíquos e transversal, além de outros dois músculos típicos de tetrápodas: o peitoral e o reto-abdominal.
- a musculatura branquiomérica representa/sustenta a região do pescoço (musculatura de tronco) e faz parte da musculatura epiaxial e hipoaxial. Ela é responsável também pela diferenciação do músculo elevador do globo ocular.
- nos anfíbios ápodos os músculos não seguem a orientação dos tetrápodas. São mais curtos, com maior massa e dispostos diferentemente, espacialmente.
- nas extremidades diferenciam-se músculos que se associam às cinturas e aos elementos ósseos das extremidades.
- musculatura apendicular: apresenta grande diferenciação e maior desenvolvimento em alguns grupos (anuros), tanto em massa quanto em número de músculos.
- Durante a época da reprodução os músculos dos membros anteriores dos machos aumentam em volume auxiliando-o no amplexo. 
Sistema Esquelético
a. Esqueleto Axial: crânio, coluna vertebral, costelas (quando presentes) e esterno (esterno é sinapomorfia de tetrápodas).
Crânio:
- achatado dorso-ventralmente: muito evidente nas cecílias e urodelas, pois possuem caixa craniana. Nos anuros não há esse achatamento, pois não há caixa craniana e o crânio possui espaços vazios preenchidos por membrana (elementos finos e alongados), proporcionando leveza para o salto;
- em relação à peixes, houve redução do número de ossos;
- o palato é constituído por vários ossos (pré-maxilar, maxilar, vômer, palatinos). Em anuros há uma projeção no pré-maxilar denominada tubérculo pré-lingual (é móvel, contribui no fechamento da cavidade oral, dificultando a entrada de água/ar pela narina);
- presença de 2 côndilos occipitais na base do crânio, modificação do complexo occipital situado na base do crânio, onde se articula a 1ª vértebra (atlas).
- órbita ocular grande; 
- maior parte da região superior da cabeça não é recoberta por ossos (Anuros); 
- pode haver dentes no maxilar e no vômer (palato). Havendo, eles são pedicilados e bicuspidados, e estão no osso dentário;
- os dentes de anfíbios são classificados como homodontes,polidontes, acrodontes, ou seja, são todos igual, trocados várias vezes e não estão presos em alvéolos;
- tem origem dérmica;
- abertura das coanas é anterior.
Ao considerar os 3 grupos de anfíbios, há variação da deposição dos ossos formando ou não uma ‘caixa craniana’.
A mandíbula é formada em sua maior parte por 2 ossos: dentário (osso da mandíbula) e angular.
Coluna Vertebral: 
Constitui-se por um número variado de vértebras que podem ter variação morfológica. 
Reconhece-se até 5 regiões distintas:
- cervical
- torácica
- lombar
- sacral
- caudal: só ocorre em urodela.
As duas primeiras são anficélicas (atlas e axis), a sacral (1) é acélica e nela se associa a cintura pélvica. As do tronco e cauda são procélicas.
Considerando os 3 grupos:
- Urodela: 14 vértebras pré-sacrais
- Anura: 9 vértebras pré-sacrais
- Gymnophiona: + 100 vértebras pré-sacrais
Em Anura, admite-se que as vértebras caudais modificaram-se e deram origem ao uróstilo. Auxilia enrijecer a parte inferior do dorso. Esta rigidez é necessária para a transmissão eficaz da força produzida pelas pernas posteriores durante o salto. 
Gymnophiona não apresenta vértebras caudais.
Costelas: pouco desenvolvidas (Urodela e Gymnophiona) ou ausentes (Anura), não associadas ao esterno.
Quando estão presentes, se articulam na apófise lateral das vértebras torácicas.
São curtas e com morfologia variável
Em anuros a projeção lateral do tronco é realizada pelas apófises transversais da vértebras torácicas, que são desenvolvidas.
O esterno aparece em urodelos e anuros (animais que têm extremidades), animais que rastejam, como as cobras cegas, não apresentam esterno. O esterno é constituído por partes ósseas e cartilaginosas.
Em anuros reconhecem-se o episterno, omoesterno, esterno e xifoesterno (parte cartilaginosa).
b. Esqueleto apendicular 
Cintura escapular (=cintura peitoral) e membros – tem a forma de U e circunda o tórax, protegendo os órgãos internos e servindo de apoio aos membros anteriores; liga-se as vértebras por músculos; não ocorre nos ápodos.
- 2 clavículas ventral
- 2 coracóides 
- 2 escápulas → dorsal
A cintura liga-se ao úmero, rádio-ulna (podem estar fundidos em Anura), carpo e metacarpo (também com variações nas fusões), falanges (variáveis).
Cintura pélvica: estrutura estreita, rígida, em forma de V, que liga os membros posteriores à coluna vertebral e, na locomoção, transmite o impulso dos membros posteriores ao corpo. 
