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A era da reorganização e as origens da urbanística moderna

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A era da reorganização e as origens da urbanística moderna.
A origem da urbanística moderna está estritamente relacionada com os acontecimentos políticos, que foram consequência da Revolução Industrial. Nos países mais avançados economicamente, o poder político foi adaptado ao poder econômico. Assim como, o êxodo rural foi um fato que proporcionou muitas modificações na distribuição dos habitantes, o que gerou cidades insalubres e com péssimas condições de habitabilidade. Este resumo visa apresentar os principais pontos deste tema. A expressão da urbanização através da industrialização não deve ser tomada apenas pelo elevado número de pessoas que passaram a viver em cidades, mas, sobretudo pelo desenvolvimento do capitalismo industrial, que provocou fortes transformações nos moldes urbanos. As ocupações das cidades e distribuição dos habitantes sobre o território inglês sofreu direta e forte influência da Revolução Industrial, dessa forma os locais onde se concentravam as indústrias se tornaram novos aglomerados humanos em rápido desenvolvimento.
Essas cidades não possuíam representação política adequada, além de apresentar problemas de organização, como o fato de suas casas não atenderem a condições de conforto, segurança ou salubridade. Tais fatores geraram uma situação de sobrevivência aos que não tinham opção e se submetiam a viver desta forma.
Paralelamente a isso, houve a tentativa de melhorar com a promulgação de leis que auxiliavam no trabalho das fabricas, reduzindo horas de trabalho e vetando emprego de mulheres e crianças nas minas; e instituindo administrações municipais, que proviam para as cidades uma autoridade democrática, numa tentativa de tornar as decisões mais viáveis para os que mais eram afligidos com essas condições: os habitantes da cidade industrial. Nesse contexto, mostrou-se claramente a divergência entre liberdade e autoridade, pois a prioridade encontrava-se em resolver os problemas de organização buscando um sistema de regras adequado à sociedade industrial. Com essas iniciativas, então, vem surgindo a urbanística moderna, em que os problemas atuais são evidenciados e os instrumentos de intervenção antigos já não servem como resolução.
As cidades claramente passavam por mudanças, que resultaram em consequências concretas: a insalubridade, o congestionamento e a feiura. Além disso, o tratamento dos detritos se mostra um problema preocupante, com o lixo no meio urbano, a difícil distribuição de água e as epidemias causadas pelo mau tratamento desses fatores, a cidade começa a entrar em crise. Surge, então, a necessidade da disciplina do espaço se mover junto a sociedade industrial, fato demonstrado nitidamente através da criação de uma rede ferroviária, essa se caracteriza como um meio de modificar o território. 
A partir de então, por caminhos diversos, houveram importantes medidas que buscavam melhorar as condições sanitárias e de vida, como as leis sanitárias e a Comissão dos Pobres. Decisões como classificar as mortes de acordo com as causas contribuíram para que relatórios fossem emitidos, mostrando de uma vez por todas o tamanho do problema e gerando, assim, fortes iniciativas por legislações que pudessem mudar aquela realidade.
Logo, tornou-se iminente a criação e aprovação de leis sanitárias, como a Public Health Act, constituindo a base da legislação. Consequentemente, a lei urbanística aproveitou-se da expropriação para realização de obras, a fim de tornar o lugar adequado a habitabilidade. O fenômeno da aglomeração urbana também se mostrou um fator importante a ser analisado e igualmente não esquecido sobre o aspecto da cidade, a qual passou e ainda passa por transformações e crises constantes. O autor reforça que, tanto as melhorias da cidade quanto a aplicação das leis sobre esta, só se tornaram possíveis após um tempo e quando pessoas capazes de colocá-las em práticas tomaram seus postos na administração pública.
CONCLUSÃO
As cidades, como formas espaciais produzidas socialmente, mudaram efetivamente, com o reflexo das transformações estruturais, que ocorreram devido a cidade industrial. Posteriormente, a desordem tomou conta aliada a uma insalubridade constante. Sendo assim, as incessantes medidas de precaução tornaram possível a reorganização das cidades europeias. A sociedade autoritária convenceu-se que o modelo antigo de urbanização não supria as necessidades sociais e não acompanhava o desenvolvimento veloz dos centros comerciais. Dessa forma, os novos pensamentos e ideologias sobre a cultura arquitetônica evidencia a impossibilidade de preservar as regras e cria um estilo que não substitui e nem se funde ao anterior. Essa nova conduta baseava-se em fundamentos mais complexos de: bem estar, saúde, educação e trabalho aliado ao desenvolvimento.
BIBLIOGRAFIA
BENEVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. A era da reorganização e as origens da urbanística moderna. 3. ed. São Paulo: Perspectiva S.A., 2001.

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