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Roteiro do ponto 6.O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO.

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FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 
 
 
PORTO ALEGRE - RS 1 
 
Roteiro do ponto 
6. EFICÁCCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAS 
1) Eficácia das normas constitucionais: teoria tradicional e teoria moderna. 
A constituição, em função de sua característica abstrata, apresenta necessidade de 
complementação. Assim, pergunta-se se as normas da constituição, na falta de regulamentação, 
teriam eficácia. A classificação segundo o grau de aplicabilidade da norma constitucional é diferente 
de acordo com a Doutrina a ser estudada. 
Pela doutrina norte-americana ou tradicional, que teve colaboração decisiva de Rui Barbosa 
para a implantação entre nós, elas são classificadas em auto-executáveis e não auto-executáveis. 
a. Auto-executáveis (ou auto-aplicáveis) seriam aquelas normas que possuem todos os 
elementos necessários à sua aplicação. 
b. Já as normas constitucionais carentes de regulamentação seriam classificadas como não 
auto-executáveis, ou seja, não são possuidoras de eficácia até que uma lei lhes torne 
executáveis. Essas últimas seriam normas programáticas, princípios e regras de caráter geral, a 
serem convenientemente desenvolvidos e aplicados pelo legislador ordinário. 
A crítica que se faz a essa classificação reside no fato de considerar as normas não auto-aplicáveis 
como desprovidas de eficácia. 
 Crítica política: essa doutrina é um instrumento da retórica jurídica, uma vez que nega eficácia 
de algumas normas. 
 Critica jurídico-formal: algumas normas constitucionais ficam paralisadas na sua ação por falta 
da norma regulamentadora. Assim, há uma inversão na hierarquia das normas, já que uma 
norma constitucional depende de uma norma infraconstitucional para ter eficácia. 
 
Já pela doutrina italiana ou moderna, todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia 
jurídica e imediatamente aplicáveis. A partir deste reconhecimento, há a necessidade de identificação 
do grau de eficácia que a norma constitucional possui. A título de exemplo, apresentarei a 
classificação dada por José Afonso da Silva: 
a. Normas constitucionais de eficácia plena: são aquelas que, desde a entrada em vigor da 
constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais. Possuem 
aplicabilidade direta, imediata e integral. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo 
e o Judiciário. 
 Não há necessidade de outra norma para que haja a divisão tripartida de poderes. 
b. Normas constitucionais de eficácia contida: também incidem imediatamente e produzem (ou 
podem produzir) efeitos. O legislador constituinte regulou suficientemente os interesses 
relativos à determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da 
competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos 
FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 
 
 
PORTO ALEGRE - RS 2 
 
de conceitos gerais nelas enunciados. São de aplicabilidade direta, imediata, mas não 
integral. 
 
CF, Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 Por exemplo: é livre o exercício da profissão de manicure. 
 Pode o legislador, assim como fez com outras profissões, regulamentar a profissão de 
manicure, estabelecendo, por exemplo, a exigência de uma formação específica 
(restringindo a liberdade de exercício dessa profissão) 
c. Normas constitucionais de eficácia limitada: são aquelas que não produzem todos os seus 
efeitos essenciais com a simples entrada em vigor da Constituição. Apresentam aplicabilidade 
indireta, mediata e reduzida, necessitando de regulamentação para que possam surtir os 
efeitos essenciais desejados pelo Poder Constituinte. No entanto, como todas as demais 
normas constitucionais, possuem eficácia mínima, invalidando normas posteriores ou não 
recepcionando as anteriores que lhes sejam contrárias. 
d. Por fim, as normas de eficácia limitada dividem-se em dois grupos: 
1) definidoras de princípio institutivo. 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. 
2) definidoras de princípio programático. 
 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
2) Tomando por referência o inciso VII do Artigo 37 da Constituição, pode-se dizer que se trata de 
norma constitucional autoaplicável? Contextualiza e examina todos os aspectos do tema. 
Não produzem efeitos → mas são providas de eficácia 
jurídica... 
 
