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Trabalho de História do Direito

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SISTEMA COMMON LAW
 O Common Law é um sistema jurídico que apareceu na Inglaterra e que é utilizado neste e principalmente nos países colonizados por ela. É caracterizado essencialmente pela jurisprudência. Escolhi a Inglaterra como principal objeto de estudo deste sistema, uma vez que foi neste país que ele nasceu.
 A common law tem difícil definição para quem está acostumado com as definições da civil law, portanto cabe salientar algumas diferenças interessantes: o confronto common law e civil law existe na medida em que o primeiro é um sistema que apareceu na Inglaterra, enquanto o segundo apareceu na Europa continental. Uma grande diferença que podemos perceber entre o sistema common law e o sistema civil law é que neste último, o law poderia ser entendido como lei ou como direito, o que fica evidenciado no common law é que a law tem o sentido de direito, já a lei é mais bem traduzida pela palavra act ou statutes; outro confronto que temos e que vai ser mais explorado a frente é a diferença entre o common law e a equity, que se apresentam dentro do sistema common law, porém são dois tipos de tribunais onde se propunham ações de diferentes tipos para se tentar atingir diferentes resultados.
Formação Histórica
 Primeiramente para melhor compreensão deste sistema jurídico, vamos analisar a formação histórica da Inglaterra, que criou o ambiente fértil para o nascimento da common law. Em nossas fontes de pesquisa encontramos diferentes divisões da formação da Inglaterra. René David apresenta em seu livro a divisão em: período anglo-saxônico; a formação do common law; a rivalidade com a equity; o período moderno. Já Antenor Pereira Madruga Filho apresenta a seguinte divisão: período romano; período bárbaro; período anglo-saxão; período normando. Portanto temos, de forma mais detalhada, seis divisões da formação do direito inglês e utilizaremos a defendida por René David, porém vamos iniciar a exposição com o período romano defendido por Filho.
 O período romano, na verdade, não nos mostra a diferenciação do sistema produzido no continente (civil law) e o sistema produzido na ilha (commom law), pois ambos sofreram a dominação do império romano, o que nos levaria a crer que poderiam ter o mesmo sistema, mas por outro lado nos mostra dois caminhos, o primeiro é de que a ocupação romana na ilha foi diferente da ocupação no continente, ou seja, a influência romana não se deu tão forte na Inglaterra, e o segundo é que a diferenciação entre esses dois sistemas ocorreu mais à frente e não nesta fase histórica da Inglaterra.
 No período anglo-saxão, também não vemos muito da formação, tão pouco da diferenciação entre este sistema jurídico, e o criado no continente, a não ser que as leis bárbaras na Inglaterra foram redigidas em língua anglo-saxônica, enquanto as leis redigidas no continente eram em latim. Além do supra mencionado também verificamos que na Europa continental, o direito romano era muito forte e foi muito recebido pelos povos bárbaros, que o utilizaram, tendo em vista que era um direito muito mais evoluído que o direito bárbaro, isto não ocorreu na Inglaterra, uma vez que o direito romano neste país, quando o império romano caiu, não era muito difundido, o que deu espaço para a implementação do direito bárbaro, já se mostrando a diferente formação deste sistema jurídico.
 O período normando é um dos que nos dá uma das características mais marcantes para a formação do common law. Nesse período o feudalismo inglês foi muito diferente do restante da Europa, uma vez que ao acontecer à conquista normanda, os senhores se viram em um local onde a língua era estranha e para defender a conquista e sua propriedade, foram forçados a se organizar à volta de seu soberano, este que soube se precaver e ao dividir as terras que haviam dominado não criou nenhum grande feudo para rivalizar com seu poder, bem como não permitiu que nenhum feudo se subdividisse para não haver nenhuma subordinação ao senhor feudal, mas unicamente ao Rei. Desta forma a common law pôde se desenvolver, pois diferentemente da Europa continental, não necessitou codificar seu direito para poder criar um Estado.
 A estruturação do common law que se deu no período normando pode ser verificada na formação dos tribunais, estes que iniciaram com os Hundred Courts ou County Courts, estes tribunais funcionavam aplicando o direito local e costumeiro, portanto funcionavam dentro de um feudo, após estas cortes, iniciou-se a formação das Courts Baron, porém estas também não influenciaram muito na formação da common law, a grande inovação foi a criação dos tribunais reais, este sim tinham a característica de criar um direito comum para toda a Inglaterra.
 A competência dos tribunais reais se estendia apenas sobre as questões de propriedade, crimes que poderiam interferir na paz do reino e com relação a tributos devidos, portanto só trabalhavam com a alta justiça, acompanhavam o rei onde quer que ele fosse. Com o decorrer do tempo começavam a cuidar de outros casos, até o momento em que estes tribunais reais se estabeleceram em Westminster (nome que começou a ser utilizado para designar os tribunais reais), este atinge outras categorias de litígios, pois começou a dar lucros para o reino, bem como a procura por estes tribunais se tornou cada vez maior na medida em que era superior às outras cortes já mencionadas acima, e também era a única corte que poderia requerer o juramento das partes.
 Com o passar do tempo o processo da common law se tornava cada vez mais técnico e já não conseguia mais abranger todos os litígios que ocorriam na época, uma vez que era necessário ter um writ, que era um direito de ingressar com uma ação no tribunal da common law, e que só atingia alguns tipos de causas e proporcionava efeitos específicos, conforme se pode verificar neste trecho extraído do texto de Madruga Filho:
 Com a finalidade de controlar quais casos interessavam ou não à política do reino, foi criado na Inglaterra o sistema de writs, que eram formas preestabelecidas de ações. O demandante que desejasse levar o seu caso às cortes reais solicitava ao Chanceler, delegado da Magna Curia do rei, um writ, e esse oficial, analisando a conveniência de estender ao caso apresentado a jurisdição real, expediria ou não a ordem para que as cortes o ouvissem. (MADRUGA FILHO, 1999, p. 250)
 Neste momento o povo inglês começou a recorrer ao Rei (e a seu Chanceler) para que ter uma maior equidade e justiça nas decisões, nasceu assim o tribunal da Chancelaria ou sistema de equity, este que era um processo escrito, diferentemente do processo da commom law.
 Pode-se dizer que o direito inglês foi e ainda é dualista, ou seja, admite tanto a common quanto a equity. Esta última tem a característica de complementar e aperfeiçoar as regras do common law, porém com o passar dos anos também se tornou estrita como o common law. 
 No século XIX acontece uma grande mudança na estrutura do sistema jurídico inglês, a promulgação do Judicature acts que suprimiu a distinção formal entre os tribunais que aplicavam a common law e aqueles que aplicavam a equity, portanto qualquer tribunal poderia aplicar tanto as regras explicitadas na common law quanto na equity. Houve também uma notável mudança no sentido em que foram ab-rogadas as leis em desuso e libertando o direito inglês de soluções arcaicas, porém não foi procedida de nenhuma forma uma codificação pelo legislador, apenas indica novas orientações para os tribunais, porem o direito é de exclusiva criação destes.
Estrutura do “Common Law”
 O direito inglês é um direito jurisprudencial, a lei (statute) criada pelo legislador não passa de fonte secundária para o direito, portanto veremos as principais fontes do direito inglês, que são: jurisprudência, lei, costume, doutrina e a razão.
