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CAP 11 resumo FINAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
 CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
 LEONARDO HAMED P. TEODORO
 MURILO LOPES DE SOUZA
 VICTOR EMANOEL DA SILVA MOTA
RESUMO CAP 10, 11 E 12 - DECIFRANDO A TERRA
12
Barreiras 2018
CAP 10
Rios no sentido geral, são cursos naturais de agua doce, com canais definidos e fluxo permanente ou sazonal para um oceano, lago ou outro rio. Dada sua capacidade de erosão, transporte e deposição, os rios são os principais agentes de transformação da paisagem. Agindo continuamente no modelado do relevo. São importantes para a atividade humana, seja como vias de transporte e fontes de energia hidroelétrica e de agua potável, seja como supridores de recursos alimentares através da pesca e de agua para irrigação.
Os processos associados aos rios, denominados processos fluviais, enquadram-se, em um sentido mais amplo, no conjunto de processos aluviais, que compreendem a erosão, transporte e sedimentação em leques aluviais, rios e leques deltaicos. Os leques aluviais são sistemas fluviais distributários espraiados por dispersão radial no assoalho de uma bacia a partir dos locais de saída de drenagens confinadas em regiões montanhosas.
BACIAS DE DRENAGEM
Os rios são os principais componentes das bacias de drenagem. A bacia de drenagem de um determinado rio é separada das bacias de drenagem vizinhas por um divisor de aguas. Todos os rios numa bacia de drenagem possuem um nível de base, que pode ser definido como o local de menor elevação em relação ao qual um rio pode erodir o seu próprio canal, esse nível de base pode ser regional, na maioria dos casos o nível do mar, ou local, geralmente representado por lagos, rochas mais resistentes ou ainda drenagens de maior porte que atuam como limites para seus tributários. Os rios de grande porte podem desaguar em amplas bacias em regiões áridas do interior dos continentes, construindo leques aluviais de grandes dimensões, onde, em função da infiltração das aguas no substrato, das altas taxas de evapotranspiração e baixa pluviosidade, toda a agua é evaporada. Os rios podem estender os seus cursos, através da progradação, que é o recuo da linha de costa em decorrência da deposição de sedimentos transportados pelo rio, resultando na construção de deltas, ou a montante, através do processo denominado de erosão remontante.
Lagos são massas d’agua estagnada de origem natural, maiores de 0,1 km², situadas em depressões do terreno e sem conexão com o mar. As dimensões dos lagos são variáveis, existindo pouco mais de 250 com área superior a 500 km². Em relação as suas drenagens, os lagos podem ser classificados em exorreicos, quando deles saem rios conectados aos oceanos, ou endorreicos, que não apresentam ligação com os oceanos.
Os rios e as drenagens podem ser classificados de diferentes formas. Do geral para o particular, as classificações mais comuns tem como base o padrão de drenagem, o comportamento das drenagens em relação ao substrato e a morfologia dos canais.
As drenagens, observadas em uma carta topográfica, fotografia aérea ou imagem de satélite, apresentam padrões bastante característicos em função do tipo de rochas e das estruturas geológicas presentes nos substratos da bacia. Os principais padrões de drenagem são o dendritico, paralelo, radial e treliça.
Os rios instalados em terrenos constituídos por rochas sedimentares podem ser classificados como subsequentes, consequentes e obsequentes. Os rios consequentes correm segundo a declividade do terreno, os subsequentes têm seu curso controlado por descontinuidades do substrato, e os obsequentes tem seu fluxo no sentido oposto a declividade das camadas.
Os rios designados de insequentes não apresentam controle geológico reconhecível e normalmente estão relacionados a presença de rochas homogêneas ou de camadas sedimentares horizontais. Os rios que correm sobre terrenos compostos por rochas cristalinas podem ser classificados em antecedentes e superimpostos. Rios antecedentes entalham o seu curso de maneira rápida, contemporânea a um processo tectônico. Rios superimpostos tem seus cursos estabelecidos na cobertura sedimentar, sem influencia das estruturas do embasamento.
