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EXERCIOCIOS ONLINE DE PARASITOLOGIA - CONTEUDO 2

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07/12/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Leishmania sp.
Leishmaniose
 
             O gênero Leishmania está envolvido num espectro de doenças  tegumentares e viscerais, de caráter
crônico,  muitas  vezes  deformante,  transmitidas  por  flebotomíneos.  Estas  doenças  estão  associadas  à
degradação  ambiental,  pois  a  adaptação  do  vetor,  tipicamente  silvestre,  ao meio  urbano,  tem  facilitado  a
infecção humana. Com mais de 12 milhões de infectados em todo o mundo, estas zoonoses encontram­se
em franca expansão no Brasil, ocorrendo de forma endêmica no Norte, Nordeste, Centro­Oeste e Sudeste.
Devido ao grande número, as espécies de Leishmania  foram classificadas em complexos, de acordo com
os  quadros  clínicos  que  produzem,  de modo  que  os  complexos mexicana  e  braziliensis  estão  envolvidos
nas  manifestações  cutâneas  e  cutâneo­mucosas  e  o  complexo  donovani  na  leishmaníase  visceral  (vide
quadro). 
              O  homem  se  infecta  quando  um  flebotomíneo  do  gênero  Lutzomyia  (conhecido  vulgarmente  como
“mosquito­palha”,  “cangalhinha”,  “birigui”)  inocula  as  formas  promastigotas  durante  seu  repasto  sangüíneo.
Estas formas são fagocitadas por macrófagos teciduais, perdem o flagelo e convertem­se em amastigotas,
as  quais  se  reproduzem  por  divisão  binária  até  que  a  célula  hospedeira  fique  repleta  de  parasitos  e  se
rompa.  Com  a  destruição  da  célula,  inúmeras  amastigotas  são  liberadas  e  fagocitadas  por  outros
macrófagos,  dando  continuidade  aos  ciclos  de  reprodução  assexuada.  O  vetor,  por  sua  vez,  se  infecta
quando ingere sangue de um hospedeiro com as células parasitadas por amastigotas as quais, ao chegarem
no intestino do flebotomíneo, readquirem o flagelo, transformando­se em promastigotas. Estas reproduzem­
se por divisão binária e invadem as porções anteriores do estômago e do proventrículo, sendo inoculadas no
hospedeiro vertebrado durante a hematofagia do vetor. 
      A ação patogênica do parasito está relacionada com a destruição celular provocada pela reprodução das
formas amastigotas. Na fase inicial da doença, a multiplicação do protozoário nas proximidades do ponto de
inoculação  provoca  uma  reação  inflamatória  caracterizada  pela  formação  de  um  pequeno  nódulo.  A  partir
daí, dependendo da espécie de Leishmania e da resposta do hospedeiro, a doença poderá evoluir de forma
benigna,  com  remissão  dos  sintomas  ou  evoluir  para  as  diferentes  manifestações  clínicas.  As  formas
cutâneas podem apresentar  lesões ulcerosas, verrucosas, papilomatosas, as quais podem ser  localizadas
ou difusas. Na forma visceral,  também conhecida como Calazar, os principais órgãos afetados são fígado,
baço e medula, que apresentam hipertrofia, levando ao enfraquecimento progressivo do paciente. 
              O  diagnóstico  pode  ser  feito  através  de  provas  imunológicas  como  ELISA,  imunofluorescência,
intradermorreação ou ainda por biópsia e isolamento em cultura. 
Além do  tratamento dos doentes, as medidas de controle das  leishmaníases baseiam­se no combate aos
flebotomíneos  e  na  eliminação  dos  cães  portadores,  pois  esta  espécie  animal  tornou­se  um  importante
reservatório com a adaptação do vetor ao meio urbano. 
       Leishmaníases do Novo Mundo e seus agentes etiológicos. 
      Leishmaníase Tegumentar Americana Leishmaníase Visceral Americana 
      Cutânea Cutâneo­mucosa Cutâneo­difusa 
      Complexo Braziliensis Complexo Braziliensis Complexo mexicana Complexo Donovani 
      L. (V.) braziliensis* L. (V.) braziliensis* L. (L.) mexicana L. (L.) chagasi* 
L. (V.) peruviana L. (L.) pifanoi L. (L.) donovani 
L. (V.) guyanensis* L. (L.)amazonensis* L. (L.) infantum 
L. (V.) panamensis 
Complexo Mexicana 
L. (L.) mexicana 
L. (L.) pifanoi 
L. (L.) amazonensis* 
L. (L.) venezuelensis 
Adaptado de Lainson; Shaw, 1987; Mazorchi, 1989. 
*ocorrência no Brasil.
Ciclo de vida da Leishmania chagasi 
1 Cão ou raposa naturalmente infectados;
2 Ao picar o animal ou o homem infectado, o inseto (mosquito­palha) suga,
juntamente com o sangue, o parasito (Leishmania chagasi) que causa a doença;
3­4 No intestino do inseto, o parasito se multiplica;
5­6 Ao picar o homem ou outro animal sadio, o flebótomo inocula o parasito;
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7 No homem, no cão ou na raposa, o parasito se multiplica principalmente no baço,
fígado e medula óssea, provocando a doença.
       A partir do seqüenciamento do DNA da Leishmania chagasi, pretende­se chegar à descoberta de novas
técnicas  terapêuticas  e  de  diagnóstico,  vacinas  e,  principalmente,  a  novas  drogas  para  o  cão  e  para  o
homem.
       O tratamento da leishmaniose varia de acordo com a forma da doença, mas é, na maioria das vezes,
longo e árduo. As drogas utilizadas, como Pentostam and Glucantime, causam vários efeitos colaterais.
             A partir da pesquisa do Genoma da Leshmania chagasi pode­se chegar a  indicações de  tratamento,
diagnóstico e drogas para quase 99% das doenças transmitidas pelo parasita Leishmania. Além do calazar,
existem  outras  formas  de  leishmaniose,  como  a  leishmaniose  tegumentar  ou  cutânea,  10  vezes  mais
comum  que  o  calazar, mas  que  não  chega  a matar.  A  leishmaniose  cutânea  é  causada  pela  Leishmania
braziliensis,  e  transmitida  também  pelo  Phlebotomus  intermedius,  conhecido  como mosquito­palha.  Seus
sintomas são feridas com crostas que não cicatrizam. No Brasil as leishmanioses estão presentes na região
Norte, Nordeste e Sudeste, e vêm apresentando franca expansão pelo país. 
Em  todo  o  mundo,  registram­se,  por  ano,  aproximadamente  2  milhões  de  novos  casos  de  leishmaniose.
Esta  alta  incidência  da  doença  com  lesões  desfigurantes  (tegumentares)  e  às  vezes  fatais  (viscerais)
levaram a Organização Mundial de Saúde a incluí­la entre as seis mais importantes endemias do mundo. 
 