 A jurisprudência pode ser caracterizada como a regra do precedente, “a autoridade reconhecida pelo direito inglês às decisões judiciais” (DAVID, 2002, p. 416). A distinção básica que temos na Inglaterra é de que existe a alta justiçae a baixa justiça, a que chama atenção é a alta justiça criada pelos Tribunais Superiores, pois suas decisões criam precedentes que são seguidos pelos tribunais inferiores. Atualmente existe a Supreme Court of Judicature, que funciona como Tribunal Superior, composta por High Court of Justice, Crown court e Court of Appeal, porém excepcionalmente sofre controle da Comissão de Apelo da Câmara dos Lordes.
 A High Court of Justice é composta, por sua vez, em três divisões: seção do Banco da Rainha, seção da Chancelaria e seção da Família, cada uma lida com seus respectivos assuntos, a High Court of Justice é formada por juízes que foram advogados coroados pela rainha, com base em seu sucesso profissional. “As questões são submetidas, em primeira instância, ao julgamento de um único juiz” (DAVID, 2002, p. 418), este que antigamente nas questões da common law era assistido por um júri, porém nas questões civis a ideia do júri foi abandonada. A Crown Court cuidava dos casos criminais, já a Court of Appeal funcionava como um segundo grau de jurisdição, onde uma decisão da High Court of Justice pode ser reformada. A Câmara dos Lordes se coloca para apreciar os recursos das decisões tomadas pela Courts of Appeal, porém este recurso é excepcional e não é aceito na câmara se a maioria dos onze juízes que dela fazem parte aceitar o recurso.
 Acima vimos a parte da alta justiça da Inglaterra, porém existe a baixa justiça, a qual vamos expor alguns pontos a seguir. As County Courts cuidam da alçada civil, pois a High Court of Justice não cuida de casos onde o valor seja inferior a duas mil libras esterlinas, bem como também não cuida de casos divórcio. Quanto as infrações criminais menores existem os magistrades que são simples cidadãos, aos quais foi conferido o título de Justice of the peace e julgam estes casos, caso seja apurado que o caso é mais grave, este é levado a Crown Court. Após a analise da estrutura podemos ver que o precedente criado na alta justiça vai balizar os julgamentos realizados na baixa justiça da seguinte forma, no primeiro momento, as decisões tomadas pela Câmara dos Lordes vão vincular as decisões de todas as outras jurisdições, salvo nos casos em que a esta própria câmara rever o direito. Após as decisões do Court of Appeal vinculam para as jurisdições inferiores e finalmente a High Court of Justice vinculam para as jurisdições inferiores.
 Quanto à lei criada pelo legislador, esta acaba sendo sufocada pela quantidade de jurisprudências que aparecem e, portanto deixa de ser fonte primária e acaba funcionando como fonte secundária do direito inglês, unicamente fornecendo uma espécie de erratas e adendos no corpo essencial jurisprudencial, portanto o jurista não deve procurar na lei (statute) o direito, mas sim nos casos de jurisprudência.
 Hoje em dia na Inglaterra há um movimento para que se ache espaço para a criação do legislador, porém apenas é aceito a criação destas leis quanto à parte administrativa do Estado, mas mesmo assim o órgão que tem poder de resolver os litígios é o judiciário e este por sua vez controla a aplicação destas novas leis.
 Quanto ao costume, este teve função na formação do common law, porém na atualidade não se encontra como fonte principal de direito, ficando atrás até da lei, pode se dizer que o costume para o direito inglês tem a mesma força vinculante que o encontrado no direito das famílias romano-germânicas, funcionando apenas como fonte auxiliar de direito. Quanto à razão podemos dizer que o sistema inglês o recebe a todo o momento, pois ao criar o direito para preencher as lacunas o jurista inglês utiliza a razão para fazê-lo, funcionando como um sistema aberto, diferentemente do sistema romano-germânico, onde o sistema é fechado e a razão para o jurista aparece somente no momento em que este vai Interpretar a lei.
 SISTEMA CIVIL LAW
 Para o estudo da civil law ou sistema romano-germânico é importantíssimo à análise do direito romano, por ser ele a base do direito brasileiro, e para tanto se faz necessário, um breve histórico sobre a formação de Roma.
 Nenhum direito reúne tantas condições para o entendimento do nosso direito brasileiro como o direito romano, que é um direito que foi evoluindo por cerca de doze séculos, documentado com certa abundância de fontes, desfilando diante dos estudiosos, os problemas de construção, expansão, decadência e extinção do mais poderoso império que o mundo antigo conheceu. Sendo assim, o direito romano é um notável campo de observação do fenômeno jurídico em todos os seus aspectos.
 A história do direito romano segundo Alves, (2003), “é o conjunto de normas que regeram a sociedade romana desde as origens”, que compreende o período desde a fundação de Roma, considerando-se a tradição Roma foi fundada em 753 a.C., até o ano de 565 d.C., com a morte do imperador Justiniano.
Formação Histórica - As origens de Roma
 As origens de Roma são lendárias, mas como em toda lenda sempre há um fundo de verdade, é certo que os etruscos – nação altamente civilizada para a época – exerceram grande influência sobre os primitivos romanos. Porém, a opinião predominante é a de que Roma não foi fundada pelos etruscos, mas, sim, pelas próprias populações do Lácio (processo e forma pelos quais essas populações se reuniram), portanto, Roma já existiria quando os etruscos a subjugaram.
 Roma evoluiu passando por quatro grandes fases: Monarquia ou Realeza (754 a.C. até 510 a.C); República (510 a.C. até 27 a.C.), Principado (27 a.C. até 284 d.C) e Dominato (284 d.C. até 478 d.C) com a queda de Roma e a invasão dos bárbaros, pondo fim no Império Romano no Ocidente. 
A Monarquia
 Na Monarquia ou realeza, período arcaico de Roma, o primeiro tipo de organização política foi como na Grécia, a realeza, não havia separação entre direito e religião. 
 A constituição Política de Roma nesse período resumia-se em três termos: o rei, o senado e os comícios.
 O REI - O rei era o magistrado único, vitalício e irresponsável. Sua sucessão não se fazia pelo princípio da hereditariedade ou da eleição, mas, segundo parece, o sucessor, quando não indicado pelo antecessor, era escolhido pelo interrex (senador que, por designação do Senado, governava, na vacância do cargo real, pelo prazo de cinco dias, passando o poder, nas mesmas condições, a outro senador, e assim por diante até que fosse escolhido o rei).
 O SENADO – O senado é o conselho do rei, sendo os seus membros – cuja escolha possivelmente se fazia, pelo rei, entre os chefes das diferentes gentes – denominados senatores ou patres, cujo número, a princípio, era de 100, e posteriormente, ascendeu a 300. O Senado, que era convocado pelo rei, estava em posição de subordinação diante dele.
 OS COMÍCIOS POR CÚRIAS – Os comícios por cúrias eram uma assembleia convocada pelo rei, pelo interrex ou pelo tribunus celerum. Reuniam-se, geralmente, no comitium, ao pé do Capitólio. Não se sabe ao certo como a vontade do povo era apurada nesses comícios. Conjecturam alguns autores que os patrícios votavam individualmente nas cúrias, apurando-se, em seguida, a maioria em cada cúria, e dependendo o resultado definitivo do maior número de cúrias em favor da proposta em votação, ou contra ela. É possível, também, como pretendem outros, que, à semelhança do que ocorria na Grécia antiga, o povo se manifestasse por aclamação.
