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Prática Raciocínio Baseado em Casos Artigos

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DALMARCO, Allan; DALFOVO, Oscar; SELIG, Paulo Maurício. Sistemas de informação aplicado em 
diagnóstico cinesiológico funcional usando raciocínio baseado em casos. Revista Interdisciplinar 
Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.1, p.01-16, Sem I. 2007 
ISSN 1980-7031 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICADO EM DIAGNÓSTICO 
CINESIOLÓGICO FUNCIONAL USANDO RACIOCÍNIO BASEADO EM 
CASOS. 
 
 
Allan Dalmarco1 
Prof. Dr. Oscar Dalfovo2 
Prof. Dr. Paulo Maurício Selig3 
 
 
 
RESUMO 
A Informática em Saúde é um campo da ciência ligado ao armazenamento, 
recuperação e uso adequado de informações da área da Saúde para a resolução de 
problemas e tomada de decisão. A crescente demanda de sistemas de informação na 
área da Saúde vem sendo motivada pelo aumento progressivo de informações 
disponíveis e pela consciência de que gerenciar bases de conhecimento da Saúde por 
métodos tradicionais baseados em papel, está cada vez mais inviável. A Fisioterapia é 
uma ciência da área da Saúde que possui suas ações fundamentadas em mecanismos 
terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos de diversos campos da ciência, 
relacionados com o corpo humano. Como tal exige que o profissional esteja habilitado a 
construir o diagnóstico de pacientes a partir de um grande volume de informações, 
acompanhar o quadro clínico funcional do paciente e fornecer condições para alta. Este 
trabalho tem a finalidade de desenvolver um sistema de informação na área da Saúde 
que auxilie a aquisição, o armazenamento, e o uso da informação durante o processo de 
definição de diagnóstico e a construção de um plano de tratamento, utilizando 
Raciocínio Baseado em Casos (RBC). O RBC é uma técnica de Inteligência Artificial 
utilizada para representação do conhecimento e solução de problemas adaptando 
soluções utilizadas em problemas anteriores semelhantes. O sistema desenvolvido 
permite compartilhamento de informações para que profissionais de Fisioterapia 
mantenham seu conhecimento atualizado, oferecendo facilidade no gerenciamento de 
bases de conhecimento e demonstrando aplicação prática de técnicas de Inteligência 
Artificial. 
 
Palavras chaves: Informática em Saúde; Fisioterapia; Diagnóstico Cinesiológico 
Funcional; Inteligência Artificial; Raciocínio Baseado em Casos. 
 
ABSTRACT 
Informatics in Health is a field of the science related to the storage, recovery and 
appropriate use of information of the health area for the resolution of problems and 
decision taking. The increasing demand of information systems in the area of health has 
been motivated by the progressive increase of available information and for the 
 
1
 Bacharel em Sistemas de Informação / Universidade Regional de Blumenau 
2
 Faculdades IBES / Universidade Regional de Blumenau – FURB / Universidade Federal de Santa 
Catarina – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Gestão do Conhecimento. 
3
 Universidade Federal de Santa Catarina – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Gestão do 
Conhecimento. 
 
 
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conscience that to manage health knowledge bases for traditional methods based on 
paper is more and more unviable. Physiotherapy is a science of the Health area that has 
its actions based on its own therapeutic mechanisms systematized by the studies of 
several fields of the science related to the human body. Thus, it demands the 
professional to be able to build the patients' diagnosis starting from a great volume of 
information, to accompany the patient's functional clinical picture and to supply 
conditions for discharge from hospital. This work has the purpose of developing a 
system of information in the health area that aids the acquisition, the storage, and the 
use of the information during the process of diagnosis definition and the construction of 
a treatment plan, using Case Based Reasoning. The Case Based Reasoning (CBR) is an 
Artificial Intelligence technique used for representation of the knowledge and searches 
to solve new problems adapting solutions used in similar previous problems. The 
proposed system allows sharing information so that professionals of Physiotherapy 
maintain their knowledge updated, offering easiness in the administration of knowledge 
bases and demonstrating practical application of Artificial Intelligence techniques. 
 
Key-Words: Health Informatics; Physiotherapy; Cinesiologic Functional Diagnosis; 
Artificial Intelligence; Case Based Reasoning. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os conceitos de sistemas de informação são apresentado em diversas forma, uma 
delas é apresentado conforme Brasil (2004, p. 4), pode-se afirmar que “os sistemas de 
informação em saúde brasileiros tiveram um crescimento acelerado nos últimos anos, 
especialmente com a implantação do SUS”. 
Mesmo diante desse progresso, além da contínua necessidade de avançar em 
termos de integração dos sistemas de informação já existentes, presencia-se também a 
demanda pelo uso da informática para a melhoria da produtividade e qualidade dos 
processos de trabalho em saúde. 
A Informática em Saúde é definida por Shortliffe (1990 apud SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE INFORMÁTICA EM SAÚDE, 2002) como "um campo de rápido 
desenvolvimento científico que lida com armazenamento, recuperação e uso da 
informação, e com dados e conhecimentos biomédicos para a resolução de problemas e 
tomada de decisão". 
A demanda de um sistema de informação na área da saúde vem sendo motivada 
pelo aumento progressivo de informações e conhecimento que o profissional da saúde 
deve utilizar para exercer sua profissão. Outra motivação é a crescente necessidade de 
compartilhamento de informações para a comunidade não-acadêmica, fornecendo aos 
pacientes informações importantes e atualizadas sobre suas patologias, obrigando o 
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profissional da saúde buscar constante atualização de seu conhecimento (SIGULEM, 
1998). 
Segundo Correia e Sarmento (2003, p. 1), a demanda de produtos e serviços 
sofisticados e personalizados cresce devido às mudanças ao qual a sociedade 
contemporânea está constantemente sofrendo. Diante dessa realidade, inovação e 
conhecimento tornam-se fontes vitais para vantagem competitiva e aumento de 
produtividade. 
O conhecimento, que pode ser interpretado como “capacidade para uma ação 
efetiva” (SENGE, 2000 apud CORREIA; SARMENTO, 2003, p. 2), há tempos é 
considerado um recurso valioso para as organizações, mesmo assim é recente o 
interesse pelos conceitos, princípios e práticas relacionadas ao conhecimento (LITTLE, 
QUINTAS e RAY, 2002, apud CORREIA; SARMENTO, 2003). 
Considerando que o profissional da área de Fisioterapia está inserido no contexto 
que, prioriza o uso do conhecimento para o aumento de produtividade, necessita de 
informações sobre as condições atuais do paciente e de seu histórico patológico, até 
então registrado apenas em papel identifica-se a existência de um problema. 
A falta de uma ferramenta que possibilite o registro e manutenção das 
informações obtidas durante a avaliação feita pelo Fisioterapeuta, de forma centralizada 
e organizada, dificulta o aumento de produtividade e aproveitamento das informações. 
Como solução ao problema apresentado
identificou-se a necessidade de 
desenvolver um sistema de informação que auxilie o profissional da área de Fisioterapia 
no processo de tomada de decisão, automatizando as rotinas básicas de cadastramento e 
levantamento de informações patológicas do paciente, permitindo auxiliar o 
diagnóstico, utilizando uma das técnicas da Inteligência Artificial conhecida como 
Raciocínio Baseado em Casos (RBC). 
Segundo Barone (2003), RBC é uma das técnicas da Inteligência Artificial 
utilizada para a representação do conhecimento e inferência que propõem soluções para 
novos problemas através da adaptação de experiências semelhantes já registradas. 
O objetivo deste trabalho é desenvolver um Sistema de Informação aplicado na 
área de Fisioterapia utilizando RBC, mais especificamente a técnica de similaridade. 
Mais especificamente este trabalho pode-se disponibilizar as rotinas de cadastramento 
de pacientes, agendamento de sessões, registro de histórico patológico, histórico da 
lesão, exames funcionais, testes especiais, sinais e sintomas de pacientes. Também 
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pode-se apresentar uma definição do Diagnóstico Cinesiológico Funcional, utilizando 
Raciocínio Baseado em Casos. 
Ainde pode-se identificar e armazenar o conhecimento produzido pelo 
profissional de Fisioterapia durante o processo de diagnóstico de pacientes. Por fim, 
pode-se disponibilizar um ambiente informatizado de consulta de casos via Web para 
acadêmicos e demais profissionais da área de Fisioterapia. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Neste capítulo são descritos os conceitos que fundamentam o desenvolvimento 
deste trabalho, tais como: Fisioterapia e Diagnóstico Cinesiológico Funcional, 
Informática em Saúde, além destes conceitos, este capítulo apresenta a técnica de 
Raciocínio Baseado em Casos e trabalhos correlatos. 
 
