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AULA 16 CTN IV

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN IV
ART. 175 A 182, CTN => EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A EXCLUSÃO se dá em 2 causas:
Art. 175, CTN: Excluem o crédito tributário:
        I - a isenção;
        II - a anistia.
- A isenção e Anistia são as causa de exclusão do crédito tributário.
 Causas de ISENÇÃO e ANISTIA:
SÃO RENÚNCIAS DE RECEITA (DISPENSA DO DEVER DE PAGAMETO). CONFIGURAM BENEFÍCIOS FISCAIS PARA OS SUJEITOS PASSIVOS DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA.
ANISTIA: Benefício que o fisco perdoa uma infração e se abre mão da multa. Só atinge a penalidade pecuniária. Não atinge o tributo.
***ISENÇÃO: é uma dispensa legal antecipada de obrigação principal futura de pagar tributo; impede o lançamento, excluindo a formação do crédito.
Não cabe interpretação extensiva – só que o STJ permite dois casos excepcionais – O Deficiente tem isenção ao IPI de dois em dois anos, só que seu carro foi roubado e não devolveu – comprovado, tem direito a isenção antes dos dois anos.
- A isenção é revogável. Exceto quando for a prazo certo e sobre condição, fica irrevogável.
- As isenções devem ser autônomas (cada Ente isenta o seu tributo).
ISENÇÕES E BENEFÍCIOS FISCAIS
As isenções são espécies de benefícios fiscais concedidos pelo Estado, em regra através de lei, dispensando o contribuinte beneficiado do dever de cumprir a obrigação principal tributária de pagamento de tributo. Traduz dispensa antecipada daquilo que seria o dever de cumprir uma obrigação tributária futura. A isenção é concedida para dívidas futuras. 
As isenções são causas de exclusão do crédito tributário (CTN, art. 175), não sendo inseridas nas causas de “extinção” do crédito tributário listadas no art.156 do CTN. A isenção impede a formação do crédito, não o extingue; sequer permite que ele venha a nascer, traduzindo uma renúncia antecipada ao que seria, de fato, o direito de crédito. Não atinge as multas, apenas o tributo, e sempre reportando-se a fatos geradores futuros, os quais ainda não ocorreram quando o benefício é gerado. 
A isenção não se confundem com a Anistia e nem com a Remissão. Essa última é uma causa de “extinção do crédito” porquanto a anistia é causa de Exclusão do crédito, igualmente como a isenção. Isenção e Anistia são causas de EXCLUSÃO do crédito tributário, porquanto, a seu turno, a Remissão é causa de extinção do crédito tributário.
ART. 181, II, c, CTN: a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
ART. 176, §Ú, CTN: A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
ART. 177, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
ART. 111, CTN: Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção.
ISENÇÃO DE BENEFÍCIOS AUTÔNOMOS
ART. 151, III, CF: instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
Art. 18, CF: A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Em relação ao tema anteriormente explorado, oportuno frisar que para que se possa aprovar o convênio destinado a conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS é necessário quórum de unanimidade de concordância pelos Estados e DF; é dizer, se um único Estado da Federação (ou o Distrito Federal) se sentir prejudicado (ou enxergar um prejuízo à Federação) e quiser vetar o convênio, poderá fazê-lo e o benefício não será implementado. Para que caiba a concessão do privilégio fiscal nenhum ente federativo pode se opor e deve se alcançar a concordância de todos. Já para revogar um convênio eventualmente antes firmado, o quórum necessário é de no mínimo 4/5 (quatro quintos) de adesão dos Estados e DF (vinte e dois Estados ou vinte e um Estados mais o Distrito Federal). Assim determina a LC 24/75 que regula a forma como as deliberações devem ser conduzidas no CONFAZ para que se possam celebrar (ou revogar) os convênios por via dos quais se concedem (ou retiram) as isenções, benefícios e incentivos fiscais de ICMS. 
Importante perceber que não é exigido lei complementar para CONCEDER/REVOGAR isenções e demais benefícios fiscais, sendo, todavia, vital, enxergar qual foi o papel que o constituinte reservou a tal modalidade de fonte normativa no âmbito dos benefícios fiscais. Perceba-se que o ato concreto de conceder a isenção (ou outros benefícios) não precisa de uma lei complementar, bastando, nos tributos em geral, uma lei ordinária específica, e, no ICMS, um Convênio do CONFAZ. Todavia, no campo específico do ICMS, assim como em relação ao ISS, é necessário uma lei complementar para estabelecer regras, critérios, parâmetros para que se possam conceder os benefícios ficais referentes a tais impostos. Noutras palavras: não cabe à lei complementar isentar o ISS e ICMS, sendo todavia, sua missão, ensinar como os favores fiscais podem ser concedidos, seja por lei ordinária específica (ISS) seja por Convênios do CONFAZ (ICMS). Vale a leitura dos artigos 155,§2º, XII, ‘g’ e 156, §3º, III, ambos da Constituição. 
