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TCC - Alvenaria de Tijolo Solo Cimento x Alvenaria Convencional

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ALEXANDRE MAGNO TRIFONI BATISTÃO
JEFFERSON MAURÍCIO BERNINI
LEANDRO HENRIQUE RODRIGUES
PEDRO AUGUSTO CARVALHO
TIAGO SANTANA ALVES
A UTILIZAÇÃO DE ALVENARIA COM TIJOLO MODULAR DE SOLO-CIMENTO 
RIBEIRÃO PRETO
2013
ALEXANDRE MAGNO TRIFONI BATISTÃO
JEFFERSON MAURÍCIO BERNINI
LEANDRO HENRIQUE RODRIGUES
PEDRO AUGUSTO CARVALHO
TIAGO SANTANA ALVES
A UTILIZAÇÃO DE ALVENARIA COM TIJOLO MODULAR DE SOLO-CIMENTO 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Engenharia Civil, referente ao curso de graduação em Engenharia Civil.
Orientador: Professor Titular Mateus Araújo e Silva
RIBEIRÃO PRETO
2013
ALEXANDRE MAGNO TRIFONI BATISTÃO
JEFFERSON MAURÍCIO BERNINI
LEANDRO HENRIQUE RODRIGUES
PEDRO AUGUSTO CARVALHO
TIAGO SANTANA ALVES
A UTILIZAÇÃO DE ALVENARIA COM TIJOLO MODULAR DE SOLO-CIMENTO
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Engenharia Civil, referente ao curso de graduação em Engenharia Civil.
Orientador: Professor Titular Mateus Araújo e Silva
Aprovado em: 	de				de 2013
BANCA EXAMINADORA
__________________________________/__/__
Professor Titular Mateus Araújo e Silva 
Universidade Paulista – UNIP
__________________________________/__/__
Prof.º Fernando Brant da Silva Carvalho
Universidade Paulista - UNIP
RESUMO
Nos dias atuais existe uma alta demanda por produtos ecologicamente corretos e este mercado tem um grande potencial de crescimento, isso por que a população mundial cada vez mais se interessa pelo futuro do planeta. Muitas das vezes, esses novos produtos tem grande vantagem competitiva no mercado, por que além de serem menos agressivos ao meio, também possuem benefícios capazes de reduzir os custos das obras consideravelmente, por isso a tecnologia vem sendo muito utilizada na construção civil para minimizar as perdas, acelerar as obras e com isso conseguirem ser mais competitivos. Neste trabalho pesquisou-se uma comparação de custos, tempo e sustentabilidade entre alvenaria de tijolos convencionais e alvenaria de tijolos modulares de solo cimento. A pesquisa foi desenvolvida extraindo informações de um experimento no canteiro de obras, buscando a comprovação de que este sistema construtivo é menos agressivo ao meio ambiente, mais econômico e mais ágil que o sistema de alvenaria convencional com blocos cerâmicos, e de fato a hipótese testada foi aceita e comprovada pelo estudo em questão dirigido, demonstrando que utilizando tijolos ecológicos pode-se ter uma economia na ordem de 10%.
Palavras chave: solo-cimento, alvenaria, tijolo, sistemas construtivos, comparativo, tijolo ecológico.
ABSTRACT
Nowadays there is a high demand for environmentally friendly products and this market has great growth potential , so that the world population is increasingly interested in the future of the planet. Often, these new products have competitive advantage in the market, besides being less harmful to the environment, they also have benefits that reduce the cost of works considerable, so the technology has been widely used in construction to minimize losses, accelerate the works and get it to be more competitive. In this study we investigated whether a comparison of costs, time and sustainability among conventional brickwork and brickwork modular soil cement. The research was conducted by extracting information from an experiment on the construction site, seeking to prove that this constructive system is less aggressive to the environment, more economical and more responsive than conventional masonry system with ceramic blocks, and indeed the hypothesis tested was accepted and proven by the study in question directed, demonstrating that using green bricks can have an economy on the order of 10 %.
Keywords: soil cement, masonry, brick, building systems, comparative, ecological brick.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	8
1.1	Tema da pesquisa	8
1.2	Delimitação do tema	8
1.3	Objetivo	8
1.4	Justificativa	9
1.4.1	Formulação da questão de estudo	10
1.4.2	Hipótese	10
1.4.3	Justificativa da hipótese	11
2	Referencial Teórico	14
2.1	O desperdício nos canteiros de obras	14
2.2	Sustentabilidade	15
2.3	Solo-cimento	16
2.4	Tijolo ecológico modular de solo-cimento	17
2.4.1	Vantagens do tijolo ecológico	18
2.4.2	Desvantagens do tijolo ecológico	20
3	Metodologia	21
3.1	Procedimento de análise	21
3.2	Coleta de dados	21
3.3	Bases de comparação	22
3.4	Análise de resultados	22
4	Conclusões	27
4.1	Conclusões finais	28
5	BIBLIOGRAFIA	29
INTRODUÇÃO
Definição do problema
A população mundial cresce a números exorbitantes, e esse crescimento desordenado influencia de forma muito drástica no cotidiano das cidades, fazendo com que venham à tona problemas sociais gravíssimos como, a poluição, a falta de moradia digna, desperdício de matéria-prima dentre tantos outros.