MORFOLOGIA DOS CANAIS FLUVIAIS
Do ponto de vista geológico, a morfologia dos canais é o principal atributo considerado na classificação dos rios. A morfologia dos canais fluviais é controlada por uma série de fatores auto cíclicos (próprios da bacia de drenagem) e alociclicos (que afetam não apenas a bacia de drenagem mas toda a região onde ela está inserida), com relações bastantes complexas. Como fatores autociclicos são consideradas a descarga, a carga de sedimentos transportada, a largura e a profundidade do canal, a velocidade do fluxo, a declividade, a rugosidade do leito, a cobertura vegetal nas margens e ilhas.
LEQUES ALUVIAIS E DELTAICOS
A construção dos leques aluviais se processa através de um canal principal e numeroso distributarios. Normalmente, poucos canais são ativos ao mesmo tempo. Em geral eles apresentam confinamento efêmero aos seus respectivos canais e frequente avulsão associadas descargas fluviais mais elevadas. Comumente os leques aluviais são associados a regiões desérticas. Dessas regiões provem a maioria dos modelos existentes, onde, frequentemente, os leques são tratados como porções proximais de rios entrelaçados. Entretanto, existem leques de grande extensão, denominados megaleques, que se desenvolvem em clima úmido.
Os leques deltaicos são casos particulares de leques aluviais que progridem diretamente para o interior de um corpo de agua, lago ou mar. Vários leques deltaicos, em regiões desérticas ou periglaciais, são construídos por um arranjo de drenagens entrelaçadas paralelas, mas não exibem o padrão de dispersão radial. Para estas situações emprega-se o termo planície entrelaçada ou, no caso das feições costeiras, o termo delta entrelaçado.
Os depósitos aluviais são um importante componente do registro geológico e ocorrem em contextos geotectônicos distintos, podendo construir indicadores sensíveis dos controles exercidos pelo tectonismo e pelas variações do nível do mar na sedimentação. Para interpretar desses depósitos os geólogos utilizam do conceito de fácies, que são o conjunto de características descritivas de um corpo sedimentar que permitem interpreta-lo como o produto de um determinado tipo de processo deposicional.
A análise de fácies é efetuada com o levantamento e descrição de seções, visando caracterizar um corpo rochoso a partir da combinação particular de litogias e estruturas físicas e biológicas que permitam discrimina-lo dos corpos rochosos adjacentes. As várias fácies analisadas podem ser reunidas em associações ou sucessões de fácies, com o intuito de generalizar, categorizar e simplificar as observações da variabilidade litológica de um modelo ou de uma bacia. Programas computacionais específicos vem sendo desenvolvidos e aprimorados para auxiliar nesses procedimentos, nas diferentes escalas, desde a simulação de formas deposicionais até o estabelecimento do arranjo tridimensional de fáceis em depósitos de diferentes naturezas.
MODELOS DEPOSICIONAIS
Dada a grande variabilidade de fatores que controlam os diferentes tipos de rios e leques aluviais, é possível elaborar uma infinidade de modelos deposicionais. Leques aluviais de climas áridos e úmidos, assim como rios entrelaçados, meandrantes e anastomosados, entendidos como termos extremos das propostas de classificação, possuem elementos características que podem ser utilizadas para finalidades didáticas.
Os modelos deposicionais para leques aluviais foram originalmente elaborados considerando estas feições como distributarios do sistema fluvial.
Canais entrelaçados são desenvolvidos pela seleção das partículas, com a deposição de material de frações granulométricas que o rio não pode transportar. A diminuição progressiva da declividade leva a menor granulação do material que compõe a carga de fundo.
Os depósitosproximais de rios entrelaçados são normalmente cascalhamentos e dominados por litofacies de ortoconglomerados maciços ou grosseiramente estratificados; neste último caso formam barras longitudinais construídas durante as enchentes.
Os rios entrelaçados em posição intermediaria, podem incluir depósitos cíclicos grandecrescentes desenvolvidos em canais ativos e bem definidos, cuja carga de fundo é constituída por areia e cascalho.
As porções distais de sistemas fluviais entrelaçados correspondem a rios normalmente largos e rasos, sem diferenciação topográfica clara entre as porções ativas e inativas.
SISTEMA FLUVIAL MEANDRANTE
O sistema fluvial meandrante caracteriza se pela presença de canais com alta sinuosidade e razão largura/profundidade do canal menor que 40, onde predomina o transporte de carga em suspensão. O modelo para o sistema fluvial meandrante encerra uma associação de fácies características que apresenta relações internas complexas durante a evolução do canal.