2.1 FISIOTERAPIA 
 
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (2003) define 
Fisioterapia como uma ciência da área da Saúde que busca o estudo, prevenção e 
tratamento dos distúrbios cinéticos funcionais ocorridos em órgãos e sistemas do corpo 
humano, provenientes de alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas. Suas ações 
são fundamentadas através de mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos 
estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, 
da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da 
patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e 
sociais. 
O Fisioterapeuta é um profissional de saúde habilitado a construir o diagnóstico 
dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), a prescrever, 
ordenar e induzir o paciente às condutas fisioterapêuticas bem como, o 
acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do 
serviço. 
 
2.2 DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL 
 
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O Diagnóstico Cinesiológico Funcional é compreendido como avaliação 
físicofuncional, caracterizada pela análise e estudo da estrutura e funcionamento dos 
desvios físicofuncionais de um indivíduo através de metodologias e técnicas 
fisioterapêuticas, com a finalidade de identificar e quantificar as alterações 
apresentadas, considerando os desvios dos graus de normalidade para os de 
anormalidade (CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA 
OCUPACIONAL, 2001). 
 
2.3 INFORMÁTICA EM SAÚDE 
 
Informática em Saúde ou Informática Médica é um campo científico que trata do 
armazenamento, da recuperação e do uso adequado das informações da área da saúde. O 
desenvolvimento rápido é devido aos avanços em computação, em tecnologia de 
comunicação e em uma consciência crescente que a base de conhecimento da saúde 
apresenta difícil gerenciamento por métodos tradicionais baseados em papel 
(WOJTCZAK, 2002). 
Segundo Hersh (2003), Informática em Saúde é o campo da ciência que se 
preocupa com a aquisição, o armazenamento, e o uso da informação no cuidado da 
saúde. 
 
2.4 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS 
 
O Raciocínio Baseado em Casos (RBC) é uma técnica de Inteligência Artificial 
que busca resolver novos problemas adaptando soluções utilizadas para resolver 
problemas anteriores (KOLODNER, 1993). Raciocínio Baseado em Casos é uma 
técnica de Inteligência Artificial utilizada para a representação do conhecimento e 
inferência, complementa Barone (2003). Para Aamodt e Plaza (1994 apud BARONE, 
2003) representam os processos que envolvem sistemas RBC em um ciclo de quatro 
processos: recuperação, reutilização, revisão e retenção dos casos. Segundo Lorenzi 
(1998 apud BARONE, 2003) a construção de um sistema RBC é constituída pelas 
seguintes fases: seleção das informações que farão parte da base de casos; definição dos 
atributos que serão relevantes para a solução do problema; 
a) definição dos índices que serão utilizados para a recuperação dos casos; 
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b) definição dos métodos de recuperação dos casos, conforme similaridade com o novo 
caso; 
c) definição da forma de adaptação dos casos recuperados para a solução do novo caso; 
d) definição do processo de aprendizado. 
Comparado às demais técnicas de representação de conhecimento um sistema 
RBC apresenta vantagens como fácil adaptação a domínios difíceis de formalizar, 
agilidade na extração de conhecimento através do uso da experiência de especialistas, 
possibilidade de reutilização de conhecimento. A possibilidade de representar e indexar 
grande número de casos aplicando técnicas de banco de dados, aprendizado automático 
com a inclusão de novos casos e apresentação de justificativas consistentes e avisos 
sobre a implicação do uso de determinada abordagem também são vantagens citadas por 
Barone (2003). 
A similaridade é a essência do RBC. É em razão de haver uma experiência 
similar a atual na memória de casos que o sistema viabiliza-se, porque, o fundamento do 
paradigma de RBC é solucionar um problema atual reutilizando uma solução de uma 
experiência passada semelhante (Lee, 1998). 
Para Burkhard (1998 apud WANGHENHEIM 2003) as seguintes premissas 
devem ser satisfeitas para a determinação da similaridade em um sistema de RBC: 
• a similaridade entre a questão atual e o caso implica utilidade; 
• a similaridade é baseada em fatos a priori; 
• como casos podem ser mais ou menos úteis em relação a uma questão, a 
similaridade precisa prover uma medida. 
Segundo Wangenheim (2003) para definir os conceitos de similaridade que 
determinam se um caso anterior é similar à questão atual é necessário definir os cenários 
de uso e as respectivas metas a serem atingidas pela recuperação de casos no sistema de 
RBC. Identificar e definir a importância de entidades de informação de um caso 
(índices) para determinar a similaridade entre o caso armazenado e uma nova situação e 
definir um método para decidir se um caso é similar definindo um grau numérico de 
similaridade entre o caso e a situação
ou questão também são necessários. 
 
3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 
 
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Este capítulo irá apresentar os aspectos referentes a metodologia e 
desenvolvimento do trabalho de acordo com os objetivos propostos. Inicialmente 
apresentam-se a implementação que será abordada através da explicação das 
ferramentas e técnicas utilizadas, seguida pela demonstração da operacionalidade do 
sistema e finalizando com os resultados e discussões. 
 
3.1 MÉTODOLOGIA E TECNICA UTILIZADA 
 
Nesta seção são apresentadas as técnicas e ferramentas utilizadas para 
implementação do sistema desenvolvido, tais como Borland Delphi, Open DataBase 
Connectivity – ODBC, MySql, Internet Information Services – IIS, HyperText Markup 
Language – HTML e Hypertext Preprocessor – PHP. 
Para a implementação do módulo desenvolvido para web, primeiramente foi 
necessário instalar o Internet Information Services – IIS para realizar a comunicação 
entre o servidor de páginas e o módulo implementado, disponibilizando assim 
conteúdos e aplicações PHP em um ambiente de internet/intranet através de um 
navegador. Ou seja, para executar páginas PHP é necessário ter um servidor da web 
instalado que suporte Hypertext Preprocessor – PHP, que neste caso utilizou-se IIS 
podendo ser substituído pelo Apache. Hypertext Preprocessor (PHP) é uma linguagem 
de programação de ampla utilização, interpretada, para desenvolvimento de sistemas 
web e pode ser mesclada dentro do código HTML. O objetivo principal da linguagem é 
permitir a criação de páginas que serão geradas dinamicamente (PHP 
DOCUMENTATION GROUP, 2004). 
Cascading Style Sheets (CSS) é uma linguagem desenvolvida pela W3C (World 
Wide Web Consortium) que oferece um controle visual nas apresentações de páginas 
web. O CSS pode ser acoplado ao HTML, permitindo a inclusão de efeitos visuais 
baseado em eventos. (W3C, 2005). 
MySQL é o mais popular sistema gerenciador de banco de dados de código 
aberto (Open Source), é desenvolvido, distribuído e tem suporte prestado por MySQL 
AB. MySQL AB é uma empresa fundada por desenvolvedores MySQL. É uma empresa 
de código aberto de segunda geração que uniu os valores e a metodologia do código 
aberto com um modelo de negócios de sucesso. Para adicionar, acessar e processar 
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dados armazenados em um banco de dados de computador você precisa de um sistema 
gerenciador de banco de dados (SGBD) como o MySQL (MYSQL AB, 2005). 
Para o desenvolvimento do sistema foram seguidas as fases de construção de um 
sistema RBC descritos por Lorenzi (1998 apud BARONE, 2003). A seleção das 
informações que farão parte da base de casos é o resultado da compilação das 
informações obtidas na fundamentação teórica descrita neste trabalho. O caso do 
sistema desenvolvido é composto pela anatomia avaliada, os sinais aparentes do 
paciente, os sintomas apresentados durante a avaliação, os testes funcionais ou 
específicos e seus respectivos resultados, o diagnóstico obtido e os tratamentos 
recomendados. 
 
3.2 OPERACIONALIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO 
 
A Figura 1 apresenta a tela principal do sistema de onde o usuário poderá 
acessar as telas de cadastramento e as telas das rotinas de agendamento de sessões e 
atendimento de pacientes. 
 