 Como fonte de direito, Roma, também não fugiu à regra do fundamento de que todos os povos primitivos começam a reger-se pelo costume, complexo de usos praticados pelos antepassados e transmitidos às gerações pela tradição, pois é fonte espontânea e independente de órgão que a elaborem.
 Quanto às leis régias, há controvérsia se teriam sido foram propostas pelo rei e votadas por comícios, segundo parece, não eram mais do que regras costumeiras, sobretudo de caráter religioso, tendo sua compilação atribuída ao nome de Papírio.
A República
 A República teve início com a queda da realeza, que ocorreu de modo abrupto, que segundo a tradição houve uma revoluçãoque baniu Tarquínio, o Soberbo. Já para alguns autores modernos, a transição da realeza para república ocorreu de modo lento, entre 510 e 367 a.C. Com a implantação da república dois cônsules, que eram magistrados únicos, tinham atribuições militares, administrativas e judiciárias. Comandavam o exército; velavam pela segurança pública; procediam ao recenseamento da população; tomavam medidas com vistas ao bem público; geriam o erário; administravam a justiça criminal e exerciam a jurisdição voluntária e contenciosa.
 Com o desenvolvimento do Estado Romano e também pela luta da plebe para obter ingresso na magistratura, vão surgindo novas magistraturas, que inicialmente era prerrogativa do praticiado. Por volta de 494 a.C. os plebeus revoltados com as atitudes dos patrícios saem de Roma e retornam com a obtenção de duas magistraturas plebeias, ficando assim, os plebeus garantidos contra a arbitrariedade dos magistrados patrícios. Mesmo com essas duas magistraturas, seguiu-se a luta da plebe para obtenção de leis escritas, o que acabaria com a incerteza do direito e daria mais segurança aos plebeus. Resultando na elaboração da primeira lei escrita, a Lei das XII Tábuas em 450 e 449 a.C. e a partir desta lei há a separação entre direito e religião.
 A Lei das XII Tábuas não chegou aos nossos dias completa, apenas alguns fragmentos que nos foram transcritos por autores literários e jurisconsultos, era uma lei geral que continha dispositivos do direito público e privado. Mesmo com a Lei das XII Tábuas, havia ainda uma escassez de regras de direito público.
 Foi na República que surgiram as magistraturas com função judiciária; em Roma, o pretor urbano, o pretor peregrino e os edis curuis; nas províncias, os governadores e os questores. Esses magistrados elaboravam e promulgavam oralmente os editos, constando os meios pelos quais o particular poderia valer-se para obter a tutela do seu direito. Esses editos não se limitavam a relacionar os meios de proteção (ações) decorrentes do ius civile, com base no seu imperium, concediam medidas judiciais que visavam corrigir, suprir ou afastar a aplicação do ius civile, quando este lhes parecesse iníquo.
 Na época do direito clássico, os romanos definiram a jurisprudência como sendo “o conhecimento das coisas divinas e humanas, a ciência do justo e do injusto”. Por desfrutarem imenso prestígio em Roma, os jurisconsultos exerceram grande influência sobre o direito romano, principalmente por três aspectos de suas atividades: caure, agere e respondere. Cauere é a expressão técnica que indica a atuação do jurista no formular e redigir os negócios jurídicos, evitando prejuízos à parte interessada, por inobservância de formalidades; agere é a atividade, no que concerne ao processo, semelhante à desenvolvida do cauere; e a repondere que diz respeito aos pareceres dos jurisconsultos sobre questões de direito controvertidas. E os editos dos magistrados foram fontes importantíssimas nesse período de passagem do arcaico para o clássico, e que muito contribuiu para a evolução do direito romano.
 Com a Lei Aebucia introduziu-se o processo formulário, criado para solucionar as ações judiciais de maneira menos formalista, mais rápida e com participação de forma mais intensa do magistrado. Constituiu-se o período áureo do direito romano.
 A redação definitiva do Edito do Pretor foi obra do jurisconsulto Sálvio Juliano, por ordem do Imperador Adriano, no Principado, por volta do ano 130 d. C. Tal compilação representou o fim da evolução desta fonte de direito.
O Principado
 O principado surge no ano 27 a.C,, quando na batalha de Ácio, Otaviano derrota Marco Antônio, tornando-se detentor único do poder. No que se refere ao direito, no início do principado com a jurisprudência clássica, vamos encontrar os jurisconsultos romanos divididos em duas escolas: a dos Proculeianos e a dos Sabinianos. A primeira, apesar de seu nome ser originário de um de seus seguidores: Próculo, foi fundada por Antísteo Lábeo e a segunda, por Ateio Cápito, advindo sua denominação do jurisconsulto Masúrio Sabino. Os principais juristas da escola dos Proculeianos são: Nervas (pai e filho), os dois Celsos (pai e filho), Pégaso e Nerácio Prisco; já com relação à escola dos Sabinianos destacam-se, Cássio, Célio Sabino, Javoleno e Sálvio Juliano.
 Depois da época do imperador Adriano, em que se destacou o jurista Sálvio Juliano, o elaborador do Edictum Perpetum, e modernamente considerado o maior jurisconsulto romano clássico, surgiram três notáveis juristas: Papiniano (o imperador Justiniano e os romanistas antigos o julgava, o maior que Roma tivera), Paulo e Ulpiano. Viveram eles no século III d.C. (ALVES, 2003, p. 39)
 A jurisprudência era a ciência do direito em Roma, através do estudo do direito pelos jurisconsultos, tornou-se fonte de consulta no Principado. Os jurisconsultos eram particulares que exerciam suas atividades sem remuneração, apenas com o intuito de ganhar prestígio. Esses jurisconsultos escreveram obras de ensino do direito. Obras que visavam mais a prática do que o ensino do direito, repositórios de controvérsias judiciais (quaestiones e disputationes), comentários à obra de um jurista ou de seus antecessores e espécies de enciclopédias sobre o “ius civile” e o “ius honorarium” (Digesta). De todas as obras dos juristas clássicos, apenas três, com exceção de alguns fragmentos, chegaram aos nossos dias: As Institutas de Gaio; As Regras de Ulpiano e as Sentenças de Paulo.
Dominato
 O principado foi regime de transição entre a república e a monarquia absoluta. Assim, como ocorrera com o principado que já se prenunciara nos fins da república, o mesmo sucedeu-se com o dominato: Pompeu na república, foi precursor de Augusto; Sétimo Severo, no principado, foi o precursor de Diocleciano e Constantino, os instauradores do dominato. Crise maior se verificou no dominato do que nos fins da república. Com a morte de Alexandre Severo, no Século III d. C., por aproximadamente 50 anos sucederam vários imperadores, que não conseguiram impor-se, crise esta que só terminou com a ascensão de Diocleciano, em 284 d.C.
 Diocleciano implantou a monarquia absoluta, dando nova organização ao Império Romano. Sua obra foi completada e aperfeiçoada por Constantino. 
 No principado encontramos o maior número de fontes do direito que Roma conheceu sobre determinado regime. As normas decorrentes das fontes de direito dos períodos anteriores, que não foram revogadas continuam em vigor no principado. Com o dominato o direito passou a ser elaborado pelo Estado com as constituições imperiais (leges), vigorando também o direito contido nas obras dos jurisconsultos clássicos.
