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Historia do direito comercial

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ESCOLA PAULISTA DE POLÍTICA ECONOMIA E 
NEGÓCIOS 
 
Ciências Atuariais - Integral 
 
 
EMILY L. BRANDÃO 
RAQUEL A. MARQUES 
 
 
HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL 
 
 
 
 
 
 
 OSASCO 
 2014 
 
EMILY L. BRANDÃO 
RAQUEL A. MARQUES 
 
 
HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como parte da avaliação da 
Matéria De Direito Comercial, do curso de Ciências 
Atuariais - turno integral, da Universidade Federal De 
São Paulo ministrado pelo professor Márcio F. Catapani. 
 
 
 
ORIENTADOR: MÁRCIO F. CATAPANI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSASCO 
2014 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO …..................................................................... Pág.6 
2. NA ANTIGUIDADE ................................................................... Pág.6 
3. CORPORAÇÕES DE OFÍCIO-IDADE MÉDIA........................ Pág.6 
4. ATO DE COMÉRCIO-NAPOLEÃO BONAPARTE.. ............... Pág.10 
5. TEORIA DA EMPRESA................................... …......................Pág.10 
6. FINANCIAMENTO DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO............ Pág.12 
7. CONCLUSÃO …........................................................................ Pág.12 
8. BIBLIOGRAFIA …...................................................................... Pág.13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
Ao estudar a história é possível reconhecer consequências futuras, e desta 
forma é possível analisar quais delas são para bons usos ou não. Este artigo 
tem o objetivo expor como surgiu o Direito Comercial ou Empresarial. Os 
fenícios destacaram-se intensificadamente as trocas e, com isso, estimularam 
a produção de bens destinados especificamente à venda. Corpus JuriCivili, um 
código civil que serviu de base para a estrutura jurídica de vários povos 
ocidentais. A elaboração doutrinária fundamental do sistema francês é a teoria 
dos atos de comércio, vista como instrumento de objetivação do tratamento 
jurídico da atividade mercantil. Isto é, com ela, o direito comercial deixou de ser 
apenas o direito de certa categoria de profissionais, organizados em 
corporações próprias, para se tornar a disciplina de um conjunto de atos que, 
em princípio, poderiam ser praticados por qualquer cidadão. Em 1942, na Itália, 
surge um novo sistema de regulação das atividades econômicas dos 
particulares. Nele, alarga-se o âmbito de incidência do Direito Comercial, 
passando as atividades de prestação de serviços e ligadas à terra a se 
submeterem às mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, 
securitárias e industriais. A história do Direito comercial no Brasil se confunde 
com a historia do direito comercial Português, uma vez que, o Brasil recém-
descoberto utilizava as leis vindas de Portugal, sendo criado o Codigo 
Comercial Brasileiro apenas em 1850.O direito Comercial evoluiu junto as 
sociedades, para melhor atende-los. 
 
 
 
 
Palavras-Chaves: Evolução do Direito Comercial; Atos de Comercio; Codigo 
Comercial Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
When to study the history, it is possible to recognize future consequences, and this way is 
possible to analise whats for them are good or not to use. The objective of this paper is 
aims how get up the Commerce or Bussiness Law. Phoenicians highlighted of the changes 
and with this, estimulated the production of state specifically destinated to sale. Corpus 
Jus Civile, a civil code that basis for the juridic structure of much western people. The 
doctrinal french system elaboration is the acts of trade theory, seen as the objectivation 
instrument to the juridic treatment of mercantile activity. That is, with it, the Commerce 
Law ceased to be only the law of right profissional category, organized in own 
corporations to turn a discipline of acts series, in principle, could be obtained by any 
citizen. 
In 1942, in Italy, emerged a new system of regulation of particular economic activities. In 
it, broadens the ambit of impact of commerce law, though of the same rules applicable to 
commercial, banking, industrial and securitarian. 
 The history of commercial law in Brazil merges of the history of commerce law in Portugal, 
once, Brazil newly created the Brazilian Commerce Code in 1850 the Commerce Law 
societies evolved along to better serve them. 
 
