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WEBAULA 1
Unidade 1 – Personalidade, Capacidade e Incapacidade Jurídica; Proibidos e Impedidos de compor um empresário.
 
Olá. Seja bem-vindo. Esta é nossa aula web de abertura do conteúdo empresarial.
E começo com duas perguntas com sentidos ambíguos: Você é capaz? Você tem personalidade? A resposta deve ser sim para ambos os questionamentos pelas razões que você verá a seguir.
A personalidade (exteriorização da pessoa humana em sociedade) começa com o nascimento com vida. Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Portanto, toda ser humano vivo tem personalidade (uma vez tida nunca mais em vida pode ser perdida), podendo assim ser chamado de pessoa.
Assim, mesmo o feto pode herdar e agir em sociedade (por óbvio que devidamente representado por seus genitores), porém, tais atos somente serão válidos se houver o nascimento com vida.
Por sua vez, a capacidade civil, advinda da personalidade, é a aptidão para adquirir e exercer direitos, para se relacionar em sociedade. Ela pode ser capacidade de Direito (ou Gozo – que é uma atribuição contida para prática de atos) ou então capacidade de Fato (ou Exercício – que é a liberdade e autonomia para celebrar atos em sociedade).
	
Dando sequencia, quanto à capacidade e incapacidade jurídica, pode-se afirmar que todo ser humano vivo, uma vez tendo personalidade, também terá a capacidade de Gozo (ou de Direito).
Além disso, quando alguém puder agir em sociedade (contratar, comprar, vender, doar, negociar, etc.) individualmente, também terá a capacidade de Fato (ou se Exercício).
Quem não é capaz pode-se afirmar que é incapaz (absoluta ou relativamente – como visto no artigo retro citado). Sendo assim, uma vez cessada a incapacidade (pelo fim da menoridade ou pelo encerramento de alguma causa biológica ou física), haverá uma pessoa independente.
O art. 5º do Código Civil (lei 10.406/2002) é expresso ao determinar em quais situações a menoridade acaba, veja:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Como afirmei acima, certamente a sua resposta às duas perguntas (sobre personalidade e capacidade) seriam “sim”, não é mesmo?
Complementando o conteúdo da aula anterior, você deve ter percebido um trecho no vídeo que fala da desconsideração da pessoa jurídica. É uma situação em que determinado juiz diante de um processo pode ignorar a existência da pessoa jurídica (que é distinta de seus membros – sócios ou acionistas.
Destaca-se inclusive que, regra geral, desconsidera-se as responsabilidades, direitos e obrigações individuais da pessoa jurídica e então se invade o patrimônio pessoal do membro/agente infrator que tenha lesado terceiros (trabalhadores, consumidores, meio ambiente, a sociedade como um todo, etc).
Isso tudo acontece porque, ao identificar a má-fé de pessoas físicas, não pode o Direito permitir que elas se “escondam” atrás da existência autônoma das pessoas jurídicas, pois, caso contrário, isso faria com que outros cidadãos fossem lesados (já que nunca receberiam por um eventual golpe sofrido caso a pessoa jurídica, por exemplo, simplesmente deixasse de ter atividades).
Para avançar nesse conhecimento, leia dois dos vários artigos sobre a Desconsideração:
Código Civil.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Código de Defesa e Proteção do Consumidor.
Art. 28 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração
Já que você absorveu os conhecimentos anteriores, podemos avançar um pouco mais para tratar de algo importante: Quem pode compor um empresário, isso é, quem é permitido/autorizado figurar como sócio em sociedade empresária ou então como proprietário de empresário individual?
Certamente não podem ser todas as pessoas, razão pela qual a legislação fez algumas seleções/opções, criando assim um requisito principal que é a capacidade jurídica (como visto acima), ou seja, somente pode compor um empresário aquele que estiver em pleno exercício de seus direitos (capacidade de fato ou exercício).
	Observe que regra geral o problema é ser administrador de um empresário e não necessariamente ser sócio ou acionista, pois isso é permitido a todos. Sendo assim, as exceções à exigência acima (capacidade plena) são para a prática da administração (labor) empresarial
Além do acima exposto, se por algumas das várias possibilidades um menor de 18 anos se torne emancipado, não haverá qualquer problema para ele ser um sócio administrador ou então titular de um Empresário Individual (antes chamado de Firma Individual).