Art. 156, §3º, III, CF: regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Registre-se que a Lei complementar que regula a forma como as isenções, benefícios e incentivos fiscais de ICMS serão concedidos e revogados é a Lei Complementar 24/75. 
Em relação ao ISS, importante registrar que a lei complementar em comento, exigida pelo citado art.156, §3º, II, ainda não foi aprovada no Congresso Nacional, sendo que, por força dessa omissão, continua aplicável a norma do Art. 88, II do ADCT da atual Constituição. O aludido dispositivo cumpre a missão de, transitoriamente, e até que seja feita lei complementar destinada a regular a forma como isenções de ISS podem ser concedidas e revogadas, impor algumas regras. Por força delas, pode-se afirmar que salvo três exceções, NÃO CABE ISENÇÃO TOTAL DE ISS, mas somente ISENÇÃO PARCIAL, e, ainda assim, até um máximo de 60% do valor da dívida. Há, todavia, três exceções em que é possível uma Isenção total do dever de pagamento; trata-se dos contratos de serviços de execução de obra de construção, dos contratos de serviços de demolição e de serviços de reforma, conservação ou reparação de edifícios, pontes, estradas, portos e congêneres. Nessas três modalidades de contratos de prestação de serviços, não se aplica a vedação de isenção total, sendo admitida a dispensa integral do dever de pagamento. Acresça-se que nesses mesmos três tipos de contratos, também fica afastada a regra da alíquota mínima de 2% de ISS, sendo possível, apenas nessas três situações, o uso de alíquotas de ISS inferiores a 2%. 
Art. 88, II do ADCT: não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I.
Importante lembrar que o STF e o STJ comungam, harmonicamente, do entendimento no sentido de que Tratados Internacionais podem conceder isenções de impostos estaduais, como por exemplo, o ICMS. Tal possibilidade não viola a regra da vedação de isenções heterônomas. Dita regra impede que um determinado ente federativo possa conceder isenções de tributos pertencentes a outro ente (ex.: a União não pode conceder isenções de tributos dos Estados, DF e Municípios, mas apenas dos seus próprios tributos, os federais), consagrando a regra que as isenções (e demais benefícios fiscais) devem ser “autônomos”, ou seja, fruto do exercício da autonomia federativa (somente o ente titular do tributo pode promover a renúncia de receita do seu próprio tributo), e não “heterônomos” (invasão de autonomia; heteronomia). Tal regra não é violadaquando Tratados Internacionais concedem isenções de tributos estaduais. Isso porque o Tratado não é feito pela União e sim pela República Federativa do Brasil, não havendo ato federal e sim federativo; não se trata de ato emanado da autonomia da União e sim da soberania da Federação brasileira, pessoa de direito público externo, internacional, diferente do ente federado aludido, que é pessoa de direito público interno; na celebração do Tratado, o Presidente age como Chefe de Estado (do país) e não como Chefe de Governo (da União). Por assim ser, ficou consagrado, desde o famoso precedente do “Bacalhau da Noruega”, que Tratados Internacionais podem conceder isenções de ICMS, e isso não viola a autonomia dos Estados e nem qualifica invasão por parte da União. 
Isenções, como regra, são plenamente revogáveis, valendo a regra de que não geram, por simplesmente concedidas, direito adquirido. Só se tornam revogáveis, todavia, caso sejam concedidas com duas características, cumulativas. Quando são concedidas sob condição e a prazo certo, as isenções se tornam irrevogáveis. Salvo essa hipótese, isenções são, como dito, plenamente revogáveis. 
A Remissão consiste no perdão de uma dívida pretérita, já constituída, já devida e inadimplida. É concedida para dispensar o contribuinte de continuar obrigado a pagamentos os quais ele já devia. Ao contrário da Isenção (que foca dívidas futuras), a Remissão é concedida em relação a débitos pretéritos. Caso concedida, extingue o Crédito Tributário, nos termos dos arts. 156, IV e 172 do CTN. Pode ser total (perdão de todo o crédito) ou parcial (perdão de parte apenas da dívida). Em regra, a remissão é concedida quanto a dívidas já lançadas e vencidas; já houve fato gerador, há a dívida até o momento em que o benefício é concedido, e o sujeito passivo está em mora, em situação de inadimplência. Já na isenção, a dívida sequer nasce, ficando sua gêneses impedida, excluindo-se a formação do crédito tributário. 