Keywords: Commerce Law evolution, Acts of trade, Brazilian Commercial Code 
 
INTRODUÇÂO 
A origem do comércio nas relações humanas data-se de muito antes do 
feudalismo, com os centros comerciais (feiras livres), das quais se era possível 
negociar produtos distintos. Desta forma, entre artesãos e mercadores, se fazia 
necessário que um conjunto de normas de conduta regulasse as relações 
sociais entre ambos e com a introdução da moeda, se necessitava de leis 
monetárias. 
O direito apresenta duas grandes vertentes, sendo: O Direito comum e o 
Direito especial. O Direito comercial faz parte do Direito comum, apresentado 
na subdivisão do direito publico. Ele tem grande importância no âmbito das 
atividades administrativas contábeis. 
Segundo Soares, Direito Comercial ‘e o ramo que regula os atos 
comerciais e os profissionais envolvidos. 
O direito comercial teve grandes mudanças ao longo dos anos em nossa 
sociedade assim como também o comércio o teve. Desta forma, normas 
jurídicas foram surgindo com o tempo para regular, normalizar e auxiliar os 
indivíduos. 
O estudo do inicio do comércio tem um caráter importante atualmente na 
economia mundial, pois com a grande demanda da população abrindo seu 
próprio negócio e buscando meios de exercer suas vendas, o início pode nos 
trazer grandes evidências de erros e acertos dos quais o empreendedor deva 
seguir ou repelir tais feitos. 
 
OBJETIVO 
Este artigo tem por objetivo expor como surgiu o Direito Comercial ou 
Empresarial, a partir da Antiguidade, e tem por finalidade principal o 
esclarecimento das informações disponíveis sobre tal assunto. 
 
