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4 SEMESTRE DESAFIO FINALIZADO

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Universidade Anhanguera – UNIDERP Centro de Educação a Distância
Curso: Serviço Social 
Disciplina: Fundamentos Históricos e Teório-Metodológicos do Serviço Social III
Psicologia e Serviço Social II
Direitos Humanos 
Fundamentos das Políticas Sociais
Ética Profissional
DESAFIO PROFISSIOAL
EQUIPE: 
NOME DE TODOS COM RA
NOME
DESAFIO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social como parte dos requisitos da Universidade Anhanguera, sob a orientação da Tutora Maria ??????????
ACARAÚ – CE
2017
SUMÁRIO
Introdução ....................................................................................................................4
Objetivo Geral..............................................................................................................5
Objetivos Específicos...................................................................................................5
O desenvolvimento das Políticas Sociais no Brasil a partir de 1930..........................6
O atual cenário das Políticas Sociais brasileiras – Trabalho e precariedade...............7
Quadro comparativo no cenário das Políticas Sociais brasileiras (2015-2017)..........8
Comparativo entre as conquistas sociais obtidas a partir da década de 1930 e o atual cenário das políticas sociais brasileiras.......................................................................13
Conclusão....................................................................................................................16
Referências Bibliográficas..........................................................................................18
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem por principal objetivo, a pesquisa e análise das formas de enfrentamento sobre as políticas sociais no Brasil, e como tal, visa refletir sobre as políticas sociais no Brasil e demonstrar que aparentemente pouco evolutiva, evoluímos de maneira significativa.
Como alunos do curso de Serviço Social, discorreremos sobre as políticas sociais desde 1930 até a atualidade no Brasil. Tendo em vista este estudo proporcionando um conhecimento mais amplo da realidade social do País e servindo de insumo para elaboração e desenvolvimento do trabalho dentro das políticas públicas. Procurou-se retratar ao longo desta pesquisa o nível da precariedade e conflitos no cenário brasileiro desde o bem-estar das pessoas, famílias e grupos sociais, até as perspectiva das desigualdades sociais e crise politica como eixo norteador.
O Brasil hoje analisa ações em escalas diferentes de gestão, permitindo identificar oportunidades, prioridades e lacunas. Além disso, ela possibilita ter uma visão ampla das ações governamentais em situações distintas da realidade brasileira que, além de complexa, apresenta enorme diversidade natural, social, política e econômica gerando pressões nos diversos níveis de gestão, principalmente no período de 2015/2017. 
Com o isso, surgiram as forças políticas identificadas para compreender os reais objetivos das medidas aplicadas relacionadas às mudanças atual no Brasil, que vem se arrastando em crises desde o ano de 2015.
OBJETIVO GERAL
 Estimular os conhecimentos diante das problemáticas no cenário brasileiro das Politicas Sociais, fazendo um comparativo do seu desenvolvimento da década de 30 até a atualidade. Analisar de forma crítica o tempo de crise no Brasil, ocorrido entre os anos 2015-2017.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar e analisar o desenvolvimento das Políticas Sociais no âmbito das relações brasileiras e sociedade;
Oportunizar a compreensão do contexto atual das Políticas Sociais no que se refere à participação, descentralização e controle social entre os anos de 2015-2017;
Situar as peculiaridades da realidade brasileira, a visão política, Políticas Sociais, enquanto direito do cidadão e dever político;
Compreender o processo de desenvolvimento e contribuição da Política Social na sociedade contemporânea diante da crise atual.
O desenvolvimento das Políticas Sociais no Brasil a partir de 1930. 
Como reflexão, as políticas sociais no Brasil estão relacionadas diretamente às condições vivenciadas pelo País em níveis econômico, político e social. Tais condições são vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, e em outros momentos, como conquistas dos trabalhadores, ou mesmo como doação das elites dominantes, e ainda como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão.
É certo, que não se pode relatar sobre um período específico do surgimento das primeiras identificações chamadas políticas sociais, visto que, como processo social, elas se originam na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo como a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento e da intervenção estatal.