Os depósitos de canais englobam os sedimentos mais grossoso de um sistema fluvial meandrante, situados na parte mais profunda do leito. Litologicamente, predominam conglomerados e areia grossa a media, com estratificações cruzadas acanaladas e tabulares.
Os depósitos de barras de pontal de composição arenosa a conglomerática, com decrescência ascendente de granulometria, formam se pela erosão dos sedimentos das margens convexas dos meandros seguintes.
Os corpos elevados, alongados em faixas sinuosas junto as bordas do canal, denominados diques marginais, formam-se me períodos de inundação, devido ao extravasamento das aguas de canal, a velocidade de transporte diminui bruscamente, depositando um leque de areias finas próximo as margens.
Durante enchentes de grande porte a energia do fluxo do rio pode romper o dique marginal, formando canais efêmeros e pouco definidos que se espalham sobre os depósitos de planície de inundação, geralmente com extensão de poucos metros, em casos excepcionais atingindo algumas centenas de metros, constituem os depósitos de rompimento de diques marginais.
A planície de inundação é a área relativamente plana adjacente a um rio, coberta por agua nas épocas de enchente. A planície de inundação apresenta-se intensamente vegetada, podendo formar significativos depósitos de restos vegetais e horizontes de solos, além de outras feições como bioturbaçoes, marcas de raízes, gretas de contração e depósitos de turfa e carvão.
Sistema fluvial anastomosado consistem num complexo de canais de baixa energia, interconectados, desenvolvidos sobretudo em regiões úmidas e alagadas, e formando várias ilhas alongadas recobertas por vegetação. Entretanto há exceções, e esse tipo de sistema pode ocorrer sob condições climáticas áridas.
Os depósitos de canal compreendem cascalhos e areias grossas, os quais podem ser diferenciados dos depósitos de rompimento de diques marginais por apresentarem bases côncavas erosivas.
Os depósitos de rompimento de diques marginais constituem camadas pouco espessas, centimetricas a decimetricas, de areia, grânulos e pequenos seixos. Tendem a formar corpos de geometria sigmoidal, com bases planares não erosivas.
As lagos de inundação encerram argilas siltosas laminadas com matéria orgânica vegetal esparsa, alcançando espessuras métricas. São conectadas com os canais anastomosados por canais estreitos e profundos, os quais controlam o nível d’agua do lago.
CAP 11
	A despeito de cobrirem hoje somente cerca de 10% da superfície emersa da terra, as geleiras constituem um elemento extremamente importante na constituição física do planeta.
O manto de gelo que recobre atualmente a Antártica representa o maior “sorvedouro” de calor da terra, influenciando profundamente as condições climáticas, a circulação das aguas oceânicas e da atmosfera terrestre. Assim, vivemos hoje uma fase interglacial da idade glacial ocorrida na era Cenozòica e vários modelos desenvolvidos pelos cientistas tentam prever as futuras condições climáticas da terra, de forma que, estimam que o derretimento do manto do gelo austral provocaria uma elevação de até 60 metros no nível do mar. Com efeito, o registro geológico mostra evidências de pelo menos sete outras idades glaciais ou períodos de refrigeração global relativamente bem documentados, sob a forma de rochas e feições típicas da ação geológica pretérita do gelo.
A despeito de seu aspecto estático. As geleiras são dinâmicas, em constante movimento e mudança. O conjunto de feições erosivas, deposicionais e de ambientes direta e indiretamente ligados às geleiras é, pois, extremamente variado e complexo.
TIPOS DE GELEIRAS
	Geleiras são massas continentais de gelo de limites definidos, que se movimentam pela ação da gravidade. Originam-se pela acumulação de neve e sua compactação pr pressão transformando-a em gelo. Assim, os tipos de geleiras são:
Geleiras de vale, Alpinas e de montanhas: Ocupam depressões formadas nas altas cadeias de montanha.
Continentais ou Altitude: Desenvolvem-se sobre áreas continentais ou ilhas junto aos pólos, podendo atingir o nível do mar
	O manto de gelo da Antártica, notabiliza-se por conter 91% do gelo de agua doce e 75 % da agua doce do mundo. Já os Casquetes de gelo, não se diferenciam morfologicamente dos mantos, a não ser pelo seu tamanho menor e são encontrados principalmente sobre planaltos elevados.