NA ANTIGUIDADE 
Um dos povos que mais se destacaram no comércio foi os fenícios, povo 
semita da estreita faixa do sul da Palestina, antecedentes dos atuais libaneses, 
que se dedicaram na busca de matérias-primas necessárias para a indústria, 
pois a região possuía um solo pobre, bastante acidentado e com pouquíssimas 
áreas agricultáveis, e associado às condições geográficas, determinou-se 
praticamente sua ligação ao mar. Possuíam uma economia baseada no 
comércio, na pesca e no rico artesanato, a qual era voltada à comercialização 
com outros povos da região. 
Apesar de cultivarem, nessas áreas pouco férteis, apenas vinhas e 
oliveiras, que não exigiam altas técnicas de produção, nem um solo rico de 
nutrientes, foram esses produtos que eles passaram a exportar, além de 
cerâmica, metal, vidro colorido, madeira de cedro presentes nas florestas do 
atual Líbano, corante da cor purpura. 
Tal corante, extraído de um molusco de seu litoral, o múrex, lhes 
permitiu tingir tecidos da cor rosa até a cor roxa. Esse corante foi durante muito 
tempo na Antiguidade, um dos produtos mais caros e procurados, sendo 
sinônimo de titularidade real. 
Além de comerciantes diretos, foram também intermediários, 
comercializando e exportando vários tipos de mercadorias mediterrâneas. Essa 
prática lhes impôs ser uma civilização comercial, e também lhes 
proporcionaram um vasto conhecimento geográfico e marítimo, desta forma 
criaram e aprimoraram técnicas navais. 
Os fenícios jamais tiveram um Estado unificado, tendo se organizado em 
Cidades-Estados, procedendo à sistemática de fundação de feitorias, que eram 
pontos que facilitavam o escoamento de mercadorias vindasdo interior. Uma 
destas feitorias deu origem a Cartago - atual Tunísia, que iria se tornar um 
grande rival para Roma conquistar o controle do Mediterrâneo Ocidental no 
século III a.C.. Por volta de 800 a.C, foi seu período mais prospero, pois 
alcançaram a posição de domínio do mar, uma verdadeira talassocracia 
econômica. 
Assim, os fenícios destacaram-se intensificadamente as trocas e, com 
isso, estimularam a produção de bens destinados especificamente à venda 
(Fabio Ulhoa Coelho, pag. 25). 
Os gregos se tornaram um grande concorrente para os fenícios, o que 
fez estes declinarem, desta forma os helênicos se tornaram os maiores 
comerciantes no mar. Atenas, no período arcaico, sofreu uma transformação 
em sua agricultura, resultado da concorrência das produções de cereais das 
colônias, assim sua economia decaiu, e passaram a produzir vinhos e azeite. 
Essa transformação impulsionou uma colonização comercial, que estabeleceu 
a monetarização da economia e o desenvolvimento comercial, em função do 
crescimento do transporte marítimo. 
O cultivo agrícola requeria grande mão-de-obra, entretanto esta estava 
em escassez, desta forma adotou-se a escravidão, que passou a ser uma 
escravidão comercial, com isso, houve um processo de enriquecimento da 
camada de comerciantes, os demiurgos. 
Cartago (cidade-estado Fenícia) possuía o monopólio naval do 
Mediterrâneo, o que também os romanos estavam dispostos a conquistar, 
resultando nas Guerras Púnicas, que durou aproximadamente 131 anos (264-
133 a.C.) com vitória romana, transformando-se num gigantesco Império. 
Roma, durante a república, tinha suas riquezas geradas pela agricultura, 
mas o comércio estava se desenvolvendo e ocupando o lugar antes 
pertencente à atividade agrícola. A ampla camada de pequenos proprietários 
começou a se extinguir em função dos patrícios, seus escravos e os grandes 
latifúndios voltados à produção de exportação. O crescimento do comércio 
enriqueceu a camada de plebeus urbanos, que deu origem ao setor social 
chamado de cavaleiros ou homens novos. 
Durante a crise do século III, o fluxo de comércio escravista estava 
funcionando muito abaixo do esperado, pois havia muitas perdas por conta das 
epidemias de peste e guerras civis. Em 235, houve uma crise estrutura, a qual 
resultou a implementação de um processo de ruralização. Os escravos se 
uniram a camada de arrendatários, bárbaros e plebeus, que fugiram das 
cidades. O campo se tornou mais seguro que as cidades, os grandes 
proprietários acolhiam os oprimidos pelo estado, que tornava cada vez mais 
fiscalista, apoiando-se em uma ineficiente burocracia estrutural, surgindo assim 
o patronato. 
Os romanos deixaram um grande legado, principalmente o Direito, 
dividido em três: Jus Naturale (direito natural), Jus Gentium (direito do povo- 
base do direito internacional), Jus Civile (direito civil- direito do cidadão 
romano), entretanto, como não havia o Direito do Comércio, utilizavam o Direito 
público (regido pela intervenção estatal). 
Segundo Fábio Cerqueira: “Habitualmente, considera-se a civilização 
romana como a matriz do direito moderno. Todavia, é na Grécia que ocorreu a 
revolução intelectual que gerou o conceito de um direito que valha de forma 
igual para todos os cidadãos”. 
Não pode ser esquecido que foi na Mesopotâmia que nascera os dois 
primeiros grandes códigos de leis do mundo: Código de Hamurabi e Leis de 
Eshnunna. Porém, dizemos que foi Roma a mentora de todo o Direito. 
