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Hidráulica e Hidrologia Aplicada - Canais Livres - Escoamento Permanente e Uniforme Profo Flaryston Pimentel flarystonunip@yahoo.com.br Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Engenharia Civil Campus: Goiânia - Flamboyant • Escoamentos com superfície livre; • Número de Froude; • Canais; • Movimento Uniforme; • Dissipadores de Energia; • Modelos reduzidos; • Pluviometria e Drenagem. EMENTA • Movimento Permanente Uniforme em Canais; • Canais retangulares, trapezoidais naturais e artificiais; • Rugosidade; • Perfil de Velocidades; • Dimensionamento de Canais; • Retificação de Canais; • Movimento Turbulento Uniforme em Canais; • Movimento Variado nos Canais; • Escoamento Crítico; • Ressalto Hidráulico; • Remanso; • Semelhança Dinâmica; • Modelos reduzidos; • Pluviometria e Projetos de Drenagem. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • Carga horária semanal: 4 h/Aula (03 Teoria + 01 Laboratório) • NP1 = 8,0 (Prova teórica) + 2,0 (Práticas de lab.) • NP2 = 8,0 (Prova teórica) + 2,0 (Práticas de lab.) • MF = (NP1+NP2)/2; Se MF>7, Aprovado, senão, Exame • Nota mínima no Exame = 10 - MF para aprovação SISTEMA DE AVALIAÇÃO • LENCASTRE, A “Manual de Hidráulica Geral”, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2000; • AZEVEDO NETO, J. M. “Manual de Hidráulica”. Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2010; • GARCEZ, L. N.; ALVAREZ, G. A “Hidrologia”, Edgard Blucher, São Paulo, 1999; • VILELA, S. M; MATTOS, A “Hidrologia Aplicada” Editora MC Graw Hill, São Paulo, 2000. • PORTO, R. M. “Hidráulica básica”. EESC USP – Projeto Reenge, São Carlos/SP, 2006. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. INTRODUÇÃO Em condutos livres ou canais, a característica principal é a presença da pressão atmosférica atuando sobre a superfície do líquido, em uma seção aberta, como nos canais de irrigação e drenagem, ou fechada, como nos condutos de esgoto e galerias de águas pluviais. Neste caso, o escoamento se processa necessariamente por gravidade. Os canais podem ser classificados como: • Naturais: córregos, rios, estuários, etc. • Artificiais (de seção aberta ou fechada): canais de irrigação, de navegação, aquedutos, galerias, etc. ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE 2. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS Seção transversal ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE 2. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS Seção transversal ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE 2. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS Seção longitudinal • I0 = declividade de fundo (m/m) – geralmente, para canais de baixas declividades, temos: I0 = tg Φ = sen Φ; • Ia = declividade piezométrica (linha d’água) (m/m); • If = declividade da linha de energia (m/m) – variação da energia da corrente no sentido do escoamento. ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE Exemplo 01: Calcular o raio hidráulico, a superfície molhada e a profundidade hidráulica de um canal trapezoidal sabendo-se que a base tem 4,0 m, talude 4H:1V e 2,0 m de lâmina d’água. Resp.: Rh = 1,17 m; Sm = 20 m; yh = 1,2 m ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE Exemplo 02: Um canal retangular com base 5,0 m transporta uma vazão de 15 m3/s entre os pontos 1 e 2, em uma extensão de 1 Km e desnível de 13 m. Sabendo que a profundidade a montante é 1,0 m e a velocidade a jusante é igual a 4 m/s, pede-se calcular a perda de carga total entre o início e o término do canal. Resp.: h1,2 = 12,9 mca ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE PERFIL DE VELOCIDADES a) Seção transversal: As curvas isotáquicas representam o lugar geométrico dos pontos de igual velocidade. ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE Velocidades (pés/s) medidas em canal PERFIL DE VELOCIDADES b) Seção longitudinal: Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS): ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE • A velocidade média numa vertical geralmente equivale de 80% a 90% da velocidade superficial; • A velocidade a seis décimos de profundidade é geralmente, a que mais se aproxima da velocidade média; • Com maior aproximação do que na relação anterior, tem-se: PERFIL DE VELOCIDADE MÉDIA ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE MEDIDORES DE VELOCIDADE EM CURSOS D’ÁGUA Molinete Flutuador ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE 3. TIPOS DE ESCOAMENTOS UNIFORME ESCOAMENTO PERMANENTE GRADUALMENTE (vazão constante para uma determinada seção) VARIADO BRUSCAMENTE UNIFORME (muito raro) ESCOAMENTO NÃO PERMANENTE GRADUALMENTE (vazão variável ) VARIADO BRUSCAMENTE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE 3. TIPOS DE ESCOAMENTOS ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Indicada para escoamentos turbulentos rugosos em canais ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Equação fundamental do escoamento permanente uniforme em canais ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Exemplo 