A Anistia traduz um outro tipo de benefício, o qual, assim como a isenção, também é apontado no art. 175 do CTN como causa de exclusão do crédito tributário. O que diferencia a Anistia dos demais benefícios fiscais é o fato de que a anistia apenas atinge as penalidades (ex.: multas), não atingindo a dívida na parte correspondente ao tributo. Desse modo, a anistia se apresenta como um benefício que não é capaz de extinguir o crédito tributário na sua globalidade, pois somente afeta um de seus elementos estruturantes, qual seja, a multa, mantendo-se plenamente devido o valor referente ao tributo. Nesse viés, correto reconhecer que seria forçoso afirmar que a anistia seria uma causa de “extinção” do crédito; não o é; mesmo após concedida, o credor ainda continua credor, sofrendo apenas afetação em um único elemento do crédito, a penalidade. Por isso se falar que a anistia é causa de exclusão do crédito e não de extinção. Normalmente, é concedida quando a administração pública perdoa o descumprimento de obrigações assessórias, as quais ensejariam a aplicação de penalidades pecuniárias contra o contribuinte infrator (ex.: não emissão de notas fiscais); perdoada a infração, abdica-se de punir, excluindo-se as multas exatamente em razão do perdão concedido em relação à infração à legislação que havia sido cometida. Em suma, como se costuma dizer, anistia é dispensa de dever de pagamento de multas, porquanto remissão é perdão de créditos vencidos (o crédito na sua globalidade: tributos mais penalidades) e a isenção é a dispensa antecipada do que viria a ser uma obrigação principal de pagar tributo no futuro; a anistia atinge a multa, a isenção elimina o tributo futuro e a remissão mata tributos e multas pretéritos. 
É importante observar a regra especial do art. 125 do CTN, referente a isenções e remissões concedidas a devedores solidários. Se tais benefícios forem dados de modo impessoal (não condicionados ao atendimento de certos requisitos de caráter pessoal dos beneficiários) o benefício vale de modo genérico para todos, evidentemente. Todavia, caso a isenção ou remissão sejam dadas em caráter pessoal, só aproveitam aos codevedores que atenderem aos requisitos específicos exigidos na lei, permanecendo os demais vinculados à dívida, porém, apenas no saldo remanescente, no qual continuam solidários. É dizer: se a isenção / remissão são dadas para algumas específicas pessoas, em atendimento a certas qualidades personalíssimas dessas pessoas, não há como favorecer outras pessoas que não atendam as exigências da lei; nesse compasso, havendo hipótese de solidariedade e não sendo todos os codevedores favorecidos pela lei isentiva / remissiva (exatamente por não possuírem as características exigidas pelo legislador para gozarem do favor fiscal), tais contribuintes permanecem no polo passivo da relação tributária, não se beneficiando do favor fiscal, o qual, frise-se, somente liberará do débito aquele codevedor que realmente cumpre os requisitos impostos pelo legislador como condição para o gozo da vantagem. Quanto aos codevedores que permanecem com a dívida, importante observar que essa sobrevive apenas no saldo remanescente, o que implica dizer que não continuam devedores da dívida inteira, já que o “isento” / “remitido” elimina, por gozar do benefício, a parcela do débito que corresponderia à sua quota parte. Nesse saldo remanescente, elementar enxergar que a solidariedade permanece para esses codevedores solidários que não foram favorecidos pela isenção/remissão. 
Para a concessão (e revogação) de isenções (e de demais benefícios fiscais que promovem renúncia de receita pública – ex.: anistia, remissão, redução de alíquotas ou de base de cálculo, etc), existem dois caminhos para a implementação da medida: um deles traduz a regra geral (vale para todos os tributos em geral, salvo o ICMS) e o outro indica a exceção (aplicável apenas em relação ao ICMS). Como regra, benefícios fiscais se concedem e se revogam através de lei, salvo no caso do ICMS que emanam de convênios aprovados no CONFAZ após deliberações feitas pelos Estados e pelo DF. Oportuna à leitura dos arts. 150, §6º c/c 155, §2º, XII, ‘g’ da CRFB/88 e, ainda, os arts. 97 e 175 do CTN. 
