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Noções Gerais da Ética e Atividade da Advocacia - ÉTICA OAB
 
ÉTICA
Com origem grega, a palavra ética deriva de ethos, que  significa caráter ou modo de ser.   
Para Vázques tanto ethos, que significa caráter, como mos, que significa costume, refletem uma qualidade do comportamento humano não natural. Ou seja, para o autor, tais qualidades de comportamento humano, não são inatas, mas sim adquiridas ou mesmo conquistadas por força do hábito. (VÁZQUEZ)
 
                                        
Esta observação inicial, deixa claro que a ética, corresponde à uma realidade humana trabalhada histórica e socialmente, por meio das relações sociais humanas.
 
A ética profissional é definida pelo dicionário Michaelis como o:
"conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade."
O estatuo da OAB trata da ética do advogado no seu capítulo VIII, ao passo que o Código de Ética aponta em seu art. 2º, como um dos deveres do advogado: 
"(...) preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade"; (...) devendo, portanto (...) "emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana";
 
Das Atividades do Advogado
 
As legislações que regulam as atividades do advogado estão concentradas nos seguintes diplomas legais:
- Estatuto da Advocacia 
- Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil
- Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB
 
As atividades privativas da advocacia, estão definidas no art. 1.º do Estatuto, sendo ressaltado no inciso II, como atribuições do advogado, "as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas"
 
Registre-se que também exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime do Estatuto da OAB, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. (§1.º, art. 3.º Estatuto da OAB)
 
O art. 4.º do Estatuto da OAB informa que são nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
 
Ademais, o parágrafo único, do referido art. 4.º, refere que, também, nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
 
Para postular em juízo, deve o advogado ser portador do competente mandato, conforme dispõe o caput art. 5.º do Estatuto da OAB. Todavia, o § 1.º, do referido artigo, autoriza que em caso de urgência, informada, pode o advogado atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período.
Advirta-se, conforme dispõe o § 2.º, do art. 5.º, do mesmo diploma legal que o advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
 
Inscrição na OAB
 
 Para a inscrição como advogado na OAB, são necessários o preenchimento dos seguintes requisitos, conforme disciplina o art. 8.º do Estatuto da OAB:
a) capacidade civil;
b) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente
autorizada e credenciada;
c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
d) aprovação em Exame de Ordem;
e) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
f) idoneidade moral;
g) prestar compromisso perante o Conselho.
 
Na hipótese de candidato estrangeiro ou brasileiro, não graduado em direito no Brasil, exige o § 2.º, do art. 8.º, do Estatuto, deve-se fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender demais requisitos previstos no referido artigo.  
 
Vídeo Aula 1- Ética e Atividades da Advocacia 
 
	 
Resumo 
A palavra ética deriva de ethos, que  significa caráter ou modo de ser.  
Regulam as atividades do advogado os seguintes diplomas legais:
- Estatuto da Advocacia 
- Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil
São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas
Para postular em juízo, deve o advogado ser portador do competente mandato, conforme dispõe o caput art. 5.º do Estatuto da OAB. Todavia, o § 1.º, do referido artigo, autoriza que em caso de urgência, informada, pode o advogado atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período.
 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO 
BRASIL. 
 
 
       A OAB é formada pelos seguintes órgãos
 
1. CONSELHO FEDERAL (Arts. 51 a 55 Estatuto da OAB e Arts. 62 a 104 do Regulamento Geral):
 
 
Órgão máximo da OAB, possui personalidade jurídica, tem sede na capital República e compõe-se de 1 Presidente, Conselheiros Federais e ex- presidentes (Vitalícios). São órgãos do Conselho Federal:
- Conselho Pleno;
- Órgão Especial do Conselho Pleno;
- Primeira, Segunda e Terceira Câmaras;
-  Diretoria;
-  Presidente.
 
2. CONSELHOS SECCIONAIS (arts. 56 a 59 do Estatuto da OAB e Arts. 105 a 114 do Regulamento Geral): Com personalidade jurídica e jurisdição em cada Estados brasileiro, mais no Distrito Federal, os Conselhos Seccionais funcionam como órgão de “ primeira instância”.  Sua composição é formada por um critério de proporcionalidade, qual seja:
a) número abaixo de 3.000 (três) mil inscritos na seccional: até 24 (vinte e quatro) membros;
b) número a partir de 3.000 (três) mil inscritos na seccional, soma-se um membro a mais por grupo completo de 3.000 (três) mil inscritos, respeitando-se o limite máximo de 60 (sessenta) membro.
 
3. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS (art. 62 do Estatuto da OAB e arts. 121 a 127 do Regulamento Geral): Criada pelo Conselho Seccional e com personalidade jurídica própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
 
4. SUBSEÇÕES (arts. 60 e 61 do Estatuto da OAB e arts. 115 a 120 do Rulamento Geral): órgão sem personalidade jurídica ou independência, tem segua criação condicionada a um estudo preliminar de viabilidade que envolve, dentre outros elementos, o número de advogados efetivamente residentes na base territorial. Tido como parte autônoma do Conselho Seccional, pode abranger um ou mais municípios, ou parte dele, inclusive da capital do Estado. Eventuais conflitos de competência entre subseções e Conselho Seccional será pelo conselho decidido.
 
 
PARA APROFUNDAR OS ESTUDOS:
 
Pense bem: Um determinado Conselho Seccional criou várias subseções e uma Caixa de Assistência. Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que, a Caixa de Assistência, assim como o Conselho Seccional que a criou, possuem personalidade jurídica própria, ao contrário das subseções, que não são dotadas de personalidade jurídica própria.
 
