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05/02/2016 1 Biossíntese de Proteínas: Tradução Prof. Dr. Helton Colares Iguatu-CE, Janeiro de 2016 Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI Disciplina: Biologia Molecular Biossintese de Proteínas - Tradução 1. Revisão 2. O código genético 3. Síntese de Proteínas 4. Processamento Pós- traducional de Proteínas 05/02/2016 2 Bactérias Vírus Fungos Vegetais Proteínas: Macromoléculas Multifuncionais Animais São macromoléculas compostas por aminoácidos que exercem inúmeras funções biológicas dentro das células. Funções das Proteínas Função das proteínas estrutural Queratina, colágeno catalítica enzimas Defesa imunoglobulinas transporte hemoglobina regulação hormônios Armazenamento ovoalbumina movimento Actina e miosina 05/02/2016 3 Todas as Proteínas são compostas por Aminoácidos Peptídeos e Proteínas Ligação peptídica (reação de adição) Pentapeptídio N-terminal C-terminal 05/02/2016 4 O QUE DIFERE AS PROTEÍNAS? Quantidade de aminoácidos Seqüência dos aminoácidos Níveis estruturais das proteínas Estrutura Primária: Corresponde a sequência dos aminoácidos; Estrutura Secundária: Refere-se à conformação local de alguma parte da cadeia polipeptídica, que demonstra padrões regulares de organização: α-hélices e Folhas-β; Estrutura Terciária: Corresponde ao arranjo tridimensional de todos os átomos de uma proteína, ou seja, descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica; Estrutura Quaternária: Descreve a associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas para compor uma proteína funcional; 05/02/2016 5 Proteínas Simples • São constituídas apenas por aminoácidos Proteínas Conjugadas • Além dos aminoácidos apresentam outras macromoléculas (lipídeos, carboidratos, íons metálicos, etc.) que são denominados grupos prostéticos Dogma Central da Biologia A informação necessária para a síntese de proteínas está contida nos DNA (genes)!! 05/02/2016 6 2. O código genético Processo pelo qual a informação genética transcrita em mRNA é decodificada em proteína, a partir de um código genético. Tradução 05/02/2016 7 O código genético Corresponde as regras que determinam qual sequência de nucleotídeos corresponde um determinado aminoácido em uma proteína; Cada aminoácido é especificado por códon: uma determinada trinca de nucleotídeos localizados no RNAm; Os códons são organizados de forma contínua ao longo da molécula de RNAm sem intervalos. • Francis Crick • Hipótese do adaptador Molécula adaptadora Habilidade de reconhecer o códon no mRNA e transportar um aminoácido específico, correspondente ao códon, até o local da sintese de proteínas. Papel do RNA transportador 05/02/2016 8 As moléculas de tRNA tem padrões comuns São cadeias simples contendo entre 73 e 94 nucleotídeos; Contém muitas bases incomuns (7 a 15 por molécula); Formato de uma cruz: Metade dos nucleotídeos estão pareados formando dupla fita; Braço aceptor do aminoácido: A sequência 3' terminal é sempre CCA; é o sítio de ligação do aminoácido; Braço do anticódon: O anticódon é complementar ao códon. Códon X Anticódon Paramento por complementaridade de Bases 05/02/2016 9 Características do Código Genético Composto por 64 códons; Sequência de Iniciação (AUG): Aminoácido Metionina; Sequências de terminação (UAA, UAG e UGA): sinalizam o término da tradução; O códio genético é degenerado; Apresenta Oscilação; O código genético é universal. O Código genético é degenerado Um aminoácido pode ser codificado por diferentes códons; Ex: Três aminoácidos, Arg, Leu, Ser, tem seis códons; outros tem 3 ou 4 códons; apenas Met tem um único códon A degeneração do Código genético ocorre devido a Oscilação... 05/02/2016 10 Oscilação do Código Genético Primeira base do anticódon Terceira base do códon C A U G I G U A ou G U ou C U, C ou A Há uma certa oscilação na complementaridade entre códon e anticódon de modo que um dado anticódon pode reconhecer mais do que um códon; A primeira base do anticódon se pareia apenas fracamente com a terceira base do códon; A hipótese da oscilação estabeleceu as seguintes regras para pareamentos entre códon e anticódon. Fenilalanina-tRNA, cujo anticódon é GAA, reconhece os seguintes códons O anticódon para alanil-tRNA de levedura é IGC; este tRNA reconhece os seguintes códons: 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 05/02/2016 11 O código Genético é o mesmo em todos os organismos vivos; Existem algumas poucas exceções: •Genes nucleares X Genes mitocondriais; •Alguns organismos unicelulares; O código Genético é Universal 3. Síntese de Proteína Metabolismo de Proteína 05/02/2016 12 1-Considerações Gerais 2-Etapas da Tradução 2.1-Ativação dos Aminoácidos 2.2-Complexo de Iniciação 2.3-Alongação 2.4-Término e liberação 3-Polissomos em eucariotos 4-Transcrição e tradução simultâneas em procariotos Tradução de Proteínas • Tradução do RNAm maduro • Ação combinada das três classes de RNA. • O RNAr forma os ribossomos, local de produção de proteínas; • O RNAt leva os aminoácidos corretos até os ribossomos; • O RNAm especifica a seqüência correta de aminoácidos na proteína. • Surgimento do código genético. 