VLAHOV (2005), “[...] a maioria da população mundial irá residir em cidades dentro de alguns poucos anos e a velocidade da urbanização continuará acelerada mundialmente nas próximas décadas. [...]”.
Nas grandes cidades e metrópoles como São Paulo a situação é ainda um pouco mais complicada que nas pequenas cidades.
[...] as ocupações ilegais e as periferias são mais dinâmicas que outras áreas da cidade, e, nos últimos dez anos, na periferia da cidade a taxa média do crescimento foi de 1,50%, enquanto no centro atingiu somente 1,02%. (SILVA, 2011).
A construção civil por sua vez possui papel importante neste cenário, por ser o setor que mais gera resíduos sólidos no país. Resíduos estes que na maioria das vezes são descartados em locais inapropriados, levando a degradação e em determinadas condições, uma possível contaminação do meio ambiente, gerando assim mais um problema ambiental.
Os resíduos de construção e demolição (RCDs) são um dos principais responsáveis pelo esgotamento de áreas de aterros em cidades de médio e grande porte, uma vez que eles correspondem a mais de 50% em massa dos resíduos sólidos urbanos. (JOHN, 2000).
ÂNGULO (2005), “[...] no Brasil estima-se que sejam gerados anualmente cerca de 70 milhões t/ano de RCDs. [...]”.
Apesar da situação em que se encontra não se pode classificar a construção civil como a responsável por todo o problema, pois é um dos setores de atividades mais importantes e lucráveis de todo o país, e a projeção é que se mantenha nesse nível por muito tempo, tendo em vista o enorme déficit habitacional brasileiro.
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, o déficit habitacional no Brasil é de 5,8 milhões de famílias, o que representa um índice de 9,3% de famílias que não têm moradia ou vivem em condições precárias e indevidas. Estes dados foram obtidos com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2011 divulgou um relatório apontando um déficit de 7,9 milhões de casas no Brasil, que corresponde a 14,9% de domicílios.
A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou uma pesquisa também em 2011, mostrando que o déficit habitacional na América Latina que era de 38 milhões de moradias em 1990 teve um aumento ficando entre 42 milhões e 51 milhões.
Nem mesmo a atual crise econômica mundial foi capaz de abalar o crescimento pujante do setor, fato este que faz com que uma quantidade relativamente significativa de investimentos seja empregada nesse segmento, como também é significativa a geração de emprego e a formação de mão-de-obra qualificada.
Tendo conhecimento de tudo oque foi exposto, fica claro que a construção civil é um dos setores mais importantes da economia nacional, porem é preciso adequar-se as novas imposições da sociedade atual no que diz respeito a sustentabilidade,para que isto ocorra é preciso elaborar um plano de desenvolvimento de novas tecnologias e inovação em seus produtos, processos e serviços para minimizar os impactos gerados, além da necessidade de implantação da sustentabilidade no consciente popular, proporcionando a adoção de práticas sustentáveis como ferramentas efetivas de combate aos desperdícios.
PLASCAK (1982), “[...] por maior que seja a influência dos serviços, nenhuma cidade terá um estado geral de limpeza satisfatório se a população não usar corretamente os recursos colocados a sua disposição. [...]”.
Ao se conhecer que o planeta tem uma capacidade de suporte limitada e que o enfoque do controle de poluição não tem sido suficiente para compatibilizar a demanda humana e a disponibilidade dos recursos naturais, em uma escala ecologicamente sustentável, é que surgem tecnologias que buscam um enfoque de prevenção e minimização de resíduos, como forma de evitar os desperdícios de matéria-prima e energia [...] (AZEVEDO, 2004).
Diante do problema exposto, se elabora a seguintes questões:
 Como tornar a construção civil eficaz e enxuta ao ponto de reduzir o impacto negativo que o setor impõe na atual realidade no país?
É possível fazer isto sem onerar excessivamente ou inviabilizar a obra?
De encontro com essa questão, surge uma necessidade de buscar meios alternativos para pratica da produção sustentável, minimizando ao máximo o desperdício nos canteiros de obra e geração de resíduos na construção civil.
