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Infecção do Trato Urinário 
1. Definições 
• Bacteriúria Significativa:Cultura de urina com crescimento de > 105 ufc/ml. 
• Bacteriúria Assintomática: bacteriúria significativa (cultura positiva) na ausência de sintomas 
clínicos 
• Bacteriúria não é sinônimo de infecção. Só deve ser tratada na presença de sintomas clínicos. 
• Cistite: Inflamação ou infecção vesical 
• Pielonefrite aguda: Infecção da pelve ou parênquima renal, acompanhada de sintomas locais e 
sistêmicos. 
• Síndrome uretral aguda: polaciúria e disúria sem bacteriúria significativa. 
• Cistite aguda não complicada: 
Mulheres sexualmente ativas, não grávidas, sem doença de base, com sintomas < 7dias, sem 
anormalidades do trato genito-urinário. 
• ITU complicada: cistite ou pielonefrite 
SE presente os fatores de risco 
o Sintomas> 7dias 
o Diabete mellitus 
o Gravidez 
o Uso de corticóides ou imunossupressor ou doença imunossupressora 
o Insuficiência renal 
o Calculo ou alterações anatômicas do TGU 
o Presença de cateter vesical 
o Infecção adquirida no hospital 
o Falha terapêutica de ITU não complicada 
o Manipulação recente do trato urinário. 
o ITU em homens 
 
2. Etiologia: 
• E.coli: 80% das ITU agudas não complicadas 
• Proteus, Klebsiella, Serratia, 
• Staphylococcus saprophyticus causa 10% das ITU em mulheres jovens, sexualmente ativas 
• Enterococo sp: 10% ITU complicadas 
 
• Síndrome uretral aguda: Trichomonas tracomatis, N. gonorroeae, Clamydia trachomatis, 
Herpes simplex, Ureaplasma urealyticum. Atrofia uretral na menopausa,irritantes químicos 
(sabonetes e desodorante) 
 
3. Diagnóstico: Diagnóstico de ITU é feito primariamente pela história 
• Cistite: na ausência de leucorréia: História de disúria e polaciúria: 80% de sensibilidade. Pode 
apresentar desconforto supra-púbico, tenesmo urinário, hematúria, 
• Pielonefrite: sintomas urinários associados com febre, calafrios, vômitos, dor lombar. 
 
• Urina I > 10 leucócitos por campo 
Nitrito positivo: 50% sensibilidade e 80% especificidade. Nitrito negativo não exclui o diagnóstico. 
• Urocultura: Na presença de sintomas clínicos 
Positiva se > 105 ufc (sensibilidade 50% , se considerar >102 sensibilidade 90%) 
 
4. Tratamento 
4.1. Cistite aguda não complicada em mulheres jovens 
Não há necessidade de colher urocultura. O diagnostico é clínico. 
Tempo de tratamento 3 (três) dias: 
a. Sulfametoxazol+ trimetoprim: 400mg/80mg: 2 cp 2x/dia 
b. Norfloxacina: 400mg 2x/dia 
c. Ciprofloxacina: 250mg 2x/dia 
d. Cefuroxima 250mg 3x/dia 
e. Nitrofurantoína: 100mg 4x/dia. Usar por 7 dias. Não usar na insuficiência renal. 
Sete dias se teve ITU nos últimos 3 meses 
a. Sulfametoxazol+ trimetoprim: 400mg/80mg: 2 cp 2x/dia 
b. Nitrofurantoína: 100mg 4x/dia 
c. Cefalexina:500 mg 3x/dia 
d. Amoxacilina: 500mg 3x/dia 
e. Ciprofloxacina 250mg 2x/dia (evitar o uso em cistite não complicada) 
 
Nos casos de cistite aguda não complicada, não é necessário colher urocultura de 
controle após o final do tratamento, se houve boa evolução. 
 
4.2. ITU com fatores de risco de complicação ou diagnóstico de pielonefrite 
• Colher urocultura e iniciar tratamento. 
4.2.1.Tratamento Ambulatorail 
• Norfloxacina 400mg vo 12/12horas por 10 dias ou 
• Ciprofloxacina 500mg vo 12/12 horas por 10 dias ou 
• Sulfametoxazol+trimetoprim 2cp vo 12/12 po 14 dias ou 
• Ampicilina +Sulbactam 375mg-700mg vo 12/12 po 10 dias 
Adequar o antibiótico ao antibiograma, se necessário. 
 