As políticas sociais são entendidas como fruto da dinâmica social, da inter-relação entre os diversos fatores da sociedade, em seus diferentes espaços e a partir dos diversos interesses humanos.
Contudo a política econômica e a política social estão incluídas com a evolução do capitalismo fundamentando-se no desenvolvimento contraditório da historia. A política social surge no capitalismo com as mobilizações operárias e a partir do século XIX com o surgimento desses movimentos populares, é que ela é abrangida como estratégia governamental.
O período que vai de meados do século XIX até os anos de 1930, é marcado predominantemente pelo liberalismo e sustentado pela concepção do trabalho como mercadoria e sua regulação pelo livre mercado.
As primeiras ações de políticas sociais ocorrerão na relação de prosseguimento entre Estado liberal e Estado social. Ambos terão um ponto em comum que é o reconhecimento de direitos sociais sem prejudicar os fundamentos do capitalismo. 
O atual cenário das Políticas Sociais brasileiras – Trabalho e precariedade
Na atual fase do capitalismo, há uma crescente tendência à precarização das condições de trabalho, ocasionando a deterioração das condições de vida e trabalho para a classe trabalhadora, e nesta condição manifesta-se cada vez mais em escala global. Por essa razão, de forma ampla, uma vez que as repercussões no “mundo do trabalho” afetam internacionalmente todos os âmbitos da vida social, a precariedade no trabalho dificulta o bom exercício da profissão.
O termo precariedade tem sido utilizado para designar perdas nos direitos trabalhistas ocorridas no contexto das transformações do “mundo do trabalho” e de retorno aos ideais liberais de defesa do Estado mínimo. Em termos gerais, refere-se a um conjunto amplo e variado de mudanças em relação ao “mundo do trabalho”, condições de trabalho, qualificação dos trabalhadores e direitos trabalhistas. 
Refere-se, portanto, à redução de salários e proteção social, ou seja, à piora nas condições gerais de trabalho e desmobilização, o que, consequentemente, aumenta o risco de acidentes de trabalho e de problemas de saúde, de forma geral. Para desenvolvermos nossa proposta, leva-se em conta a questão estrutural presente no sistema capitalista.
A despeito dos altos patamares tecnológicos alcançados, o âmbito da produção permanece de modo dominante, estruturado e se movimentando em prol da acumulação do capital e do lucro. A lógica produtivista continua aprofundando a apropriação privada da riqueza socialmente produzida e dos recursos naturais, consolidando o mercado como eixo da sociedade. Tal lógica restringe as possibilidades do trabalho se constituir em um meio de desenvolver a dignidade, a solidariedade e as potencialidades do ser humano.
Quadro comparativo no cenário das Políticas Sociais brasileiras (2015-2017)
Durante a história brasileira houve grandes desvios estruturais, que foram provocadas por decisões tomadas em momentos de grande crise e desafio nacional e internacional. As mudanças ocorridas na década de 1930, porexemplo, que propiciaram a modernização do Estado brasileiro e promoveram a industrialização e o crescimento econômico, foram uma resposta ao desafio provocado pela “era da catástrofe”, das grandes guerras, revoluções e crise econômica. 
Porém, passados mais de 50 anos, a redemocratização do país marcou uma nova inflexão histórica indissociável da mudança geopolítica e econômica mundial, que começou com a crise e a redefinição da estratégia internacional dos Estados Unidos, e passou pela estabilização do dólar, e pela desregulação das finanças internacionais em escalada armamentista, elevando à desintegração da União Soviética e ao fim da Guerra Fria.
Diante disto, a política social brasileira, nas décadas de 1930 e 1980, teve seus grandes momentos de conformação e mudança. Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, teve início uma importante fase de expansão dos direitos sociais no país, ao mesmo tempo em que as classes assalariadas urbanas passaram a ter maior peso no cenário político e econômico.
Na década de 1980, a promulgação da Constituição Federal de 1988 representou um ponto de inflexão no sistema de proteção social brasileiro, pelo menos no que se refere à legislação vigente à época, pois reconheceu um conjunto amplo de direitos sociais – e, ao mesmo tempo, instituiu o conceito de seguridade social como conjunto integrado de ações destinadas a assegurar os direitos relativos à previdência, à assistência social e à saúde, com universalidade da cobertura e do atendimento. 