Segundo PINTO (1986), “[...] em média o que sai dos canteiros de obra, é composto por 30% de componentes de vedação. [...]”, tendo essa afirmação como parâmetro, parte-se da ideia que se for diminuída as perdas nessa etapa da obra, consequentemente o resultado final será consequentemente favorável.
Baseado neste pensamento, a hipótese sugerida nesse estudo é a comprovação de que o sistema construtivo com tijolos modulares de solo-cimento é menos agressiva ao meio ambiente, mais econômica, e se desenvolve uma velocidade de construção maior que o sistema de alvenaria convencional, proporcionando assim redução dos custos por metro quadrado de área construída e reduzindo também os resíduos e com isso o impacto negativo que o setor da construção civil impõe na atual realidade do país.
Este estudo tem como principal objetivo a análise da proposta de substituição dos blocos cerâmicos convencionais, por tijolos modulares de solo-cimento, buscando tornar o setor da construção civil mais limpo e sustentável. Baseando-se em dados coletados analisados e interpretados durante um experimento com a utilização de tijolos modulares de solo cimento, pretende-se também elaborar uma planilha de custos, que possa ajudar em posteriores orçamentos utilizando essa técnica, tal como determinar o custo unitário da alvenaria com este sistema construtivo.
O tijolo modular de solo-cimento também é conhecido como tijolo ecológico pelos seguintes aspectos:
Não utiliza argila vermelha, matéria-prima tradicional dos tijolos convencionais, evitando assim a degradação do meio ambiente causada por esse tipo de extração;
Sua cura é úmida, não é necessário o cozimento, evitando a queima da madeira no processo, fato esse que gera grande economia energética, preservando florestas da derrubada de árvores para a obtenção de lenha e assim deixando de aumentar a poluição da atmosfera por gás carbônico;
Permitir a utilização do próprio solo da fábrica, de areia e resíduos da construção civil, usinas siderúrgicas e petroquímicas;
As peças são padronizadas com dois furos de encaixe perfeito, que são utilizados para a instalação de tubos e fios, evitando o quebra-quebra, gerando menos resíduos.
A produção dos tijolos é bem simples e pode ser efetuada no próprio canteiro de obras, manipulando uma mistura de resíduos ou solo com cimento Portland e água a ponto de chegar à umidade , forma-se uma mistura que submetidos ao processo de compactação por meio de prensa obtém-se peças com resistência altamente satisfatória.
Figura 1: Maquina para a fabricação do tijolo ecológico.
Ao longo da história nos deparamos com civilizações utilizando o solo, um material barato, abundante e de fácil aquisição na natureza, para as utilizações nas mais diversas aplicações em construção. Exemplos disso são as civilizações Egípcias e gregas, que há mais de quatro mil anos já dominavam a técnica de construção com solo.
Outra prova da eficácia na utilização do solo em construções é a cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais, que já tem mais de quatro séculos e até hoje mantem em ótima condição centenas de edifícios construídos com esta técnica. Assim, pode-se afirmar que o tijolo é o componente pré-moldado mais antigo e também o mais utilizado pela construção civil.
A utilização do solo para construções é considerada uma técnica muito antiga, mas que reaparece renovada com status de inovação na área de gestão ambiental, na forma de tijolo modular de solo-cimento, um produto com características de durabilidade e resistência mecânica bem definida.
Referencial Teórico
O desperdício nos canteiros de obras
Alguns anos atrás não havia quaisquer indicadores para a ocorrência de perdas na construção civil e pouco se conhecia sobre a intensidade da geração de resíduos de construção e demolição, senão a frequência com que iam se formando as ‘montanhas’ de entulho nos ambientes urbanos. (PINTO, 1999).
Nos dias atuais, se sabe que a construção civil é responsável pela maior parcela em massa de todo o resíduo sólido gerado pelas cidades, que são oriundos tanto da construção em si, como também da demolição de construções antigas para o inicio de novas obras.
A cadeia produtiva da construção civil que engloba desde a extração da matéria prima até a indústria da construção civil em si, também é conhecida como construbusiness.
JOHN (2001) “[...] estima-se que o construbusiness seja responsável por cerca de 40% dos resíduos de toda a economia. [...]”.
PINTO (1999) “[...] no Brasil a questão dos resíduos gerados em ambientes urbanos atinge contornos gravíssimos, pela ínfima presença de soluções adequadas quer para os efluentes líquidos ou resíduos sólidos. [...]”.
Os resíduos sólidos da construção civil se apresentam como um sério problema de caráter ambiental, e que ainda na visão de Pinto (1999), “[...] não recebem solução adequada, impactam o ambiente urbano e constitui local propicio para proliferação de vetores de doenças, aspectos que irão agudizar os problemas de saneamento nas áreas urbanas. [...]”.