	Menores que os Casquetes, os Campos de gelo possuem perfil plano, em grande parte marginalmente cercados por topografia montanhosa mais elevada.
	Geleiras de vale constituem massas de gelo alongadas, circunscritas a vales montanhosos alimentadas por massas de gelo acumuladas nos chamados circos glaciais.
	Geleiras de circo, contem massas de gelo circunscritas a eles, de extensão limitada, desligadas das geleiras de vale.	
	Além desses tipos básicos de geleiras, outras variedades são reconhecidas e denominadas com base em diferentes critérios, ocorrendo muitas vezes associadas às categorias acima definidas.
	Um fenômeno comum que atinge geleiras que chegam ao mar é a desagregação de sua extremidade marinha, desprendendo massas flutuantes de gelo, os chamados icebergs. A fragmentação do gelo decorre do seu faturamento interno intenso, em contato com o mar, causado pela ação das marés.
BALANÇOS DE MASSA
	Após a sua formação, a manutenção das geleiras depende do equilíbrio ou balanço entre a acumulação de neve e sua perda por ablação, o chamado balanço de massa. O processo afeta a vida das geleiras independentemente de seu tamanho, sejam mantos de gelo ou geleiras de vale. O balanço pode ser positivo, negatico ou neutro. No primeiro caso, a acumulação supera a perda levando ao crescimento e ampliação das geleiras. No segundo, a perda é maior, e as geleiras diminuem de tamanho, podendo até desaparecer.	
FLUXO DE GELO E SEUS MECANISMOS
	A zona de acumulação das geleiras situa-se nas suas partes topograficamente mais elevadas e a ablação predomina nas regiões mais baixas, em direção a sua margem frontal. A gravidade é a força responsável pelo fluxo das geleiras, movimento.
	Três tipos de mecanismos de fluxos são conhecidos: Deformação interna; deslizamento basal; deformação do substrato da geleira.
REGIME TÉRMICO DAS GELEIRAS
	Outra maneira de classificar geleiras leva em consideração a distribuição da temperatura do gelo ou seu regime térmico, deste modo, as geleiras são denominadas temperadas, subpolares e polares.
AÇÃO GLACIAL TERRESTRE
	
	PROCESSOS DE EROSÃO GLACIAL
Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo, sendo, portanto, de difícil observação e estudo, e o seu conhecimento é ainda incompleto. Assim, a erosão glacial pode ser definida como envolvendo a incorporação e remoção, pelas geleiras, de partículas ou detritos do assoalho sobre o qual elas de movem. Os processos são:
Abrasão: Corresponde ao desgaste do assoalho sobre o qual as geleiras de deslocam. Maior parte da abrasão é produzida pelos fragmentos rochosos que o gelo transporta.
Remoção: Consiste na remoção de fragmentos rochosos maiores pelas geleiras. Está associadoà presença de fraturas ou descontinuidades nas rochas dos substratos.
Ação das aguas de degelo: Variações na pressão da água de degelo subglacial, nas adjacências de cavidades nas rochas do embasamento.
FEIÇÕES DE EROSÃO GLACIAL
A ação dos processos de erosão glacial resulta na formação de uma grande variedade de feições típicas, nos diferentes substratos sobre os quais as geleiras se deslocam. Essas feições erosivas podem ocorrer em substratos consolidados ou forma-se também sobre sedimentos inconsolidados. Além de sua morfologia diversificada, as formas erosivas glaciais têm tamanho variado. É comum, portanto, subdividi-las em feições de micro, meso e megaescala.
As formas erosivas glaciais de microescala comuns são as estrias glaciais. As estrias formam-se quando as geleiras deslizam sobre diferentes substratos arrastando detritos protuberantes na sua base sobre o assoalho.
Tendo em vista sua origem, as estrias orientam-se paralelamente à direção do fluxo do gelo. Embora sejam indicadores dessa direção, nem sempre permitem a interpretação do sentido do movimento. A formação de estrias é influenciada pelo regime térmico basal das geleiras, e ocorre somente sob geleiras que estão deslizando sobre o seu assoalho, o que acontece mo caso da geleira de base quente ou úmida. 
Além das estriais, as chamadas das marcas de percussão e fraturas de fricção são também feições comuns de abrasão glacial e incluem as fraturas em crescentes, os sulcos em crescente.