No caso da saúde, o sistema evoluiu de uma situação de acesso restrito a determinados grupos da sociedade, vinculados ao sistema previdenciário, para um sistema de acesso universal, entretanto, a implementação desse novo modelo foi dificultada pelos desafios impostos no cenário internacional e, sobretudo, pela conjuntura interna da economia brasileira que combinava taxas de crescimento, com taxas de inflação explosivas, penalizando, principalmente, os estratos sociais de mais baixa renda.
Enquanto a inflação minava o poder de compra dos salários, o nível de atividade econômica reduzido não era capaz de gerar os postos de trabalho necessários para absorver o contingente de novos trabalhadores em busca de oportunidades.
Durante o regime de políticas públicas que predominou a partir dos anos de 1990, pode ser caracterizado como um sistema híbrido, na medida em que combina políticas neoliberais associadas ao Consenso de Washington ou às Instituições de Bretton Woods, garantir a estabilidade macroeconômica, privatização de serviços e de empresas públicas, reformas liberalizantes, transferências de renda com condicionalidades entre, outros.
Com políticas mais intervencionistas, associadas ao pensamento neodesenvolvimentista, redução da dependência de poupança externa, pacote de estímulos em períodos de crise, Estado como proprietário e investidor nos setores industrial e bancário, aumentos no salário mínimo, políticas industriais para os setores intensivos em mão-de-obra e uso de empresas estatais para expandir o emprego e o bem-estar.
Durante o comando da política social, esse modelo híbrido esteve associado ora com o predomínio de políticas neoliberais, ora com uma ênfase maior nas políticas intervencionistas, configurando diferentes institucionalidades ao longo desse período, nas quais, o papel atribuído ao Estado (e, por consequência, aos agentes privados) no processo de desenvolvimento nacional é distinto: uma institucionalidade neoliberal no período de 1995-2002; uma institucionalidade de transição no período de 2003-2006; e uma institucionalidade neodesenvolvimentista a partir de 2007.
Como as características de cada período foram diferentes do ponto de vista político e econômico, assim como as interligações entre as políticas econômica e social, as estratégias-chave, o público-alvo, as formas e os agentes da provisão de serviços, e o tipo de financiamento desenhado para política social e, em especial, para a política de saúde.
No período de institucionalidade neoliberal, a política social teve como estratégia-chave a descentralização, ao lado do incentivo às parcerias público-privadas, do estímulo ao controle social e da adoção de ações focalizadas em regiões e populações mais pobres.
 Já no último período (neodesenvolvimentista), as políticas com recortes territoriais (regionais, urbanas, metropolitanas) assumiram maior protagonismo, ao lado de maiores investimentos públicos em infraestrutura, saneamento, habitação e saúde (federais e estaduais), mantendo-se o estímulo às parcerias público-privadas e a seletividade de programas direcionados para o combate à pobreza.
Que cenários podem ser prospectados para a política social brasileira nas próximas décadas, considerando as tendências que se delineiam na atual conjuntura de crise econômica e adoção de políticas de ajuste fiscal, com recuo parcial do Estado nos investimentos públicos?
As mudanças que emergem na sociedade brasileira na primeira década do século XXI, podem ser resumidas em uma palavra: “redução” (embora a redução tenha sido, em vários aspectos, relativa). 
Algumas dessas mudanças foram positivas, como a redução do contingente populacional em situação de pobreza, da desigualdade de renda, do desemprego e do número de vínculos informais no mercado de trabalho; entretanto, outras mudanças representam desafios para as políticas sociais nas próximas décadas, em particular a redução do crescimento econômico (nos anos mais recentes) e das taxas de fecundidade e de mortalidade nas faixas etárias mais elevadas da população.
O padrão da economia brasileira, nos anos 2000, foi marcado por uma forte redução da vulnerabilidade externa, por um consumo privado ampliado pelo crédito, por melhor distribuição de renda e por uma recuperação do gasto autônomo do governo, incluindo modesta expansão do investimento público em infraestrutura. As três fontes de crescimento (as exportações, o consumo privado e o gasto público) impulsionaram a taxa de investimento da economia e o emprego formal para os níveis mais elevados das últimas décadas.