A questão das perdas em processos construtivos vem sendo tratada de forma suficiente no Brasil, em processos de pesquisas cada vez mais abrangentes, sendo aceitável a afirmação de que para a construção empresarial a intensidade da perda se situe entre 20 e 30% da massa total de materiais, dependendo do patamar tecnológico do executor. (PINTO, 1999).
A tabela 1.1 apresenta o percentual de perda para alguns materiais normalmente utilizados na atividade construtiva convencional, com respaldo de três pesquisas sobre o mesmo tema. Observando estes estudos, nota-se que os materiais componentes da alvenaria, tem forte impacto no que se diz respeito as perdas da construção como um todo.
Tabela 1 – Perda de materiais em processos construtivos convencionais, conforme pesquisa nacional em 12 Estados e pesquisas anteriores.
	Materiais
	Pinto (1)
	Soibelman (2)
	FINEP/ITQC (3)
	Concreto usinado
	1,5%
	13%
	9%
	Aço
	26%
	19%
	11%
	Blocos e tijolo
	13%
	52%
	13%
	Cimento
	33%
	83%
	56%
	Cal
	10%
	...
	36%
	Areia
	39%
	44%
	39%
(1) Valores de uma obra (PINTO, 1989).
(2) Média de 5 obras (SOIBELMAN, 1993.)
(3) Mediana de diversos canteiros (SOUZA et al., 1998)
No que se diz respeito aos problemas das cidades brasileiras, a construção civil joga com os dois lados da moeda, isso porque, ao mesmo tempo em que é responsável por grande parte desses problemas, utilizando-se de técnicas e produtos corretos, ela também pode ser protagonistade uma mudança de conscientização visando cada vez mais à sustentabilidade do setor, e assim sendo das cidades também.
Sustentabilidade
A sustentabilidade é um termo utilizado para explicar as ações e atividades humanas executadas com o intuito de suprir as necessidades atuais da humanidade, sem colocar em risco o futuro das próximas gerações. Falam-se muito de técnicas limpas e sustentáveis nos dias de hoje, isto pela preocupação atual com a matéria-prima findável e pela necessidade da aquisição de produtos menos agressivos ao meio ambiente.
Os futuros cenários apontam para um mundo sustentável, onde os investimentos ambientais levam a novas atividades econômicas lucrativas e os componentes verdes (produtos, filosofia e técnicas) passam a estar em voga global (ROMM, 1996).
O novo cenário econômico da construção civil não tolera mais o desperdício de materiais, e isso se dá pela alta concorrência no setor, o que é perdido nos canteiros de obras se transforma em prejuízo, sendo assim, deixar de perder é aumentar os lucros.
ROMM (1996) “[...] a redução do desperdício de matéria-prima (prevenção da poluição), com frequência, aumenta a produtividade muito além do que se pode esperar com a economia apenas de material. [...]”.
Por isso se torna inevitável a busca por produtos e técnicas mais eficazes que propiciem a redução das perdas na construção civil, até porque atualmente, as empresas que se pautam na sustentabilidade possuem um diferencial junto ao seu potencial consumidor que procura não só um produto, mas sim um fornecedor que se preocupa com o meio ambiente.
Solo-cimento
Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o solo-cimento é o produto da mistura íntima do solo, cimento Portland e água, que quando compactados na umidade ótima e submetidos a máxima massa específica seca, em proporções previamente estabelecidas, adquiri resistência e durabilidade através das reações de hidratação do cimento.
Por volta de 1929, o engenheiro Ralph Proctor, descobriu a relação entre umidade e peso específico aparente quando compactava solos para análise, fato este que mais tarde resultaria na manipulação do solo cimento e sua utilização para vários tipos de construções, como taludes, aterros, aeroportos, entre outras. Mas foi Moore Fieds e Mill, nos Estados Unidos em 1932, que fizeram os primeiros estudos em grande escala sobre o solo-cimento.
No ano de 1944, a American Society for Testing and Materials (ASTM) normatizava os ensaios e sendo seguida por entidades como American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO) e Portland Cement Association (PCA) e com a segunda guerra mundial estes estudos foram estendidos para a América do Sul e Europa.
No Brasil por volta de 1945, foi realizada a primeira obra com solo-cimento, a casa de bombas para abastecer as obras do aeroporto de Santarém, no Pará, isto logo depois do material e sua aplicação serem regulamentados pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Com o tempo o interesse por esse material foi desaparecendo, na mesma medida em que outros materiais, em sua maioria mais industrializados, surgiram no mercado. Por volta de 1978, o instituto Banco Nacional de Habitação (BNH) aliado ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) comprovaram o bom desempenho do solo-cimento em construções e a possibilidade de redução de custos em habitação popular por meio desta técnica. Desde então o solo-cimento voltou a fazer parte do portfólio de produtos da construção civil, sendo cada vez mais utilizado, principalmente com novas técnicas de produção, que é o caso do tijolo modular de solo-cimento, e também em obras de pavimentação, reforços e melhorias de solos, barragens, contenções e taludes.