JÁ CAIU: Em determinada subseção da OAB, constatou-se grave violação à disciplina prevista na Lei nº 8.906/94, no que diz respeito ao exercício de suas atribuições de representar a OAB perante os poderes constituídos e de fazer valer as prerrogativas do advogado. Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Compete ao Conselho Federal da OAB intervir na aludida subseção mediante voto de dois terços de seus membros.
B) Compete ao Conselho Federal da OAB intervir na aludida subseção mediante decisão por maioria do Órgão Especial do Conselho Pleno.
C) Compete ao Conselho Seccional respectivo da OAB intervir na aludida subseção mediante decisão unânime de sua diretoria.
D) Compete ao Conselho Seccional respectivo da OAB intervir na aludida subseçãomediante voto de dois terços de seus membros.
Resposta: D (Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase)
 
 
Artigo Estrutura e Organização da OAB 
Vídeo Estrutura da OAB 
 
	RESUMO
 
São órgãos da OAB:
- Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da República, é o órgão supremo da OAB.
- Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios.
- Subseções são partes autônomas do Conselho Seccional, sem personalidade jurídica própria e vinculadas ao Conselho Seccional.
-  Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas de personalidade jurídica própria, são criadas pelos Conselhos Seccionais.
Podemos falar de regulamento da OAB e Código de Ética pois visam regular a profissão da advocacia.
Tem como pontos importantes:
Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes.
 Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.
Para melhor compreender o assunto é necessário a leitura do artigo "Ampliação da obrigatoriedade do visto de advogado nos atos supervenientes das sociedades", disponível em < http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI62920,81042-Ampliacao+da+obrigatoriedade+do+visto+de+advogado+nos+atos >
 
Ainda na mesma linha segue mais um link de um artigo para complementar os estudos sobre o tema: http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/negocios/obrigatoriedade-da-participacao-de-advogado-em-ato-constitutivo-de-sociedades-empresarias/91342/.
O regulamento traz ainda outra situação:
Art. 3º É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
Assim é necessário explicar que defeso é proibido.
 
 
 
Art. 4º A prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui exercício ilegal da profissão. Parágrafo único. É defeso ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB. 
Art. 5º Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. 
Parágrafo único. A comprovação do efetivo exercício faz-se mediante: 
a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; 
b) cópia autenticada de atos privativos; 
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados. 
Art. 6º O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato (art. 5º, § 3º, do Estatuto), preferencialmente mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após, o Juízo. 
Art. 7º A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB. 
Art. 8º A incompatibilidade prevista no art. 28, II do Estatuto, não se aplica aos advogados que participam dos órgãos nele referidos, na qualidade de titulares ou suplentes, como representantes dos advogados. 
§ 1º Ficam, entretanto, impedidos de exercer a advocacia perante os órgãos em que atuam, enquanto durar a investidura. 
§ 2º A indicação dos representantes dos advogados nos juizados especiais deverá ser promovida pela Subseção ou, na sua ausência, pelo Conselho Seccional.
Tais pontos estão todos elencados no Regulamento da OAB, que traz algumas situações que são necessárias os atos do advogado e outras que o advogado deve evitar.
Sendo uma forma de regular a profissão garantido maior proteção da justiça.
Resumo:
Aula acima tem como foco demonstrar um pouco sobre o Regulamento da OAB e o Código de Ética, assim na primeira parte foi abordado alguns pontos do Regulamento da OAB, trazendo pontos importantes para a profissão regular.
Referências:
BRASIL. Lei nº 8906 de 4 de julho de 1994. Regulamento Geral da OAB. disponível em: < http://www.oab.org.br/content/pdf/legislacaooab/regulamentogeral.pdf > Acesso em 06. jan. 2016.
Já o Código de Ética da OAB trazem alguns deveres do advogado.
 
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS
 
Art. 1º O  exercício  da  advocacia  exige  conduta  compatível  com  os  preceitos  deste Código,  do  Estatuto,  do  Regulamento  Geral,  dos  Provimentos  e  com  os  demais princípios da moral individual, social e profissional.
 
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando  a  atividade  do  seu  Ministério  Privado  à  elevada  função  pública  que exerce.
 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
 
 
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; 
III – velar por sua reputação pessoal e profissional; 
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;
 
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; 
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
 
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; 
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; 
b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue; 
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; 
d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; 
e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. 
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade.
 
Para um maior aprofundamento sobre o tema dos deveres do advogado:
 
 
Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
 
Situação problema:
 
João é advogado e utiliza uma Kombi fazendo propaganda na rua para conseguir novos clientes. Qual a dever que João está ferindo do Código de Ética da OAB?
 
 
Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência. Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente.
 
 
Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.
 
 
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.
 
Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.
 
 
Ainda sobre o tema necessário se faz uma leitura do artigo "O dever do advogado" disponívelem: < http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5589 >.
 
Assim, para que um advogado possa exercer sua profissão o mesmo deve zelar por alguns deveres sobre pena de sanções que lhe serão aplicadas em caso de violações.
 
Resumo:
 
Na presente aula, buscou trazer um pouco sobre o Código de Ética da OAB, mostrando alguns deveres que devem serem cumpridos pelos advogados no exercício da sua profissão, evitando uma concorrência desleal ou até mesmo ferir algum direito de seus clientes.
 
Referências:
 
CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB. disponível em: <http://www.oab.org.br/Content/pdf/LegislacaoOab/codigodeetica.pdf#pdfjs.action=download  > Acesso em 06. jan. 2016.
YOUTUBE. Estatuto da OAB. disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=9sXHKA1EJUI > Acesso em 06. jan. 2016.

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