Art. 150, §6º § 6º, CF: Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
Quanto à regra, pode-se afirmar que o modo correto de se fazer a concessão de Isenções, Remissões, Anistias e demais benefícios fiscais é através da aprovação de uma lei, bastando que seja lei ordinária, não sendo necessário lei complementar, e desde que se trate de uma lei específica, nos termos impostos pelo art.150, §6º, CRFB/88. Ou seja, a aprovação do projeto de lei na fase debilerativa do processo legislativo não depende de quórum de maioria absoluta dos parlamentares (o que ocorreria caso se tratasse de matéria reservada à lei complementar), bastando simples maioria dos presentes nas sessões de votação em cada uma das casas para que se torne viável a aprovação do projeto de lei nas matérias em comento (basta a maioria “simples”, “relativa”, peculiar às leis ordinárias). Em relação ao conteúdo desse projeto de lei, deve haver especificidade, não podendo se cogitar de generalidade; nesse linear, não pode a matéria em apreço (concessão de benefício fiscal) ser veiculada junto com outras matérias desconexas tematicamente, somente podendo o projeto de lei envolver o Direito Tributário ou a própria concessão do benefício (ex.: não seria possível um projeto de lei disciplinando política urbana, saúde pública, direitos do servidor e, também, versando sobre renúncia de receita pública). A lei, portanto, deve ser uma lei específica, com reserva de matéria, nos termos do exigido no supracitado art. 150, §6º. Aideia, registre-se, motivadora da norma constitucional em festejo, reside em se exigir que o parlamento foque com atenção o debate sobre a renúncia de verba pública, não passando a matéria camuflada ou despercebida no meio de outras tantas que lhe retirem o foco e a atenção devidos.
Afirmada a regra nas linhas acima, é preciso analisar a exceção, a qual se aninha, exclusivamente, na órbita setorial do ICMS. Em relação ao referido imposto, aplica-se regra especial, prevista no art.155,§2º, XII, ‘g’ da CRFB/88. Benefícios fiscais de ICMS não são concedidos e nem revogados por lei específica ordinária estadual. Não. Há um procedimento especial que culmina com a formalização de um convênio administrativo, celebrado entre os Estados membros da federação e o Distrito Federal no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, sendo certo perceber que a concessão e revogação de isenções e demais benefícios e incentivos fiscais de ICMS decorrem de convênios, os quais são assinados após serem realizadas deliberações entre os representantes dos Estados e do DF no CONFAZ e se atingindo um entendimento unânime de que o benefício que certo Estado da Federação está querendo implementar não vai causar prejuízos a outros Estados. Se durante as deliberações ficar provado que a isenção (ou outro benefício) que o Estado requerente pretende conceder na sua circunscrição territorial não causará danos à economia nacional, não prejudicará a livre iniciativa e livre concorrência, não gerará desequilíbrios no mercado, não gerará guerra fiscal com outros Estados ou o DF, aí sim, os representantes optam por decidir autorizar o benefício a ser concedido naquele determinado Estado que está querendo implementar a medida, celebrando-se um convênio para formalizar tal permissão. É por isso que se afirma que isenções e demais benefícios e incentivos fiscais de ICMS dependem de convênios do CONFAZ, ao contrário dos demais tributos em que os favores tributários são gerados por leis específicas. 
PREFERÊNCIA
RECEBE EM UMA POSIÇÃO PRIMEIRA DO QUE OS OUTROS. ESTÁ LIGADA A PRIORIZAÇÃO. COLOCA O CRÉDITO NA FRENTE DE OUTROS CREDORES.
PRIVILÉGIO
É DIFERENCIADO AO CRÉDITO TRIBUATÁRIO EM RELAÇÃO AOS OUTROS NA MESMA SITUAÇÃO COMUM.
ART. 83, CTN: A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.
ROL SUJESTIVO
A LEI ORDINÁRIA PODE CRIAR OUTRAS GARANTIAS QUE NÃO ESTÃO NO CTN.
Art. 184, CTN: Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. CLÁUSULA DE INOPONIBILIDADE DA FAZENDA PÚBLICA IMPENHAR O IMÓVEL.
A FAZENDA RESPEITA O BEM DE FAMÍLIA, REGRA, IMPENHORABILIBILIDADE.
LEI DO BEM DE FAMÍLIA - LEI Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990:
Art. 3º: A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; EXCEÇÃO!!! O BEM DE FAMÍLIA PODE SER PENHORADO!!
*****ERA UMA SEGUNDA HIPÓTESE DE PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA!! I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;  (Revogado pela Lei Complementar nº 150, de 2015).
FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL 
Quando o sujeito passivo da relação tributária, após inscrito em dívida ativa (TEMPESTIVIDADE), promove atos de alienação ou oneração de seus bens, dilapidando seu patrimônio, de modo a se tornar, por força de tais atos, insolvente, ou então a agravar uma eventual situação de insolvência em que já se encontrasse, tais atos materializam a situação jurídica da fraude à execução fiscal. É dizer, caso já haja uma situação de inadimplência e o sujeito passivo já esteja inscrito em dívida ativa, mesmo que ainda não haja uma ação de execução fiscal ajuizada, se este vier a alienar ou onerar seus bens e tais atos comprometerem o potencial de solvabilidade dos seus débitos para com a fazenda, restará configurada a situação de fraude à execução fiscal do art.185 do Código Tributário Nacional. 
Observe-se que para que haja a fraude à execução fiscal dois requisitos devem estar presentes, cumulativamente: de um lado, deve ser analisado o momento em que o ato é praticado (após já ter ocorrido à lavratura do Termo de Inscrição em Dívida Ativa) e, de outro lado, o efeito lesivo do ato (deve tornar o sujeito passivo insolvente ou então agravar uma situação de insolvência já concretizada). 
Configurada a fraude à execução fiscal, a consequência dela é que o auto fraudatório (ex.: alienação de bens) é ineficaz perante o credor tributário (Fazenda), o qual, caso ajuíze a ação de execução fiscal supervenientemente, poderá penhorar o bem nas mãos de quem se encontre. O ato não produzirá efeitos oponíveis ao exequente fraudado. 
O ATO CONFIGURA UMA PRESUNÇÃO É ABSOLUTA DO COTRIBUINTE (JURE ET JURE).
Art. 185, CTN: Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
PRAZO: 5 DIAS (CITAÇÃO PELA VIA POSTAL OU PESSOAL). 
PRAZO DE 30 DIAS CITAÇÃO POR EDITAL RÉU ESTANDO NO BRASIL.
PRAZO DE 60 DIAS SE O RÉU AUSENTE DO PAÍS CITADO POR EDITAL
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
ART. 8º DA LEF: O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:
        I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra forma;
        II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
        III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
        IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exequente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias.
§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.
Art. 185-A, CTN: Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições,façam cumprir a ordem judicial. 
PENHORA ON-LINE
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.
CONCURSO DE CREDORES
Art. 186, CTN: O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. CASOS DE ARROLAMENTO E INVENTÁRIO!
Art. 189, CTN: São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.
Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma do disposto no § 1º do artigo anterior.
Art. 192, CTN: Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO NA FALÊNCIA
- Falindo uma sociedade empresária esta provavelmente ela terá pluricredores (banco, empregados, dívidas tributárias, fornecedores, parceiros, contratantes, etc.).
- Na falência existe uma ordem de preferência para que se pague aos credores.
- A Fazenda tem um privilégio. Ela não precisa habilitar seu título na falência. Ela pode ajuizar Ação de Execução Fiscal por fora. O produto da arrematação, todavia é remetida para o juízo. (art. 187, caput, CTN). Ela não precisa habilitar na falência, mas ela pode habilitar na falência.
- Quando olha para falência e se vão cobrar os débitos, verificam-se os débitos que já existiam antes da falência e os que surgiram após a falência.
- Existe o crédito tributário concursal e extraconcursal.
- Na falência se paga primeiramente um crédito extraconcursal e depois os créditos concursais.
- Após os créditos concursais terem sido pagos ...
- Na falência o fisco irá ficar na 1ª ou na 7ª posição.
1º - credor acidentário ilimitadamente e trabalhista até 150 salários mínimos (acima disto é quirografário).
2º - credor com garantia real (penhor; garantia e anticrese) – mas só recebe até o limite do gravame.
3º - Créditos Tributários (sem as multas que ficam abaixo dos quirografários)
4º - Credores com privilégio Especial
5º - Credores com privilégio Geral
6º - Quirografário
7º - Sub quirografário (multa, etc.)