1) Eficácia limitada, e 
 
2) Eficácia negativa: 
 
a) revogam disposições contrárias 
b) impedem criação ulterior de normas que contrariem os 
programas por elas estabelecidos. 
FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 
 
 
PORTO ALEGRE - RS 3 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
A expressão auto-aplicável diz respeito da doutrina tradicional, que nega eficácia às normas 
constitucionais carentes de regulamentação. Já que, pelo texto do inciso, há necessidade de lei 
específica para o exercício do direito de greve, esta norma, carente de regulamentação, seria 
classificada como não auto-aplicável. 
Nos termos da doutrina moderna, a expressão não é própria. Tratar-se-ia de uma norma 
dependente de regulamentação para totalizar a sua eficácia, ou seja, seria classificada como norma de 
eficácia limitada. 
Relativamente ao direito de greve, o Supremo Tribunal Federal, em sua maioria, classificou 
artigo 37, VII, da CRFB/88, como norma de eficácia limitada. E, em 2007, julgando Mandados de 
Injunção, determinou que enquanto o Congresso Nacional não regulamentar o dispositivo 
constitucional que garante o direito de greve do funcionalismo público, vale a Lei 7.783/89, que 
regulamenta a greve para o setor privado, guardadas as diferenças entre o serviço público e o privado. 
Por analogia. 
Obs: 
Mandado de injunção: CF, Art. 5º, inciso LXXI 
ADI por omissão: CF, art 103, § 2º e lei 9868/99, art. 12-A 
 
3) Toda a norma constitucional é juridicamente eficaz? 
 
Pela doutrina tradicional, não. As não auto-executáveis, enquanto não regulamentadas não tem 
eficácia. 
Pela moderna, todas normas constitucionais têm eficácia. 
Depois disso, copiar questão 1. 
 
4) Possível demandar direito previsto na Constituição ainda carente de regulamentação? 
Sim, com base na doutrina moderna. Mecanismos: ADIN por omissão e Mandado de Injunção. 
Exemplo do mandado de injunção do direito de greve dos servidores públicos. 
Copiar questão 2, parte do direito de greve.FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 
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PORTO ALEGRE - RS 4 
 
Obs: 
Mandado de injunção: CF, Art. 5º, inciso LXXI 
ADI por omissão: CF, art 103, § 2º e lei 9868/99, art. 12-A 
 
5) Toda a norma constitucional é autoaplicável? 
Pela doutrina tradicional, não. 
Não faz parte da terminologia moderna. Mas, de acordo com a moderna, toda norma é auto-
aplicável. 
Depois disso, copiar questão 1. 
 
6) Nem toda a norma constitucional tem eficácia jurídica? 
Verdadeira se considerar a doutrina tradcional. 
Falsa, se considerar a doutrina moderna. 
Depois disso, copiar questão 1. 
 
7) Toda norma constitucional depende de regulamentação para ter eficácia. 
Falsa. Pela doutrina tradicional, há normas auto-executáveis e pela moderna há normas 
constitucionais de eficácia plena. 
 
8) Não é possível demandar direito previsto na Constituição ainda carente de regulamentação. 
Falso. Mecanismos: ADIN por omissão e Mandado de Injunção. 
Exemplo do mandado de injunção do direito de greve dos servidores públicos. 
Copiar questão 2, parte do direito de greve. 
Obs: 
Mandado de injunção: CF, Art. 5º, inciso LXXI 
ADI por omissão: CF, art 103, § 2º e lei 9868/99, art. 12-A 
 
9) Os direitos constitucionais independem de regulamentação para serem reclamados? 
Verdadeiro. É possível reclamar direito carente de regulamentação. 
Mecanismos: ADIN por omissão e Mandado de Injunção. 
Exemplo do mandado de injunção do direito de greve dos servidores públicos. 
FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 
 
 
PORTO ALEGRE - RS 5 
 
Copiar questão 2, parte do direito de greve. 
Obs: 
Mandado de injunção: CF, Art. 5º, inciso LXXI 
ADI por omissão: CF, art 103, § 2º e lei 9868/99, art. 12-A 
 
10) Como solucionar a hipótese de norma constitucional prescrevendo direito, carente de 
regulamentação, não ter sido regulamentada? Contextualiza e fundamenta. 
Por meio de dois mecanismos: ADIN por omissão e Mandado de Injunção. 
Exemplo do mandado de injunção do direito de greve dos servidores públicos. 
Copiar questão 2, parte do direito de greve. 
Obs: 
Mandado de injunção: CF, Art. 5º, inciso LXXI 
ADI por omissão: CF, art 103, § 2º e lei 9868/99, art. 12-A

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