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ISOMERIA Isômeros: Compostos que apresentam a mesma fórmula molecular porém, suas estruturas são diferentes. Isomeria Estrutural: átomos ligados em sequência diferente. Estereoisomeria (isomeria espacial): Os estereoisômeros diferem um do outro pelo arranjo espacial dos átomos. Confôrmeros Enantiômeros Diastereoisômeros MOLÉCULAS QUIRAIS Estruturas que não são sobreponíveis à sua imagem especular Estruturas que são sobreponíveis à sua imagem especular são aquirais Uma molécula não será sobreponível à sua imagem especular quando ela não apresentar um plano de simetria Moléculas quirais não apresentam plano de simetria ! Plano de simetria – plano que divide uma estrutura em duas partes iguais MOLÉCULAS QUIRAIS Quais moléculas apresentam um plano de simetria MOLÉCULAS QUIRAIS Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada - A luz pode ser tratada como uma onda eletromagnética Luz polarizada Analogia: ondas na água Um objeto flutuando na água se move para cima e para baixo em uma direção perpendicular àquela para onde a onda está se deslocando Visão frontal A oscilação ocorre em uma única direção MOLÉCULAS QUIRAIS Luz polarizada A luz pode ser tratada da mesma maneira: A luz é uma onda eletromagnética que oscila em uma direção perpendicular à direção que ela está se movendo No entanto, ao contrário de uma onda na água, a luz (não polarizada) pode oscilar em todas as direções perpendiculares àquela para onde luz está se deslocando. Visão frontal A oscilação ocorre em diferentes direções Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada MOLÉCULAS QUIRAIS Luz polarizada - Na luz polarizada a oscilação ocorre em apenas uma direção (a oscilação é limitada apenas a um plano – são selecionados os raios que oscilam no mesmo plano) Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada Visão frontal A oscilação ocorre em uma única direção COMO OBTER LUZ POLARIZADA Inúmeros processos e fenômenos físicos podem converter a luz em luz plano-polarizada, bloqueando ou removendo todas as vibrações, exceto aquelas que ocorrem no plano da polarização. Água – gelo – neve – areia - asfalto Luz incidente – não polarizada Luz refletida – polarizada Paralela à superfície A luz refletida como brilho da água, areia, neve, gelo, asfalto e outras superfícies se torna polarizada, com o plano de polarização paralelo à superfície refletora COMO OBTER LUZ POLARIZADA Óculos com lentes polarizadas - as lentes são feitas de filtros polarizadores que bloqueiam todos os planos de vibração, com exceção de um – o plano vertical, perpendicular às superfícies horizontais que emitem brilho Lente polarizadora Água – gelo – neve – areia - asfalto Lente polarizadora Bloqueia o brilho emitido pelas superfícies COMO OBTER LUZ POLARIZADA Consiste de cristais de calcita cortados em ângulos específicos e colados com uma resina (bálsamo do Canadá) que apresenta um índice de refração diferente. Prisma de Nicol A polarização da luz se dá pelo fato do índice de refração não ser o mesmo para todos os raios, na calcita. Com isso, em função do ângulo com o qual o mineral foi cortado, apenas um dos raios consegue atravessar o prisma, enquanto que o outro sofre reflexão total. Sofre reflexão total na interface da resina, pois o ângulo de incidência excede o ângulo crítico para a interface MOLÉCULAS QUIRAIS Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada O desvio da luz plano-polarizada pode ser medido com o auxílio de uma polarímetro O valor da rotação depende: Natureza da substância Concentração da solução Do comprimento do tubo de amostra Da temperatura Do comprimento de onda da luz utilizada Do solvente onde a amostra está solubilizada MOLÉCULAS QUIRAIS Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada Para comparar com precisão as medidas de polarização de várias