 Na seqüência são feitos os cadastramentos necessários para simular um o caso e 
buscar a resolução do problema. Na seqüência são cadastrados os pesos e atribui-se 
prioridade para os mesmos, para o cálculo da similaridade. Essa tela está subdividida 
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em definição do peso para a similaridade local e em definição do peso para a 
similaridade global. 
Em seguida devem ser registrados os dados adicionais do paciente, como por 
exemplo, históricos familiares em relação ao problema apresentado pelo paciente, qual 
sua ocupação e como anda o histórico psicológico do paciente. Esses dados são 
opcionais e não interferem na de cálculo da similaridade que será utilizado para a 
sugestão de diagnóstico cinesiológico funcional e possíveis tratamentos. O próximo 
passo é registrar no sistema os dados clínicos do paciente, composto pelos Sinais 
Aparentes e outras informações relevantes no processo de definição do diagnóstico. 
Essas informações são registradas na tela de registro de atendimento, na pasta de dados 
clínicos. Os sinais aparentes são um dos atributos de um casoe serão utilizadas para a 
comparação com os demais casos da base de casos durante o processo de sugestão de 
diagnóstico. 
A Figura 2 apresenta a tela onde fica registrado o diagnóstico do paciente e qual 
o fisioterapeuta responsável pela definição do mesmo. A partir desta tela é possível 
acessar a rotina que sugere o diagnóstico e o tratamento através do Raciocínio Baseado 
em Casos (RBC). 
 
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 Clicando no botão “Sugerir Diagnóstico e Tratamento (RBC)” é disparada a 
rotina que buscará na base de casos, registros de casos semelhantes ao caso atual 
analisando os sinais aparentes, os sintomas apresentados, os testes aplicados e seus 
respectivos resultados e a estrutura anatômica avaliada contemplando a primeira fase do 
ciclo do RBC. 
A partir daí, calculará a similaridade entre os casos conforme os pesos definidos 
pelo Fisioterapeuta responsável pela administração do sistema proposto, listando os 
resultados em uma grade, conforme apresentado na figura 3. 
 
 Ao selecionar o caso mais similar, conforme percentual encontrado ou por 
escolha livre do usuário, o sistema oferece a possibilidade de reutilizar o conhecimento 
armazenado,contemplando a segunda fase do ciclo RBC proposto por Watson (1996). 
Após validar as informações sugeridas pelo sistema o usuário poderá gravar os 
dados do registro de atendimento do paciente, disparando automaticamente a rotina que 
alimentará a base de casos se for um novo atendimento, ou atualizará o respectivo caso, 
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se o mesmo foi apenas revisado, contemplando a quarta fase do ciclo do RBC. Por fim, 
os tratamentos recomendados poderão ser cadastrados pelo Fisioterapeuta ou obtida 
através do uso da rotina que sugere os tratamentos aplicados nos casos semelhantes. 
 
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O objetivo geral deste trabalho que foi o desenvolvimento de um Sistema de 
Informação aplicado na área de Fisioterapia foi atingido. O sistema foi estruturado em 
dois módulos, um módulo principal destinado aos profissionais de Fisioterapia, 
desenvolvido utilizando-se
da linguagem Delphi e banco de dados MySQL, e o outro 
destinado à comunidade acadêmica como ferramenta de recuperação do conhecimento 
para o processo de aprendizado e aperfeiçoamento, utilizando-se da linguagem PHP e 
HTML, acessando o mesmo banco de dados do módulo principal. 
Quanto ao objetivo específico de disponibilizar as rotinas de cadastramento, 
típicas de uma clínica de Fisioterapia, o sistema atendeu através das telas de cadastro de 
pacientes, da tela de agenda de sessões e da tela de registro de atendimento. 
O objetivo específico de auxiliar a definição do Diagnóstico Cinesiológico 
Funcional, utilizando Raciocínio Baseado em Casos foi contemplado, permitindo ao 
usuário fácil definição de diagnósticos para casos semelhantes aos já registrados, além 
de fornecer a flexibilidade para adaptação livre do novo caso. 
Comparando os exemplos de cálculo de similaridade entre casos descritos o 
resultado dos cálculos descritos nas tabelas, com o resultado obtido ao utilizar a rotina 
que sugere o diagnóstico e o tratamento aplicando RBC, observa-se que o sistema aplica 
corretamente a fórmula descrita por Watson (1996), obtendo valores idênticos ao 
cálculo manual. 
A identificação do conhecimento, produzido pelo Fisioterapeuta durante o 
processo de diagnóstico de pacientes, é resultado da fundamentação teórica, vinculada 
às entrevistas comprofissionais, docentes e acadêmicos da área de Fisioterapia. O 
armazenamento do conhecimento produzido foi contemplado com o uso do sistema 
desenvolvido. 
 
4 CONCLUSÕES 
 
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A Informática e a Fisioterapia são campos da Ciência completamente opostos. A 
partir do momento que uma parceria entre profissionais das duas áreas é firmada, 
tornam-se visíveis alguns benefícios. Já para a área da Fisioterapia, a aplicação da 
Informática em Saúde traz consigo a possibilidade de gerenciar facilmente grandes 
volumes de dados sobre os pacientes, armazenar e compartilhar informações sobre os 
procedimentos aplicados e seus resultados. Ao Fisioterapeuta garante de forma simples 
e rápida, o acesso ao conhecimento armazenado para que o profissional obtenha maior 
agilidade no processo de tomada de decisões. 
De forma menos ampla, o uso da Informática em Saúde em um setor de 
Fisioterapia de um hospital, em uma clínica de Fisioterapia ou na Universidade, oferece 
benefícios como uma ferramenta de apoio ao processo de aprendizado a partir de 
experiências, o compartilhamento simultâneo entre todos os profissionais e legibilidade 
e confiabilidade nos dados. Dessa forma, um paciente pode ser avaliado e tratado, 
mesmo que a equipe de profissionais sofra alterações durante o acompanhamento do 
paciente. 
O uso da Inteligência Artificial em sistemas voltados à área da saúde fornece 
melhores resultados durante a recuperação das informações, facilitando a localização do 
conhecimento previamente armazenado. O Raciocínio Baseado em Casos oferece 
recursos necessários para que o usuário possa reutilizar uma solução para casos 
semelhantes, porém não necessariamente idênticos, oferecendo ainda a flexibilidade de 
adaptar as sugestões propostas, aperfeiçoá-las, aplicá-las e armazená-las para que 
possam ser reutilizadas em um momento conveniente. O estudo da técnica de 
Raciocínio Baseado em Casos e a aplicação da Informática na área da Saúde, resultando 
na implementação do sistema desenvolvido, envolveram aspectos teóricos e práticos 
não abordados durante o curso de Sistemas de Informação, os quais foram 
contemplados pela pesquisa adicional no desenvolvimento do trabalho. 
A aquisição de conhecimento relacionado aos procedimentos exercidos por um 
profissional de Fisioterapia durante o processo de diagnóstico e definição do plano de 
tratamento do paciente exigiu contatos com docentes, acadêmicos e profissionais da 
área, contemplando o objetivo de identificar e estabelecer critérios para o 
armazenamento do conhecimento produzido pelo profissional de Fisioterapia. 
A ausência de conhecimento em Fisioterapia foi uma fonte de estímulo para 
buscar mais informações sobre o tema e acreditar no quanto esta área pode ser auxiliada 
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por um sistema de informação, porem as principais dificuldades enfrentadas durante a 
elaboração do presente trabalho foram a identificação e definição dos atributos que são 
relevantes para o processo de definição de diagnóstico, visto que são utilizados atributos 
qualitativos e quantitativos, sendo que os qualitativos envolvem subjetividade e 
resultariam num sistema com recursos computacionais extremamente complexos e com 
flexibilidade reduzida. 
Para trabalhos futuros sugere-se a implementação de mais funcionalidades 
relacionadas ao uso de sistemas de informação como ferramenta de apoio à tomada de 
decisão, como por exemplo, relatórios sobre os pacientes atendidos, histórico médico, 
os tratamentos e seus percentuais de eficácia. Sugere-se também a implementação de 
gráficos que acompanham a evolução do aprendizado do sistema, demonstrando a 
quantidade de acertos obtidos pelo RBC. 
Com o objetivo de aperfeiçoar a ferramenta para uso comercial, sugere-se 
também a utilização de outras técnicas de Inteligência Artificial para o apoio ao 
diagnóstico, a possibilidade de manipulação de imagens e outros recursos que agilizem 
o processo de avaliação e diagnóstico. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
AAMODT, A. e PLAZA, E., Case-Based Reasoning: Foundational Issues, 
Methodological Variations, and Systems Approaches. Artificial Intelligence 
Communications, Vol. 7, No. 1, 1994. 
 