A redução da pobreza ocorreu em razão da expansão das transferências de renda, em particular a ampliação do Programa Bolsa Família e da previdência rural, com grande impacto nas áreas rurais do Nordeste, o núcleo histórico da pobreza no país.
O aumento do salário mínimo (principalmente entre 2006-2009) teve um papel relevante na redução da pobreza rural (política previdenciária) e da desigualdade de renda no trabalho.
Durante o aumento do consumo privado, foi possível a diminuição da pobreza, à expansão do crédito ao consumidor e ao crescimento da renda familiar per capita e do número de famílias no extrato intermediário de renda, ampliando as dimensões de uma sociedade de consumo de massa no Brasil. Essa propagação dos padrões de consumo privado se deu a partir de uma articulação estrutural entre o regime macroeconômico, a estrutura dos preços relativos e os salários reais.
Contudo, o conflito do consumo privado foi difuso e generalizado, isso porque, a despeito do grande crescimento da demanda nos setores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (nacionais e importados), bem como nos serviços financeiros ligados à expansão do crédito, a estrutura de consumo das famílias pouco se alterou, pois os principais blocos de consumo são os serviços e os produtos da indústria de alimentos.
O baixo nível de investimentos públicos em moradia e transporte impediram maior folga da renda para outros tipos de consumo. Como resultado, persistiu um elevado comprometimento de parcela da renda com moradia, transporte, saúde e educação – itens que formam a base contemporânea das carências e da heterogeneidade dos padrões de consumo da sociedade brasileira. Esse é o limite estrutural: a mudança na estrutura do consumo permitiu queda na participação dos alimentos; porém, para faixas superiores de renda, essa mudança foi comprometida pelos demais tipos de gasto.
Outro aspecto notável desse período foi a forte expansão dos serviçossociais privados. A alta concentração da renda e a insuficiente provisão de serviços públicos de qualidade geraram forte demanda por uma versão mercantilizada de serviços públicos (planos de saúde, previdência complementar, educação particular, transporte individual, segurança privada etc.).
Essas duas vertentes de provisão de renda e serviços – a social democrata pública e a liberal privada (que defende o subsídio aos planos de saúde e ao ensino privado via renúncia fiscal) – estiveram presentes na trajetória recente das políticas públicas no Brasil, convivendo de forma complementar, mas disputando espaço fiscal e político.
Com as mudanças recentes na conjuntura econômica, marcada pela substancial redução do crescimento econômico (com perspectiva de crescimento negativo em 2015 e 2016) e pelo aumento das taxas de inflação associado às políticas de ajuste fiscal, com cortes substanciais de recursos na área social, às conquistas obtidas na década passada, tanto no mercado de trabalho como nas demais áreas da política social, estão sendo ameaçadas.
A perspectiva de que a política social brasileira marcha em direção a um modelo social privado sinaliza grandes dificuldades para a manutenção dos direitos sociais consagrados na Constituição Federal, na medida em que esse modelo é caracterizado por uma concepção residual do Estado, com maior participação das forças de mercado no esforço de desenvolvimento nacional.
Caso essa trajetória venha a se concretizar, podemos vislumbrar um cenário com baixa integração da política social com a política econômica, adoção de políticas passivas ou compensatórias para o mercado de trabalho, revisão da política de valorização do salário mínimo, redução dos investimentos públicos em serviços sociais, redução da população coberta pelas políticas de garantia de renda, com estagnação/redução no valor dos benefícios, e fortalecimento das políticas sociais focalizadas.
Diante desse cenário, as fragilidades históricas do sistema de proteção social brasileiro – desigualdades no acesso aos serviços públicos, falta de integração de programas e ações, desarticulação vertical (entre diferentes esferas de governo) e horizontal (entre diferentes setores que integram a política social), baixa disponibilidade de recursos etc. – tendem a se cristalizar, dificultando as possibilidades de instauração de um processo de desenvolvimento inclusivo e sustentável.
