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Aula 11 acao geologica gelo

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Profa. Dra. Aline Carneiro Silverol
Aula passada
 Estruturas em rochas sedimentares
 Ação geológica dos rios
 Ação geológica dos ventos
Objetivos da aula
 Compreender a ação geológica do gelo na 
superfície
 Processos
 Produtos
Leituras recomendadas
 Cap 11: Decifrando a Terra
 Cap 16: Para entender a Terra
Também.... 
Mas não é só isso....
Introdução
 3 bilhões de anos: geleiras recuam e se 
expandem nos continentes
 Importância: gelo é um dos maiores 
sorvedouros de calor (Antártica), 
responsável por manter as condições 
climáticas equilibradas.
 Reserva de água doce
 Brasil: país tropical = indícios geológicos de 
seis a sete glaciações no último bilhão de 
anos
Personagens
 Gelo e geleiras
Lembrando....
O nível do mar não sobe se o 
gelo está flutuando
O nível do mar sobe se a fusão do 
gelo acontece no continente
Geleiras
 São massas naturais de gelo, formadas de 
neve recristalizada, que se movem sob a 
força da gravidade.
 São encontradas em regiões com 
temperaturas que permitem a água existir 
em estado sólido: altas latitudes e/ou 
altas altitudes.
Tipos de geleiras
 Geleiras de vale: ocupam depressões 
formadas nas altas cadeias de montanhas
 Geleiras continentais: desenvolvem-se sob 
áreas continentais ou ilhas juntos aos pólos, 
podendo atingir o nível do mar
Tipos de geleiras
 Geleiras não confinadas pela topografia:
 Manto de gelo: > 50.000 km2
 Casquete (calota): < 50.000 km2
 Geleiras confinadas pela topografia:
 Campo de gelo: 10 – 10.000 km2
 Geleiras de vale: 5 – 5.000 km2
 Geleira de circo: 0.5 – 10 km2
Manto de gelo
 Um manto de gelo é o maior tipo de geleira
que existe. 
 Os mantos de gelo modernos estão na:
 Groenlândia: 1,7 milhão de km2 
 Antártica: 14 milhoes de km2 (91%), representam 95% 
do gelo das geleiras. 
 Se todo esse gelo derretesse, o volume de 24 
milhões de km3 = nível do mar poderia subir
até 66 m.
Cobertura
de gelo na
Antártica
Cobertura de 
gelo na
Groenlândia
Imagem de satélite da plataforma de 
gelo de Ross 
Permafrost
(solo perenemente
congelado)
Extensão presente 
do permafrost no 
hemisfério norte
E como se formam as geleiras?
Condições para a formação da geleira
 Temperaturas baixas
 Umidade: quantidade adequada de neve
 Quantidade de neve excede a sua perda
 Crescimento da geleira: 
acumulação
 Retração glacial: ablação 
(derretimento e 
sublimação)
 Balanço de massa: 
acumulação – ablação
Mecanismos da ablação
 Derretimento
 Desprendimento de 
iceberg
 Sublimação
 Erosão eólica
Neve
Gelo granular
Firn
Gelo glacial
Transformação da neve
em gelo glacial
Mosaico de cristais de gelo
Bolhas de ar
Então:
 Quando a acumulação glacial é maior que a 
ablação glacial, o resultado é o crescimento
da geleira e a erosão glacial associada.
 Quando a acumulação glacial é menor que
a ablação glacial, o resultado é o recuo da 
geleira e a deposição glacial associada
Balanço Glacial
Geleiras de vale se movem por fluxo
Fluxo plástico
 Cristais de gelo individuais escorregam
por distâncias microscópicas em curtos
períodos de tempo.
As geleiras continentais se movem basicamente por
escorregamento basal
Escorregamento basal
 Movimento de uma cunha de gelo rígida ao
longo de uma base lubrificada por água
Crevasses:
tendem a se 
formar onde o 
vale se encurva
ou tem uma
brusca mudança
de inclinação
Crevasse
Crevasses: Fendas na parte superior da 
geleira
Erosão glacial e feições de erosão 
glacial
Erosão glacial e feições de erosão 
glacial
Incorporação e a remoção, pelas geleiras, de 
partículas e detritos do assoalho sobre o 
qual se movem.