Autores como CERATTI (1983) e MOURA (2004), após a realização de vários ensaios laboratoriais com diferentes tipos de solo, concordaram que com o aumento do teor de cimento, aumenta também a resistência à compressão e consequentemente, a durabilidade, independente do tipo de solo. Porém MOURA (2004), reconhece que se o teor de cimento for muito elevado e as condições de cura forem inadequadas, é provável que ocorram fissuras no material, causadas pela retração a secagem. Embora esses estudos não tenham sido direcionados efetivamente a produção de tijolos de solo-cimento, se podem adotar tranquilamente os resultados obtidos para estes fins, isso porque os princípios de produção do solo-cimento são os mesmo, tanto para a obtenção de tijolos quanto para qualquer outra obra que utilize solo-cimento. Porém há de se destacar que para a produção de tijolos de solo-cimento, qualquer percentual de cimento acima de 10% pode tornar a mistura inviável do ponto de vista econômico.
Tijolo ecológico modular de solo-cimento
Diante de todos esses problemas apresentados acima, surge o tijolo modular de solo-cimento, também conhecido como tijolo ecológico, como uma solução para amenizar as perdas na construção civil, tendo em vista a padronização de suas peças, sua resistência altamente satisfatória e acabamento de fino trato, que o transformam em um produto de fácil utilização e com perdas muito menores do que os tijolos convencionais.
Vantagens do tijolo ecológico
O tijolo modular de solo-cimento se enquadra perfeitamente como definição de um produto sustentável, mesmo tendo em vista que o maior percentual de matéria-prima utilizada na sua produção tem origem não renovável, que é o caso do solo, isto porque se comparado com os tijolos convencionais de barro cozido, apresentam vantagens significativas observadas do ponto de vista econômico e ambiental, tais como:
Diminuição do tempo de construção em cerca de 30% em relação a alvenaria convencional, devido aos encaixes que favorecem o alinhamento e prumo da parede;
Os pilares são embutidos em seus furos padronizados, distribuindo melhor o carregamento sobre as paredes como um todo;
Redução de madeiras nas caixarias dos pilares e vigas em quase zero;
Economia de cerca de 70% do concreto e argamassa de assentamento;
Economia de cerca de 50% de aço;
Economia energética na produção de tijolos ecológicos;
Confiabilidade, pois a durabilidade é maior do que o tijolo comum, podendo chegar a ser até seis vezes mais resistentes;
Alivia o peso sobre as fundações evitando gastos excessivos com estacas mais profundas e sapatas maiores;
Produto de fácil acabamento, se preferir não precisa rebocar ou pintar, economizando ainda mais;
O revestimento se torna simples usando-se direto sobre o tijolo apenas uma fina camada de aproximadamente cinco milímetros de reboco, textura, gesso ou graffiato;
O assentamento dos azulejos é direto sobre os tijolos;
Facilidade na organização do canteiro de obras, mantendo um ambiente muito mais limpo e sem entulho;
Como o tijolo ecológico possui dois furos, as paredes formam um isolamento acústico, diminuindo os ruídos externos;
Os furos do tijolo ecológico também formam câmaras térmicas, tornando o ambiente interno mais agradável, tanto nos dias quentes como nos dias frios;
Estes furos também propiciam a evaporação da água, evitando a formação de umidade nas paredes e interior da construção, diminuindo os danos à saúde e danos materiais;
Toda a tubulação hidráulica e elétrica é embutida nestes furos, dispensando a quebra de paredes como na alvenaria convencional.
Todas essas vantagens fazem com que a construção com tijolos modulares de solo-cimento tenha o custo final estimado em cerca de 20 a 40% menor se comparado ao sistema convencional. Outro ponto importante de se destacar como produto ecologicamente correto, é o fato de que se pode adicionar resíduos de construção civil como matéria-prima na produção de tijolos modulares de solo-cimento.
Segundo FERRAZ e SEGANTINI (2003), “[...] o resíduo de argamassa de cimento é uma excelente alternativa para melhorar as propriedades de certos tipos de solos, visando à fabricação de tijolos de solo-cimento. [...]”. Ainda segundo os mesmos autores, “[...] a adição de resíduos possibilitaa redução de custos e condições técnicas apropriadas para a produção desse tipo de tijolo, potencializando a viabilidade de utilização de solos existentes em boa parte do Estado de São Paulo. [...]”.