 Com a utilização de normas jurídicas constantes das obras de juristas antigos, acarretou-se grande inconveniente, os advogados habilidosos induziam em erro, gerando uma incerteza do direito. Com isso, em 321 d.C., Constantino declarou sem eficácia as notas que Paulo e Ulpiano haviam feito à obra de Papiano, confirmando a autoridade das demais obras de Paulo, especialmente das Sentenças. Pouco mais de um século após, Teodósio II e Valentiniano III tomaram providência mais radical, que os autores modernos denominam Lei das Citações. Constituição imperial chamada de verdadeiro tribunal dos mortos, que estabelecia que somente poderiam ser invocados em juízo escritos de cinco jurisconsultos (Gaio, Papiniano, Ulpiano, Paulo e Modestino) bem como as opiniões dos autores citados por qualquer deles, desde que o original fosse trazido a juízo.
 Numa época de decadência, do conhecimento das opiniões daqueles cinco jurisconsultos, essas providências não resolviam o problema. Para obviar esses obstáculos, compuseram-se algumas compilações pré-justinianéias para distingui-las das elaboradas por ordem do imperador Justiniano. Essa compilação classificava-se em dois grupos: 1º contendo só leges, Códigos Gegoriano, Hermo2geniano e Teodosiano, elaborados por particulares, reatando apenas escassos fragmentos; 2º contendo leges e iura, Lex Romana Visigothorumou Breuirium Alaricianum, (Lei Romana dos Visigodos – compilação elaborada por ordem do rei bárbaro Alarico II, para ser aplicada aos seus súditos).No século V, há o ressurgimento do estudo do direito, com as escolas do Império Romano do Oriente, destacando-se entre elas a de Constantinopla.
 Durante todo o dominato na existiu obra verdadeiramente criadora, porém foi graças a essas escolas que Justiniano encontrou juristas e material para a elaboração do Corpus Iuris Civilis. Pouco depois de assumir o poder, Justiniano, no ano de 528 d.C, nomeou uma comissão de dez membros para compilar as constituições imperiais vigentes. Tendo sido concluída em de 530 d.C, e foi intitulada Nouus Iustinianus Codex. Após a conclusão das leges, era necessário compilar o iura, para isso Justiniano expediu 50 constituições, as Quinquaginta Decisiones, encarregando Triboriano, ministro do imperador, e jurisconsulto de grande mérito, que já havia participado da elaboração do Corpus Iuris Civilis, para terminar esse projeto grandioso, tendo sido concluído em três anos, denominado Digesto conchecido também por Pandectas. As Institutas, o Digesto e o Código foram as compilações feitas por ordem de Justiniano.
 Com a queda do Império Romano 476 d.C. e a morte do Imperador Justiniano no ano de 565 d.C, há uma grande mudança na aplicação do direito romano. No Oriente desenvolve-se o direito bizantino, que é a evolução do direito Justinianeu com influências orientais. Já no Oriente, devido a invasão do bárbaros, há um desaparecimento gradativo do direito romano, porque os reis começam a legislar e é afastado do direito a pessoalidade, substituída pelo princípio da territoridade, prevalecendo o direito germânico. Os bárbaros têm contato com o direito romano e começam a legislar, criando o Código Visigótico, composto por doze livros, elaborado pelo Rei Rescivindo em 654 d.C., com base na Lex Romana, no Visigo-Thorum, Codex Euriciano e o Cânones Concílio. O Código Visigótico é uma lei bárbara que tem princípios romanos. Foi a lei mais importante desse período, tendo sido aplicada por setenta anos, até que os Estados começaram a aplicar suas próprias leis e houve a conquista mulçumana. Com isso, o direito romano retorna só no século XII, na baixa Idade Média. 
As Universidades
 O ressurgimento do estudo do direito romano na Idade Média.
 No século XI, verifica-se, na Europa, o ressurgimento do direito romano, graças a Irnério, que, dando nova orientação ao ensino jurídico em Bolonha (Itália), funda a Escola dos Glosadores. Segundo parece, duas foram as causas desse fenômeno: 1ª) razão de ordem política (nessa época, os partidários do imperador da Alemanha lutavam contra os do Papa. Deste era aliada a Condessa Matilde de Tuszien, que incumbiu Irnério de aprofundar o estudo do direito romano, tendo em vista que, sendo ele direito nacional,serviria de elemento de combate ao direito estrangeiro); e 2ª) motivo de natureza econômica (nesse tempo, observa-se o desequilíbrio entre o desenvolvimento econômico da Itália e as acanhadas normas jurídicas então em vigor; para elimina-lo, bastava a utilização do direito romano).
 Com o surgimento das Universidades, que foi criação na Baixa Idade Média, no século XII, conjugada a várias causas, dentre elas: o progresso geral do saber; o rápido incremento de certas disciplinas, como a teologia científica, o direito romano e o direi2to canônico; um novo sentido da unidade da ciência e uma noção mais rigorosa da hierarquia entre os vários ramos do saber humano, deu-se origem ao renascimento do direito romano. Tendo sido um dos fatores preponderantes do fortalecimento do poder real, que progressivamente vai interferindo 
 O renascimento do direito foi necessário, portanto para regular as novas situações que justificavam a mudança no direito. Foram diversos os fatores como, por exemplo, a época das grandes navegações, descobrimentos, capitalismo e os Estados Modernos que foram se formando e se consolidando com a descentralização do poder.
 O direito romano esteve intimamente ligado à Universidade. A princípio, pela dificuldade que apresentava a utilização prática do Corpus Iuris Civilis, foi necessário um estudo aprofundado dessa compilação, não só para aclarar suas obscuridades, mas também para aproximar as passagens paralela ou semelhante, tentando dar-lhes solução, e esse trabalho só poderias ser realizado em um centro de estudo e de saber como eram as universidades. Esse estudo realizou-se na escola dos glosadores, na Bolonha, que predominou nos séculos XII e XIII. Os glosadores fizeram um estudo sistemático da obra de Justiniano, iniciado por Irnério, célebre mestre bolonhês, sendo o primeiro estudo ordenado, fundado no Corpus Iuris Civilis, principalmente no Digesto, que foi a maior obra de Justiniano, com o objetivo de esclarecer os preceitos jurídicos romanos, para depois colocá-los em prática. O estudo é aperfeiçoado e encerrado com a colaboração do principal discípulo desta escola Acúrsio, no século XIII, com a elaboração da Magna Glosa.
 A escola dos glosadores foi importante porque tornou o direito romano acessível aos juristas medievais, tornando-se base do direito moderno. Após a escola dos glosadores, surgiram os pós-glosadores ou comentadores. Teve seu centro de estudos na Itália com um novo método, o mos italicus, que se baseava principalmente de comentários e atentava para as fontes locais. Desse estudo dos pós-glosadores, fundiram-se as normas do direito romano, direito canônico e do direito local, surgindo o ius comune o direito comum, que passa a ser aplicado por todos de forma unificada na Europa Continental do século XIV até o século XVI. No século XVI, surge a Escola Culta, que tem seu movimento centrado na França, procurando restaurar o estudo do direito romano clássico, que se desenvolve paralelamente com a Escola dos pós-glosadores, eram oposicionistas à orientação italiana, o mos gallicus, sendo o estudo das fontes romanas, com o auxílio da filologia e da história. Esse movimento abalou um pouco o estudo do direito, mas não conseguiu desbancar o mos italicus.