4.3. Critérios para internação de pacientes com diagnóstico de Pielonefrite 
• Vômitos ou intolerância ao antibiótico via oral. 
• Diagnóstico de sepse / sepse grave. Presença de 2 ou mais dos seguintes: 
– T>38º ou < 36ºC, FC>90, FR>20, Leucócitos >12.000 ou <4.000 ou >10% bastões, 
confusão mental, oligúria, PA <90mmHg sístólica 
• Anomalias ou obstrução do TGU 
• Idade >60 anos 
• Imunodeprimido 
• DM descompensada 
 
4.4. Tratamento de Pielonefrite em paciente internados 
• Colher urocultura, hemograma, função renal e eletrólitos, 
• Se em sepse grave acrescentar hemocultura e gasometria 
• Introduzir antibiótico 
o Em indivíduos <60 anos com função renal preservada 
o Gentamicina: 5mg/kg/dia (com ampicilina se sepse grave) ou 
o Amicacina: 15 mg/kg/dia (com ampicilina se sepse grave) 
o Em >=60 anos ou com insuficiência renal 
o Ciprofloxacina 200-400mg ev 12/12 com ampicilina se sepse grave ou 
o Ceftriaxone: 1-2g ev 1x/dia com ampicilina se sepse grave ou 
o Ampicilina-sulbactam 1/5-2/1g ev 6/6hs 
 
• Passar para medicação via oral após 48 -72 horas da terapêutica endovenosa, se o paciente 
estiver clinicamente melhor e afebril há 24h. 
• Completar tratamento via oral por 10 a 14 dias. Não é necessário usar o mesmo antibiótico dado 
parenteral, escolha baseando-se no antibiograma, aquele que a bactéria se mostrar sensível. 
• Caso não haja melhora, avaliar possibilidade de obstrução e patologia ginecológica. 
• Colher urocultura de controle 7 dias após o térmico do tratamento. 
 
 5. ITU em pacientes com sonda vesical de demora 
 A presença da SVD provoca reação inflamatória e piúria. Pacientes com cateter vesical tem 
bacteriúria assintomática (urocultura positiva). 
• Não colher urina I em pacientes com SVD. 
• Não colher urocultura na ausência de sintomas sistêmicos. 
• O aspecto e cheiro da urina NÃO são critérios diagnósticos de ITU, e Não há indicação para a 
coleta de urina I e urocultura. 
• Só colher urocultura nos casos em haja sintomas clínicos de sepse (Presença de >2 dos 
seguintes: T>38º ou < 36ºC, FC>90, FR>20, Leucócitos >12.000 ou <4.000 ou >10% bastões, 
confusão mental, oligúria, hipotensão) 
• Instituir tratamento só nos casos de urocultura positiva com sepse, adequando-o ao 
antibiograma. Trocar sonda vesical antes do início do tratamento. 
 
 
6. Bacteriúria assintomática 
• Não deve ser tratada mesmo em idosos ou diabéticos. Sua presença não aumenta o risco de 
dano renal em diabéticos 
• Não tratar em pacientes com sonda vesical. 
• Ocorre em 90% dos idosos institucionalizados 
• Ocorre em 50% das mulheres menopausadas 
• Pacientes com sonda vesical de demora risco de bacteriúria assintomática 3-7% ao dia, 
chegando a 100% em pacientes com >28dias de cateterização vesical. Só devem ser tratados se 
em Sepse. 
Só deve ser tratada na grávida e no pré-operatório de cirurgias urológicas, transplantados enais. 
Não coletar urocultura como triagem pré-operatória de cirurgia ortopédicas de urgência. 
Bacteriúria assintomática não contra-indica cirurgia 
 
Bibliografia 
1. Wilson ML, Gaido L ; Laboratory diagnosis of urinary tract infections in adult patients. ; Clin Infect Dis ; 
2004 ; Vol. 38 ; pp. 1150-8 ; 
2. Fihn SD ; Clinical practice. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. ; N Engl J Med ; 
2003 ; Vol. 349 ; pp. 259-66 ; 
3. .Le TP, Miller LG ; Empirical therapy for uncomplicated urinary tract infections in an era of increasing 
antimicrobial resistance: a decision and cost analysis. ; Clin Infect Dis ; 2001 ; Vol. 33 ; pp. 615-21 ; 
4.. Warren JW, Abrutyn E, Hebel JR, et al. ; Guidelines for antimicrobial treatment of uncomplicated 
acute bacterial cystitis and acute pyelonephritis in women. Infectious Diseases Society of America 
(IDSA). ; Clin Infect Dis ; 1999 ; Vol. 29 ; pp. 745-58 ; 
5.. Kallen AJ, Welch HG, Sirovich BE; Current antibiotic therapy for isolated urinary tract infections in 
women.; Arch Intern Med; 2006; Vol. 166; pp. 635-9; 
6..University of Michigan Health System. Urinary tract infection. Ann Arbor (MI): University of Michigan 
Health System; 2005 May. 9 p. 
7. Scottish Intercollegiate Guidelines Network (SIGN). Management of suspected bacterial urinary tract 
infection in adults. A national clinical guideline. Edinburgh (Scotland): Scottish Intercollegiate Guidelines 
Network(SIGN); 2006 Jul. 40 p. (SIGN publication; no. 88).

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