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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA PROPRIEDADE PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Disciplina: Química I Professora: Jéssica Aline Santos Lemos Carga Nuclear Efetiva Propriedades dos átomos Configurações eletrônicas; Força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos; Força de atração Magnitude da carga nuclear líquida agindo no elétron; Distância média entre o núcleo e o elétron; A força de atração aumenta na mesma proporção que a carga nuclear, e diminui à medida que o elétron se afasta do núcleo. Em um átomo polieletrônico, cada elétron é simultaneamente atraído pelo núcleo e repelido pelos outros elétrons. É possível estimar a energia de cada elétron considerando como ele interage com o ambiente médio criado pelo núcleo e os outros elétrons no átomo. Cada elétron é tratado individualmente como se ele estivesse se movendo no campo elétrico criado pelo núcleo e pela densidade eletrônica vizinha dos outros elétrons. Esse campo elétrico é equivalente ao campo gerado por uma carga localizada no núcleo, chamada carga nuclear efetiva. A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. A carga nuclear efetiva, Zef, agindo em um elétron é igual ao número de prótons do núcleo, Z, menos o número médio de elétrons, S, que está entre o núcleo e o elétron em questão: Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zef) diminui. Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui. Qualquer densidade eletrônica entre o núcleo e um elétron mais externo diminui a carga nuclear efetiva agindo em um elétron mais externo. (Efeito de blindagem) A carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos é determinada basicamente pela diferença entre a carga do núcleo e a carga dos elétrons internos. 12 Mg A carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos aumenta quando passamos de elemento para elemento por um período da tabela. Apesar de o número de elétrons internos permanecer o mesmo à medida que nos movemos no período, a carga nuclear real aumenta. A carga nuclear efetiva aumenta ligeiramente à medida que descemos no grupo, isso pode ser confirmado através das regras de Slater. Regras de Slater Para determinar Zef , os elétrons são divididos em grupos (a cada um corresponde uma constante de blindagem diferente). (1s); (2s, 2p); (3s, 3p); (3d); (4s, 4p); (4d); (4f); (5s, 5p); etc. . Para qualquer elétron de um dado grupo, a constante de blindagem S é a soma das seguintes parcelas: – zero para qualquer grupo exterior ao elétron considerado. – 0,35 para cada um dos outros elétrons do mesmo grupo que o elétron considerado, exceto no grupo 1s, no qual usase o valor 0,30. – Se o elétron considerado pertencer a um grupo (ns, np), cada elétron do nível (n –1) contribui com 0,85 e cada elétron dos níveis mais internos contribui com 1,00. – Se o elétron considerado pertencer a um grupo (nd) ou (nf), cada elétron dos grupos mais internos contribui com 1,00. Efeito da Carga Nuclear Efetiva Como resultado da penetração e da blindagem, a ordem de energia em átomos multieletrônicos é normalmente: ns < np < nd < nf Isso ocorre porque, em uma determinada camada, os orbitais s são os mais penetrantes e os orbitais f são os menos penetrantes. Tamanho de íons e átomos Espera-se que átomo com muitos elétrons sejam maiores do que átomos que têm poucos elétrons. Os raios metálico e covalente são referidos Em conjunto como raios atômicos. Em geral, os raios atômicos aumentam à medida que se desce em um grupo, e diminuem da esquerda para a direita, ao longo de um período. Em cada coluna (grupo) o número atômico tende a crescer á medida que descemos. Essa tendência resulta basicamente do aumento do número atômico quântico principal (n) dos elétrons do núcleo, fazendo com que o átomo aumente de tamanho. Em cada período o raio atômico tende a diminuir quando vamos da esquerda para a direita. O principal fator influenciando essa tendência é o aumento da carga nuclear efetiva (Zef) à medida que nos movemos ao longo do período. Essa atração faz com que o raio atômico diminua Esta redução do raio abaixo do esperado é chamada de contração dos lantanídeos. Isso acontece porque os elementos da terceira linha do blodo d são precedidos pelos elementos da primeira linha do bloco f, os lantanóides, nos quais os orbitais 4f estão sendo ocupados. O raio iônico de um elemento está relacionado com a distância entre os centros de cátions e ânions vizinhos. O aumento do raio de um átomo quando da formação do ânion correspondente é o resultado de uma maior repulsão elétron- elétron que ocorre quando um elétron