Palestra Neo-Constitucionalismo

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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
1988 - 2014
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
 Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito.
 O triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil.
 Luís Roberto Barroso
ERA...
Procurador do Estado, advogado no Rio de Janeiro, professor 
de Direito Constitucional da UERJ, mestre em Direito pela
Universidade de Yale.
AGORA...Ministro do STF!
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
"Chega de ação. Queremos promessas".
Anônimo
Vivemos a perplexidade e a angústia da aceleração da vida.
Os tempos não andam propícios para doutrinas, 
mas para mensagens de consumo rápido. 
Para jingles, e não para sinfonias. 
O Direito vive uma grave crise existencial. 
Não consegue entregar os dois produtos que fizeram sua reputação
ao longo dos séculos: SEGURANÇA E JUSTIÇA.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
MARCO HISTÓRICO DO NOVO DIREITO CONSTITUCIONAL
Estado constitucional de Direito;
Documentos a partir da Segunda Guerra Mundial;
Redemocratização;
Criação de Tribunais Constitucionais: Alemanha:1951; Itália:1956;
Espanha:1978; Portugal:1982.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL 
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
No BRASIL: O renascimento do direito Constitucional deu-se em
meio ao processo de redemocratização do País. (CF/1988)
A CF/88 promoveu a travessia do Estado brasileiro do regime 
autoritário, intolerante e por vezes violento para um Estado 
Democrático de Direito. Nascia a Constituição cidadã!
Este texto tem propiciado o mais longo período de estabilidade
Institucional da história republicana do País.E, não foram tempos 
banais: Impeachment; escândalo envolvendo a Comissão de
Orçamento da Câmara dos Deputados; foram afastados Senadores; 
foi eleito um Presidente de oposição e do Partido dos Trabalhadores.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
Uma Constituição não pode ser apenas técnica.FERDINAND LASSALE 
diz que: a Constituição deve refletir os fatores reais de poder, se assim 
não for, será uma folha de papel e nada mais.
“O sentimento constitucional no País é algo que merece ser celebrado!”
Este é o conceito sociológico de Constituição!
 MARCO FILOSÓFICO DO NEOCONSTITUCIONALISMO É O 
PÓS-POSITIVISMO
JUSNATURALISMO (SEC. XVI): Fundado na crença em princípios de justiça 
universalmente Válidos. Foi COMBUSTÍVEL das Revoluções Liberais! Considerado
metafísico e anti-científico foi colocado à margem da história com a ascensão 
Do Positivismo jurídico. 
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
POSITIVISMO (SEC. XIX): Em busca de objetividade equiparou o Direito à 
lei, afastou-o da Filosofia e de discussões como legitimidade e justiça.
Sua decadência: derrota do fascismo(Itália) e nazismo(Alemanha). Regimes 
que promoveram barbáries sob a proteção da lei. Com o fim da 2ª Guerra, a 
ética e os valores retornam ao Direito.
PÓS-POSITIVISMO: Busca ir além da legalidade estrita, mas não despreza o 
Direito posto.
Procura empreender uma leitura moral do Direito.
Interpretação inspirada por uma teoria de justiça;
Atribuição de normatividade aos princípios;
Reabilitação da razão prática e da argumentação jurídica. 
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
 MARCO TEÓRICO DO NEOCONSTITUCIONALISMO:
A FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO:
A Constituição deixa de ser um documento essencialmente político.
No Brasil isto só acontece na década de 80. Coube à CF/88, a doutrina e 
Jurisprudência essa tarefa.
2. EXPANSÃO DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL:
Criação dos Tribunais Constitucionais;
Controle de constitucionalidade: em molde incidental já existia desde a 1ª
Constituição Republicana(1891). A CF/88 cria novos mecanismos – 
controle concentrado e a regulamentação da Argüição de Descumprimeto
de Preceito Fundamental.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
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VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
3. A NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
A interpretação constitucional é uma modalidade de interpretação jurídica.
Elemento tradicionais de interpretação: gramatical; histórico; sistemático e 
Teleológico.
Diante do conflito de normas:
Critério hierárquico (lei superior prevalece sobre inferior);
Critério temporal (lei posterior prevalece sobre inferior)
Critério da especialidade (lei especial prevalece sobre geral quando for com 
ela conflitante)
O princípio da supremacia da norma constitucional sistematizou uma forma 
própria para interpretação da normas constitucionais.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Supremacia da Constituição;
Presunção de constitucionalidade das normas e atos do Poder Público;
Interpretação conforme à Constituição;
Unidade;
Razoabilidade;
Efetividade.
Intérprete torna-se co-participante do processo de criação do Direito.
Haverá colisões de normas constitucionais. As constituições modernas 
Consagram bens jurídicos que se contrapõem:Desenvolvimento X proteção 
Ambiental; Privacidade X liberdade de expressão.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
 CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO:
LEGISLATIVO: limita sua discricionariedade na elaboração das leis; impõe-lhe
Dever de atuação.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: limita a discricionariedade, impõe deveres de 
atuação; fornece fundamento de validade de seus atos.
JUDICIÁRIO: serve de parâmetro para o controle de constitucionalidade;
condiciona a interpretação de todas às normas e princípios do sistema.
PARTICULARES: estabelece limites à autonomia da vontade em nome do 
Coletivo.