Desvantagens do tijolo ecológico
A principal desvantagem do tijolo ecológico é a falta de conhecimento por parte da maioria dos construtores, além da dificuldade de convencer um colaborador de que não é preciso mais de ferramentas básicas para sua profissão no assentamento desse produto (é o caso da colher de pedreiro), com isso se criou um pré-conceito em relação a essa técnica construtiva. 
Outro fato a ser destacado, é que na sua produção, é preciso de sete dias, no mínimo, para que a cura seja efetivada, não podendo ser transportado antes deste período.
Metodologia
Esta pesquisa pode ser classificada, quanto aos objetivos, como exploratória e descritiva, pois se procura por ela, analisar o estudo de caso, apontando fatos observados, registrados, classificados e interpretados.
A metodologia proposta neste trabalho consiste na coleta de dados, durante um experimento utilizando o sistema construtivo de alvenaria com tijolos modulares de solo cimento, para isso, foi construída uma parede utilizando tijolos modulares de solo cimento, para com esta, levantar os dados necessários para montar uma planilha de custos, que possa ajudar em posteriores orçamentos utilizando essa técnica. 
Procedimento de experimento
Os cálculos e organização dos dados coletados para análise vão ajudar para a verificação e especificação dos custos em geral, como, o consumo de materiais e custo de mão de obra, lembrando que esses dados dizem respeito somente para a parte da alvenaria sem acabamento, não levando em conta as outras etapas da obra que também poderiam ser beneficiadas com este sistema construtivo, que é o caso da fundação, por exemplo, que seria menos exigida por conta da menor massa dos tijolos ecológicos em relação aos cerâmicos.
Coleta de dados
A coleta de dados para a determinação do consumo e preço unitário foi efetuada durante a execução da alvenaria, para isso foi monitorado o tempo que durou a construção da parede, tal como os quantitativos dos materiais empregados e o resultado final buscando definir esses custos de forma separadamente, procurando assim determinar:
Consumo de aço;
Consumo de concreto;
Consumo de materiais em geral;
Tempo de execução, visando preço de mão de obra.
Bases de comparação
Os resultados obtidos no presente estudo servirão para fazer um comparativo de custo entre alvenaria convencional de tijolos cerâmicos de vedação e alvenaria com tijolos modulares de solo cimento, para isso, será utilizado a Tabela de Composição de Preços para Orçamento (TCPO) Pini,2013. A TCPO Pini é uma das bases de dados de maior credibilidade na indústria da construção civil, por estar em constante atualização desde os anos 50.
Inicio do experimento
A parede foi construída com a finalidade de simular a realidade de uma construção com esse sistema, utilizando todas as técnicas desenvolvidas para utilização de tijolos ecológicos. Posteriormente a regularização do solo com concreto magro, para simular uma viga baldrame, deu-se inicio ao experimento.
Figura 1: Regularização do terreno
 A parede foi concebida de forma que parecesse com uma parte de uma construção real, para isso ela foi erguida por duas pessoas, simulando uma equipe de pedreiro e ajudante, e com a forma de “L”, com dimensões longitudinais de 2,10 metros e 1,35 metros por 2,35 metros de altura, totalizando 6,66 m² de área, como mostrados nas figuras 2 e 3.
Figura 2: Visão em planta
Figura 3: Visão em terceira dimensão
A primeira fiada deve ser assentada conferindo o nivelamento, nessa etapa é preciso muito cuidado, pois como o filete de massa entre os tijolos é muito fino, dificulta futuras correções para ajuste de nivelamento e prumo. O tijolo utilizado no experimento possui medidas 0,30x0,15x0,075 m e para determinar o valor unitário do tijolo ecológico por metro quadrado de construção foi utilizada a seguinte expressão:
	Vu =1/ Al x v
Onde:
Vu = Valor unitário (R$/m²)
Al = Área lateral longitudinal do tijolo (m²)
v = Preço da unidade do tijolo
Desta forma temos:
Vu = 1 / (0,075 x 0,3) x 0,85
Vu = 37,78 R$/m²
Para determinar o consumo unitário de mão de obra por metro quadrado utiliza-se a seguinte expressão:
	Cu = 1/ Al
Onde:
Cu = Consumo unitário (un/m²)
Al = Área lateral longitudinal do tijolo (m²)
Desta forma temos:
Cu = 1/ (0,075 x 0,30)
Cu = 44,5 un/m²
Figura 4: Assentamento e nivelamento da primeira fiada.
O assentamento dos tijolos foi feito com argamassa industrializada da marca MIXFORT, um produto 100 % biodegradável. O custo dessa argamassa é de R$3,00 por quilo e o consumo final foi de 8,25 Kgs.