TRANSPORTE DE DETRITOS PELAS GELEIRAS
Partículas e fragmentos rochosos são transportados pelas geleiras sobre sua superfície (transporte supraglacial), no seu interior (transporte englacial) e sua região basal (transporte subglacial).
O material supraglacial inclui detritos caídos das paredes dos vales de geleiras de vales ou de elevações cercadas pelo gelo, materiais transportados por avalanches ou depositados pelo vento, tais como cinza vulcânica, poeira, sal marinho, etc.
Detritos subglaciais, de modo geral, permanecem na zona de transporte basal das geleiras, a partir de onde são depositados.
AMBIENTES E DEPÓSITOS
	ASSOCIADOS ÀS GELEIRAS
	A sedimentação glacial terrestre ocorre quando a geleira termina em condições subaéreas ou terrestres. Essa sedimentação pode envolver diretamente as geleiras e ocorrer em contato com/ou as proximidades delas, com também, e, regiões mais afastadas, pela ação da água de degelo ou em corpos de água doce.
	Till: Deposito formado diretamente pelas geleiras
	Tilito: O equivalente litificado (rocha) do till
	Deposição glacial terrestre diretamente em contato com o gelo pode ocorrer sob as geleiras ou junto às suas margens, a partir de material transportado sobre a a superfície do gelo.
	Quatro tipos diferentes de depósitos subglaciais são reconhecidos:
	- Till de alojamento
	- Till de ablação subglacial
	- Till de deformação
	- Till de deposição em cavernas subglaciais
FLÚVIO-GLACIAL
	O ambiente flúvio-glacial resulta da formação de água de degelo, pelo derretimento de geleiras que terminam em ambiente terrestre, sejam elas de vale ou de grandes mantos de gelo. Vale notar que correntes de água de degelo formam-se sobre e dentro de geleiras, porem o seu papel na sedimentação é negligenciável em relação ao das águas subglaciais.
	O sistema fluvial que se forma na região proglacial é tipicamente do tipo de canais múltiplos, ou entrelaçados. Nesse processo, o que diferencial da deposição fluvial comum e o fato da água ser mais viscosa por conta de sua temperatura mais baixa e densidade mais alta, e a descarga de água e sedimento variar diurnamente e sazonalmente.
	A distância da geleira é o principal fator que controla as características do sistema flúvio-glacial. Na zona imediatamente em contato com o gelo, os processos são mais complexos.
	
Glácio-lacustre
	Lagos são umas das feições mais comuns de regiões afetadas pela ação glacial 
e podem se formar em uma variedade de situações, seja na frente da geleira, na região proglacial, ou subglacial e até supraglacialmente.
	A formação de lagos pode se dá por represamento da água de degelo pelos depósitos de morenas, na frente ou lateralmente à geleira, ou forma-se em depressões causadas pelo derretimento de massas de gelo estagnado dentro do sedimento glacial, criando os chamados lagos de kettle.
AMBIENTE PERIGLACIAL
	Processos e feições periglaciais não guardam obrigatoriamente relação de idade e proximidade com geleiras. São, portanto, essencialmente não-glaciais. Condições periglaciais ocorrem em uma variedade de situações topográficas e geográficas, de polares até de baixa latitude, e de ambientes. 
	Uma característica comum do solo de regiões submetidas a condições periglaciais é a presença de zona de congelamento permanente da água intersticial, denominado solo perenemente congelado.
	Solos e rochas das regiões sob condições periglaciais são afetados por uma variedade de alterações físicas, resultando em estruturas e feições geomórficas variadas.
	Os ambientes periglaciais podem também ser afetados pela ação do vento sobre superfícies inativas, sem cobertura vegetal, formando depósitos de silte e areia, de razoável espessura, às vexes sob forma de dunas.
AÇÃO GLACIAL MARINHA
	Geleiras que chegam até o litoral podem atingir o mar, internando-se neles aterradas, isto é, arrastando-se sobre o substrato, ou flutuantes, e passar a influenciar processos e depósitos sedimentares que aí ocorrem.
	Em vários locais da terra, geleiras entram em contato com o mar, no fundo ou na boca de entalhes costeiros, dentre os quais os mais conhecidos são os fiordes.