- ílio: articula-se com as apófises das vértebras sacrais: paralelo ao uróstilo 
- ílio + ísquio + púbis = acetábulo 
Extremidades: 
- fêmur = articula-se em uma cavidade no acetábulo 
- tíbia – fíbula (pode estar fundidos em anuros) 
- tarso e metatarso (em número variável ou fundidos) 
- 5 dedos, com número variável de falanges 
As cinturas são ausentes em cecílias. Nas salamandras, se as extremidades são perdidas podem ser regeneradas (regeneração completa).
Sistema Digestório
É dividido em duas partes:
- intestino cefálico: boca, anexos e faringe;
- tronco intestinal: vai do esôfago até a cloaca.
a. Intestino cefálico:
- abertura bucal ampla;
- cavidade oral com glândulas mucosa (glândula intermaxilar - lubrificação) e epitélio ciliado (condução do alimento), sem glândulas salivares e com dentes. Os dentes são classificados como homodontes, polifiodontes e acrodonte.
- língua: pode ou não estar presente. O indivíduo que não tem dentes é chamado de aglosso (alguns anuros). Os que têm, podem ser de 3 tipos:
Prega do epitélio bucal (algumas salamandras)
Longa, fina ou larga, e presa na região anterior da cavidade oral e com grande mobilidade (maioria dos anuros).
Longa, fina ou larga, e presa na região posterior da cavidade oral, e com grande mobilidade (salamandras).
Nas cecílias a língua é curta e com pouca mobilidade.
- faringe: curta e liga a cavidade oral ao esôfago.
b. Tronco intestinal:
- esôfago: tubo muscular alongado curto com epitélio ciliado (condução do alimento);
- estômago: caracteristicamente com as 3 regiões, que secretam ácido e enzimas (digestão química – início de digestão).
- intestino delgado: é longo, com diâmetro uniforme e em geral, enovelado. A porção inicial do intestino delgado é denominada duodeno, local onde são liberados a bile e o suco pancreático. Completa-se a maior parte da digestão. Ao longo do comprimento do intestino ocorre a absorção de nutrientes. Ao final há uma válvula íleo-cólica. 
- intestino grosso, em comparação com o delgado, é menor, com diâmetro maior e é responsável pela absorção de água. Abre-se na cloaca.
- glândulas anexas:
Fígado: grande e lobulado (reserva de glicogênio e produção de bile);
Pâncreas: secretor, disposto como uma massa disforme que se dispõe no mesentério, próximo ao duodeno;
Vesícula biliar ;
Baço: relativamente pequeno.
Em geral são onívoros.
Respiração
Tem mais recursos para a respiração do que qualquer outro grupo animal devido a transição de hábitats: aquáticos -terrestres 
1. brânquias 
2. Pulmões: pode estar ausente em alguns urodelos 
3. Pele 
4. Buco-faringea 
5. Combinação destes 
1. Brânquias 
- ocorre em larvas de anfíbios anuros e urodelos;
- sempre 3 pares de brânquias externas: embriões, larvas, adultos de algumas salamandras aquáticas; 
- mecanismo: água - narinas (cavidade bucal funciona como bomba) fendas branquiais;
- larva: brânquias externas protegidas por opérculo;
- filamentosas: recobertas por epitélio ciliado;
- degeneram ou são reabsorvidas durante a metamorfose.
2. Pulmões 
Presentes na maioria das formas. É representado por 2 estruturas simples, com paredes vascularizadas e não é preenchido internamente por tecido. Na ausência de pulmões ocorre em salamandras da família Plethodontidae.
- laringe: possui na sua extremidade oral uma válvula (glote). Tanto a laringe, quanto a glote são sustentadas por um esqueleto, que é derivado dos arcos branquiais, e é representado por cartilagens denominadas aritenoides e crioide.
- traquéia: curta; com anéis cartilaginosos.
- os brânquios são curtos com a mesma constituição da traqueia. Eles se comunicam com os pulmões.
- Simples ou com poucas subdivisões internas 
- presentes ou ausentes 
- com vasos sanguíneos 
- órgãos hidrostáticos 
- reduzido em salamandras de águas rápidas e ausentes em algumas terrestres
- mecanismo: ar narinas (aberturas das coanas) - boca (dilatação da musculatura submaxilar) - fechamento das coanas - deglutição (assoalho bucal, saliências oculares e língua) – pulmão.
3. Pele 
- ocorre em todos os grupos de anfíbios
- irrigação intensa (submersão e hibernação) 
- glândulas mucosas 
- é passiva e ocorre por transferência de gases
4. Bucofaringe 
- pulsações da região gular (bombeamente bucal – troca ativa), em Urodela e Anura.
- troca gasosa no epitélio buco-faríngeo
- vasos abaixo da mucosa 
- algumas espécies apresentam bolsas de ressonância na região gular, na qual amplificam os sons; presentes nos machos 
- salamandras não têm cordas vocais – produzem guinchos fracos 
Estruturas que participam do processo de respiração em anfíbios: pele, brânquias, faringe, pulmão, epitélio bucal, boca, traqueia, narina, coana, brônquios.
Pele, brânquias, faringe, pulmão e epitélio bucal são locais onde ocorrem trocas gasosas.
O ar se desloca através do bombeamento bucal e movimento da caixa torácica na respiração pulmonar e faríngeo-bucal.