Para determinar o valor unitário em reais por metro quadrado foi determinado pela expressão:
	Vu = C/A x v 
 
 Onde:
Vu = Valor unitário por metro quadrado (R$/m²)
C = Consumo total (Kg)
A = Área construída (m²)
v = Preço da argamassa por quilo (R$/Kg)
Dessa forma temos:
Vu = 8,25/6,66 x 3,00
Vu = 3,72 (R$/m²)
Para calcularmos o consumo unitário por metro quadrado, basta dividir o consumo total pela área construída.
	Cu = C/A
Onde :
Cu = Consumo unitário
C = Consumo total
A = Área construída
Desta forma temos:
Cu = 8,25/6,66
Cu = 1,24 (Kg/m²)
Figura 5: Assentamento dos tijolos.
O consumo de Aço CA50 tal como o preço por metro linear e os respectivos diâmetros estão expostos na tabela 2.
Tabela 2 – Valores referentes ao consumo de Aço CA50
	BITOLA (mm)
AÇO CA50
	v
(R$/m ln)
	C
 (m ln)
	Á
 (m²)
	Vu
(R$/m²)
	6,00
	0,774
	16,0
	6,66
	1,85
	4,20
	0,29
	1,2
	6,66
	0,52
Para determinar o valor unitário do aço utilizado no experimento, utiliza-se a mesma expressão utilizada para determinar o valor unitário de argamassa, porém com unidades diferentes, o mesmo se deu para a determinação do consumo unitário. 
	Vu = C / A x v
Onde:
Vu = Valor unitário por metro quadrado (R$/m²)
C = Consumo total (m ln)
A = Área construída (m²)
v = Preço do aço CA50 por metro linear (R$/m ln)
Dessa forma temos:
Vu(6mm) = 16/6,66 x 0,774
Vu(6mm) = 1,85 R$/m²
Vu(4,2mm) = 1,2/6,6 x 0,29
Vu(4,2mm) = 0,52 (R$/m²) 
Determinação do consumo unitário do aço CA50:
	Cu = C/A
Onde:
Cu = Consumo Unitário (m ln/m²)
C = Consumo (m ln)
A = Área (m²)
Desta forma temos:
Cu(6mm) = 16/6,66
Cu(6mm) = 2,40 (m ln/m²)
Cu(4,2mm) = 1,2/ 6,66
Cu(4,2mm) = 0,18 (m ln/m²)
Figura 6’: Preenchimento dos grautes
Para determinar o valor unitário e o consumo unitário do concreto, primeiro foi preciso determinar o volume de concreto utilizado no experimento, para isso foi calculado os volumes dos grautes horizontais e verticais, valores que somados é igual ao consumo de concreto utilizado. Para isso foi medida a diâmetro dos dutos dos tijolos e a área de canaleta a serem preenchidas, e os valores foram os seguintes:
Diâmetro dos dutos (Dd) = 0,09 m
Área dos tijolos canaleta a ser preenchida (Ac) = 0,00024 m²/tijolo
Para determinação do volume de grautes verticais utiliza-se a expressão:
	Agv = π x Dd²/4 x H x n
Onde:
Vgv = Volume dos grautes na vertical (m³)
Dd = Diâmetro dos dutos do tijolo (m)
H = Altura da Parede (m)
n = Numero de grautes verticais
Desta forma temos:
Vgv = π x 0,09²/4 x 2,35 x 5
Vgv = 0,75 m³
Para a determinação do volume dos grautes verticais utiliza-se a expressão:
	Vgh = Ac x t x f
Onde:
Vgh = Volume dos grautes na horizontal (m³)
Ac = Área dos tijolos canaletas a ser preenchidas (m²)
t = Numero de tijolos na primeira fiada
f = Numero de fiadas de tijolos canaletas expostos na parede
Desta forma temos:
Vgh = 0,00024 x 11 x 2
Vgh = 0,00528 m³
Para determinar o consumo de concreto utiliza-se a seguinte expressão:
	Cc = Vgv + Vgh
 Onde:
Cc = Consumo de Concreto (m³)
Destaforma temos:
Cc = 0,75 + 0,00528
Cc = 0,76 m³
Para determinar o valor unitário do concreto utiliza-se a expressão:
	Vu = Cc / A x v
Onde:
Vu = Valor unitário (R$/m²)
Cc = Consumo de concreto (m³)
A = Área construída (m²)
v = Preço do concreto por metro cúbico (R$/m³)
Desta forma temos:
Vu = 0,76/6,66 x 220
Vu = 25,10 R$/m²
Para determinar o Consumo unitário do concreto utiliza-se a expressão:
	Cu = Cc/A
Onde:
Cu = Consumo unitário de concreto (m³ de concreto /m² de construção)
Cc = Consumo de Concreto (m³)
A = Área construída (m²)
Desta forma temos:
Cu = 0,76 / 6,66
Cu = 0,11 m³/m²
 
Figura 7: Resultado do experimento