03: Um canal de seção trapezoidal de 10 m de largura de fundo tem paredes laterais com inclinação de 1:2. O canal é revestido com argamassa de cimento alisada em boas condições (n=0,011) e possui a declividade do fundo igual a 1 m/Km. Sabendo que o escoamento é uniforme e que a profundidade da água vale 2,0 m, pede-se determinar a vazão escoada. Resp.: Q = 83,6 m3/s ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Equações para canais de seção transversal usual ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Exemplo 04: Determine a capacidade de vazão de um canal para drenagem urbana, com 2,0 m de base e 1,0 m de altura d’água, declividade de fundo igual a 0,001 m/m e taludes 1,5:1. O fundo corresponde a um canal dragado em condições regulares (n1 = 0,030) e os taludes são de alvenaria de pedra aparelhada em boas condições (n2 = 0,014). Resp.: Q = 3,85 m3/s ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Exemplo 05: Dimensione um canal trapezoidal com taludes de 2:1, declividade de fundo 0,001m/m, revestimento dos taludes e fundo em alvenaria de pedra argamassada em condições regulares (n = 0,025), para transportar uma vazão de 6,5 m3/s. Utilize uma razão de aspecto (m = 4). Calcule, também, a velocidade média nesta seção. Resp.: y = 1,0 m; b = 4,0 m; v = 1,1 m/s ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Exemplo 06: Determinar a altura d’água em uma galeria de águas pluviais, de concreto n = 0,013, diâmetro igual a 0,80 m, declividade de fundo em 0,004 m/m, transportando uma vazão de 600 L/s em regime permanente e uniforme. Resp.: yo = 0,50 m ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS SEÇÕES DE MÍNIMO PERÍMETRO MOLHADO (MÁXIMA VAZÃO) Por critérios de projeto,são as seções de máxima eficiência hidráulica afim de atingir os menores custos de implantação dos sistemas, sem comprometer a qualidade e eficiência dos mesmos. • Trapézio de mínimo perímetro molhado; • Retângulo de mínimo perímetro molhado. ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS SEÇÕES DE MÍNIMO PERÍMETRO MOLHADO (MÁXIMA VAZÃO) • Retângulo de mínimo perímetro molhado Representa é um caso particular do trapézio quando o ângulo do talude for 900, ou seja, Z = cotg 900 = 0. Substituindo esta condição na equação anterior, fica: m = 2 ou m = b/y0 = 2 b = 2.y0 Portanto, a seção retangular de máxima vazão é aquela na qual a largura (base de fundo do canal) é igual a duas vezes a altura d’água. ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Exemplo 07: Um canal de drenagem trapezoidal (n = 0,025) com taludes 2,5:1, declividade de fundo em 30 cm/Km, foi dimensionado para uma determinada vazão de projeto Q0, tendo-se chegado a uma seção com largura de fundo b = 1,75 m e altura de água y0 = 1,40 m. a) Qual a vazão de projeto? b) A seção encontrada é de mínimo perímetro molhado? Resp.: a) Q = 4,35 m3/s; b) não ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Nota: Nos projetos usuais, o limite da lâmina líquida é fixado em y0 = 0,75.D Exemplo 08: Uma galeria de águas pluviais de 1,0 m de diâmetro, coeficiente de rugosidade de Manning n = 0,013 e declividade de fundo igual a 2,5.10-3 m/m transporta, em condições de regime permanente uniforme, uma vazão de 1,20 m3/s. a) Determine a altura d’água e a velocidade média. b) Qual seria a capacidade de vazão da galeria, se ela funcionasse na condição de máxima vazão? Resp.: a) yo = 0,82 m; V = 1,74 m/s; b) Q = 1,29 m 3/s ESCOAMENTOS PERMANENTE E UNIFORME - CANAIS Finalidades práticas: • Mudança geométrica do traçado de um rio; • Melhorar as condições de escoamento e estabilidade; • Possibilitar o rebaixamento da linha d’água das cheias; • Viabilizar a navegação; • Recuperar o terreno marginal, etc. RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS Perfis longitudinais: RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS Perfis transversais: RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS Critérios de Projetos: a) Limites aconselháveis para velocidade média de escoamento nos condutos: RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS Critérios de Projetos: b) Limites aconselháveis para inclinação de taludes (canais abertos): RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS A inclinação dos taludes é também uma limitação que deve ser considerada principalmente nos condutos trapezoidais, triangulares e ovais. Considerações em projetos e construções de canais: • Obras de retificação, alargamento ou canalização devem ser feitas de jusante para montante; • Em projetos de canais, deve-se prever um aumento de 10 a 15% na rugosidade do canal; • Para canais abertos e, principalmente, os canais fechados deve-se deixar uma folga de 20 a 30% da altura d’água; • Em canais urbanos, deve-se evitar escavações em grandes profundidades (> 4,0 m) devido custos elevados, segurança de transeuntes e veículos, questões estéticas; • Outros estudos de caráter construtivos e não-construtivos. RETIFICAÇÃO DE CANAIS NATURAIS
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