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NEOCONSTITUCIONALISMO: O TRIUNFO TARDIO 
DO DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL
VINTE E SEIS ANOS DA CF/88
A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO NO BRASIL:
O Direito infraconstitucional na Constituição. Texto extremamente analítico.
2. A constitucionalização do direito infraconstitucional.
Processo recente. Houve um movimento translativo ocorrido inicialmente na 
Alemanha e Itália: a passagem da Constituição para o centro do sistema 
Jurídico.
A CF/88 tem hoje a supremacia formal(que sempre teve), material e 
Axiológica (normatividade de seus princípios).
O Direito civil desempenhou o papel de Direito geral com sua dogmática.
Hoje estamos diante de um processo de Descodificação do Código Civil.
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PLANO DE AULA 1: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
SENTIDO SOCIOLÓGICO DE CONSTITUIÇÃO: FERDINAND LASSALE SUA OBRA: O QUE É UMA CONSTITUIÇÃO?
O AUTOR DEFENDE QUE UMA CONSTITUIÇÃO SÓ SERÁ LEGÍTIMA SE REPRESENTAR O EFETIVO PODER SOCIAL, REFLETINDO AS FORÇAS SOCIAIS QUE CONSTITUEM O PODER.
SENTIDO POLÍTICO: CARL SCHMITT
A CONSTITUIÇÃO É O PRODUTO DE UMA CERTA DECISÃO POLÍTICA, SENDO ASSIM ELA SERIA A DECISÃO POLÍTICA DO PODER CONSTITUINTE.
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SENTIDO JURÍDICO DE CONSTITUIÇÃO: HANS KELSEN
O AUTOR ALOCA A CONSTITUIÇÃO NO MUNDO DO DEVER SER E
NÃO NO MUNDO DO SER.
ELA É FRUTO DA VONTADE RACIONAL DO HOMEM E NÃO DAS LEIS 
NATURAIS.
CONSTITUIÇÃO SIGNIFICA NORMA FUNDAMENTAL HIPOTÉTICA
CUJA FUNÇÃO É SERVIR DE FUNDAMENTO LÓGICO TRANSCEDENTAL
DE VALIDADE, ISTO É, É A NORMA SUPREMA, PARÂMETRO DE 
VALIDADE DE TODAS AS OUTRAS NORMAS.
DISTINÇÃO ENTRE O SENTIDO FORMAL
E MATERIAL DE 
CONSTITUIÇÃO
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Um pouco de história sobre o... Supremo Tribunal Federal - STF
Originou-se na transferência da família real e da nobreza portuguesa para o Brasil, em 1808, por ocasião da invasão do reino de Portugal pelas tropas
 francesas comandadas por Napoleão Bonaparte.
O Príncipe-regente Dom João Maria de Bragança 
(futuro Rei Dom João VI), transfere a capital de Lisboa
para o Rio de Janeiro, então capital do Estado do 
Brasil (1530-1815), uma colônia do império português
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Com tal transferência, todos os órgãos do Estado português são transferidos para o Rio de Janeiro, inclusive a CASA DA SUPLICAÇÃO, nome pelo qual era chamado o Supremo Tribunal de Justiça de Portugal. 
Transformando, então, a Relação do Rio de Janeiro
na Casa da Suplicação do reino de Portugal e, 
portanto, também do império. 
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Em 1822, após a proclamação da independência do Brasil em relação a Portugal, por Dom Pedro de Alcântara de Bragança, (futuro imperador Dom Pedro I do Brasil), filho do Rei Dom João VI, foi outorgada a primeira 
constituição brasileira, em 1824. 
Tal constituição determinava que deveria existir na 
capital do Império do Brasil uma suprema corte. 
A mesma constituição dizia que essa corte deveria ser chamada de Supremo Tribunal de Justiça.
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Neste prédio foram levados a julgamento casos que tinham especial relevância nacional, como a extradição da companheira de Luís Carlos Prestes, Olga Benário, em pleno regime Vargas .
Com a mudança da capital federal para Brasília, o Supremo Tribunal Federal passou a ocupar o atual edifício-sede, localizado na praça dos Três Poderes, realizando sua primeira sessão em 21 de abril de 1960. Em 1969, foram compulsoriamente aposentados pelo regime militar os ministros Hermes Lima, Evandro Lins e Silva e Victor Nunes Leal, por força do Ato Institucional número cinco (AI-5).
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Em solidariedade aos colegas afastados, o ministro Antônio Gonçalves de Oliveira renunciou ao cargo.4 Nesse mesmo ano, o ministro Lafayette de Andrada solicitou sua aposentadoria em protesto às medidas de exceção do governo militar.5 A concepção do edifício-sede é do arquiteto Oscar Niemeyer, ocupando também os edifícios anexos I e II.
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Em 1998, ao se referir sobre o caso Olga Benário Prestes, o então 
presidente do Supremo, Celso de Mello, declarou que a extradição fora um erro: "O STF cometeu erros, este foi um deles, porque permitiu a entrega de uma pessoa a um regime totalitário como o nazista, uma mulher que estava grávida.”
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 O 1º Ministro Negro a compor o STF: 
 Ministro Joaquim Barbosa. 
 (Tomou posse em 2003- Luis Inácio)
A 1ª mulher a compor o STF: 
Ministra Ellen Gracie Northfleet
(Tomou posse em 2000 - FHC)
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Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito.
O triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil
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