Corporações de Oficio- Idade Média 
A Idade Média é definida como período entre a queda do Império 
Romano do Ocidente até a queda do Império Romano do Oriente, (476-1453) e 
com a Guerra dos Cem Anos (França X Inglaterra). 
Sobre o Império Bizantino (atual Istambul), Justiniano (527-565) elabora 
o Corpus JuriCivili, um código civil que serviu de base para a estrutura jurídica 
de vários povos ocidentais. Com várias invasões de reinos bárbaros, as 
cidades foram se fragmentando, se tornando áreas administrativas e sendo 
incorporadas aos novos reinos. Segundo Rubens Requião, O direito comercial 
surgiu, fragmentariamente, na Idade Média, pela imposição do 
desenvolvimento do tráfico mercantil. 
Nasce o feudalismo, onde a terra era dividida em feudos e cada um com 
um senhor. Os feudos possuíam uma tendência à autossuficiência, mas o que 
jamais fez o comércio desaparecer, atuando somente em baixo nível. Como o 
servo que trabalhava na terra não tinha nenhum estímulo a produzir uma 
quantidade excedente, além de parte da produção era de suserano, o comércio 
era complementariedade para as famílias. 
A partir do século XI, o Feudalismo começa a declinar, época chamada 
de Baixa Idade Média, a qual há um crescimento demográfico, resultando em 
um desequilíbrio substancial e consequentemente um aumento da fome e 
muitos passarão a mendigar. Houve o êxodo rural para as cidades, e a 
necessidade de sobrevivência, levou os camponeses a desenvolver atividades 
não agrícolas, como o artesanato e o comércio, ligado ao intercâmbio 
comercial e que seria definido como burguesia capitalista. 
Há a reativação comercial com o forte impulso das Cruzadas, 
principalmente das cidades italianas: Veneza, Bari, Palermo, Nápoles, Pisa e 
Gênova, que dinamizaram o comércio (monopólio), tornando-se centros 
comerciais. Foram construídas rotas terrestres, onde se formaram feiras 
permanentes - reuniões anuais de comerciantes dos mais diversos tipos. 
Foram através das feiras e das rotas comerciais que o comércio europeu 
foi impulsionado, surgindo assim o Renascimento Comercial. 
Houve um atrativo para as pessoas se fixarem próximos as feiras, 
fugindo dos feudos, consequentemente uma nova organização comercial. 
Surge as primeiras associações de comerciantes alemães para dinamizar o 
comércio a longa distância, e depois a chamada Liga Hanseática, que visava 
defender os interesses comuns das cidades comerciantes da costa do Mar do 
Norte e do Báltico. 
Outra parte importante foi o artesanato, centrada na figura de um mestre 
experiente, possuía os artesãos e os aprendizes, e depois os jornaleiros- 
contratados em épocas de muita produção. Outro instrumento de organização 
eram as corporações de oficio, associações que reuniam todos os artesãos do 
burgo, visando preservar o monopólio econômico, excluindo a concorrência e 
estabelecendo um equilíbrio entre a oferta e a procura. Havia um rigoroso 
controle sobre a qualidade e os preços, sobre os salários, impondo condições 
de igualdade e de proteção aos membros, preocupação em evitar práticas 
desonestas que poderiam prejudicar outros. 
 As regras eram compiladas nos estatutos das próprias associações, e 
cada uma tinha uma forma de reger as regras. Para aplicá-las, foram criados 
os tribunais consulares, a qual os mercadores elegiam cônsules que se 
assemelham a “juízes” e os comerciantes se submetiam às regras do seu 
estatuto. Esse Direito Comercial nasceu a partir do costume da época. As 
regras que compunham os estatutos era a junção dos costumes e práticas 
mercantis vividas em cada feudo, os preços eram determinados pelas 
condições locais. 
As Corporações de Ofício e as Guildas se diferenciam pela primeira ser 
para os artesãos e a segunda para os comerciantes. 
Já eram cunhadas moedas para as transações de compra e venda. Esse 
crescimento monetário impulsionou o crescimento dos bancos, do sistema 
bancário e de crédito. Surge a partir daí, uma nova camada urbana: de 
comerciantes, artesãos e banqueiros, chamada de burguesia capitalista. Essa 
nova classe tinha banqueiros, exportadores e importadores, que passaram a 
disputar os poderes com a aristocracia dos senhores feudais. 
Quando o mercado passou a constituir-se de algo mais do que 
compradores e vendedores de mercadorias feitas da cidade, e dos produtos 
das vizinhanças, e quando compradores e vendedores deuma área maior 
trouxeram ao mercado novas influências, abalou-se a estabilidade das 
condições locais. Isso ocorreu nas feiras, que não estavam sujeitas aos 
regulamentos sobre o justo preço. Com a ampliação do comércio, as condições 
relativas ao mercado passaram a ser muito mais variáveis, deixando o preço 
acordado de ser praticável. Ele deu lugar ao preço do mercado. (Leo 
Huberman, pag. 59). 
Neste período surge a Peste Negra, a crise agrícola e a Guerra dos Cem 
Anos, que terão grandes consequências, pois diminui a credibilidade dos 
senhores feudais e o poder é centralizado nas mãos de um único, chamado de 
rei, com patrocínio da burguesia, constituindo um Estado forte para poder 
comandar com mais eficiência e poder econômico. 
 