 
BARONE, Dante (Org.). Sociedades artificiais: a nova fronteira da inteligência das 
maquinas. Porto Alegre: Bookman, 2003. 332 p. 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Política nacional de informação 
e informática na saúde: proposta versão 2. Brasília, 2004. 38 p. 
 
 
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. 
Definições e área de atuação. Brasília, 2003. Disponível em: 
<http://www.coffito.org.br/conteudo.asp?id=fisioterapia>. Acesso em: 09 set. 2004. 
 
 
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Baixa 
Atos Complementares à Resolução COFFITO-8, relativa ao exercício profissional do 
DALMARCO, Allan; DALFOVO, Oscar; SELIG, Paulo Maurício. Sistemas de informação aplicado em 
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Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.1, p.01-16, Sem I. 2007 
ISSN 1980-7031 
 
 
 
FISIOTERAPEUTA, e à Resolução COFFITO-37, relativa ao registro de empresas nos 
Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e dá outras providências. 
Resolução n. 80, de 09 de maio de 1987. Lex: Leis e Atos Normativos das Profissões do 
Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. 2. Ed. Porto Alegre, p. 113-115. 2001. 
Legislação Federal e marginalia. 
 
 
CORREIA, A. M. R; SARMENTO, A. Gestão do conhecimento: competências para 
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RBC Hospital.pdf
Raciocínio Baseado em Casos e Data Warehousing no suporte 
à Tomada de Decisão no Atendimento Pré-Hospitalar
João V. V. B. Freitas, Maria L. M. Campos, Vanessa Braganholo
Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI-IM/NCE) – Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ)
Caixa Postal 2324 CEP: 20.001-970 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
{jvfreitas.freitas}@gmail.com, 
{mluiza}@nce.ufrj.br, {braganholo}@dcc.ufrj.br
Abstract. The increasing in the number of accidents, natural disasters and 
urban violence, become essential the emergency response, characterized as 
Prehospital Care. However, the computer support in this type of scenario is 
limited. This article presents an approach based on the joint use of Case-
Based Reasoning and Data Warehousing, able to support decision making 
during the APH. Preliminary results confirm the suitability of approach in the 
definition of the information necessary for decision-making and in identifying 
the elements to be used in the representation of cases.
Resumo. A crescente no número de acidentes, catástrofes naturais e a 
violência urbana, tornou essencial o atendimento a Emergências, 
caracterizado como Atendimento Pré-Hospitalar. Contudo, o apoio 
computacional neste tipo de cenário ainda é limitado. Este artigo apresenta 
uma abordagem, baseada na utilização conjunta do Raciocínio Baseado em 
Casos e Data Warehousing, capaz de suportar à tomada de decisão durante o 
APH. Resultados preliminares comprovam a adequação da mesma em 
relação à explicitação das informações necessárias ao processo decisório, 
assim como na identificação dos elementos a serem utilizados na 
representação dos casos.
1. Introdução
Historicamente, a utilização de Sistemas de Apoio a Decisão (SAD) no domínio médico 
esteve amparada nas técnicas de Aprendizagem de Máquina e Sistemas Baseados em 
Regras, preconizadas pela Inteligência Artificial (IA), e também no uso integrado destas 
com abordagens de Mineração de Dados. Contudo, o avanço das pesquisas em relação a 
estes sistemas tornou evidente a limitação quanto a sua manutenção, ao longo do 
tempo, em domínios complexos [Kong, Xu, Yang, 2008]. 
Essa limitação está ligada ao modelo de desenvolvimento adotado, dada a 
dificuldade de gerenciar a quantidade, complexidade e variabilidade das informações 
em cenários como o de suporte à tomada de decisão médica [Sim et al, 2001]. Com a 
implantação do Atendimento Pré-Hospitalar (APH), a tomada de decisão no domínio 
médico passou a ser impactada sobremaneira, principalmente pelo elevado número de 
variáveis envolvidas e ao curto espaço de tempo disponível.
Uma das maiores dificuldades no suporte à tomada de decisão durante o APH 
está no fato das informações encontrarem-se, geralmente, de forma dispersa, 
distribuídas em diferentes fontes de informação. Além disso, como o APH em alguns 
1620
locais está disponível a milhões de usuários, a quantidade de atendimentos e o elevado 
número de variáveis impactam a qualidade dos registros, muitas vezes armazenados de 
forma incompleta. 
O tratamento padronizado dos casos, como o decorrente da utilização de regras 
definidas a partir de protocolos, mesmo aqueles de bases de evidências médicas 
reconhecidas e certificadas pelos órgãos competentes, foco dos Sistemas Baseados em 
Regras, pode limitar o apoio à tomada de decisão durante o APH. Pereira e Lima (2006) 
corroboram com esta preocupação, uma vez que os procedimentos variam conforme a 
avaliação do cenário e da vítima. 
De forma geral, um médico, ao realizar uma consulta, observa nos sinais vitais 
apresentados por um paciente, semelhanças em relação a atendimentos passados, que 
podem apoiar à tomada de uma decisão. A solução de problemas baseada na 
experiência caracteriza a área conhecida como Raciocínio Baseado em Casos (RBC) 
[Wangenheim, 2003]. A aplicabilidade do RBC no contexto do APH está amparada na 
utilização do histórico de atendimentos como fonte primária para o suporte à tomada de 
decisão, dado que estas informações representam casos concretos. Além disso, o RBC 
torna possível a recuperação de informações mesmo em situações onde as mesmas 
estão incompletas. 
Contudo, mesmo com a utilização do RBC, os problemas quanto à integração e 
organização das informações persistem, já que a principal limitação do RBC está 
justamente na forma pela qual os casos são representados. A preocupação quanto à 
integração e organização das informações é característica da abordagem de Data 
Warehousing. Desta forma, a aplicação desta técnica, além de reduzir a limitação dos 
sistemas de RBC, permitirá a integração dos dados, além da organização destes de 
forma a suportar à tomada de decisão no APH. 
Considerando os problemas apresentados e destacando a importância das 
informações persistidas no histórico de atendimentos como fonte primária para a 
solução de problemas, o objetivo deste artigo é apresentar uma abordagem, baseada na 
utilização conjunta do Raciocínio Baseado em Casos e Data Warehousing, capaz de 
suportar à tomada de decisão durante o APH. 
Este artigo está organizado em outras 4 seções. As seções 2 e 3 apresentam o 
contexto envolvido no Atendimento Pré-Hospitalar e os trabalhos relacionados à 
abordagem proposta, respectivamente. A seção 4 detalha a proposta deste trabalho, 
assim como seus principais componentes. Finalmente, na seção 5 são apresentadas as 
considerações sobre o trabalho, assim como os próximos passos estabelecidos para o 
mesmo.
2. Atendimento Pré-Hospitalar
O Atendimento
Pré-Hospitalar compreende toda assistência, de forma direta ou não, 
fora do âmbito hospitalar, através dos diversos meios e métodos disponíveis, como 
resposta à solicitação de socorro, tendo como objetivo a manutenção da vida ou a 
minimização das sequelas [Pereira, Lima, 2006]. 
De forma geral, o APH tem início com o recebimento de uma solicitação de 
socorro por telefone. Neste momento, um tele-atendente registra os dados do 
atendimento e faz uma triagem de possíveis ligações inadequadas. Caso a ligação seja 
considerada apropriada, ela é transferida para um médico responsável por realizar a 
avaliação do cenário clínico. Nesta etapa, o médico estabelece a hipótese diagnóstica 
referente ao atendimento, decidindo pelo envio ou não de uma ambulância para o local 
1621
da ocorrência.
O médico regulador pode dar um conselho, uma orientação, ou deslocar uma 
equipe com médico, enfermeiro e equipamentos de uma UTI. A liberação de cada 
recurso depende da necessidade específica de cada atendimento. Se necessário, um 
operador de frota é incumbido da alocação e despacho do tipo de ambulância 
correspondente. O atendimento tem sua conclusão com a hospitalização do paciente e o 
retorno da ambulância à base a qual pertence. 
Neste contexto, é possível perceber a sobrecarga cognitiva sofrida pelo médico, 
visto que, além de ser responsável pelo atendimento clínico, precisa decidir sobre a 
alocação dos recursos. Como destacado por Stasiu, Malucelli e Dias (2002), o apoio 
computacional neste tipo de cenário ainda é limitado, principalmente pela falta de 
informatização do serviço ou por sistemas de registro de atendimentos ainda pouco 
flexíveis. Contudo, algumas iniciativas em relação a sistemas de Apoio à Decisão 
Espacial e recuperação automática de procedimentos vêm sendo desenvolvidas [Junior, 
Valente, 2005; Borsato et al, 2006]. 
3. Trabalhos Relacionados
As primeiras iniciativas relacionadas à utilização conjunta das abordagens de 
Raciocínio Baseado em Casos e Data Warehousing partiram das pesquisas 
desenvolvidas no contexto da Gestão do Conhecimento. Mesmo que superficialmente, 
estas iniciativas visavam apresentar a complementaridade entre as abordagens, 
destacando os benefícios da utilização do RBC no suporte à tomada de decisão, a saber: 
recuperação da informação baseada em similaridade e a aprendizagem do sistema a 
partir da adaptação e reuso de casos históricos [Dubitzky, Büchner, Azuaje, 1999].
No decorrer das últimas décadas, principalmente pela capacidade de auto-
aprendizagem, o RBC passou a ser parte integrante de projetos relacionados a diversas 
áreas do conhecimento, dentre as quais, podemos destacar as áreas jurídica, financeira e 
médica. Contudo, similarmente às iniciativas originadas no contexto da Gestão do 
Conhecimento, estas pesquisas abordavam a integração entre as técnicas em linhas 
gerais. Em quase todas as pesquisas a medida de similaridade entre os casos foi o foco 