 
Comparativo entre as conquistas sociais obtidas a partir da década de 1930 e o atual cenário das políticas sociais brasileiras
Na década de 1930 o Brasil vive um sonho de democracias consolidada, eleições diretas para presidente com o voto secreto de mais de 135 milhões de eleitores, liberdades e direitos garantidos por uma Constituição formulada por representantes escolhidos pelo povo, liberdade de organização sindical, economia diversificada e forte.
Está como as principais conquistas entre as demandas de grupos de brasileiros que lutavam pelo fim da dominação política da oligarquia cafeeira que predominava no fim dos anos 20.
Há 80 anos, o País passava por um momento difícil, exatamente na época que ocorria as eleições presidenciais, mas a Revolução de 30, colocou um ponto final na Velha República, que durou da Proclamação da República, em 1889, até 13 presidentes depois, em 1930.
Com a política, os governantes eram escolhidos pelas oligarquias rurais de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na Presidência, na chamada política do “Café com Leite” as eleições, apesar de diretas, eram restritas a quem tinha posses e escolaridade. Eram frequentes as suspeitas de fraudes. 
Na economia, uma incipiente industrialização e o crescimento da urbanização fortaleceram novas categorias profissionais, como os operários, muitos deles imigrantes recém-chegados, e os profissionais liberais. As relações internacionais eram bastante restritas, girando quase sempre em torno do mercado de café e de outros produtos agrícolas.
Existiu uma verdadeira revolução na época, onde se acendeu a conquista do voto secreto e do voto feminino, mesmo assim, a conquista não foi completa. O código eleitoral permitia apenas que mulheres casadas - com autorização do marido - viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. As restrições ao exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934, mas o código não o tornava obrigatório. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946. No ano de 1932, também foi criado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Inclusive a Revolução de 30, o Brasil era um País que mantinha poucas relações com outros países e estava fora de debates internacionais. “O Brasil era um País periférico no mundo. Tinha alguma política de relações privilegiadas com os Estados Unidos, mas em relação aos outros países latino-americanos mantinha bastante isolamento.
Quase não tinha relação com os seus vizinhos da América do Sul. Era um País basicamente exportador de matéria prima e só”, afirma o historiador Pedro Paulo Funari, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp.
Em 09 de agosto de 2006, surgiu a  Lei Maria da Penha, que pune a agressão contra o sexo feminino. Em 2014, foi sancionada a guarda compartilhada entre pai e mãe. Em 2015, no mês de março, foi sancionada a Lei do Feminicídio, classificando como crime hediondo e com agravantes de violência doméstica e familiar. 
A igualdade no mercado de trabalho sempre foi uma reivindicação do movimento, e ela é mais uma vez o mote para a greve geral que está sendo convocada por mobilizações nacionais e internacionais neste ano de 2017.
Em 2016, dos 45 milhões de trabalhadores assalariados existentes, 13 milhões são terceirizados, e a proposta é a de transformar mais 32 milhões contratados também em terceirizados. De acordo com os índices do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os trabalhadores terceirizados recebem 24,7% a menos que os contratados; trabalham em média 47 horas semanais, 7,5% a mais do que os contratados; permanecem menos tempo no emprego, 2,7 anos contra 5,8 dos contratados; a média de rotatividade dos terceirizados é de 64,4% contra 33,0% dos contratados, o que significa o dobro de rotatividade; 90% dos trabalhos análogos à escravidão os envolvem; a maioria dos trabalhadores terceirizados é composta por jovens, negros, mulheres, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros, transexuais (LGBTT), e por aposentados que tentam complementar suas pequenas aposentadorias. 
Entre os trabalhadores que exercem a mesma função, as mulheres percebem menores salários que os homens, e as negras são as últimas na escala salarial. De dez trabalhadores que sofrem acidentes de trabalho, oito são terceirizados. 
Em 2014, 2.794 pessoas morreram em decorrência de acidente de trabalho; 14.837 se tornaram incapacitadas para o trabalho, e ocorreram 737.378 acidentes de trabalho, 90% dos quais envolviam terceirizados.
Por meio de Medida provisória, o presidente Michel Temer aprovou a reforma trabalhista, tendo como principal mudança a terceirização do serviço, férias em até três períodos e outros. 