amostras, todas as variáveis devem ser especificadas; Para converter as medidas a uma base mais sistemática define-se uma quantidade chamada rotação específica – [α] [α] = rotação observada comprimento do tubo (dm) x concentração (g/ml) ROTAÇÃO ESPECÍFICA [α]D25 = - 32,20 CHCl3 (c = 2,05) Temperatura: 25oC A fonte de luz do polarímetro é uma lâmpada de sódio Solvente Concentração (g/ml) MOLÉCULAS QUIRAIS Moléculas quirais são capazes de desviar o plano da luz polarizada EXEMPLO: Aplicação: A rotação específica é utilizada na caracterização de substâncias quirais Um composto (0,3g) é dissolvido em clorofórmio a um volume total de 10 ml. Quando esta solução é colocada em um tubo de 20 cm, observa-se uma rotação ótica de + 7,520 na linha D do sódio a 25oC. Qual é a rotação específica e como ela deve ser apresentada. Uma molécula pode apresentar uma região onde há duas possibilidades de arranjo para os átomos no espaço; Essa região é chamada de centro estereogênico (ou centro quiral); Esses dois arranjos possíveis são chamados de configurações e existem duas possibilidades de configuração: R ou S. CENTROS ESTEREOGÊNICOS Localizando centros estereogênicos → Carbono com quatro ligantes diferentes OBS: Outros átomos podem ser centros esterogênicos. No entanto, nesse curso, iremos considerar apenas o carbono Exemplo CENTROS ESTEREOGÊNICOS Centro estereogênico Dois arranjos possíveis As estruturas não são sobreponíveis EXERCÍCIOS Não é um centro estereogênico Não é um centro estereogênico Centro estereogênico CENTROS ESTEREOGÊNICOS Determinando a configuração do centro estereogênico: - Existem dois passos para a determinação da configuração de um centro estereogênico: Determinar a ordem de prioridade dos grupos ligados ao centro estereogênico Usar a orientação desses números para determinar a configuração Ordem de prioridade Os quatro átomos ligados ao centro estereogênico são ranqueados com números de 1 a 4, de acordo com o número atômico dos átomos. 1 – átomo de maior número atômico 4 – átomo de menor número atômico - No caso de dois átomos iguais, analiso os grupos ligados a esse átomo. CENTROS ESTEREOGÊNICOS Determinando a configuração do centro estereogênico: Centro estereogênico O → Z = 8 C → Z = 6 H → Z = 1 1 4 C H H H H H ? ? 1 4 3 2 EXERCÍCIOS – dar a ordem de prioridade CENTROS ESTEREOGÊNICOS Determinando a configuração do centro estereogênico: Determinação da configuração O grupo de menor prioridade deve estar para trás do plano Analisa-se se os números 1, 2 e 3 estão indo no sentido horário ou anti-horário 1 4 3 2 4 1 2 3 Rotação no sentido horário CONFIGURAÇÃO - R Rotação no sentido anti-horário CONFIGURAÇÃO - S CENTROS ESTEREOGÊNICOS Determinar se é R ou S CENTROS ESTEREOGÊNICOS Encontrar o centro estereogênico e determinar a configuração PROJEÇÃO DE FISCHER A projeção de Fischer é útil para desenhar moléculas que apresentam muitos centros QUIRAIS, em sequência Não há necessidade de desenhar ligações em traço cheio, desenha-se apenas linhas retas Bastante utilizada na representação de carboidratos 20 PROJEÇÃO DE FISCHER = = Os grupos na horizontal estão para frente do plano O carbono mais oxidado, em geral, fica para cima EXEMPLOS ENANTIÔMEROS Substâncias que apresentam relação objeto/imagem especular mas não são sobreponíveis Substâncias quirais Diferenças entre os enantiômeros Ambos apresentam as mesmas propriedades físico-químicas Uma exceção: rodam a luz polarizada com a mesma magnitude, mas um roda para a direita e o outro roda para a esquerda PF = 53o C pKa = 3,8 Solúvel em água [α]54621.5 = - 2,6o PF = 53o C pKa = 3,8 Solúvel em água [α]54621.5 = + 2,6o Desvia a luz para a esquerda Desvia a luz para a direita ENANTIÔMEROS DESENHAR OS ENANTIÔMEROS ENANTIÔMEROS Enantiômeros podem ser descritos como R ou S Enantiômeros podem ser descritos como (+)ou (-) OBS: O lado do desvio da luz polarizada