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Suporte Especializado de Engenharia Ltda Curso de IntroduçãoCurso de Introdução ao Saneamentoao Saneamento Módulo 11: Gestão Ambiental Profa Marcia Lirao a c a a Mestre em Gestão e Política Ambiental marcialira.seg@gmail.com Suporte Especializado de Engenharia Ltda PROGRAMA DA DISCIPLINA Carga Horária: 4 horas Disciplina: Gestão Ambiental EMENTA: Abordagem integrada das questões sócio-ambientais, a partir de um sistema de planejamento, segundo os princípios do desenvolvimento sustentável. Gestão de sistemas de abastecimento público e de estações d tde esgotos. 2 Suporte Especializado de Engenharia Ltda CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Desenvolvimento Sustentável A Gestão Ambiental no Brasil Resíduos de SAA e SES Resíduos de SAA e SES Medidas Mitigadoras 3 Suporte Especializado de Engenharia Ltda 4 Suporte Especializado de Engenharia Ltda ÁDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Ponto de partida para a discussão da gestão ambiental Ponto de partida para a discussão da gestão ambiental Alguns autores e organizações mundiais do meio Alguns autores e organizações mundiais do meio ambiente conceituam o termo desenvolvimento sustentável, enquanto outros debatem suas ambigüidades, inconsistências e contradições O it t b l id l tid d Os conceitos estabelecidos pelas entidades internacionais de fomento na área ambiental, são os mais adotados tendo em vista que ocupam uma posição q p p ç dominante nas políticas de âmbito global e local, servindo de marco referencial para outras entidades e órgãos 5 órgãos Suporte Especializado de Engenharia Ltda Á 1960: criado o Clube de Roma DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1960: criado o Clube de Roma Analisar a situação mundial e oferecer previsões e soluções para o futuro da humanidade 1968: conclusão que o mundo teria que diminuir a produção, de forma que os recursos naturais fossem menos solicitados, e que houvesse uma redução gradual dos resíduos 1972: Conferência de Estocolmo (ONU) Cl b d R R l tó i “Li it d i t ” Clube de Roma: Relatório “Limites do crescimento” visão “fatalista” e defendia o “crescimento zero” Países em desenvolvimento defendem o crescimento econômico a qualquer custo, sem considerar as questões sociais e os problemas ambientais 6 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Á 1980: surge o termo desenvolvimento sustentável apresentado pela DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1980: surge o termo desenvolvimento sustentável apresentado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN): “alcançar o desenvolvimento sustentável através da conservação dosalcançar o desenvolvimento sustentável através da conservação dos seres vivos”. Conceito restrito, focado na necessidade de manter a diversidade genética 1986: Conferência de Otawa, (PNUMA, WWF): busca responder cinco requisitos básicos: Integração da conservação e do desenvolvimento Integração da conservação e do desenvolvimento Satisfação das necessidades básicas humanas Alcance de equidade e justiça social Provisão da autodeterminação social e da diversidade cultural Provisão da autodeterminação social e da diversidade cultural Manutenção da integração ecológica 7 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Comissão Mundial sobre o MeioComissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Objetivos para uma política de desenvolvimento econômico incorporar o conceito deeconômico incorporar o conceito de desenvolvimento sustentável: promover o crescimento econômico; promover o crescimento econômico; mudar a qualidade de vida; satisfazer as necessidades essenciais para trabalho satisfazer as necessidades essenciais para trabalho, alimentação, energia, água e saneamento básico; conservar e aumentar a base de recursos naturais; reorientar tecnologias e manejar seus riscos incorporar o meio ambiente e a economia na tomada d d i õ 8 de decisões Suporte Especializado de Engenharia Ltda 1987: Relatório Brundtland: Nosso Futuro1987: Relatório Brundtland: Nosso Futuro Comum D l i t t tá l éDesenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futurascomprometer as habilidades das futuras gerações de satisfazerem suas necessidadesnecessidades 9 Suporte Especializado de Engenharia Ltda 1992: Lançamento da Agenda 21 na ECO ç g 92/RJ Traduz em ação o conceito de Traduz em ação o conceito de desenvolvimento sustentável destinada a promover em escala planetária destinada a promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambientalconciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica 10 Suporte Especializado de Engenharia Ltda A Gestão Ambiental no Brasil Resolução no 001 de 23 de janeiro 1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente -Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA regulamenta a elaboração de estudos e relatórios de ( / )impacto ambiental (EIA/RIMA), para as ações que alterassem ou causassem impactos significativos sobre o meio ambiente qualquer mudança física, química ou biológica provocada pelas atividades humanas e que afetem o meio biológico a qualidade dos recursos naturais asmeio biológico, a qualidade dos recursos naturais, as atividades sócio-econômicas e a saúde pública 11 Suporte Especializado de Engenharia Ltda EIA / RIMA EIA – Estudo de Impacto Ambiental estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, ç , ç , operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio p p para a análise da licença requerida RIMA – Relatório de Impacto sobre o Meio RIMA Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente 12 Suporte Especializado de Engenharia Ltda CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:Distrito Federal e dos Municípios: ....................... VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em p g p ç qualquer de suas formas; VII – preservar as florestas, a fauna e a flora ........................ Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e g q , p essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 13 p p g ç Suporte Especializado de Engenharia Ltda GESTÃO AMBIENTAL Instrumento fundamental do desenvolvimento t tá lsustentável Conjunto de procedimentos que visam à conciliação entre o desenvolvimento e a qualidade ambiental a partir da observação da capacidade de suporte do meio ambiente, tanto pela p , p sociedade civil como pelo governo 14 Suporte Especializado de Engenharia Ltda GESTÃO AMBIENTAL INSTRUMENTOS Política Nacional do Meio Ambiente dispõe sobre seus instrumentos (art. 9) estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; zoneamento ambiental; zoneamento ambiental; avaliação de impactos ambientais; licenciamento de atividades poluidoras; licenciamento de atividades poluidoras; criação de áreas de proteção ambiental e outros. 15 Suporte Especializado de Engenharia Ltda GESTÃO AMBIENTAL Política Nacional dos Recursos Hídricos (Lei no 9 433 de 8/01/1997)9.433 de 8/01/1997) Define a bacia hidrográfica como unidade territorial para a gestão ambiental Orienta a utilização, proteção, conservação e monitoramento dos recursos ambientais no espaçomonitoramento dos recursos ambientais, no espaço geográfico de uma bacia hidrográfica i i VI d ti 1 “ tã d inciso VI doartigo 1o : “a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das 16 comunidades”. Suporte Especializado de Engenharia Ltda Outros Aspectos da PNRH coloca todas as categorias usuárias em igualdade de condições em termos de acessoigualdade de condições em termos de acesso a esse recurso, priorizando, em situação de escassez, o consumo humano e a d d t ã i ldessedentação animal t ltidi i li d l j t d natureza multidisciplinar do planejamento de recursos hídricos impõe o envolvimento de especialistas e tomadores de decisão comespecialistas e tomadores de decisão com formação variada e muitas vezes não versada em água 17 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Outros Aspectos da PNRH reconhece do valor econômico da água, i tit i d i t t binstituindo em seus instrumentos, a cobrança pela utilização com o objetivo de induzir o uso i lracional gerenciar e compatibilizar os diferentes usos da água, considerando a perspectiva de crescimento demográfico e metas para racionalizar o uso. 18 Suporte Especializado de Engenharia Ltda CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOSCLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA RESOLUÇÃO CONAMA no 357, de Ç 17/03/05 Dispõe sobre a classificação dos corpos Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu d t b t b lenquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 19 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Sistemas de Abastecimento de Água No Brasil, a implantação de sistemas de tratamento de água está sujeita ao licenciamento ambiental conforme aágua está sujeita ao licenciamento ambiental conforme a Resolução no 237 de 19 de dezembro de 1997 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), dsendo uma obra de utilidade pública e causadora de impactos ambientais negativos com o lançamento inadequado deambientais negativos, com o lançamento inadequado de resíduos provenientes dos decantadores e da água de lavagem de filtros, em corpos d’água 20 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Princípios específicos dePrincípios específicos de sustentabilidade em SAA e SES 1 - Eqüidade (universalização dos serviços): todas as pessoas têm direito ao acesso aostodas as pessoas têm direito ao acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, podendo suprir suas id d d f di ti dnecessidades de forma digna, garantindo a saúde pública. 2 - Respeito às Condições Locais: as soluções apresentadas para os SAA e SES devemapresentadas para os SAA e SES devem considerar e adequar-se às condições locais (sociedade, economia, cultura, meio físico e bi ló i ) 21 biológico). Suporte Especializado de Engenharia Ltda Princípios específicos dePrincípios específicos de sustentabilidade em SAA e SES 3 - Desempenho Econômico: todos os projetos e serviços dos SAA e SES devem ser elaboradosserviços dos SAA e SES devem ser elaborados e oferecidos com viabilidade econômica, considerando a melhor utilização dos recursos di í i j í d t i í idisponíveis, sem prejuízo dos outros princípios 4 G ã d T b lh R d t 4 - Geração de Trabalho e Renda: entre as alternativas para soluções dos SAA e SES, deve-se dar prioridade àquelas intensivas emdeve se dar prioridade àquelas intensivas em mão de obra, proporcionando um ambiente seguro e salubre ao trabalhador. 