Nossa posição de luta contra todas as formas de terceirização deve ser prioritária, bem como a contratação de todos os terceirizados sem concurso, por já terem uma prática acumulada na função exercida. Portanto, trata-se de saldar uma dívida histórica com esses trabalhadores terceirizados e duramente precárizados. 
Os ajustes fiscais de 2015 e 2016 do governo Dilma recaíram sobre cortes nos programas sociais de saúde, educação, habitação — Minha Casa Minha Vida —, no reajuste de servidores federais, de subvenção agrícola, suspensão de concursos públicos, ampliação da idade para aposentadoria, eliminação do abono de permanência para garantir a meta do superávit primário de 0,7% do PIB em 2016, ou seja, com ataques à classe trabalhadora e sequer sobre taxação das grandes empresas e juros bancários. 
Acrescenta-se o Programa de Proteção ao Emprego (PPE),que trata na realidade de um programa de proteção ao empresário que prevê a diminuição de horas trabalhadas com redução de salários, e os Decretos n. 664 e 665, que reduziram a pensão por morte a 50% de seu valor. 
Deve-se considerar também o seguro-desemprego, que, regulamentado para depois de seis meses, foi ampliado para um ano, o que, com o aumento de rotatividade de mão de obra, inviabiliza esse seguro; a retirada de programas sociais como a Bolsa Família por ocasião do seguro defeso, atribuído aos pescadores profissionais que exercem suas funções de forma artesanal, e que paralisam suas atividades no período determinado para a preservação da espécie. 
Esse conjunto de regulamentações que recaem sobre a classe trabalhadora requer uma ação unitária de lutas, com greves gerais para a retomada desses direitos que estão sendo destruídos, e a esquerda deve ter um papel fundamental nesse processo com autonomia e independência de classe.
CONCLUSÃO
Este trabalho buscou apresentar a importância das políticas sociais, e o aumento da sua importância na política brasileira nos últimos anos. Como já divulgado nesse trabalho à constituição da cidadania existe uma ordem cronológica (diretos civis, políticos e sociais) que deve ser seguida, e dentro dessa lógica se tem os direitos sociais, ou seja, a política social. 
Compreendemos que no caso brasileiro, a política social se iniciou em períodos que havia opressão dos direitos políticos. A explicação da existência de direitos sociais sem direitos políticos é o fato de que os últimos apresentam um conteúdo e um alcance arbitrário, sem o envolvimento da sociedade sobre a execução dessas políticas. 
Assim, esse período foi marcado pelo período militar, aumentou a capacidade de intervenção do Estado no campo das políticas sociais, criando novos instrumentos institucionais e burocráticos que aumentaram as possibilidades de gastos do estado neste campo, aumentando a oferta de bens e serviços que atenderam, principalmente, as classes de média e alta renda, não apresentando significativos impactos na redistribuição de renda.
Os avanços das políticas sociais no Brasil é algo inegável desde a Constituição de 1988, entretanto é necessário manter atenção nas lições aprendidas até aqui para que haja inovações suficientes que garantam políticas sociais e gasto público realmente eficiente.
É prematuro afirmar que o Brasil está no ponto de inflexão da economia, no entanto, de uma forma geral, pode-se sugerir que o país está diante de um processo de desaceleração no ritmo de desaquecimento econômico. O cenário de instabilidade política, responsável por parte significativa da recessão atual está longe de ter um desfecho, o que impede qualquer previsão mais assertiva sobre os rumos da economia. 
Como se pôde observar, os últimos meses acentuaram um conjunto de indicadores com variações positivas nas comparações mensais. Ainda assim, quando comparado ao mesmo período de 2015, que se colocou como uma base fraca (vide a queda do PIB de 3,8%), esses indicadores permanecem negativos. 
A crise no Brasil não se limita a indicadores ruins resultantes da crise econômica interna ou das conjecturas internacionais. O país passa por uma crise institucional de ataque à democracia, de descrédito dos agentes econômicos e sociais dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário), dificultando demasiadamente o processo de retomada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento. São Paulo. Ed.34, 2003.
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