Há ainda a possibilidade de um menor de 16 anos receber um empresário (popularmente se diz empresa) por herança ou doação, quando então passará a ser titular de ações ou quotas, compondo assim um empresário (mas não poderá administrar), porém, será representado por um responsável. Entre 16 e 18 anos poderá ser sócio, porém, deverá estar assistido (acompanhado) por um responsável jurídico (pais, por exemplo).
Esta é a previsão legal sobre o assunto. Na próxima página dessa aula web você verá quem está impedido de ser administrador empresarial, seja como sócio ou não.
Quanto aos impedimentos, anote aí quais são os principais:
1. O Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos, em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
2. Cônjuges (casados) não podem ser sócios entre si, ou com terceiros, os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação obrigatória; 
3. Médico para o exercício simultâneo da farmácia; 
4. Farmacêutico para o exercício simultâneo da medicina; 
5. Condenado a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação;
E então, está surpreso? Realmente são várias as situações que alguém, mesmo sendo capaz, está impedido de exercer a atividade de sócio como administrador, mas não são apenas estas, pois existem outras hipóteses. Veja só:
1. O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; 
2. O funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações; 
3. O Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; 
4. O magistrado; 
5. Os membros do Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público Federal; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar; Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
6. Os membros do Ministério Público dosEstados, conforme a Constituição respectiva; 
7. O falido, enquanto não for legalmente reabilitado.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Diante dos custos para utilização dos cartões de crédito ou débito, como fazer para aprimorar o comércio sem utilização de dinheiro em mãos? É possível? É confiável e seguro pagar com dinheiro ou cheque?
2. A desconsideração da pessoa jurídica é algo mais para o “bom” (eficaz, eficiente, etc) ou para o “mau” no sistema jurídico brasileiro? Como tal tema repercute no dia-a-dia empresarial?
GLOSSÁRIO:
Empresário: Titular de direitos e obrigações e não se confunde com a pessoa física ou jurídica que componha o seu quadro dos sócios.
Empresário Individual: Pessoa física equiparada a pessoa jurídica e que exerce individualmente a atividade empresarial.
Sociedade empresária: Duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) que se unem para praticar uma atividade empresarial e que podem assumir algum dos formatos existentes (Sociedade Limitada; Anônima; em Comandita; etc).
Unidade 1 – Notas Promissórias, Duplicatas e Outras Modalidades Negociais
Aqui trataremos de algo importante, mas não tão usado como o cheque: A Nota Promissória.
Como o próprio nome diz, ela é uma PROMESSA DE PAGAMENTO. Desta forma, por ser promessa, o seu inadimplemento jamais configurará o crime de estelionato (igualmente acontece no cheque pós-datado).
Uma de suas grandes vantagens em relação ao cheque é que ela prescreve em 3 (três) anos. Sendo assim, depois de não paga, você ainda tem o referido prazo para mover uma ação de execução (podendo inclusive penhorar bens do devedor, levar a leilão, etc).
Por outro lado, uma das desvantagens é que a promissória não pode ser apresentada em banco para desconto, mas somente direto com o devedor. Com isso, este não sofre maiores problemas caso não pague (ao contrário do cheque, onde o inadimplente pode ter a conta bancária bloqueada/cancelada e ainda seu nome pode ser inscrito no CCF – Cadastro de Cheque sem Fundo do Banco Central do Brasil).
Depois de você adquirir estes conhecimentos, ficará mais fácil compreender o conceito da Promissória, qual seja: “A nota promissória é uma promessa do subscritor de pagar a quantia determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título”. (Coelho, 2008, p.433)
Dando continuidade sobre o assunto da Nota Promissória, para que você possa visualizar melhor, abaixo trago um exemplo de nota promissória:
É interessante destacar em relação à Promissória que seu modelo é livre (ao contrário do cheque que segue o padrão determinado pelo Banco Central). Nada obstante, não pode faltar o preenchimento dos requisitos que você leu no texto indicado na página anterior dessa aula web.
Além disso, a Promissória é considerada um título não causal no que se refere à sua emissão. Explicando melhor, ela existe sem a necessidade de se identificar a sua causa.
Ao contrário do mencionado no parágrafo anterior ocorre com as duplicatas que não tenham sido aceitas (confirmadas) pelo devedor, quando então o credor deverá para exercer seus direitos (cobrança, protesto, etc) provar através de uma nota fiscal e recibo de entrega do produto ou prestação de serviços que a duplicata tem causa em alguma relação comercial.
Então, está pensando sobre o que é uma duplicata?
Faça o seguinte, abra o livro no qual a disciplina se encontra e localize o item que trata das Duplicatas, lá você encontrará a citação que fizemos (Coelho, 2008, p. 459) sobre o conceito desse título de crédito.