1-Considerações Gerais 05/02/2016 13 Estrutura Geral dos Ribossomos 1-Considerações Gerais • Funções dos componentes ribossomais: – rRNA: • Servir de arcabouço para interação com proteínas. • Alguns rRNAs podem ter atividade enzimática (ribozimas). • Reconhecimento e interação com o mRNA – Proteínas: função enzimática e componente estrutural durante a síntese protéica. 1-Considerações Gerais 05/02/2016 14 O ribossomo possuem três local (sítios) importantes na síntese proteína 2.1-Ativação dos aminoácidos • Processo no qual cada um dos 20 aminoácidos é ligado (esterificado) ao tRNA correspondente. – Enzima: aminoacil-tRNA-sintetase – Compartimento celular: citosol 2-Etapas da Tradução 05/02/2016 15 2.1-Ativação dos aminoácidos 2-Etapas da Tradução Existe uma enzima aminoacil-tRNA sintetase específica para cada um dos 20 aminoácidos; Um determinado tRNA possui apenas um aminoácido aceptor; Certos aminoácido possuem vários tRNAs (tRNAs isoaceptores); Iniciação 1- O RNAm se liga a subunidade pequena do ribossomo (sequência de Shine Dalgarmo); 2- O RNAt contendo metionina se pareia ao códon de iniciação (AUG); 3- A subunidade grande do ribossomo de liga, formando o complexo de iniciação; Obs: Proteínas denominadas de fatores de iniciação atuam auxiliando no processo de iniciação 05/02/2016 16 1. Ligação do segundo aminoacil-tRNA Alongação Leitura do RNAm ocorre no sentido 5’3’ ; Processo requer o gasto de energia (GTP); Processo ocorre em três etapas. 2. Ligação peptídica entre o Meti e o segundo aminoácido: efeito catalítico do rRNA 23 S Alongação 05/02/2016 17 3. Translocação ou deslocamento do ribossomo sobre o mRNA correspondente a um códon Alongação Fatores de terminação Códons de terminação UAA UAG UGA Terminação05/02/2016 18 Vários ribossomos podem traduzir simultaneamente uma molécula de mRNA Os ribossomos movem-se ao longo de um mRNA na direção 5'3' O conjunto é conhecido como polissomo ou polirribossomo Cada ribossomo funciona independentemente dos demais Polissomos Polissomo: tradução rápida de um único RNAm; Síntese rápida de proteínas Polissomos 05/02/2016 19 Transcrição e tradução simultâneas em procariotos 4. Processamento Pós-traducional Endereçamento Metabolismo de Proteína 05/02/2016 20 Modificação das proteínas após a tradução Muitas proteínas emergem do ribossomo prontas para funcionar Outras, no entanto, sofrem uma série de modificações pós-tradução Modificações pós-tradução 1) Modificações para transformar o polipeptídeo numa forma funcional: clivagens proteolíticas, glisilações, inserção de grupos prostéticos, modificações de aminoácidos, formação de pontes dissulfeto, etc... 2) Transferência física para outro compartimento; p.exemplo, citosol para o RE 3) Secreção para o espaço extracelular, com ou sem modificações prévias; as modificações podem ocorrer também extracelularmente. Secreção de glicoproteínas para o espaço extracelular A maioria das proteínas da superfície celular são glicoproteinas; muitas proteínas circulantes também O caminho da produção das proteínas é: citosol retículo endoplasmático aparelho de Golgi membrana Tipos de glicosilação O-glicosilação Ligação de resíduos de carboidratos em ligação O- glicosídica (resíduos de Thr ou Ser): ocorre somente no aparelho de Golgi, com a cadeia polipeptídica já pronta N-glicosilação Ligação de resíduos de carboidratos em ligação N- glicosídica (resíduos Asn): é iniciada no RE simultaneamente com a síntese da proteína e continua no aparelho de Golgi com a cadeia polipeptídica já pronta 05/02/2016 21 Oligossacarídeos ligados em glicoproteínas O- ligadas N- ligadas Endereçamento de Proteínas 05/02/2016 22 Regulação da síntese de proteínas Procariotos Eucariotos A regulação ocorre, basicamente, na transcrição; não há controle na tradução porque os mRNAs em procariotos têm meia-vida de apenas alguns minutos A regulação pode ocorrer na transcrição e na tradução; os mRNAs de eucariotos têm meia-vida de horas ou dias Regulação na transcrição, por exemplo, é aquela controlada pela cascata de hormônios (insulina, esteróides) através dos fatores de transcrição TRADUÇÃO EUCARIOTO/PROCARIOTO * Ribossomo Procarioto = ribossomo 70S e subunidades 30S e 50S Eucarioto = ribossomo 80S e subunidades 40S e 60S * RNAr Procarioto três moléculas de RNAr Eucarioto quatro moléculas de RNAr. * RNAt iniciador Procarioto = inicia com formilmetionina. Eucarioto = inicia com metionina. * Iniciação Procarioto = Shine/Dalgarno precede o AUG. Eucarioto = AUG e sem Shine/Dalgarno. 05/02/2016 23 * Tradução Procarioto = policistrônico = um RNAm = várias PTN’s. Eucarioto = monocistrônico = um RNAm = uma PTN. * Controle da tradução Procarioto = transcrição e tradução simultâneas. Eucarioto = transcrição (núcleo) e tradução (citoplasma). * Processamento Pós-tradução Procarioto = Poucos tipos de processamento. Eucarioto = Vários tipos de processamento. TRADUÇÃO EUCARIOTO/PROCARIOTO
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