O artigo 83 da Lei de Falências classifica os créditos atribuindo à eles a respectiva ordem de satisfação abaixo listada:
1.    Créditos trabalhistas não superiores a 150 (cento e cinqüenta) salários mínimos por credor e os créditos decorrentes de acidente de trabalho;
2.    Créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
3.    Créditos de natureza tributária exceto as multas tributárias;
4.    Créditos com privilégio especial assim entendidos os previstos no artigo 964 da Lei nº10.406/02, os assim definidos em outras leis civis e comerciais e aqueles a cujos titulares a lei confira direito de retenção sobre coisa dada em garantia;
5.    Créditos com privilégio geral assim entendidos os previstos no artigo 965 de Lei nº10.406/02, os previstos no parágrafo único do artigo 67 da Lei de Falências e os assim definidos em leis civis e comerciais;
6.    Créditos quirografários assim entendidos todos os não previstos no artigo 83 da Lei de Falências, o remanescente de crédito não totalmente satisfeito na alienação de bem gravado com garantia real e o saldo de crédito que ultrapassar o limite de 150 (cento e cinquenta) salários mínimos;
7.    Multas contratuais e penas pecuniárias penais ou administrativas inclusive as tributárias;
8.    Créditos subordinados sendo os assim previstos em lei ou em contrato e os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
  Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
        I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
        II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
        III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
        IV – créditos com privilégio especial, a saber:
        a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
        d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 
        V – créditos com privilégio geral, a saber:
        a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
        c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        VI – créditos quirografários, a saber:
        a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
        b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
        c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
        VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
        VIII – créditos subordinados, a saber:
        a) os assim previstos em lei ou em contrato;
        b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
Art. 186, CTN: O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
        Parágrafo único. Na falência: 
        I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei     falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado;
        II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e 
        III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
Art. 187, CTN: A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
        I - União;
        II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
        III - Municípios, conjuntamente e pró rata.
ART. 29, §Ú DA LEF: A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento
        Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
        I - União e suas autarquias;
        II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata;
        III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.
SÚMULA 563, STF: O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da Constituição Federal.
Art. 188, CTN:São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. 
        § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.
        § 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.
Art. 189, CTN: São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.
Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma do disposto no § 1º do artigo anterior.
Art. 190, CTN: São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.
Art. 191, CTN: A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. 
Art. 191-A, CTN: A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.  
Art. 192, CTN: Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.
Art. 193, CTN: Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.
CERTIDÃO FISCAL E DEFERIMENTO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
Quando determinada sociedade empresária almeja o deferimento de pedido de que se instaure fase de recuperação judicial, intentando evitar a sua falência, o deferimento do pedido fica sujeito a diversos requisitos, conforme regrado na Lei 11.101/05, e, dentre eles, o de que se apresentem determinados documentos, dentre os quais se destaca a certidão fiscal. Nos termos expressamente previstos no art.191-A do CTN duas são as certidões cabíveis: tanto a CND (Certidão Negativa de Débito) como a CPC c/e CND (Certidão Positiva de Débito com efeito de Certidão Negativa de Débito). Qualquer das duas é suficiente para se atender a exigência legal e, caso cumpridos os demais requisitos, viabilizar o deferimento do pedido de recuperação. 
Observe-se que não é necessário que todas as dívidas fiscais estejam pagas e devidamente quitadas (o que, caso o fosse, ensejaria a expedição de uma CND, já que não haveria débito pendente). O que o contribuinte precisa, na verdade, é conseguir manusear uma das causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art.151 do CTN), pois, caso assim consiga, mesmo que já esteja inscrito no cadastro de inadimplentes em dívida ativa, fará jus ao direito de obter uma Certidão Positiva de Débito com efeito de Negativa, o que será suficiente para que pleiteie a recuperação judicial. O caso mais comum é o do parcelamento fiscal, em que o sujeito passivo inadimplente adere a regime de parcelamento das dívidas, nos termos permitidos por lei; procura a Administração, assina o termo de confissão da dívida e se cadastra no regime de parcelamento; a partir de então, o crédito fica com a exigibilidade suspensa (art.151, VI, CTN) e as certidões solicitadas serão emitidas como CPD c/e CND (arts. 205 e 206, CTN), o que, nos termos do art.191-A será adequado e cabal para o pedido de deferimento de recuperação judicial.
Art. 191-A, CTN: A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.
CERTIDÕES NEGATIVAS COM EFEITO DE POSITIVA
Art. 205, CTN: A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
Art. 206, CTN: Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Art. 188, CTN: São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência.
§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.
Art. 84 DA LEI 11.101/2005: Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
II – quantias fornecidas à massa pelos credores;
III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;
IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;
V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
Além dessas 6 causas de suspenção, se tem 12 causas para extinguir o crédito tributário, e 2 causas de exclusão.
MACETE:
ISENÇÃO e ANISTIA excluem.
MO - DE - RE - CO - CO - PA suspendem.
O resto extingue.

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