central [Kambayashi, 2003]. 
Especificamente no domínio médico, Pendersen (2004) desenvolveu um 
framework conceitual, que possui como principal objetivo a criação de uma base de 
conhecimento necessário ao raciocínio clínico. Esta base integra as informações 
relacionadas ao atendimento clínico: diretrizes médicas e registros das bases de dados 
oriundas dos atendimentos clínicos. O framework proposto é constituído por diferentes 
níveis de abstração: um nível de observação, que representa os dados armazenados, 
diretamente relacionados aos casos clínicos; e um nível de análise dos dados, definido 
como nível de opinião. No nível de opinião, especialistas podem realizar críticas sobre 
os dados armazenados, de forma a refinar as informações a serem recuperadas. 
Contudo, no APH a análise registro a registro, como proposto pelo framework 
conceitual de Pendersen (2004), é prejudicada pela complexidade, quantidade e 
variedade de informações a serem tratadas pelos especialistas médicos. Sendo assim, 
diferente das abordagens existentes, a proposta deste trabalho visa através da 
integração, análise e recuperação das informações necessárias ao APH, o reúso do 
conhecimento persistido no histórico de atendimentos como fonte primária para o 
suporte à tomada de decisão, dado que estas informações representam casos concretos.
1622
4. Abordagem proposta para suporte à tomada de decisão no APH
Como destacado inicialmente, o suporte à tomada de decisão médica é fortemente 
baseado nas técnicas da IA. Estes sistemas, em sua maioria, simulam o processo de 
raciocínio a partir da recuperação de regras, que de forma geral sugerem ou 
estabelecem soluções aos problemas clínicos apresentados. Vale ressaltar que tanto a 
inadequação, quanto a ausência destes sistemas, torna a tomada de decisão única e 
exclusivamente dependente da experiência clínica do médico, o que em algumas 
situações não é suficiente, dada a complexidade e o número de variáveis envolvidas no 
atendimento. A Figura 1(a), apresenta a situação usual do suporte à tomada de decisão 
no APH.
Para sanar estes problemas, a abordagem proposta neste trabalho (Figura 1 (b)) 
baseia-se na utilização conjunta do Raciocínio Baseado em Casos e Data Warehousing 
como forma de suportar à tomada de decisão durante o APH. De forma geral, o DW é 
utilizado na integração das informações distribuídas nas diferentes fontes (Integração), 
organização destas em temas de interesse ao APH (Tratamento Multidimensional), além 
da visualização e manipulação das mesmas em seus diferentes níveis de detalhes 
(Análise). 
Já o RBC torna possível a recuperação das informações mesmo em situações 
onde as mesmas encontram-se incompletas, uma vez que tal processo é baseado na 
ordem de preferência, onde medidas de similaridade são aplicadas de forma a definir os 
casos mais similares entre si (Raciocínio). Além disso, a integração entre as abordagens 
de DW e RBC torna possível o processo de aprendizagem no contexto do APH, dada a 
possibilidade de se armazenar os casos que foram reutilizados ou adaptados e que 
poderão ser úteis na solução de problemas futuros (Adaptação). 
(a) Situação atual. (b) Abordagem proposta.
Figura 1. Suporte à Tomada de Decisão durante o APH.
Adicionalmente, visando o mapeamento entre as informações, visto que a Base 
de Casos é gerada a partir do DW, propõe-se que a PICO seja utilizada como elo de 
ligação entre as abordagens, uma vez que a mesma visa a decomposição da pergunta 
clínica em partes bem definidas, que descrevem todos os componentes relacionados ao 
problema clínico. 
A PICO é definida na Medicina Baseada em Evidências, que se fundamenta na 
integração entre a Experiência Clínica Individual e as melhores Evidências Externas 
como forma de prover o médico com a informação necessária e suficiente para a 
1623
tomada de decisão clínica [Nobre, Bernardo, Jatene, 2003]. A utilização da estratégia 
PICO na especificação do DW e da Base de Casos representa a base da integração entre 
as abordagens, já que, ao utilizar a mesma representação das informações relacionadas 
ao processo decisório, o mapeamento entre as mesmas acontece quase que de forma 
direta.
Para exemplificar a aplicação da abordagem, imaginemos um médico que inicia 
o atendimento a um paciente com problemas psiquiátricos. Como este profissional não 
possui experiência em atendimentos desta natureza, nem informações que o auxiliem na 
tomada de decisão, o mesmo solicita o encaminhamento de uma ambulância ao local da 
emergência. Desta forma, toda uma equipe médica, além dos equipamentos presentes
na ambulância, são alocados ao atendimento. Contudo, caso a equipe, ao chegar no 
local do atendimento, depare-se com um atendimento já solucionado, o custo associado 
a tal situação é incalculável, pois além dos recursos humanos e materiais envolvidos, a 
ausência dos mesmos na central de regulação pode representar a perda de uma outra 
vida.
Neste contexto, através da abordagem proposta, mesmo que o médico não 
possua todas as informações sobre o paciente e o cenário do atendimento, através do 
RBC o sistema será capaz de recuperar as informações mais similares ao problema 
apresentado. Como a Base de Casos é carregada a partir do DW, as informações 
recuperadas, além de integradas, estão organizadas de forma a permitir consultas 
gerenciais. Desta forma, o médico poderá navegar pelas informações necessárias à 
tomada de decisão, além de poder manipular as mesmas conforme sua necessidade. 
Com base no exemplo citado, o médico poderá analisar se o encaminhamento da 
ambulância ao local da emergência representa a decisão tomada prioritariamente, se 
não, poderá verificar quais os procedimentos adotados por motivo de atendimento. Se 
for necessário, o médico poderá refinar o nível de detalhes, investigando os 
medicamentos necessários ou resultados obtidos por procedimentos adotados. Desta 
forma, o médico terá informações suficientes para definir as ações a serem tomadas, 
assim como os procedimentos necessários a posteriori, evitando o encaminhamento 
desnecessário da ambulância.
Além disso, ao decidir pelo reúso de um dos casos recuperados, a partir de 
pequenas adaptações no mesmo, o médico estará contribuindo para a aprendizagem do 
sistema, uma vez que este novo caso será armazenado e poderá ser utilizado durante 
uma próxima análise. Neste ponto, podemos perceber uma das maiores vantagens da 
abordagem, já que o processo de manutenção das informações acontece quase que 
automaticamente.
4.1. Data Warehousing
Conceitualmente, um Data Warehouse pode ser considerado como um conjunto 
integrado de dados, organizado por tópicos e que varia com o passar do tempo, servindo 
ao processo de tomada de decisão. A organização por tópicos permite ao DW estruturar 
as informações necessárias ao processo decisório a partir dos temas importantes ao 
domínio. Além disso, no DW os dados são alimentados a partir de cargas sucessivas de 
dados oriundos das bases operacionais, permitindo análises evolutivas e temporais 
[Kimball, Reeves, Ross, 1998]. 
No contexto da abordagem proposta, o DW é o componente responsável pela 
integração das informações e organização destas nos temas de interesse à tomada de 
decisão no APH. Além disso, o DW provê uma interface intuitiva, onde a visualização 
das informações necessárias à tomada de decisão varia conforme as necessidades do 
1624
médico. Na Figura 2 o ambiente de Data Warehounsing é representado pelas áreas 
intituladas Integração, Tratamento Multidimensional e Análise.
Integração – o processo de Integração é constituído pelas atividades de 
Extração e Transformação das informações distribuídas nas fontes de dados do APH. 
Estas fontes de dados podem ser representadas por diferentes bancos de dados, 
planilhas eletrônicas e, até mesmo, por arquivos não estruturados. O tratamento dos 
dados persistidos de forma não estruturada caracteriza a abordagem DW 2.0 TM, criada e 
patenteada pela Inmon Data Systems, mas que não será o foco deste trabalho. 
A Extração visa à identificação das fontes de informações e à aquisição destas. 
Nesta atividade também são definidas as rotinas de atualização do DW. A atividade de 
Transformação é mais ampla, englobando a validade, correção e padronização dos 
dados.
Tratamento Multidimensional – o processo de Tratamento Multidimensional 
visa à modelagem das informações nos temas de interesse da organização, segundo 
perspectivas (chamadas de dimensões) que refletem a forma como as mesmas são 
percebidas. Desta forma, o significado de uma determinada informação é 
compartilhado por todos, simplificando a comunicação. Este processo também 
contempla a criação de hierarquias, importante instrumento para navegação entre os 
dados. Através das hierarquias é possível iniciar a análise das informações a partir de 
um nível macro de abstração, aprofundando a análise com sucessivos refinamentos.
Análise – o processo de Análise permite a manipulação e visualização tanto das 
informações sumarizadas (agregações), como dos diferentes níveis de detalhe presentes 
nas hierarquias. Além disso, filtros podem ser definidos de forma a permitir a 
visualização apenas das partes de interesse do médico, além de permitir a percepção das 
informações por diferentes perspectivas.
Figura 2. Arquitetura para Suporte à Tomada de Decisão durante o APH.
Mesmo com todas estas vantagens, o DW ainda apresenta uma limitação quanto 
ao suporte à tomada de decisão no APH: o tratamento de informações incompletas, 
situação comum neste tipo de atendimento. As bases de dados que constituem o DW 
são projetadas para recuperar dados, ou grupamentos destes, a partir da correspondência 
entre uma consulta e as informações persistidas. Contudo, em um domínio complexo 
como o APH, muitas vezes esta correspondência não é possível, principalmente devido 