Para determinar o valor unitário da mão de obra da construção com tijolos ecológicos por metro quadrado de construção, utiliza-se os dados da Tabela de composição de Preços para Orçamento Pini, (TCPO,2013), que mostra que o custo por hora de uma equipe de pedreiro e auxiliar é de 23,11 reais, partindo desses dados e levando em conta que a duração do experimento foi de 85 minutos utiliza-se a expressão:
	Vu = E x T / A 
Onde:
Vu = Valor unitário
E = Preço da mão de obra mais encargos por minuto trabalhado (R$/m²)
T = Tempo total gasto no experimento (min)
A = Área construída (m²)
Desta forma temos:
Vu =(23,11/60) x 85/ 6,66 
Vu = 4,92 R$/m²
Para calcular o consumo unitário da mão de obra utiliza-se a seguinte formula:
Cu = T / A / 60
Onde:
Cu = Consumo unitário de mão de obra (Horas/m²)
T = Tempo total gasto no experimento (min)
A = Área construída (m²)
Desta fora temos:
Cu = 85/ 6,66 / 60
Cu = 0,21 Horas/m²
Com os valores acima calculados, chega-se a seguinte tabela:
	MATERIAIS E SERVIÇOS
	UNIDADE DE APLICAÇÃO
	CONSUMO
	PREÇO POR UNIDADE (R$)
	VALOR UNITÁRIO (R$/m²)
	CONSUMO UNITÁRIO
	Tijolos Ecológicos
	un
	341
	0,85
	37,78
	44,50 (un/m²)
	Argamassa Industrializada
	Kg
	8,25
	3,00
	3,72
	1,24 (Kg/m²)
	Aço CA50 6.0 mm
	m ln
	16,0
	0,774
	1,85
	2,40 (m ln/m²)
	Aço CA50 4,2 mm
	m ln
	1,20
	0,291
	0,52
	0,18 (m ln/m²)
	Concreto para grautes
	m³
	0,76
	220,00
	25,10
	0,11 (m³/m²)
	Mão de Obra
	Horas
	1,42
	23,11
	4,92
	0,21 (horas/m²)
Conclusões
Analisando e interpretando as tabelas acima, chega-se a um valor unitário por metro quadrado de alvenaria construída sem acabamento de R$49,25 e nota-se que houve uma economia considerável quando se opta pelo sistema construtivo com tijolos ecológicos, mesmo com o custo do tijolo ecológico sendo superior a duas vezes maior do que o custo do tijolo convencional. Essa economia porque quando se fala em consumo de materiais no geral, o tijolo ecológicos se mostra como uma opção muito rentável, e os custos, utilizando esse sistema, podem chegar a 10 % menores do que se utilizando tijolos cerâmicos, e as razoes dessa economia podemos visualizar na tabela 4. 
Tabela 4 – Comparação de custos entre tijolo ecológico e tijolo convencional.
	
MATERIAL
	
TIJOLO ECOLÓGICO (R$)
	
TIJOLO CONVENCIONAL (R$)
	
ECONOMIA UTILIZANDO TIJOLO ECOLÓGICO
	Aço em geral
	16,86
	40,27
	58 %
	Concreto em geral
	3,08
	30,80
	90 %
	Argamassa de assentamento
	31,50
	44,25
	29 %
	Madeira p/ caixarias
	0,00
	102,93
	100 %
	Mão de Obra 
	27,15
	82,35
	67 %
Outro fato que foi observado, e merece ser salientado, é a uniformidade do assentamento dos tijolos, oque proporciona uma parede muito bem prumada e de fácil acabamento, podendo ser utilizado o gesso como acabamento nas áreas secas direto na alvenaria, não sendo preciso qualquer preparação previa para a aplicação deste, o azulejo também pode ser aplicado direto no tijolo e mesmo que se opte por acabamento em argamassa, necessitaria de uma camada bem mais fina do que seria utilizado na alvenaria convencional. Por esse experimento ter sido realizado com mão de obra destreinada e ainda assim ter dado resultados positivos acredita-se que com mão de obra treinada e capacitada através de experiência, esses resultados poderiam ser ainda melhores.
Conclusões finais
Com tudo que foi exposto, chega-se a conclusão de que a hipótese levantada por este estudo é valida e pode-se sim afirmar que utilizando tijolo ecológico é possível diminuir as perdas, pois o a quebra de tijolos chegou a praticamente zero, com isso é possível também aumentar os lucros e ainda tornar a obra mais rápida, limpa e ecologicamente correta.
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