Você deve ter percebido que a Duplicata é documento emitido após uma negociação comercial, motivo pelo qual deve (regra geral) estar acompanhada na Nota Fiscal e Recibo de entrega do produto ou prestação dos serviços. Tal exigência somente não acontecerá se houve o Aceite (anuência/concordância do devedor em relação ao conteúdo da duplicata)
A Duplicata é um título de crédito intimamente ligado ao dia-a-dia comercial, sendo assim muito utilizada pelos comerciantes para documentar a dívida de seus clientes advinda da venda de produtos ou prestação de serviços.
Responde para mim uma coisa: E aqueles boletos bancários que todos nós recebemos para pagamento de contas/faturas, são também duplicatas?
Dando continuidade, você encontrará nesta página e na seguinte uma abordagem sobre Outras Modalidades Negociais, como a Faturização (ou Factoring), o Contrato de Conta Corrente, bem como a respeito dos Cartões de Crédito/Débito.
Quanto à Faturização ou Factoring, tem-se que seu conceito é: “prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestações de serviços (factoring).” (SEBRAE, O que é factoring? 2004. Disponível em: <http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fac_oque.asp>. Acesso em: 21 jan. 2009).
A definição acima é também encontrada no art. 28 da lei nº 8981/95, que, como você sabe, pode ser encontrada no sítio eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/_Lei-Ordinaria.htm
Importante também destacar que uma empresa de Factoring não empresta ou capta dinheiro no mercado (ex: conta poupança ou corrente), porque estes são serviços bancários (SEBRAE – link acima informado).
A Faturização é caracterizada pela atividade de comprar créditos/direitos de outras empresas (pessoas jurídicas), assumindo assim os riscos de uma eventual inadimplência.
	Vá ao link abaixo e veja o pequeno texto sobre a diferença entre Factoring e o Sistema Bancário.
http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fac_dif.asp 
Atualmente, há um crescimento significativo das empresas de Faturização no Brasil, motivo pelo qual é importante você ter bom conhecimento a respeito.
Estou à disposição!
Para finalizar esta web aula, trago para você algumas informações a respeito da Conta Corrente e dos Cartões de Crédito/Débito.
No que se refere à Conta Corrente, tem-se que esta e do cotidiano dos cidadãos, eis que grande parte utiliza o sistema bancário para suas operações financeiras.
Basicamente em um contrato de conta corrente uma entidade bancária assume a obrigação de operar e movimentar uma conta conforme as ordens dadas pelo correntista (pagamento, depósito, crédito, débito, emissão de cheques, serviços de conta garantida – similar ao cheque especial, etc). Logicamente que alguns destes serviços exigem contrato especifico, mas todos eles estão ligados à existência da conta corrente.
Para finalizar essa parte, fique atento à melhor forma para encerrar uma conta corrente. Para tanto, trago o texto do link abaixo: http://portaldoconsumidor.wordpress.com/2013/02/22/saiba-como-encerrar-sua-conta-corrente-corretamente-para-evitar-dores-de-cabeca/
No que se refere aos cartões, o de crédito/débito também se tornou algo bem comum. Porém, eles não podem ser confundidos com os cartões de afinidade (operados e entregues por entidades não lucrativas ou de outras espécies de empresários). No seguinte link você pode encontrar a diferença entre os vários tipos de cartões: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=6032
Basicamente, os cartões de débito substituem as cédulas de dinheiro, já que no ato da compra o dinheiro sai imediatamente da sua conta bancária (que atualmente pode ser uma conta poupança ou corrente). Já na utilização do cartões de crédito, você assume com o banco uma obrigação de devolver o dinheiro que ele lhe empresa no ato da compra, pois você somente pagará pela compra que fez em uma data futura (pré-definida) e normalmente sem juros até o dia combinado, após, caso não haja pagamento integral, os juros geralmente são bem elevados.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Diante da atual situação da econômica e da massificação da utilização dos cartões, como você vê o futuro do cheque no Brasil?
2. Quais os requisitos para uma nota promissória e qual(is) as principais vantagens e desvantagens em relação ao cheque?
GLOSSÁRIO:
Cheque pós-datado: Popularmenteconhecido por cheque pré-datado.
Prazo prescricional do cheque: 6 meses mais o prazo para apresentação (30 ou 60 dias – conforme a praça de compensação e de emissão do título).
Inadimplemento: Não pagamento

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