à grande quantidade e variedade de atendimentos e às restrições decorrentes da 
1625
limitação de tempo dos atendimentos de emergência.
4.2. Raciocínio Baseado em Casos
A aplicabilidade do RBC no APH está amparada no fato das informações relacionadas 
ao paciente e as suas enfermidades levarem quase que naturalmente à definição de um 
caso. De forma geral, os elementos centrais do Raciocínio Baseado em Casos são a 
forma pela qual os casos são representados, a medida de similaridade utilizada durante 
a recuperação dos mesmos, além dos processos de adaptação e aprendizagem. 
Tanto o processo de adaptação como o de aprendizagem fazem parte de um 
processo de mais alto nível conhecido como Ciclo do Raciocínio Baseado em Casos. As 
atividades relacionadas ao Ciclo do RBC englobam: a recuperação dos casos 
persistidos, a reutilização destes, a revisão das soluções propostas e a retenção das 
mesmas [Wangenheim 2003]. A Figura 3 ilustra a dinâmica envolvida no Ciclo do 
RBC. 
Figura 3. Ciclo do RBC.
A representação do conhecimento no Raciocínio Baseado em Casos é 
formalizada através dos casos. Um caso representa ocorrências concretas, mas pode vir 
a utilizar-se de conhecimento mais generalista, como cenários possíveis, por exemplo. 
Estas ocorrências são formadas pela descrição de uma situação (problema) e pelas 
experiências adquiridas durante a resolução da mesma (solução). Fisicamente, estes 
casos são representados em um banco de dados, a Base de Casos. 
Neste sentido, e no contexto da abordagem proposta, o RBC é o componente 
responsável por permitir a recuperação das informações mesmo em situações onde as 
mesmas estejam incompletas e por tornar possível a representação de um domínio tão 
complexo como o APH, uma vez que as informações podem ser estruturadas a partir 
dos casos. Na Figura 2, o RBC é representado pela área intitulada como Raciocínio.
Raciocínio – o processo de Raciocínio visa tornar o processo de recuperação das 
informações mais aderente à solução de problemas em domínios complexos. Isso é 
possível pelo fato do domínio não estar representando através do conhecimento 
generalizado ou por regras de associação baseadas em relacionamentos abstratos, mas 
sim pelo conhecimento específico envolvido na solução dos problemas
concretos, 
caracterizados como casos. Além disso, o processo de Raciocínio permite a recuperação 
das informações em situações onde as mesmas estão incompletas, permitindo assim, o 
1626
suporte à tomada de decisão mesmo durante atendimentos onde o médico não possua 
todas as informações, situação comum no APH.
Contudo, como destacado por Laua et al (2003), uma das principais limitações 
dos sistemas de RBC está no fato da representação dos casos acontecer de forma livre, 
não seguindo uma estrutura padrão. Desta forma, se durante uma pesquisa for utilizado 
um caso com uma estrutura diferente daquela utilizada pela Base de Casos, o sistema de 
RBC terá dificuldades em definir a similaridade entre este caso e os persistidos na Base, 
mesmo existindo alguns com mais de 90% de similaridade em relação à pesquisa.
4.3. Integração RBC e DW
Conceitualmente, a integração entre as abordagens está amparada nos elementos da 
estratégia PICO, a saber: Paciente, Intervenção ou indicador, Comparação ou controle e 
“Outcomes” (desfecho), resposta que se deseja encontrar. Esta estratégia foi utilizada 
pelo fato de descrever todos os componentes relacionados ao problema identificado. 
Vale ressaltar que devido ao fato da tomada de decisão no APH depender da 
avaliação do cenário, já que os procedimentos variam de acordo com o mesmo, a 
estratégia PICO foi estendida de forma a contemplar as informações relacionadas ao 
cenário do atendimento. Desta forma, através dos elementos da PICO e sua extensão 
quanto ao cenário, é possível definir os temas de interesse no contexto do DW, assim 
como a representação a ser utilizada na Base de Casos.
Por se basearem em um mesmo modelo de representação (PICO, estendido do 
conceito de cenário), as abordagens têm seu mapeamento definido de forma direta, 
tomando como base a seguinte relação: a) Paciente, como uma dimensão e parte do 
caso relacionado ao problema; b) Intervenção, como uma dimensão e parte do caso 
relacionado à solução; c) Resultado ou Desfecho clínico, como uma dimensão e parte 
do caso relacionado aos resultados obtidos a partir de uma solução; e d) o Cenário, 
como uma dimensão e parte do caso relacionado ao cenário. A Figura 4 ilustra o 
mapeamento entre os temas de interesse do DW e os elementos da Base de Casos.
Figura 4. Mapeamento entre os temas de interesse do DW e os elementos que 
representam os casos na Base de Casos.
Na prática, a integração entre as abordagens está amparada na 
complementaridade existente entre as mesmas. Esta complementaridade é evidenciada 
pelo fato do RBC contribuir para reduzir os problemas originados pelas informações 
incompletas, principal limitação do DW no contexto do APH. Por outro lado, o DW 
minimiza o problema dos sistemas de RBC quanto à falta de estrutura na representação 
dos casos, já que define a estrutura pela qual as informações necessárias à tomada de 
decisão são organizadas. 
1627
4.3.1. Benefícios do RBC ao DW
Diferente dos bancos de dados, onde as informações ou grupamentos destas são 
recuperados a partir da correspondência total entre uma consulta e as informações 
persistidas, o processo de recuperação dos sistemas de RBC é baseado na ordem de 
preferência, onde medidas de similaridade são aplicadas de forma a definir os casos 
mais similares entre si. 
Além disso, dada a possibilidade em se utilizar a hierarquia dos casos para 
verificar quais destes apresentam maior similaridade entre si, o sistema de RBC é 
beneficiado pela explicitação das agregações e hierarquias providas pelo DW, já que 
esta traz implicitamente as hierarquias existentes entre as entidades do domínio. 
Esta é sem dúvida uma das maiores vantagens da utilização conjunta das 
abordagens, já que os sistemas de RBC poderão beneficiar-se das representações do 
DW durante a execução de técnicas avançadas de similaridade, como a similaridade 
hierárquica baseada nas relações intraclasse e interclasse, o que pode beneficiar o 
suporte à tomada de decisão no APH.
4.3.2. Benefícios do DW ao RBC
Por outro lado, como o DW permite a extração e transformação dos dados obtidos a 
partir das diferentes fontes, a organização destes por temas de interesse e explicitação 
das hierarquias existentes, a representação dos casos passa a ser um processo quase 
natural, uma vez que a Base de Casos refletirá em sua estrutura o modelo definido no 
DW. Desta forma, a manutenção da Base de Casos é beneficiada pelo processo de 
administração do DW, já que a integração das informações, armazenamento histórico 
das mesmas e a organização destas em tópico de interesse, são atividades intrínsecas a 
este componente [Kimball, Reeves, Ross, 1998]. 
Além disso, a utilização conjunta das abordagens permite uma ampliação das 
possibilidades de visualização dos casos recuperados, uma vez que os mesmos podem 
ser representados através das diferentes perspectivas associadas ao DW, como 
relatórios, visões multidimensionais e até mesmo por painéis de controle (dashboard). 
Isto permite maior interação com o sistema, dada a capacidade de navegação entre as 
informações e a forma pela qual as mesmas são representadas, indo de simples 
totalizações, até gráficos e figuras aderentes ao contexto do APH. 
Desta forma, o processo de aprendizagem dos sistemas de RBC é beneficiado, 
dado que a decisão sobre o reúso estará amparada na capacidade de navegação pelos 
diferentes níveis de detalhes. A utilização conjunta destas abordagens ainda permite um 
melhor tempo de resposta, requisito básico para o suporte à tomada de decisão durante 
o APH, uma vez que a modelagem do DW possui como característica básica a presença 
de dados redundantes, na forma de agregações e cruzamentos pré-calculados e 
armazenados, o que elimina a necessidade de junções entre as estruturas de dados em 
tempo de execução, além do fato das abordagens permitirem a criação de índices de 
pesquisa. 
5. Considerações Finais
Este artigo apresentou uma abordagem, baseada na utilização conjunta do Raciocínio 
Baseado em Casos e Data Warehousing, capaz de apoiar a tomada de decisão durante o 
APH. Através desta proposta espera-se ultrapassar as atuais dificuldades apresentadas 
pelos SAD no domínio médico, tornando possível a sua aplicação no APH.
Como resultado preliminar, a partir da aplicação da abordagem na análise das 
1628
fontes de informação de uma Central de Regulação Médica, parte integrante do Serviço 
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de uma capital brasileira, foi possível 
verificar a adequação da mesma em relação à explicitação das informações necessárias 
ao processo decisório, assim como na identificação dos elementos a serem utilizados na 
representação dos casos. 
Como próximos passos, estão previstos o desenvolvimento da interface a ser 
utilizada na visualização dos casos recuperados e a integração desta interface com o 
Sistema de Regulação Médica utilizado pela Central de Regulação, além da 
instanciação da abordagem para uma situação particular, tendo como objetivo a 
experimentação da mesma. 
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1629
		1. Introdução
		2. Atendimento Pré-Hospitalar
		3. Trabalhos Relacionados
		4. Abordagem proposta para suporte à tomada de decisão no APH
		4.1. Data Warehousing
		4.2. Raciocínio Baseado em Casos
		4.3. Integração RBC e DW
		4.3.1. Benefícios do RBC ao DW
		4.3.2. Benefícios do DW ao RBC
		5. Considerações Finais
RBC Imobiliaria.pdf
Artigo - Projeto da disciplina Inteligência Artificial I /DSC /CEEI /UFCG. 
RBC no Auxílio de Avaliações Imobiliárias 
Adauto Trigueiro, Alcione da Costa Pinheiro, Clerton Filho, Kátia Silva 
 
Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação – Universidade Federal de Campina 
Grande (UFCG) – Campina Grande – PB – Brasil – Disciplina: Inteligência Artificial: 
Professora: Joseana Fechine – Período 2008.2 
adautofilho@gmail.com, alcionecp@gmail.com, clertonfilho@gmail.com, 
katiaemmanuelle@gmail.com 
 
Abstract. This paper aims to describe the project developed for the Artificial 
Intelligence course from Computer Systems Department of UFCG. The project 
uses Case Based Reasoning(CBR) in an application for real estate 
assessments. The implementation was done in Java, using the 
 jCOLIBRI2 framework for the CBR construction. For the database search, 
cases of real estate ads in the city of Recife-PE were used. The research done 
for the development of this application will be detailed in this article. 
 
Resumo. Este artigo tem por objetivo descrever o projeto desenvolvido para a 
disciplina Inteligência Artificial, do departamento de Sistemas e Computação 
da UFCG. O projeto utiliza Raciocínio Baseado em Casos(RBC) em uma 
aplicação para avaliações imobiliárias. A implementação foi feita em Java, 
utilizando o framework jCOLIBRI2 para a construção do RBC. Para a base 
de dados foram utilizados casos pesquisados nos anúncios das imobiliárias da 
cidade de Recife-PE. O estudo feito para o desenvolvimento dessa aplicação 
será detalhado nesse artigo. 
1 Introdução 
O projeto desenvolvido se propõe a auxiliar avaliações imobiliárias para valores de 
aluguel de imóveis. Essa avaliação é feita a partir de atributos dos imóveis como 
quantidade de quartos e região em que é localizado. Para auxílio dessa avaliação foram 
cadastrados 112 casos de avaliações imobiliárias na cidade de Recife – PE e baseado 
nesses casos e nos valores fornecidos para o caso que deve ser avaliado, faz-se uma 
aproximação do valor do aluguel. Isso é feito utilizando a similaridade entre o novo caso 
e os já existentes e avaliados anteriormente. 
2 Raciocínio Baseado em Casos (RBC) 
 
Raciocínio baseado em casos é uma técnica para resolução de problemas que adapta 
soluções que foram usadas anteriormente para resolver problemas similares [5, 3, 6]. 
Nessa técnica, cada caso contém informações sobre: descrição da situação encontrada e 
como o sistema reagiu. Kolodner cita em [4] pesquisas que durante o processo de 
Artigo - Projeto da disciplina Inteligência Artificial I /DSC /DEEI /UFCG. 
aprendizado de uma nova habilidade, as pessoas frequentemente retornam aos 
problemas anteriores para saber como realizar uma tarefa no novo contexto. 
 Médicos, por exemplo, utilizam experiências adquiridas com a cura de outros 
pacientes para gerar hipóteses sobre as doenças dos novos pacientes e uma maneira de 
curá-los. As idéias do RBC foram desenvolvidas, em parte, como uma reação a algumas 
desvantagens de técnicas tradicionais de Inteligência Artificial como o Raciocínio 
Baseado em Regras, que consiste em analisar uma situação através de um conjunto de 
regras pré-estabelecidas. 
 No RBC o aprendizado é uma tarefa natural, através da retenção de novos casos. 
Desta maneira, torna-se mais simples adequar o sistema a novas situações e o 
conhecimento do domínio não precisa ser completamente definido no desenvolvimento 
do sistema, sendo expresso através do conjunto de casos armazenado ao longo do 
tempo. Ao fazer uso do sistema o caso de entrada é analisado e logo após é extraído os 
descritores relevantes e há uma recuperação, utilizando estes descritores, os casos mais 
similares ao caso de entrada. Se nenhum dado for recuperado o sistema retorna ao 
usuário uma mensagem que nenhum dado relevante foi encontrado e armazena no seu 
banco de dados o novo caso. 
 