AMBIENTE GLÁCIO-ESTUARINO
	Fiordes são um tipo de estuário glaciado caracterizado por grande profundidade (até mais de 1000m), de modo geral cercados por relevo montanhoso escarpado. Sua morfologia é similar à dos vales glaciais e a declividade abrupta de suas paredes sugere ação intensa da abrasão glacial.
	O assoalho dos fiordes caracteriza-se pela presença de uma bacia profunda, submersa, delimitada por saliências do embasamento.
AMBIENTE GLÁCIO-MARINHO
	Quando o volume de gelo de uma região e sua taxa de descarga no mar são altos, ocorre uma depressão glácio-isostática causada pelo peso da massa de gelo sobre a crosta da terra, e submergência do substrato marginal sobre o qual o gelo se assenta. Nessas condições, porções dos mantos de gelo pode avançar mar adentro aterrados e, a partir de certa altura, a chamada linha ou zona de aterramento, tornarem-se flutuantes, projetando-se sob forma de plataformas ou línguas de gelo.
GLACIAÇÃO AO LONGO DO TEMPO GEOLÓGICO
	O registro geológico da história da terra preservado nas rochas e fósseis indica que o nosso planeta passou por longos períodos alternados de resfriamento e aquecimento global. 
	Esses intervalos são comumentes chamados de estados de terra refrigerador e terra estufa. Nos intervalos de refrigeração da terra teria havido a expansão das geleiras nas altas latitudes do planeta, correspondendo às chamadas idades glaciais.
CAUSA DAS GLACIAÇÕES
	Um dos aspectos ainda problemáticos da história climática da terra envolve o esclarecimento da causa ou causas da alternância entre períodos de resfriamento e aquecimento global.
	Existem quatro categorias de fatores influenciadores das mudanças climáticas:
- Variações na radiação solar
	- Variações na composição da atmosfera terrestre
	- Alterações na posição paleogeográfica na posição de oceanos e continentes e nas características desses.
	- Causas extra-terrenas
CAP 12
A atividade eólica representa um conjunto de fenômenos de erosão, transporte e sedimentação promovidos pelo vento. Os materiais movimentados e depositados nesse processo são chamados sedimentos eólicos.
O deslocamento das massas de ar, formando os ventos, é fruto de diferenças de temperatura e densidade. Essas diferenças são geradas pela maior ou menor incidência de energia solar sobre a superfície da terra.
Os desertos absolutos (regiões da terra onde não há agua em estado liquido) são as regiões do planeta que estão mais sujeitas a atividade eólica. Ex: Continenteantártico e Groelândia. Porem os desertos mais conhecidos compreendem imensas áreas de precipitação anual muito baixa até mesmo inexistente, com elevado grau de evaporação e intensa atuação dos ventos. Os desertos mais expressivos são o do Saara, Atacama, Gobi. Nesses locais, de modo geral, os processos de erosão, transporte e sedimentação são feitos através da ação dos ventos.
Os movimentos de massa de ar que funciona como mecanismo de redistribuição de energia solar na atmosfera representam a fonte de maior ou menor capacidade para deslocar partículas. Quanto maior for a velocidade da massa de ar, maior capacidade de transporte possuirá, por outro lado florestas, elevações e edificações podem reduzir a velocidade dessas massas, diminuindo a sua capacidade de transportar partículas.
As massas de ar deslocam-se por meio de dois principais fluxos: Turbulento e laminar. Distante da superfície terrestre ou de barreiras, mais laminar é o movimento da massa de ar. O fluxo de ar será predominantemente turbulento quanto mais próximo da superfície.
Partículas menores que 0,125mm de diâmetro são consideradas poeira, compreendendo as frações de areia muito fina. São as menores frações trabalhadas pelos agentes de transporte mecânico.
As partículas maiores que poeira (areia fina a muito grosa) sofrem transporte mais limitado. Para uma mesma velocidade de vento, quanto maior a partícula, menor será seu deslocamento. A ação eólica também condiciona a organização dos grãos de areia, produzindo estruturas sedimentares conhecidas como marcas onduladas e estratificação cruzada. Quando bem preservadas essas marcas representam evidencias inegáveis da atividade eólica do passado.
Partículas maiores, comumente se deslocam pelo processo de arrasto. Esse processo é pouco significativo e bem mais restrito do que o transporte de poeira e de areias menores por saltação e suspensão devido ao peso das partículas maiores e ao atrito entre elas e o substrato.