Atos de Comércio- Napoleão Bonaparte 
 
Surgem os países, o poder fica com o rei (monarquias absolutas), a 
Igreja perde parte de seu poder após as Reformas Religiosas com Martinho, 
Lutero e o rei Henrique VII, e assim surge a Idade Moderna. 
Desenvolvem-se fortemente as atividades econômicas, associadas ao 
Mercantilismo, prática econômica que inclui o comércio, a exploração colonial e 
o acúmulo de capital; ou conjunto de leis, conjunto de práticas, imposições, e 
visão de economia, onde os reis buscavam controlar toda a atividade 
econômica. Essas práticas fortaleceu o Estado, pois era a melhor opção para 
que arrecadassem recursos. O Estado Absolutista foi o grande responsável 
pelo acúmulo de capital na Europa, além de que permitiu que o capital 
permanecesse nas mãos de quem realizou a atividade: a burguesia. 
Aumentou-se as despesas com produtos luxuosos pela corte o gasto 
com as pensões e as regalias para a nobreza, já a burguesia, reinvestia seus 
lucros em novos investimentos, mesmo pagando mais taxas. 
Durante o século de XVI, houve a prosperidade na Europa com a 
colonização da América Espanhola, aumentando a quantidade de ouro e prata. 
Esta caracteriza a época como revolução dos preços, dando destaque 
primeiramente a Portugal, por ter sido o primeiro a se centralizar e para a 
Espanha por ter conseguido fazer novas rotas marítimas. 
Foram os liberais que instituíram o nome de Mercantilismo para a época, 
a qual há intervenção estatal (definição dos preços, cotas de importação, 
controle do fluxo econômico), protecionismo, metalismo, balança comercial, 
favorável e colonialismo. 
A elaboração doutrinária fundamental do sistema francês é a teoria dos 
atos de comércio, vista como instrumento de objetivação do tratamento jurídico 
da atividade mercantil. Isto é, com ela, o direito comercial deixou de ser apenas 
o direito de certa categoria de profissionais, organizados em corporações 
próprias, para se tornar a disciplina de um conjunto de atos que, em princípio, 
poderiam ser praticados por qualquer cidadão (Fábio Ulhoa Coelho, Curso de 
Direito Comercial). 
O Código Civil de Napoleão, de 1804, influenciou fortemente toda a 
codificação oitocentista dos direitos de tradição romanística, tanto em 
decorrência da conquista armada como pelo seu reconhecido valor jurídico 
(Limpens, 1956). Por sua vez, o Código Mercantil do período napoleônico de 
1807, embora tenha exercido influência menor em razão de sua inferioridade 
técnica, também transmitiu seus conceitos para os códigos de muitos países de 
língua latina, como o belga de 1811, o espanhol de 1829, o português de 1833, 
o italiano de 1882 e os de países sul-americanos (Ripert-Roblot, 1947). 
Napoleão estabeleceu por toda a França as condições que tornaram 
possível o desenvolvimento da livre concorrência, a exploração das terras 
depois da divisão das grandes propriedades, e a plena utilização da 
capacidade de produção industrial do país. (Leo Huberman, pag.139). 
Com o Abandono da noção de que comerciante não é mais quem faz da 
prática de atos de comércio, profissão habitual, mas aquele que é chefe de 
uma empresa, coletiva ou individual, organizada para determinado fim lucrativo. 
Comerciantes individuais ou sociedades comerciais não podem cumprir seu 
papel na vida econômica e jurídica senão por intermédio de uma empresa. As 
definições de empresa são alicerçadas sobre duas ideias: a empresa supõe 
uma organização, e esta organização deve ser concebida em vista da 
produção econômica. (Rubens Requião, pag. 42). 
O Código Napoleônico atendia principalmente as classes mais nobres, 
concentrando-se no direito da propriedade. O Código Comercial valorizava a 
riqueza imobiliária. 
A teoria dos atos de comércio ‘e a uma relação de atividades 
econômicas, sem que entre elas possam encontrar qualquer elemento interno 
de ligação, o que acarreta indefinições à natureza mercantil de algumas delas. 
Embora haja quem considere a imprecisão inerente à teoria dos atos de 
comércio (Vicente y Gella, 1934:37/41). 
De fato, a codificação napoleônica dividiu claramente o direito privado: 
de um lado, o Direito Civil; de outro, o Direito Comercial. 
Enquanto o Código Civil napoleônico era, um corpo de leis que atendia 
os interesses da burguesia fundiária, pois estava centrado no direito de 
propriedade, o código Comercial, por sua vez, encarnava o espírito da 
burguesia comercial e industrial, valorizando a riqueza mobiliária. Desta forma 
tinha-se dois códigos distintos para a disciplina das atividades privadas, e um 
deles era justamente o Código Comercial, que cuidava, especificamente, das 
atividades mercantis (comércio) e daqueles que as exerciam (comerciantes) 
(Fábio Ulhoa Coelho). 
Na segunda fase do Direito Comercial, portanto, percebe-se uma 
importante mudança: a mercantilidade, antes definida pela qualidade dos 
sujeitos da relação jurídica (o Direito Comercial era o direito aplicável aos 
membros das Corporações de Ofício), passa a ser definida pelo objeto da 
relação jurídica (o Direito Comercial passa a ser aplicável sempre que uma 
determinada relação envolver a prática de um dos atos de comércio descritos 
na legislação). Assim os doutrinadores afirmam que a codificação napoleônica 
operou uma objetivação do Direito Comercial, além de ter, como dito 
anteriormente, bipartido de forma clara ao direito privado. Desta forma, nunca 
se conseguiu definir satisfatoriamente o que são atos de comércio (Fabio Ulhoa 
Coelho). 
Para o Prof. Jean Escarra, o Código considera a empresa uma repetição 
de atos de comércio em cadeia, "de sorte que esta concepção se apresenta 
como síntese de dupla noção do ato de comércio e comerciante, que tem por 
consequência confundir os julgamentos que distinguem o sistema subjetivo de 
comercialidade do sistema objetivo". (Rubens Requião). 
 