3 Framework jCOLIBRI2 
 
jCOLIBRI é um Framework em Java para a construção de sistemas com Raciocínio 
Baseado em Casos. A primeira versão do software (COLIBRI1) foi programada em 
LISP, mas não chegou a ser muito utilizado. No entanto, a partir dele, surgiu o 
jCOLIBRI, já desenvolvido em Java, como uma evolução tecnológica da COLIBRI que 
incorpora a vantagens do software com as tecnologias mais avançadas. 
 O Framework jCOLIBRI tem duas versões: 
1. jCOLIBRI1: é a primeira versão do framework. Ele inclui uma interface 
gráfica completa que orienta o usuário na concepção de um sistema de 
RBC, com ele é possível criar sistemas sem nenhum código de 
programação. 
2. jCOLIBRI2: é uma nova aplicação que segue um nova arquitetura 
dividida em duas camadas: uma orientada para desenvolvedores e outras 
orientadas para designers. Este novo design é um framework aberto para 
desenvolvedores Java que querem incluir as características de 
jCOLIBRI2 em suas aplicações RBC. 
 O ciclo principal de raciocínio pode ser decomposto em quatro tarefas de RBC: 
recuperar os casos mais similares (retrieve), reutilizá-los para resolver o problema em 
questão (reuse), revisar a solução proposta (revise) e aprender com a experiência 
(retain). Dentro desta ótica, o jCOLIBRI2 foi construído a partir da idéia básica de 
separar tarefas e métodos de RBC que indicam os objetivos que o sistema deve alcançar 
e, portanto guiam a execução da aplicação. 
 O framework jCOLIBRI2 foi projetado visando dar suporte a uma grande 
variedade de tipos de aplicações de raciocínio baseado em casos. As características das 
Artigo - Projeto da disciplina Inteligência Artificial I /DSC /DEEI
/UFCG. 
aplicações de RBC podem ser bastante diversas, e alguns exemplos destas 
características seguem abaixo: 
� Tipos de representação para os casos (par atributo-valor, textos, 
representações orientadas a objetos, representações semi-estruturadas); 
� Estruturas para a organização da base de casos (plana, hierárquica, 
baseada em aprendizagem de máquina); 
� Meios de persistência física para a base de casos (MySQL, RACER, 
XML); 
� Combinações de tarefas e métodos RBC que podem ser selecionados de 
maneira flexível permitindo a customização das aplicações (aplicações 
que usam somente as tarefas e subtarefas de recuperação até aplicações 
completas). 
 No tocante ao uso de frameworks, uma das questões mais relevantes diz respeito 
ao tempo de aprendizagem necessário para saber como usá-los. Neste contexto, o 
jCOLIBRI2 dispõe de uma ferramenta para a configuração semi-automática das tarefas e 
métodos RBC por meio de uma interface gráfica de modo a guiar o processo de 
iniciação do framework. A configuração de sistemas de RBC usando esta interface 
consiste nos seguintes passos: 
� Definir a estrutura do caso, a fonte dos casos e a organização da base de 
casos; 
� Enquanto a aplicação estiver em construção, o desenvolvedor deve 
selecionar sequencialmente as tarefas necessárias para cumprir o objetivo 
específico da aplicação, e para cada uma das tarefas ou subtarefas ele 
deve selecionar e configurar os métodos responsáveis pela sua resolução; 
� Uma vez que a aplicação esteja completa, é possível gerar um código 
completo em linguagem JAVA para disponibilizar a aplicação. 
Adicionalmente, é possível gerar uma classe em linguagem JAVA que 
permite a sua execução dentro de outras aplicações. 
 Estas são, seguramente, as funcionalidades que tornam o framework jCOLIBRI2 
particularmente adequado à implementação da aplicação proposta no nosso projeto. 
4 A aplicação 
4.1 Análise Imobiliária 
 A análise imobiliária é a avaliação que as imobiliárias fazem dos imóveis, considerando 
vários atributos desse imóvel, como por exemplo: onde ele está localizado, quantos 
quartos possui e suítes ele possui, se possui garagem e se tem zona comercial próxima. 
É uma análise de diversas variáveis de classificação de um imóvel, para ter como 
resultado o valor aproximado do aluguel ou preço de venda desse imóvel. 
 Para o nosso projeto, foi realizada uma pesquisa na cidade de Recife – PE, 
observando-se os resultados das avaliações das imobiliárias no que se refere ao aluguel 
de imóveis. São essas avaliações que propomos auxiliar no momento. 
Artigo - Projeto da disciplina Inteligência Artificial I /DSC /DEEI /UFCG. 
4.1 Usando RBC 
A utilização de RBC para o problema citado acima é adequado pelas seguintes razões: 
� Todas as avaliações imobiliárias são feitas a partir de outras avaliações 
feitas anteriormente; 
� Os imóveis são avaliados de acordo com algumas variáveis que são 
semelhantes a todos eles; 
� Cada avaliação feita possui os atributos com seus valores e o aluguel 
como resultado dessa avaliação; 
� Imóveis com características similares têm valores de aluguel próximos. 
 Com essas características, fica simples resolver esse problema de forma eficiente 
com RBC. No nosso caso, foi criada uma base de dados a partir de uma pesquisa na 
cidade de Recife - PE que geraram 112 casos com todas as informações que podem ser 
vistas na Tabela 1. Com esses casos, já é possível fazer avaliações dos imóveis da 
mesma cidade e a cada utilização da aplicação para uma nova análise pode ser feita a 
inserção de um novo caso. 
Tabela 1 Casos 
caseId Bairro Região Área Garagem Quartos Suítes Preço Nome 
Case 1 Rosarinho ClubeNauticoCapibaribe 67.00 1 2 1 1150.00 EdificioCapDeVille 
Case 2 Graças ClubeNauticoCapibaribe 90.00 1 3 0 1158.00 EdificioIlhaDeKalimnos 
Case 3 Rosarinho ClubeNauticoCapibaribe 90.00 2 3 1 1332.00 EdificioPraiadeImbituba 
Case 4 Rosarinho ClubeNauticoCapibaribe 90.00 2 3 1 1101.00 EdificioPraiadeImbituba 
Case 5 Rosarinho ClubeNauticoCapibaribe 100.00 2 3 2 1652.00 EdificioMonalisa 
Case 6 Graças ClubeNauticoCapibaribe 105.00 2 3 1 1755.00 EdificioOrion 
Case 7 Graças ClubeNauticoCapibaribe 120.00 2 3 1 1269.00 EdificioPolanaise 
Case 8 Aflitos ClubeNauticoCapibaribe 220.00 2 4 2 2560.00 EdificioMarcoAurelio 
Case 9 Arruda EstadioDoArruda 120.00 1 3 0 651.00 EdificioCacique 
Case 10 Boa Viagem AvenidaBoaViagem 31.00 1 1 0 1200.00 EdificioStudioBoaViage
m 
 
 O software foi implementado em Java e tem sua base de dados armazenada em 
arquivos. Há uma interface gráfica que permite a seleção dos atributos necessários para 
a avaliação imobiliária e retorna como resultado o valor aproximado do aluguel dados 
os valores das variáveis do imóvel. Além disso, é fornecido o grau de similaridade com 
os casos já existentes, que mostra o quão semelhantes é o caso avaliado com os já 
existentes. A cada avaliação pode ser inserido o novo caso avaliado. 
5 Considerações finais 
Com a implementação desse projeto foi possível fazer um estudo mais aprofundado de 
RBC, e aprender técnicas e ferramentas que eram até então desconhecidas para a 
maioria dos membros da equipe. Foi uma pesquisa interessante, que envolveu não só 
computação, mas também nos permitiu um estudo no campo imobiliário, e que nos 
trouxe resultados satisfatórios para os objetivos esperados. 
Artigo - Projeto da disciplina Inteligência Artificial I /DSC /DEEI /UFCG. 
 Para trabalhos futuros, seria interessante ter uma base de dados maior, com o uso 
de Banco de Dados para armazenamento, uma pesquisa mais aprofundada sobre 
avaliações imobiliárias, fornecendo mais variáveis para classificação de imóveis e que 
fornecesse como resultado não só valores de aluguel, mas também preços de venda de 
imóveis. 
Referências 
 
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[2] MIKOS, W. L. (2008) “Modelo baseado em agentes em apoio à solução de 
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[3] WATSON, I. D. (1997) “Applying Case-Based Reasoning: Techniques for 
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[4] KOLODNER, J. (1993) “Case-Based Reasoning” Morgan Kaufmann Publishers. 
[5] KOLODNER, J. L.; JONA, M. Y. (1991) “Case-based reasoning: An overview”, 
Northwestern University. 
[6] AAMODT, A.; PLAZA, E. (1994) “Case-based reasoning: foundational issues, 
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