 A partir do século XVIII, desenvolveu-se a Escola do Direito Natural, dos Jusnaturalistas, que passa a encarar o direito sob nova ótica, o que importava era o direito que resultava diretamente da razão, direito uno, imutável e eterno, o direito romano era considerado apenas se estivesse de acordo com os preceitos do direito natural.
Formação do Civil Law
 A origem do civil law ou sistema romano-germânico, que nasceu na Europa Continental, pode ser considerada com a passagem da concepção jusnaturalista à positivista, que predomina até os dias atuais.
 A origem desta concepção, combinada com várias tradições e o surgimento de diferentes períodos da história é ligada à formação do Estado Moderno que surge com a dissolução da sociedade medieval. Na idade média a sociedade era pluralista e cada agrupamento social dispunha de um ordenamento jurídico próprio, o direito era um fenômeno social, criado pela sociedade e não pelo Estado. A partir da formação do Estado moderno, a sociedade assume uma estrutura monista, no sentido de que o Estado concentra em si todos os poderes, além de criar o direito, quer ser o único a estabelecer esse direito; diretamente através da lei ou indiretamente através do reconhecimento e controle das normas de formação consuetudinária.
 Com essa concentração do poder o modo de formação do direito corresponde uma mudança no modo de conceber as categorias do próprio direito. Originariamente e por um longo tempo o direito não era posto pelo Estado, mas pela sociedade civil, através das normas consuetudinárias e o seu modo de formação. Não havia preocupação em produzir normas jurídicas no Estado primitivo, mas deixar a sua formação a cargo do desenvolvimento da sociedade.
O Movimento Codificador
 O Iluminismo e o Jusnaturalismo foram as duas correntes que impulsionaram, a codificação do direito.
 Os iluministas queriam romper com todo o sistema antigo e para os jusnaturalistaso direito natural deveria ser a base do direito colocado pelo homem. Período do despotismo esclarecido. O direito comum deixou de ser aplicado na Europa a partir do século XVIII, com a Revolução Francesa houve a predominância de uma nova orientação de estudo para o direito romano, passa a ser estudado de uma forma histórica. O objetivo era acabar com os privilégios que haviam, devido a diversidade de direito que existia e facilitava sua aplicação, favorecendo os que tinham algum conhecimento e prejudicando os leigos.
 Os revolucionários pregavam o Direito Natural e o Juspositivismo, quando surge o Direito Único, que teve como base o direito romano e o direito comum, um direito igual para todos, através de regras sistematizadas e organizadas em um único corpo, chamado de códigos, um direito simples, de fácil entendimento e conhecimento de todos. Esse código foi denominado de Código de Napoleão, que entrou em vigor na França, em 1804 e foi a base para a elaboração do código dos outros países.
 No século XIX, surge a Escola Alemã em contraposição à Escola do Direito natural, onde argumentavam que o direito é produto orgânico de sua Escola e não o trabalho de um Legislador, mas devido a necessidade de unificação política, elaboraram o Código Alemão, que entra em vigor em 1900; cem anos após o Código de Napoleão.
 O sistema jurídico brasileiro é legado do positivismo. Trata-se do conjunto de normas estabelecidas pelo poder político que se impõem e regulam a vida social de um dado povo em uma determinada época. Denominação genérica, dada em oposição à de direito natural, no seu sentido de dever de consciência, para distinguir o conjunto de regras jurídicas em vigor, que se impõem às pessoas e às instituições, sob a coação ou sanção da força pública.
Estrutura do Civil Law
 A fonte principal deste sistema é a lei, a jurisprudência, o costume e a doutrina podem ser consideradas fontes secundárias.
 A lei é criada pelo legislador, esta tem a função de tentar verificar todos os tipos de situações possíveis e colocá-las em códigos para que sejam cumpridas por todos, isto torna o sistema mais fechado, portanto é necessária que toda vez que uma nova situação é criada, seja criada também uma nova lei pelo legislador, porém confere uma segurança jurídica, na qual não se pode decidir diferentemente da mesma. As leis seguem uma hierarquia, sendo que a constituição se mostra como a principal nesta pirâmide (DAVID, 2002). Demonstrarei esta hierarquia mais adiante.
 Finalmente, a lei, pelo rigor de redação que ela comporta, parece ser a melhor técnica para enunciar regras claras, numa época em que a complexidade das relações sociais obriga a conferir prioridade, entre os elementos de uma solução justa, às preocupações de precisão e clareza.
 Quanto ao costume podemos verificar que este dá subsídios para o legislador criar a lei, e para o juiz poder usá-la conforme os princípios do direito para as lacunas existentes, porém o juiz só poderá usar deste expediente quando a lei não abranger a situação, ou quando a mesma remeter para que o juiz utilize o costume para aplicá-la; o costume também é utilizado quando o juiz interpreta uma lei criada por um legislador.
 A jurisprudência pode ser entendida como decisões seguidas do judiciário e que podem balizar novas decisões porem não tem força vinculante, uma vez que os juízes são subordinados à lei (DAVID, 2002), na Constituição Federal do Brasil verificamos que existe um artigo que permite o poder judiciário criar a súmula vinculante, esta que tem poder de lei (BRASIL, 1988), portanto um caso em que uma jurisprudência se torna fonte primária de direito.
 A doutrina mostra sua importância no momento em que a lei é interpretada e quando o direito é estudado. A função da doutrina aparece quando esta cria o vocabulário e as noções de direito que o legislador deve usar, estabelece os métodos que o direito será descoberto e as leis interpretadas, bem como a influência que a doutrina exerce sobre o legislador, na medida em que estes últimos, muitas vezes, apenas se limitam a registrar leis que foram preparadas pela doutrina, portanto tanto estabelece a interpretação da lei, quanto age sobre o legislador.
 Para melhor entendermos a estruturação na qual funciona a civil law, adotaremos o modelo brasileiro.
 O Poder Legislativo do Brasil é um dos poderes constituídos no Brasil. A Constituição Federal adota os princípios da soberania popular e da representação, segundo os quais o poder político pertence ao povo e é exercido em nome deste por órgãos constitucionalmente definidos (art. 1º, parágrafo único). Para tanto, a Constituição Federal constitui três Poderes, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos (art. 2º). O Poder Legislativo do Brasil é exercido, no âmbito federal, desde 1891, pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, compostos, respectivamente, por deputados e senadores (PODER, sd.)
Composição do processo legislativo
1. Emendas à Constituição;
2. Leis complementares;
3. Leis ordinárias;
4. Leis delegadas;
5. Medidas provisórias.
6. Decretos legislativos;
7. Resoluções. (BRASIL, 1988).
 A base da legislação federal do Brasil compõe-se pela Constituição da República Federativa do Brasil; pelos códigos, a saber: Código Comercial, Código Civil, Código de Águas, Código de Defesa do Consumidor, Código Penal, Código de Processo Penal, Código Brasileiro de Telecomunicações, Código Florestal, Código Eleitoral, Código Sanitário do Distrito Federal, Código Tributário Nacional, Código de Processo Penal Militar, Código Penal Militar, Código de Mineração - Código de Minas, Código de Caça – Proteção a Fauna, Código de Processo Civil, Código Brasileiro de Aeronáutica, (Código de Menores) - Estatuto da Criança e do Adolescente, Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Código de Propriedade Industrial, Código de Trânsito Brasileiro, Código de Conduta da Alta Administração Federal, Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (CÓDIGOS, sd).