é adicionado para formar um ânion. Há também uma diminuição no valor da carga nuclear efetiva. • O menor raio do cátion comparado com o do átomo que o originou é uma consequência não somente da redução na repulsão elétron- elétron, devido a perda de elétrons, mas também pelo fato de que a formação do cátion resulta na perda de elétrons de valência e um aumento da carga nuclear efetiva. Exercícios 1- Organize os seguintes átomos em ordem crescente de tamanho: 15P, 16S, 33As, 34Se. 2- Coloque os seguintes átomos em ordem crescente de raios atômicos: Na, Be, Mg. 3- Ordene os átomos e íons a seguir em ordem decrescente de tamanho: Mg2+, Ca2+ e Ca. 4- Qual dos seguintes átomos e íons é o maior: S2-, S ou O2-? 5- Coloque os íons S2-, Cl- , K+ e Ca2+ em ordem crescente de tamanho. (série isoeletrônica) Energia de Ionização 1ª Energia de Ionização 2ª Energia de Ionização Valores das energias de ionização sucessivas para os elementos do Sódio até o Argônio em kJ/mol A energia de ionização diminui à medida que descemos em um grupo. Isso significa que o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo. À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil remover um elétron do orbital mais volumoso. Geralmente a energia de ionização aumenta ao longo do período. Ao longo de um período, Zef aumenta. Consequentemente, fica mais difícil remover um elétron. As energias de ionização também se correlacionam fortemente com os raios atômicos, e os elementos que possuem pequenos raios atômicos geralmente têm grande energia de ionização. A explicação dessa correlação é que em um átomo pequeno o elétron está próximo ao núcleo e experimenta uma forte atração coulombiana, tornando-se difícil removê-lo. Enquanto o raio atômico aumenta à medida que descemos num grupo, a energia de ionização diminui, e a diminuição do raio ao longo de um período é acompanhada por um aumento gradual na energia de ionização. Existem alguns desvios desta tendência geral na energia de ionização que podem ser facilmente explicados. Ex.: Boro e Berílio A primeira energia de ionização do boro é menor que a do berílio, apesar do primeiro possuir carga nuclear maior. Essa anomalia é explicada observando-se que no boro o elétron mais externo ocupa o orbital 2p, ficando menos fortemente ligado do que se estivesse no orbital 2s. Ex.: Nitrogênio e Oxigênio O decréscimo entre nitrogênio e oxigênio tem uma outra explicação. No átomo de O, dois elétrons ocupam um mesmo orbital 2p. Eles se repelem fortemente, e esta repulsão compensa a maior carga nuclear. Exercícios 1- Explique o decréscimo na primeira energia de ionização do fósforo para o enxofre. 2- Explique o decréscimo na primeira energia de ionização do flúor para o cloro. 3- Ordene os seguintes átomosem ordem crescente de primeira energia de ionização: Ne, Na, P, Ar e K. Afinidade Eletrônica Muitos átomos podem ganhar elétrons para formar íons carregados negativamente. O ganho de elétron pode ser exotérmico ou endotérmico. Quanto maior a atração entre determinado átomo e um elétron adicionado, mais negativa será a afinidade eletrônica do átomo. Para alguns elementos, como os gases nobres, a afinidade eletrônica tem valor positivo, significando que o ânion tem energia mais alta do que os átomos e elétrons separados. A afinidade eletrônica, geralmente, torna-se mais negativa à proporção que caminhamos em direção ao halogênios. Os halogênios, que têm um elétron a menos para preencher completamente o subnível p, apresentam as afinidades eletrônicas mais negativas. As afinidades eletrônicas não variam muito à medida que descemos um grupo. A segunda entalpia de ganho de elétrons é sempre positiva porque a repulsão eletrônica supera a atração nuclear. Um elemento possui uma alta afinidade eletrônica se o elétron adicional pode entrar numa camada onde ele experimenta uma forte carga nuclear efetiva. Exercícios 1- Justifique o grande decréscimo na afinidade eletrônica do lítio para o berílio, apesar do aumento na carga nuclear. 2- Justifique o decréscimo na afinidade eletrônica do C para o N. Eletronegatividade A eletronegatividade, x (chi), de um elemento é a capacidade que um átomo de um elemento tem de atrair elétrons para ele quando faz parte de um composto. Se um átomo é pequeno e tem uma camada eletrônica quase fechada, então há uma grande possibilidade de que ele atraia um elétron para si mais do que um átomo grande com poucos elétrons de valência. As eletronegatividades dos elementos geralmente aumentam da esquerda para a direita ao longo do período e diminuem ao descermos num grupo. F > O > N > Cl > Br > I > S > C >P
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