A ação do vento fica registrada tanto na forma de relevo como nos fragmentos trabalhados pela ação eólica.
Registros erosivos são caracterizados pelos processos de deflação e abrasão. Na deflação, a remoção de areia e poeira da superfície pode produzir depressões no deserto chamadas bacias de deflação, também pode produzir os chamados pavimentos desérticos que são extensas superfícies exibindo cascalho ou o substrato rochoso, exposto pela remoção dos sedimentos finos. Já o processo de abrasão é caracterizado pelos impactos constantes de diferentes partículas em movimento e com materiais estacionados, ocorrendo intenso processo de desgaste e polimento de todos esses materiais. E destacar que o vento sozinho não produz qualquer efeito abrasivo sobre materiais rochosos. Por abrasão também é formado os ventifactos que são seixos que apresentam duas ou mais faces planas desenvolvidas pela ação da abrasão eólica. Os yardangs que se assemelham a cascos de barcos virados, formados pela ação abrasiva eólica sobre materiais relativamente frágeis.
O transporte e a deposição de partículas pelo vento formam registros geológicos peculiares. Os principais registros eólicos deposicionais são as duns, os mares de areia e os depósitos de loes. Associam-se as dunas feições sedimentares tais como estratificação cruzada e marcas onduladas que, no entanto, não são exclusivas de construções sedimentares eólicas.
Na construção das dunas estacionárias, os grãos de areia se agrupam de acordo com o sentido preferencial do vento, formando acumulações, geralmente assimétricas, que podem atingir centenas de metros de altura e muitos quilômetros e comprimento. A areia deposita-se em camadas que acompanham o perfil da duna, deste modo, sucessivas camadas vão se depositando sobre a superfície do terreno com o soprar do vento carregado de partículas.
O transporte dos grãos nas dunas migratórias segue inicialmente o ângulo do barlavento, depositando-se, em seguida, no sotavento, onde há forte turbulência. Desta forma os grãos na base do barlavento migram pelo perfil da duna até o sotavento. A migração de dunas geram problemas de soterramento e de assoreamento nas zonas litorâneas do Brasil, exigindo dragagem continua para minimizar o risco ao trafego de navios.
A formação de dunas transversais está condicionada por ventos frequente e de direção constante, bem como pelo suprimento continuo e abundante de areia para sua construção. A denominação de transversal provem da sua orientação perpendicular ao sentido preferencial do vento. Nas áreas costeiras os campos de dunas podem apresentar pequenos lagos de agua doce.
As dunas barcanas desenvolvem-se em ambientes de ventos moderados e fornecimento de areia limitado, assim esse tipo de duna assume forma de meia lua ou lua crescente. Por sua vez, as dunas parabólicas formam-se em regiões de ventos fortes e constantes com suprimento de areia superior ao das áreas de barcanas. As Dunas estrela tem sua formação ligada a existência de areia abundante e a ventos de intensidades e velocidades constantes. Dunas longitudinais formam-se em regiões com abundantes fornecimento de areia e ventos fortes e de sentido constante no ambiente desértico ou em campos de dunas litorâneas. Mares de areia é o termo empregado em desertos para grandes áreas cobertas.
Um dos mais importantes exemplos de sedimentação eólica no registro geológico consiste de sedimentos muitos finos, homogêneos e friáveis, comumente amarelados, denominados loess, foram descrito pela primeira vez no nordeste da china, onde atingem mais de 150m de espessura, embora em media apresentem espessuras em torno de 30m. O loess é constituído de diversos minerais e fragmentos de rocha pouco alterados.
Os sedimentos associados as atividades eólicas compõem-se quase que exclusivamente de pequenos grãos de quartzo, sendo, portanto, monominerálicos. Esta característica esta ligada abundancia desse mineral nas rochas comuns da crosta continental.
Os impactos constantes entre grãos no ambiente atmosférico produzem brilho fosco da superfície, morfologia arredonda e alta esfericidade dos grãos. O aspecto fosco das partículas decorre da difusão da luz causada pelas minúsculas marcas de impacto deixada na superfície dos grãos e difere do aspecto brilhante provocado pelo desgaste durante o transporte em ambiente aquático.
Feições eólicas podem ser reconhecidas em sedimentos antigos e rochas sedimentares, permitindo a reconstituição de diferentes paleoambientes eólicos.

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