não tem nenhuma relação com o fato do centro estereogênico ser R ou S. Um enantiômero R pode desviar a luz polarizada tanto para a esquerda quanto para a direita. O mesmo é válido para o enantiômeros S. CONFIGURAÇÃO DO CENTRO ESTEREOGÊNICO ROTAÇÃO DA LUZ POLARIZADA Desvia a luz polarizada para a esquerda Desvia a luz polarizada para a direita Enantiômeros podem ser descritos como (d) ou (l) ROTAÇÃO DA LUZ POLARIZADA Desvia a luz polarizada para a esquerda Desvia a luz polarizada para a direita (l) – levógiro (d) - destrógiro Enantiômeros podem ser descritos como D ou L Nomenclatura relativa à configuração do gliceraldeído Hidroxila para a direita Hidroxila para a esquerda MISTURAS RACÊMICAS Mistura de enantiômeros contendo 50% de cada um Não apresenta atividade ótica (o desvio da luz polarizada é zero) PF = 53o C pKa = 3,8 Solúvel em água [α]54621.5 = - 2,6o PF = 16,8o C [α]54621.5 = 0 MISTURA RACÊMICA 50% 50% PF = 53o C pKa = 3,8 Solúvel em água [α]54621.5 = + 2,6o Estereoisomeria (isomeria espacial): Os estereoisômeros diferem um do outro pelo arranjo espacial. Confôrmeros Enantiômeros Diastereoisômeros DIASTEREOISÔMEROS São estereoisômeros que não apresentam relação objeto/imagem especular enantiômeros enantiômeros diastereoisômeros diastereoisômeros DIASTEREOISÔMEROS Diastereoisômeros apresentam propriedades físico-químicas diferentes (1R, 2S)-(-)-efedrina (1S, 2R)-(+)-efedrina PF = 40o C [α]D20 = - 6,3o PF = 40o C [α]D20 = + 6,3o (1S, 2S)-(+)-pseudoefedrina (1R, 2R)-(-)-pseudoefedrina PF = 117o C [α]D20 = + 52o PF = 117o C [α]D20 = -52o DIASTEREOISÔMEROS DIASTEREOISÔMEROS Isômeros E/Z (ou isômeros cis/trans) Uma dupla ligação não apresenta livre rotação E ou trans P.F. 299-300o C Z ou cis P.F. 140-142o C COMPOSTOS MESO Compostos que apesar de apresentarem centros estereogênicos são simétricos Objeto e imagem especular são sobreponíveis Qual a relação entre os pares? (idênticos, enantiômeros, diastereoisômeros) QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA Estereoisômeros apresentam diferentes arranjos espaciais Devido a isso, cada estereoisômeros pode interagir de maneira diferente com uma biomolécula Mesmo enântiômeros, que apresentam as mesmas propriedades físicas, podem interagir de maneira diferente com biomoléculas. Porquê? Determinadas moléculas, como por exemplo os fármacos, interagem com receptores proteicos e enzimas, que são estruturas quirais e com elevado nível de organização Como essas estruturas são quirais, a molécula que interage com ela deve ter um arranjo espacial muito bem definido QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA Transcriptase reversa do HIV QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA Noradrenalina – hormônio liberado pelo organismo em situações de stress Produz efeitos como o aumento dos batimentos cardíacos, aumento da pressão sanguínea, dilatação das pupilas, dilatação da passagem de ar pelos pulmões Torno o organismo apto a enfrentar situações de stress APRESENTA EM SUA ESTRUTURA UM CENTRO QUIRAL DE CONFIGURAÇÃO ABSOLUTA R QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA A noradrenalina se liga em receptores localizados na membrana celular (receptores alfa) R S Consegue se ligar aos três sítios de interação Liga-se apenas a dois sítios QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA Quando esse fármaco foi lançado no mercado, ele era considerado seguro para o uso de grávidas, sendo administrado como uma mistura racêmica. No entanto, o enantiômeros S da talidomida leva à má formação congênita, afetando principalmente o desenvolvimento normal dos braços e pernas do bebê. QUIRALIDADE E ATIVIDADE BIOLÓGICA (-) - mentol O (+)-limoneno, isômero encontrado principalmente nas cascas da laranja, está relacionado à atividade inseticida do óleo essencial da laranja.
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