Teoria da Empresa 
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), guerra a qual o 
fascismo de Mussolini juntamente com o nazismo de Hitler, lutou contra os 
gigantes soviéticos (Stálin), americanos (Roosevelt) e ingleses (Churchill), 
surge à terceira fase do Direito Comercial, a subjetiva moderna. 
Em 1942, na Itália, surge um novo sistema de regulação das atividades 
econômicas dos particulares. Nele, alarga-se o âmbito de incidência do Direito 
Comercial, passando as atividades de prestação de serviços e ligadas à terra a 
se submeterem às mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, 
securitárias e industriais. O Direito Comercial deixa de cuidar de determinadas 
atividades (as de mercancia) e passa a disciplinar uma forma especifica de 
produzir ou circular bens de serviços, a empresarial (Fabio Ulhoa Coelho, pag. 
27 e 28). 
Para os fascistas, na liderança de um Duce, o trabalho e a prosperidade 
eram absolutos e inquestionáveis, patrocinados pelo Estado, que defendia que 
a guerra de classes sociais entre a burguesia e o proletariado sessariam suas 
diferenças em torno dos objetivos da nação e de seu líder. 
A teoria da empresa acabou se desvencilhando das raízes ideológicas 
fascistas. Por seus méritos jurídico-tecnológicos, sobreviveu àredemocratização da Itália e permanece delimitando o Direito Comercial 
daquele país até hoje. (Manual- Fabio) 
O modelo italiano de regular o exercício da atividade econômica, sob o 
prisma privatístico, encontra a sua síntese na teoria da empresa. Vista como a 
consagração da tese da unificação do direito privado (Ascarelli, 1962:127; 
Ferrara, 1952:15), essa teoria, contudo, apenas desloca a fronteira entre os 
regimes civil e comercial. No sistema francês, excluem-se atividades de grande 
importância econômica — como a prestação de serviços, agricultura, pecuária, 
negociação imobiliária — do âmbito de incidência do direito mercantil, ao passo 
que, no italiano, se reserva uma disciplina específica para algumas atividades 
de menor expressão econômica, tais as dos profissionais liberais ou dos 
pequenos comerciantes. 
 A teoria da empresa é um novo modelo de disciplina privada da 
economia, mais adequado à realidade do capitalismo superior. Conceitua-se 
empresa como sendo atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros 
como oferecimento ao mercado de bens ou serviços, gerados estes mediante a 
organização dos fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital 
e tecnologia). O modo de conceituar empresa, em torno de uma peculiar 
atividade, não ‘e totalmente isento de imprecisões. (Bulgarelli, 1985) (Fábio 
Ulhoa Coelho). 
 
O DIREITO COMERCIAL NO BRASIL 
 
 A história do Direito comercial no Brasil se confunde com a historia do 
direito comercial Português, uma vez que, o Brasil recém-descoberto utilizava 
as leis vindas de Portugal, e era costumeiramente dividida em três grandes 
divisões: Brasil Colonial; Brasil Imperial e Brasil Republicano. 
 