 A estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil é a civil law, cuja característica principal é o direito escrito, predeterminado pelas normas, e que se encontra praticamente disposta em códigos ou coleções. A regra geral é usar o texto da lei, aquela posta pelo legislador, mas as leis também têm lacunas, portanto, se a lei não aborda determinado assunto, os aplicadores da lei, ou seja, os magistrados se utilizam da jurisprudência.
COMPARAÇÃO ENTRE O CIVIL LAW E O COMMON LAW
 Primeiramente podemos verificar ambos direitos nasceram na Europa, porém um na parte continental (civil law) e outro na insular (common law), historicamente, podemos ver a separação entre os dois direitos no momento em que foi necessária a codificação na parte continental do direito para criação do Estado moderno e como forma de unificação a positivação deste direito deixava todos abaixo destes códigos e assim unia a nação (BOBBIO, 1999), isto não foi necessário na Inglaterra, uma vez que, conforme demonstrado na capitulo 3, ela já estava unida em torno do rei após a conquista normanda, não sendo necessária a codificação para a criação do Estado unificado.
 Quanto às fontes dos dois sistemas de direito, podemos verificar que existem muitas diferenças, o sistema da família romano-germânica tem como fonte principal de direito o código cabendo ao juiz unicamente interpretar cada caso se tornando um sistema fechado, onde o criador da lei é o legislador, que tenta prever todas as situações possíveis e colocar suas regulamentações nestes códigos, o que dá uma maior segurança jurídica, porém deixa o sistema jurídico um pouco mais rígido e quando há mudança na sociedade, o legislador tem que redigir nova lei, já no sistema da common law verificamos a jurisprudência como fonte principal do direito, na qual as decisões dos tribunais superiores vinculam todas as outras decisões dos tribunais inferiores, sendo um sistema aberto e o criador da “lei” é o juiz e não o legislador,o que deixa o sistema aberto e as mudanças na sociedade são logo absorvidas pelo sistema judiciário, porém leva a uma menor segurança jurídica.
 A estruturação é totalmente diferente uma vez que no sistema da família romano-germânica se tem a diferenciação entre os assuntos como o direito público, direito privado, direito civil, direito penal, entre outros e cada questão de litígio será discutida em sua esfera específica, enquanto no sistema common law esta divisão não está tão presente, apesar de existir divisões dentro das cortes para apreciação do caso, dependendo da importância e dos valores da demanda, quanto maior ou mais importante esta for, mais alta é a corte que vai analisar o caso.
 Historicamente e estruturalmente, pode-se verificar, que há muitas diferenças entre os dois sistemas, porém com a globalização se tem uma maior fusão entre estes dois sistemas no mundo, o que é chamado de direito comparado, funcionando como plano para investigações históricas e filosóficas dos direitos, conhecer melhor e aperfeiçoar o direito nacional e estabelecer melhores relações com outros países.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Podemos avaliar através do estudo, que as diferenças essenciais entre os dois sistemas estão na fonte e na aplicação do direito. Falando de forma genérica, no que se refere ao common law na fonte não escrita, onde o juiz aplica e teoricamente cria a lei e, em se tratando do civil law na fonte escrita, emanada pelo legislador, onde o juiz aplica a lei sem, no entanto, ter o poder de criá-la.
 Verificamos que mesmo se tratando de modelos processuais distintos, algumas diferenças vêm desaparecendo, devido às transformações das sociedades e ao progresso, tendo em vista que o contexto histórico é quem dita as normas para as mudanças necessárias. Com isso percebe-se que o direito brasileiro recorre cada vez mais à jurisprudência e alguns países que adotam o common law como, por exemplo, os Estados Unidos, demonstram em certos casos a necessidade de adoção de leis, mesmo porque, o sistema inglês teve uma certa influência do sistema romano-germânico.
 Consideramos que ambos os sistemas são bons com suas peculiaridades, principalmente se o elemento humano julgador for bom. Vale ressaltar que se pegarmos o que for melhor de cada um, como, por exemplo, a forma pragmática e menos formal do common law e a inexistência do júri em matéria cível, talvez tivéssemos uma forma processual mais célere. Mesmo sabendo que no Brasil os magistrados estão sobrecarregados de trabalho, o que torna o sistema judiciário lento é o modelo excessivamente recursal e burocrático, portanto, a solução seria encontramos meios para desburocratizar a forma processual existente, sem perder o objetivo principal de se fazer justiça.
Direito Civil 1
NJ/F = fato jurídico. (Norma Jurídica sobre um fato é igual ao fato jurídico)
 Toda a vez que ocorrer um fato e tiver uma norma jurídica regulamentando, há interesse para o direito. Ex: 2 pessoas se abraçam, não há nada de mais. 2 pessoas se espancam, há interesse jurídico. O fato jurídico nem sempre é claro. Devemos começar a olhar as situações com o olhar de quem estuda direito.
 Toda a pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.A personalidade civil, a existência da pessoas natural termina com a morte. A morte se confirma com a ausência das funções cerebrais, ainda que o coração e os pulmões continuem agindo.
1. Pessoa Natural:=>personalidade civil, se adquire(começa) com o nascimento com vida , ser humano, a criatura que provenha de uma mulher, podendo inclusive ser gerado fora do útero materno. Todo o ser que provenha de outro ser humano.
2. Nascituro: é ser já concebido que está para nascer.O código civil protege a expectativa de direitos do nascituro, que se confirmam se houver nascimento com vida, ou se desmentem como se nunca tivesse existido no caso contrário. Art.2 2 c/c Assim o nascituro é herdeiro e pode receber doações e legados, pode ser adotado e reconhecido. Pode figurar como sujeito ativo e passivo das obrigações. A eficácia de tudo, porém fica na dependência do nascimento com vida. Exemplo importante: nasce vivo e morre, herda a sua mãe, pois ele nasceu com vida e tinha direitos. Nasce morto: sem personalidade civil. Os herdeiros são os antecessores.
3. Ausência:A ausência difere da morte presumida ou ficta.pois não significa que a pessoa morreu, pode ter sumido e não há tragédias para se supor morte presumida.
Ausência:
Curatela (cuidados) do ausente, 1ª etapa art22 art1159cpc art1161cpc art1728cc
Sucessão provisória: 2ª etapa art26 e art30cc
Sucessão definitiva: 3ª etapa art39cc 39par. Único; art6; art1571par. 1cc
Efeitos da morte real: art.6cc
(a) Dissolução do vinculo conjugal e do regime matrimonial. Todo o que a viúva (o) vier a adquirir após a morte do cônjuge, será só dela(e)
(b) Extinção do poder familiar, extinção dos contratos personalíssimos. Ex: Um contrato de prestação de serviço (exercício da advocacia, se o advogado morre, fica extinto o contrato para a defesa) ou se morre um artista que eu contratei, fica extinto o contrato.
 O fiador e o devedor é um exemplo de contrato personalíssimo assim: Morre a afiançado, cobra-se a divida do fiador, pois essa é a sua tarefa. Se morrer o fiador e o afiançado não paga a divida? Os sucessores do fiador estão livres desse compromisso, pois o fiador era um contrato personalíssimo. Procuração se encerra com a morte.
(c) Cessação da obrigação de alimentos (em relação ao morto), embora os ascendentes e descendentes tenham que assumir essa responsabilidade.