22 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Princípios específicos dePrincípios específicos de sustentabilidade em SAA e SES 5 - Gestão Solidária e Participativa: as decisões aplicadas aos SAA e SES devem ser tomadasaplicadas aos SAA e SES devem ser tomadas de maneira participativa, havendo cooperação, divisão de trabalho e consenso entre os agentes d i d d d úblida sociedade e o poder público. 6 I f ã S ibili ã i d d 6 - Informação e Sensibilização: a sociedade deve ter pleno acesso à informação relativa aos SAA e SES para que possa se conscientizarSAA e SES, para que possa se conscientizar dos problemas e participar das soluções. 23 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Princípios específicos dePrincípios específicos de sustentabilidade em SAA e SES 7 - Uso Responsável dos Recursos Naturais: a utilização dos recursos naturais pelos SAA eutilização dos recursos naturais pelos SAA e SES, tanto para fornecimento de matéria-prima quanto para o recebimento de resíduos, deve d d id docorrer de acordo com a sua capacidade regenerativa ou de estoque, avaliando-se os impactos e aplicando soluções que possamimpactos e aplicando soluções que possam minimizar, prevenir e corrigir os mesmos. 24 Suporte Especializado de Engenharia Ltda Princípios específicos dePrincípios específicos de sustentabilidade em SAA e SES 8 Prevenção Compensação e Mitigação de 8 - Prevenção, Compensação e Mitigação de Danos Causados: os custos de remediação, medidas compensatórias e de prevenção de p p ç danos gerados pelos SAA e SES precisam ser devidamente considerados, sendo assumidos pelos seus causadorespelos seus causadores. 25 Suporte Especializado de Engenharia Ltda MEDIDAS MITIGADORAS Proteção do manancial de abastecimento: o manancial de abastecimento deve ser protegido com o p g planejamento de uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica da qual faz parte, para manter a qualidade da água bruta, evitando prejuízos ao sistema de da água b uta, e ta do p eju os ao s ste a de tratamento de água. Mi i i ã d l d l d d id i i i Minimização do volume de lodo produzido: minimizar o volume de lodo produzido em uma ETA, reduzindo a dosagem de coagulante utilizada (otimização do d l ã i d i dprocesso de coagulação por meio de ensaios de tratabilidade em jar-test). 26 Suporte Especializado de Engenharia Ltda MEDIDAS MITIGADORAS Minimização de água utilizada para a limpeza das unidades de tratamento: Adotar sistemas mais eficientes e garantir economia de água na lavagem dos decantadores e dos filtros Recuperação da água de lavagem de filtros: a recirculação de água de lavagem de filtros pode trazer b fí i d t t t ETAbenefícios aos processos de tratamento em uma ETA, como a redução no consumo de coagulante. No Brasil já existem ETAs que realizam com sucesso, o it t d 100% d á tili dreaproveitamento de 100% da água utilizada na lavagem de filtros (Guaraú e Alto da Boa Vista, SP). 27 Suporte Especializado de Engenharia Ltda MEDIDAS MITIGADORAS Recuperação de coagulantes: o sulfato de alumínio pode ser recuperado por meio de tratamento com ácido sulfúrico. A ã d lf t d l í i i d ã drecuperação de sulfato de alumínio proporciona a redução do volume de lodo, além da utilização do alúmen recuperado, evitando desta maneira, a disposição inadequada do alumínio no meio ambiente.ambiente. Tratamento e disposição final de resíduos gerados em ETAs: avaliar o sistema global e adotar alternativas adequadas ao tipo deavaliar o sistema global e adotar alternativas adequadas ao tipo de resíduo a ser tratado, considerando os fatores tecnológicos e econômicos. Utilização do lodo na construção civil: alguns estudos estão sendo feitos, com a intenção de aproveitar o lodo ou a “torta” (lodo seco) na construção civil. 28 Suporte Especializado de Engenharia Ltda LODO DE ESGOTO Resíduo gerado nos processos de tratamento d t itá ide esgoto sanitário RESOLUÇÃO CONAMA No 375 , de 29/08/06 Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola p , p g de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. 29 Suporte Especializado de Engenharia LtdaLODO DE ESGOTO produção de lodos de esgoto aumenta no mínimo p ç g proporcionalmente ao crescimento da população humana fonte potencial de riscos à saúde pública e ao ambiente e p p potencializam a proliferação de vetores de moléstias e organismos nocivos podem conter metais pesados, compostos orgânicos persistentes e patógenos em concentrações nocivas à saúde e ao meio ambiente fonte de matéria orgânica e de nutrientes para as plantas e que sua aplicação no solo pode trazer benefícios à agricultura 30 Suporte Especializado de Engenharia Ltda LODO DE ESGOTO fonte de matéria orgânica e de nutrientes para as plantas e sua g p p aplicação no solo pode trazer benefícios à agricultura o uso agrícola do lodo de esgoto é uma alternativa que apresenta g g q p vantagens ambientais quando comparado a outras práticas de destinação final a aplicação do lodo de esgoto na agricultura se enquadra nos princípios de reutilização de resíduos de forma ambientalmente adequada 31 Suporte Especializado de Engenharia Ltda FIM Módulo 11: Gestão AmbientalMódulo 11: Gestão Ambiental Profa Marcia Lira Mestre em Gestão e Política Ambiental marcialira.seg@gmail.com 32
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