 Abrasão
 Remoção de material
 Ação da água de degelo (intemperismo 
físico e químico)
Feições:
Polimento glacial 
e estrias
expostos pela
retração da 
geleira no Bay 
National Park
Polimento glacial e 
estrias expostos
pela retração da 
geleira Islândia
Estrias na rocha
Formas de relevo associadas a ação das 
geleiras
 rocha moutonnée
vales em U
 fjords
horns
 circos
Rocha moutonnée
Polimento da superfície Crevasses
rocha moutonnée
Vales em U
Antes da glaciação
Abrasão realizada pela geleira modifica o vale....
Durante a glaciação
Após a glaciação
Circo: um anfiteatro formado na cabeceira
do vale glacial
Circo
Típico vale glacial em forma de U
Vale glacial em U
Vale glacial em U
Fjord: um vale glacial afogado
Fjord: um vale glacial afogado
Depósitos glaciais
São divididos em dois grupos:
 Formações glaciais: contato com o gelo
 Formações periglaciais: depósitos ocorrem 
na periferia da geleira
Depósitos glaciais
Formações glaciais: 
 Pelo gelo
 Till e tilito (Bacia do Paraná)
 Clastos glaciais
 Morenas ou morainas
 Drumlin
 Esker
Morena Mediana
Morena Lateral
Depósitos
Glaciais
Depósitos glaciais
Formações periglaciais: 
 Pela água corrente – fluvio-glacial
 Planície de lavagem
 Areias e cascalhos fluviais
 Em lagos
 Varves e varvitos (Rio do Sul, SC)
 Clastos caídos
Depósitos Glaciais do Pré-Cambriano
Superior
~700 Milhões de anos
Depósitos Glaciais do Paleozóico
Superior
~350 Milhões de anos
Clastos estriados Formação Puga (Mirassol do Oeste – MT)
Blocos caídos
Morro do Puga – Mato Grosso do Sul
Registro glacial pré-cambriano mais antigo no 
Brasil
Serra da Água Fria – Jequitaí (MG)
Pavimento estriado em Jequitaí (MG)
Cukrov et al. (2005)
depósitos glaciais
calcários
Calcários recobrindo depósitos glaciais (Formação Ghaub – Namíbia) –
635 Ma
www.snowballearth.org
Depósito 
sedimentar de 
água quente
depósito sedimentar de 
água fria
?
Deposição glacial no mar
Contato entre sedimentos glaciais da Formação Egan e capa 
carbonática do
W da Austrália (fotografia de P. Hoffman)
Formação Puga (glacial)
Coberta por carbonatos
Mirassol do Oeste
Mato Grosso
Enigmáticas “capas carbonáticas”
Terra Bola de 
Neve
Há evidências de que a 
glaciação do pré-Cambriano
superior atingiu as regiões
equatoriais.
Alguns cientistas sugerem que
a Terra toda (ou, pelo menos, 
as áreas continentais) foi
coberta de gelo, que só fundiu
quando as erupções vulcânicas
elevaram o teor de CO2 na
atmosfera, provocando um 
aquecimento global. 
A: Noruega
B: Mauritânia
C e D : Canadá
E e F: Namíbia
Distribuição atual das evidências de geleiras há 
300 Ma.
Evidências de glaciações antigas
Depósitos Glaciais do Paleozóico Superior
~350 Milhões de anos
Extensão da 
glaciação no 
hemisfério 
norte
Extensão e espessura do gelo
glacial e temperaturas do mar 
em um dia de agosto há 18 mil 
anos, durante a última idade do 
gelo.
Isótopos nos microfósseis marinhos nos períodos
glaciais e interglaciais
A periodicidade dos ciclos glaciais e 
interglaciais é explicada pelas variações cíclicas
na energia solar incidente, governada pelas
variações periódicas da:
 Excentricidade da órbita da Terra em
torno do sol
 Inclinação do eixo de rotação da Terra
 Precessão
Excentricidade da Órbita (~100.000 anos)
Inclinação do eixo (~41.000 anos
Precessão (~23.000 anos)
Importância dos estudos do gelo
Aquecimento global
Vostok
3623 m
Dome C
3200 m
Dome C
Vostok
Testemunhos profundos (até
3623m)
720 mil anos
420 mil anos
Cientistas russos
removem um 
testemunho do gelo
na base científica de 
Vostok, na Antártica
Amostragem
da neve superficial
Testemunhos de gelo
Algumas informações 
derivadas dos estudos de 
testemunhos de neve e gelo
* Temperatura média anual
* Precipitação
* Erupções vulcânicas
* Poluição global
* Atividade solar
* Desertificação global
* Concentração de gases-
estufa
* Explosões termonucleares 
na atmosfera
Melhor arquivo natural da história do meio ambiente

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