 Os filhos podem receber alimentos com 20,30 40 anos...desde que comprovem necessidade(geralmente doença), curso superior, então esse compromisso não se encerra aos 18 ou 21 anos como se pensa, essa situação varia.
 Embora o nome seja pensão alimentícia, ela é mais que alimento, seria o recurso para prover saúde educação, lazer etc. Pensão não é incentivo ao ócio, um vadio que não é doente dificilmente em sua maioridade conseguira comprovar a necessidade para receber .
Conceito de ausência: considera-se ausente a pessoa que desapareceu de seu domicilio sem deixar representante ou procurador, sem haver dela noticia.
1ª etapa: Requerimento do interessado ou do ministério público para que o juiz declare a ausência e nomeie um curador para arrecadar os bens do ausente. Publica-se de 2 em 2 meses em jornais de grande circulação, citando o ausente. O curador pode ser pai, mãe, irmão ou uma pessoa idônea de confiança do juiz. A pessoa para vender algo precisa da autorização do juiz para realizar a transação. Se o desaparecido tiver filhos nomeia-se um tutor. Tutor e curador não será a mesma pessoa.
2ª etapa: 1ano após o 1º edital poderá ser aberta a sucessão provisória, entrando os herdeiros na posse dos bens mediante oferta de garantias de devolução integral no caso de retorno do ausente.
3ª etapa: Sucessão definitiva. 10 anos após a abertura da sucessão provisória ou em 5 anos das ultimas noticias se o ausente contar com 80 anos de idade ou mais, podem os interessados requerer a sucessão definitiva com cancelamento das cauções (garantias) prestadas. Regressando o ausente nos 10 anos seguintes receberá ele os bens no estado em que se acharem. Se seu patrimônio for aumentado esse excedente fica com quem produziu essa melhoria pois os frutos não são do desaparecido. Se tudo estiver sido vendido ou sucateado é isto que ele tem direito a receber. Aberta a sucessão definitiva presume-se a morte e dissolve-se o vinculo conjugal.
Morte presumida: nas seguintes situações:
1ª Decorrente de declaração de ausência na etapa da sucessão definitiva, art.6.
2ª Por indícios veementes. Cabe quando for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida, ou alguém desaparecido em guerra ou feito prisioneiro não ter sido encontrado até o termino da guerra, art. 7.
Comoriência: art.8 cc, Conceito: Se 2 ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu os outros, presume-sesimultaneamente mortos .A conseqüência do preceito é que não se estabelece sucessão entre e os comorientes. A não ser que haja indícios que algum morreu por ultimo (morto mais longe do acidente como se saísse para procurar ajuda, por exemplo), aí este gera sucessão entre os seus.
Nome:Lei nro 6.515 de 26.12.1977: O que regula o nome? A terminologia referente aos elementos de nome é imprecisa.
EX: João (prenome) Silva (nome)
O pré nome pode ser simples: João Silva, ou composto: João Antonio Silva.
O nome pode ser simples: Antonio Silva, ou Composto: Antonio Simões-Pires.
Para Lembrar: Alan Costa Vargas=> 1 prenome simples, 2 nomes simples.
 Aquilo que costumeiramente chamamos de nome é o prenome, e o que chamamos de sobrenome é o nome.
Modificação do nome:
1. Erro gráfico evidente. A correção de erros de grafia poderá ser processada no próprio cartório onde se encontra o assentamento mediante rito sumaríssimo(Rápidos, ou através de requerimentos) art.110 da lei de registros públicos.
2. No primeiro ano após a maioridade. Art.110.No primeiro ano após a maioridade independente de justificativa, desde que não altere o nome de família.Essa alteração pode ser requerida administrativamente no próprio cartório de registro civil.
3. Nomes exóticos ou ridículos: não se registra mais, mas se o forem, poderá ser alterado.art.55 da lei de registros públicos.(LRP)
4. uso prolongado e constante (pedir supressão) uso prolongado e constante de um nome diverso do que figura no registro, pode permitir a alteração deste, pois prenome imutável é aquele que foi posto em uso, embora não conste no registro.(interpretação jurisprudencial.)
5. Inclusão de alcunha ou apelido: admite-se também a alteração do nome para a inclusão de uma alcunha ou apelido, usado habitualmente pelo interessado Ex: Antonio de Oliveira para Antonio Paraná de Oliveira.
6. Homonímia. Constitui motivo relevante e excepcional para a alteração de nome , a homonímia causadora de problemas .Em regra se adiciona um mais prenome.(se for causadora de problema) ex: vários João da Silva.
7.Inclusão do nome de ascendente: a lei não proíbe que se complete o nome com a adição de um nome usado por ascendente.O descendente tem direito ao nome usado por seu ascendente mesmo que esse nome não tenha sido usado por mais de uma geração.
8. Tradução: A mesma razão que autoriza o estrangeiro a traduzir seu nome para o português, justifica a pretensão idêntica ao brasileiro nato. Ex: de John para João.
9. Conviventes: a lei permite que a companheira adote o nome do companheiro se houver reconhecida união estável.
10. Testemunhas e vítimas de crimes: tais pessoas se estiverem sob ameaça, podem obter a mudança do nome próprio e de seus familiares para sua proteção.
OBS: O nome também pode sofrer alterações no casamento, na adoção, no reconhecimento de paternidade, no divorcio e na viuvez.
Capacidade civil:
Conceito: É a aptidão da pessoa para exercer direitos e assumir obrigações. São plenamente capazes os maiores de 18 anos. Art.5 cc.
A) Absolutamente incapazes: Os menores de 16 anos, os que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil e também os que mesmo por causa transitória não puderem exprimir a sua vontade.art.3 cc.
B) Relativamente incapazes:(ou capazes).art.4 do cc, não tem capacidade plena, é assistido através de seu representante legal. São relativamente capazes para certos atos os menores entre 16 e 18 anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os que por deficiência mental tenham o seu discernimento reduzido, os excepcionais sem desenvolvimento mental completo e os pródigos.
OBS: Os menores de 16 anos são representados e os entre 16 e 18 anos são assistidos pelos pais, tutores ou curadores. Na representação o pai ou tutor pratica o ato sozinho, em nome do menor ou pelo menor, na assistência, o responsável coloca-se ao lado do menor auxiliando lhe na pratica do ato jurídico e entregando-lhe capacidade.
 As deficiências físicas ou doenças não influem na capacidade salvo se impedirem a manifestação da transmissão da vontade.
 Surdo-mudo: podem manifestar-se por escrito, por sinais, por interprete ou procurador. Estes e os cegos só não podem intervir em atos que dependem diretamente dos sentidos que lhe faltam, da mesma forma a idade avançada por si só, não é causa de incapacidade.Pode ser considerado plenamente ou relativamente capazes, dependendo do grau de problema.
 Emancipação: aos 18 anos cessa a menoridade, mas a capacidade civil pode ser adquirida antes pela emancipação. Tendo o menor 16 anos completos pode ser emancipado por concessão dos pais ou de um deles na falta do outro mediante escritura publica.
 Considera-se também emancipado, o menor pelo casamento, pelo exercício do emprego publico efetivo. Também por colação de grau em curso superior, ou pelo estabelecimento civil comercial com economia própria.
 A emancipação é irrevogável e definitiva, não retorna a incapacidade civil quem se emancipou pelo exercício do comércio e depois faliu, nem o que se casou e depois ficou viúvo ou se separou ou divorciou.
