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INTRODUÇÃO A CIENCIA DO DIREITO ANTINOMIAS E LACUNAS

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Maria Eduarda Grando
Introdução à Ciência do Direito – P2
ANTINOMIAS 
Norma: pode ser concebida como sendo um enunciado que qualifica um determinado comportamento ou um enunciado sintaticamente condicional que conecta uma conseqüência jurídica a um suposto feito/uma hipótese
Antinomia: conflito entre normas; é aplicar diversas e opostas soluções/resoluções a um caso que tenha uma única hipótese 
Relação norma e interpretação:
Uma antinomia pode ser evitada/prevenida por meio de uma interpretação;
Uma antinomia pode ser criada por uma interpretação;
Uma antinomia só pode ser apresentada com uma interpretação já realizada, pois ela é um conflito entre normas (no sentido de conteúdo normativo, significação dada ao texto/dispositivo legal)
Em conseqüência, a antinomia não pode ser resolvida pela via da interpretação 
RESOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA:
Critério Hierárquico (lei superior não cancela/derroga a inferior, mas a invalida/ilegítima- ineficácia total; tarefa que, por ex, na italia, entre lei e const só pode ser feita na Corte);
Critério da especialidade (lei especial derroga a geral)- função de excluir as outras duas em circunstâncias especificas (delimitar);
Critério Cronológico (lei mais nova abrroga a antiga; tarefa que pode ser feita por juiz ordinário);
Derrogar= suspender temporariamente ou parcialmente o efeito de uma norma;
Abrrogar= revogar por completo o efeito duma norma no caso concreto, não invalida a lei so torna nulo ou sem efeito
Técnicas Interpretativas para prevenir antinomias:
Interpretação adequativa: se adapta o significado de um texto ao significado previamente estabelecido de um outro texto de grau superior; leva como aspecto relevante algum principio de núcleo superior, pétreo (superioridade hierárquica/ estrutural)- usado na pratica jurisprudencial; espécie do gênero interpretação sistemática. Ex: lei à luz da Constituição
Interpretação restritiva: restringe/circunscreve o significado prima face de um texto legal de modo a excluir do seu campo de aplicação suposto feito/ fato/ hipótese que, segundo uma interpretação literal, estaria compreendida no campo de aplicação. Ex. proibido uso de água por indústrias (quer dizer água potável (restritivo) e não qualquer tipo de água (prima face)
- é um tipo de interpretação corretiva
-entender a intenção
Técnicas para resolver antinomias:
PRINCIPIO HIERÁRQUICO
Fontes hierarquicamente ordenadas e fontes diferentes (origem- l.ord,complementar,..)
Exemplo: constituição x lei
 A.2. PRINCIPIO DA COMPETÊNCIA
subsidiário ao principio hierárquico 
é aplicado em circunstancias específicas:
conflito entre normas provenientes de fontes de tipo diverso
não pode existir hierarquia entre as fontes
as fontes precisam ser reguladas por alguma norma superior, atribuindo a cada uma delas uma diversa esfera material de competência exclusiva
Exemplo: normas estatais e regionais, l. complementar e l.ordinária
PRINCIPIO CRONOLÓGICO
Em caso de conflito entre normas provenientes de fontes hierarquicamente equiparadas e de mesma esfera de competência, a norma anterior deve ser abrogada
CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE
A especial não abrroga nem torna invalida, somente derroga a geral
Propriedade relacional
A norma especial derroga a norma geral, ou seja, retira uma subclasse do seu campo de aplicação e dá à subclasse um tratamento especifico 
É uma espécie do gênero generalidade 
Norma geral e norma especial no mesmo documento: conflito só aparente, a norma especial é eficaz
Norma geral e norma especial em documentos diferentes: conflito é/pode ser real; pode suceder que uma delas é ineficaz. A norma pode ser ineficaz: porque está em contraste com uma norma sucessiva, e deve ser abrrogada (p.cronologico); porque esta em contraste com norma superior e deve ser considerada invalida (p. hieraquico)
O critério de especialidade dá definição, não oferece uma solução para a controvérsia. Trata-se de saber, então, se em determinadas situações e quais, uma norma derrogatória (especial) é eficaz (abaixo de quais condições é eficaz também a norma geral mesmo em presença da norma especial)
ESPECIALIDADE X HIERARQUIA- p. hierárquico prevalece
Caso 1: norma especial supraordenada à norma geral- a norma especial prevalece não por simplesmente ser especial, mas por ser hierarquicamente superior (não invalida a geral!- ex. geral: todos devem pagar IPVA; especial. Deficientes não pagam IPVA)
Caso 2: norma especial subordinada à norma geral- n.especial torna-se inválida (e portanto ineficaz)
ESPECIALIDADE X CRONOLOGIA
Caso 1: norma especial antecede a norma geral- a n.especial não é abrrogada pela norma geral sucessiva, mas constitui uma derrogação, limita seu campo de atuação (x Brasil uma n. especial só pode ser abrrogada por n. especial ou superior)
Caso 2: norma especial sucede a norma geral- n.especial derroga/limita o campo de atuação da n.geral, n. especial sucessiva prevalece
HIERARQUIA X CRONOLOGIA (p. hierarquico prevalece)
Norma hierarquicamente inferior, mas cronologicamente sucessiva
Norma hierarquicamente superior e cronologicamente sucessiva
normas sobre a produção jurídica: limitam o poder
Quem pode- normas que conferem competência aos órgãos – câmara municipal, assembléia legislativa...
Como pode- disciplinam o exercicio da competência – prescritiva
O que pode- delimita o conteúdo, o objeto da competência
O que não podem
Bobbio- Um enunciado que qualifica deonticamente um comportamento- nos modais do obrigatório permitido/proibido>>>>> 3 possibilidades de antinomias
Um enunciado que qualifica aleticamente- nos modais necessário-possivel/impossível
Inter. Sistemática- estrutural- intenção/objetivo
LAGUNAS
Na ausência de uma norma jurídica, o juiz deve criar o direito
Lacunas no 1º caso: sempre que um determinado comportamento não está deonticamente qualificado de modo algum por uma norma jurídica pertencente ao sistema
Lacunas no caso 2º caso: sempre que para um suposto feito não há prevista conseqüência jurídica por uma norma pertencente ao sistema
TÉCNICAS INTERPRETATIVAS PARA PREVENIR LACUNAS
Interpretação extensiva: incluir no campo de aplicação hipóteses além da interp. literal
Interpretação evolutiva: adaptar velhas leis a novas situações não previstas pelo legislador histórico
TECNICNICAS INTERPRETATIVAS PARA CRIAR LACUNA
Argumento de dissociação
Argumento a contrário: versão de argumento interpretativo 
TECNICAS PARA PREENCHER/RESOLVER LACUNAS
Argumento a contrário: versão de argumento produtivo 
Argumento à Similaridade/analogia
Recurso as Princípios Gerais do direito

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