Brasil Colonial 
 
A noção de Direito no Brasil, foi introduzida com a chegada dos 
portugueses em terras brasileiras. O contexto de Portugal nessa época era de 
ascensão da burguesia comercial com as relações feudais. Portugal era regido 
embasado no Direito Romano e também com influência do Direito Canônico, 
sendo que foram estas as normas de condutas aplicadas ao Brasil. 
 Segundo Francisco Neto 2013, As primeiras normas jurídicas feitas no 
Brasil, foi os regimentos dos Governadores Gerais, dos ouvidores gerais e dos 
provedores, que desta forma, formavam a estrutura administrativa da Colônia. 
As Ordenações de D. Manuel – o rei de Portugal entraram em vigor em 1521e 
as primeiras tentativas de funcionamento da justiça em solo brasileiro datam de 
1587. A criação do tribunal, instituído pela Coroa portuguesa, foi na data de 
sete de marco de 1609. 
O tribunal da relação foi implantado na Bahia em 1587 era o órgão 
máximo do judiciário além de exercer a função de órgão controlador dos 
demais, sendo composto por dez desembargadores. 
Com a chegada da família real no Brasil em 1808, foram criada uma 
série de medidas de cunho econômico que foram importantes para a atividade 
mercantil no Brasil. Dentre elas: Abertura dos Portos as Nações Amigas; Álvara 
de Primeiro de Abril (que permite o livre estabelecimento de fabricas e 
manufaturas no Brasil); e a criação do Banco do Brasil, todas criadas em 1808. 
Em 1815 a corte real volta a Portugal, com a eminente paz sobre a 
Europa e em 1822 é proclamada a independência do Brasil, e com este feito, 
dá-se espaço para a criação do projeto do Código Comercial Brasileiro em 
1834. 
 
Brasil Imperial 
 
O regime politico centralizador do Imperador Dom Pedro I, tinha por 
característica lidar com as insatisfações de diferentes elites sociais. 
O Código Comercial Brasileiro (que tinha como referência os Códigos de 
Comércio de Portugal, França e da Espanha), só passa a entrar em vigor em 
1850 com a Lei Federal n 556, nomeando comerciante a todo aquele que 
praticasse compra e venda de mercadorias de forma profissional. Muitas 
reformas e emendas foram feitas diante do primeiro Código Comercial 
Brasileiro até a promulgação do Novo Civil Brasileiro (2002), que trás em seu 
conteúdo na Matéria Comercial. 
O Código era dividido em três partes, sendo a primeira parte: Hipotecas, 
companhias comerciais, sociedades anônimas, letras de cambio, notas 
mercantis e credito; segunda parte: comércio marítimo, e a terceira parte das 
quebras. O Código Comercial Brasileiro ainda serviu de modelo para vários 
países sul-americanos, tais quais, o da Argentina de 1862 e o do Uruguai de 
1865. 
Em 1888, foi sancionada a Lei Aurea, que extinguia a escravidão no 
Brasil. 
 
Brasil Republicano 
 
A Constituição da república estabelece a autonomia do Direito 
Comercial. Ate 1916, com a promulgação do Codigo Civil, haviam princípios 
que pertenciam ao direito civil inseridos no Código Comercial. Alguns institutos 
como, por exemplo: contrato de Seguros, Títulos ao portador e a mora, 
passaram a serem previstos no Codigo Civil de 1916. 
 Os institutos do Codigo Comercial passaram a deixar de ser aplicados 
apenas aos comerciantes e aos atos praticados em razão do comércio. 
 A revolução pós-industrial que é o percentual de riqueza gerado pelos 
serviços é superior aquele gerado pela indústria. No Brasil a sociedade passou 
por esse momento histórico na transição da década de 1980 para 1990. 
Em 2002 é promulgado o Novo Codigo Civil Brasileiro trazendo no mesmo o 
conteúdo do código comercial. 
 
CONCLUSAO 
 
A sociedade evoluiu trazendo consigo uma maneira de troca de 
mercadorias, sob o efeito de compra e venda, o que acarretou que houvesse 
uma necessidade de um conjunto de normas de conduta que colaborasse e 
regulasse as relações sociais entre ambos. 
O direito comercial evoluiu em conjunto a sociedade comerciante, com o 
foco de melhor servir-los. 
 
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