Sistema Circulatório
A circulação é fechada, dupla e incompleta, com dois tipos de sangue: arterial e venoso. 
- 3 cavidades principais: 2 átrios e 1 ventrículo incompletamente separado.
- as câmaras acessórias foram incorporadas às câmaras principais. O seio venoso é incorporado ao átrio direito. O cone arterial é interiorizado, aproximando-se mais intimamente do ventrículo, que é pregueado internamente e com início de separação em câmaras direita e esquerda pelo septo inter-ventricular. 
O cone arterial (conhecido como válvula espiral) parece ser importante para manter as correntes sanguíneasseparadas. O cone tem uma prega espiral cujo lado direito desvia o sangue não oxigenado para pulmões e pele, e o lado esquerdo desvia o sangue para o lado sistêmico direito, ramificando-se as artérias da cabeça e apêndices anteriores. Os dois tipos de sangue podem entrar no arco sistêmico esquerdo, a mistura depende da resistência do circuito pulmonar. 
A carótida e a aorta são responsáveis pela condução do sangue venoso. A válvula espiral controla o fluxo dos sangues nas artérias (sensível à diferença de pressão). A válvula espiral ‘promove’ a separação dos sangues (dificulta a mistura) no nível do tronco.
Vantagem: quando a rã está submersa, não ocorre troca de gases nos pulmões e a pele assume o papel de único órgão para as trocas gasosas. Ocorre também aumento do fluxo sanguíneo sistêmico para a pele, e como consequência, o sangue venoso misturado que retorna ao coração transporta mais oxigênio. 
	Arco aórtico de peixe
	Artéria de anfíbio
	VI
	Artéria pulmonar
	IV
	Arco aórtico
	III
	Artéria carótida
sistema circulatório de Peixes
Sistema circulatório de Amphibia
 Sistema circulatório de Amphibia
Sistema Linfático
- numerosos vasos linfáticos 
- órgãos 
- tecidos 
- corações linfáticos 
- cintura escapular 
- lateralmente à cloaca 
- linfa 
- com leucócitos 
Sistemas Excretor e Reprodutor
- 2 rins opistonéfricos de tamanho e forma variados, localizados dorsalmente na região abdominal;
- 2 ductos deferentes nos machos, recolhem as excretas e conduzem até a cloaca;
- 2 ovidutos nas fêmeas, que recolhem as excretas e as conduzem à cloaca;
- 2 glândulas supra-renais 
- abdômen inferior (cavidade abodominal) – dorsais e de ambos os lados da coluna vertebral 
- cor vermelho-escura, altamente irrigado 
- bexiga urinária (evaginação da parede da cloaca) 
- cloaca 
- função: eliminar uréia, sais minerais e água da corrente sanguínea 
- constituição: 2000 corpúsculos renais ou néfrons 
- tubo urinífero: duto ou canal deferente 
- vasos: artérias e veias renais 
Reprodução:
- dióicos 
- dimorfismo sexual 
- coloração nos sapos: pele mais rugosa e esverdeada (amarelada nas fêmeas) 
- 2 corpos gordurosos digitiformes: reserva para hibernação (sinapomorfia)
- fecundação é externa (na maioria) ou interna:
Nas cecílias há, no interior da cloaca e derivada da sua parede, uma projeção que é utilizada durante a cópula (eversão da parede da cloaca), produzindo fecundação interna. 
Os machos de Urodelos podem produzir espermatóforos que são colocados sobre o substrato. Ele é recolhido pela fêmea (cloaca) – fecundação interna.
Nos anuros há, em algumas formas, uma projeção na região terminal do tronco próxima a cloaca que participa na transferência de gametas masculinos da cloaca do macho para a cloaca da fêmea durante o amplexo – fecundação interna.
Os óvulos são liberados na cloaca e desta para o exterior nos animais com fecundação externa.
- corte
- amplexo (abraço nupcial)
- postura
- cuidado parental por parte do macho ou da fêmea
- metamorfose em anuros e urodelos
a. Estruturas nos machos: 
- 2 testículos: globóides e ventrais aos rins; sofrem aumento de volume na reprodução;
- 2 canais eferente e deferente 
- 2 epidídimos
- alguns anuros apresentam o órgão de Bidder associado ao testículo (células ovarianas)
- dedos internos das patas anteriores maiores, calosidades 
- vesícula seminal 
- cloaca 
b. Estruturas nas fêmeas: 
- 2 ovários que aumentam em tamanho na reprodução, localizados na região ventro-abdominal;
- 2 ovidutos glandulares que se abrem na cloaca;
- 2 úteros 
- cloaca 
Órgãos Sensoriais
- linhas laterais 
- táctil 
- paladar (olfato) 
- audição 
- visão 
- vômero nasal de jacobson (olfato) 
Sistema Endócrino
- hipófise 
- lobo anterior 
hr. estimulador das gônadas 
hr. estimulador do crescimento (muda) 
- lobo intermediário 
hr. estimulador dos cromatóforos 
- lobo posterior: arginina-vasotocina

Continue navegando