Direitos da personalidade: Os direitos da personalidade abrangem a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenizaçãopor dano material ou moral (art.5 inc. X cf88) e art12 do cc.
 Abrangem também o nome, o pseudônimo, art. 18 e 19 do cc.
 Protege-se a vida privada, os escritos, as palavras e também a imagem da pessoa, pela proibição da divulgação e pelo estabelecimento da indenização cabível. Art.18 ao 21 do cc.
 Aplicam-se as pessoas jurídicas no que couber a proteção dos direitos da personalidade. Art.52cc.
Critérios básicos para a avaliação de dano moral(são subjetivos)
Extensão da dor;
Grau de culpa do ofensor;
Capacidade econômica do responsável pela reparação;
Prudência e moderação
Extensão da dor: examina-se 2 aspectos:intensidade, seja física ou psíquica, duração se passageira ou permanente.
Grau de culpa do ofensor: Na responsabilidade subjetiva verifica-se a conduta do autor, na responsabilidade objetiva, basta o evento e o dano.Neste caso deve diminuir o valor da reparação abaixo da gravíssima, pois não se perquire da culpa.
Na subjetiva: É preciso provar que aquela pessoa agiu com culpaindenização maior. EX: avançar o sinal. Tem que provar que o outro motorista avançou o sinal vermelho.
Na objetiva: Só se prova que o fato aconteceu, ou seja, não precisa provar culpa de ninguém. EX: Quebrar uma roda no buraco do asfalto, responsabilidade de entes públicos.
Capacidade econômica do responsável pela reparação: aqui deve-se atentar para o caráter pedagógico da sansão.(ensina a tratar melhor a parte atingida).
 Dentro das possibilidades da pessoa. Ex: Capacidade de reparação de um banco é diferente da capacidade de reparação de um bar.
 Cabe ao autor da ação provar que a empresa é poderosa a não ser que seja público e notório a exemplo das multinacionais.
 Prudência e moderação: O Juiz deve dirigir o foco de atenção para ele mesmo, policiar-se, pois a matéria é altamente subjetiva. Todos os valores do magistrado estarão ali presentes, influindo na decisão.
Obs: Sobre dano moral: O dano moral em um prefeito repercute mais do que em um motorista, infelizmente.
 Dano moral com efeito punitivo: para o que fez o dano aprender a não fazer. Ex: a telefonia te cobra um serviço de internet, sem tu solicitar o serviço, entra com este tipo de dano.
O dano moral não depende da matéria: dano moral puro.
 A humanidade gira em torno de contratos, em torno da responsabilidade civil.
Pessoa Jurídica: É a entidade constituída de homens e bens com vida, direitos, obrigações e patrimônio próprio. São pessoas jurídicas de direito público externo os países estrangeiros, organismos internacionais como a ONU ou a OEA etc. São pessoas jurídicas de direito público interno a união, os estados e municípios, distrito federal e as autarquias. São pessoas jurídicas de direito privado interno as sociedades civiscomerciais ou empresariais, as associações religiosas, os partidos políticos etc. (art.44 cc)
Domicílio é diferente de residência (que pode ser temporária): Domicílio é o lugar onde a pessoa reside com animo definitivo, domicílio também pode ser o lugar onde a pessoa mantém o centro de suas ocupações, ou ainda, o lugar onde for encontrada se não tiver residência fixa ou centro de suas ocupações habituais. Pode o domicílio ser duplo ou múltiplo no caso de mais de uma residência ou centro de ocupações. As pessoas jurídicas têm domicílio na sede ou a filial para os atos ali praticados. (art.70 cc e seguintes)
OBS: Casa de praia não é residência nem domicílio, chama-se habitação temporária.
 Deve-se aprender a qualificar pessoas (físicas e jurídicas): Não cair no erro de processar um município assim: Contra a prefeitura de tal lugar... Correto: Réu: Município de São Sepé, pois a prefeitura municipal não tem personalidade jurídica, é o município que tem.
Qualificando uma pessoa física: Ex: Pedro Silva, Brasileiro, estado civil, profissão, Cpf, Rg residente e domiciliado á rua tal.
Qualificando uma pessoa jurídica:Razão social(Borges e silva cia. ltda.), cnpj, pessoa jurídica de direito privado, com sede a rua tal, nro tal, na cidade tal, neste ato representado pelo gerente tal (qualifica-se a pessoa física aqui).
 Município de Lages, inscrito sob cnpj tal pessoa jurídica de direito publico interno com sede a rua tal numero tal neste ato representado pelo prefeito municipal sr. fulano de tal(fazer a qualificação de pessoa física).
O aspecto prático do domicílio é localizar alguém.
Domicílio legal é o fixado por lei, como é o do filho menor, que é o do seu pai.
Domicílio de eleição: Fixado pelas partes nos contratos, art. 70 a 78 do cc Ex:as partes contratantes elegem o foro da comarca de Santa Maria para resolver......
 Mesmo que se eleja o foro, se uma parte for hipossuficiente , valera o domicílio onde o contrato for celebrado. Para evitar que empresas poderosas façam um pobre ignorante ter que ir ao foro distante como São Paulo por exemplo.
 No acidente de trânsito o réu pode ser demandado no local do acidente, ou no domicílio do autor.
A pessoa jurídica se extingue por:
A) pela dissolução deliberada entre seus membros, salvo direito de minoria e terceiros.
B) pela dissolução quando a lei determina;
C) pela sua dissolução em virtude do ato do governo que lhe casse a autorização para funcionar, quando a pessoa jurídica incorra em atos opostos aos seus fins ou motivos de bem público.
Bens: A maioria dos litígios versa sobre bens.
Classificação dos bens: art.79 e seguintes do cc.
1) Bens corpóreos: bens materiais, concretos, podemos tocar. Ex: mesa;
2) Bens incorpóreos: direitos, direitos autorais, não têm existência física.
3) Bens móveis: subdivisão dos corpóreos pode ser removidos ou transportados sem a perda de suas características.
4) Semoventes; Ex: cavalo, pois se locomove por conta.
5) Bens imóveis: São aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a perda de suas características. Ex: casa.
6) Bens fungíveis: são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade Ex: uma saca de milho, dinheiro(pois não é o mesmo que foi depositado, são outras notas, operações financeiras lidam com bens fungíveis), carro desde que não seja personalizado ou raro etc.
7) Bens infungíveis: Não podem ser substituídos por outro, valendo pela sua individualidade Ex: obras de arte, carros personalizados ou raros.
8) Bens consumíveis: alimentos, são os que se destroem assim que vão sendo usados.
9 Bens inconsumíveis de natureza durável: Ex: um livro, automóvel, tem a ver com equilíbrio estabelecido entre comprador e vendedor.
10) Bens Divisíveis: ex: um terreno de 30m por 40 m pode ser dividido segundo a lei, é passível de divisão cômoda (justa).
11) Bens Indivisíveis: Ex: terreno com 10 metros de frente é indivisível, pois o mínimo de frente é 12 metros. Um relógio.
Como dividir um bem indivisível se não existir acordo entre os herdeiros?
Se nenhum quiser ou puder comprar a parte do outro, se discordarem no preço, ou se não quiserem vender a terceiros, abre-se uma ação de dissolução de condomínio pela venda da coisa comum, e nela, será avaliado o valor financeiro, vendido em praça publica e distribuído conforme deve ser para cada herdeiro o valor do bem.

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