 
Exercício 1:
As formas de Trypanosoma spp. encontradas no sangue dos mamíferos e no tubo digestivo dos HIs
artrópodes são:
A ­ Epimastigota e amastigota. 
B ­ Promastigota e epimastigota. 
C ­ Amastigota e epimastigota. 
D ­ Tripomastigota e epimastigota. 
E ­ Amastigota e tripomastigota. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ POR QUE SIM.
B ­ POR QUE SIM.
C ­ POR QUE SIM.
D ­ POR QUE SIM.
Exercício 2:
Na Leishmaniose visceral o parasito consegue atingir vários órgãos do hospedeiro vertebrado,
após ter sido infectado pelo mosquito. Qual a forma parasitária que o mosquito inocula nos
hospedeiros e o nome científico do vetor biológico?
A ­ Amastigota;  Lutzomyia intermédia 
B ­ Tripomastigota ; Lutzomyia longipalpis 
C ­ Promastigota; Lutzomyia longipalpis 
D ­ Epimastigota; Lutzomyia intermédia 
E ­ Opistomastigota; Lutzomyia intermedia 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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A ­ POR QUE SIM.
C ­ POR QUE SIM.
Exercício 3:
Assinale a alternativa incorreta em relação ao Trypanossoma cruzy e doença de Chagas
A ­ O Trypanossoma cruzi é um importante protozoário flagelado, agente etiológico da doença de Chagas,
tripanossomíase americana ou esquizotripanose. A doença foi descoberta em 1909 pelo médico brasileiro
Carlos Chagas. O nome Trypanossoma cruzi, dado ao agente causador, foi uma homenagem de Chagas
ao epidemiologista Oswaldo Cruz.   
B ­ A doença de Chagas é uma infecção transmissível, causada por um parasito que circula no sangue
periférico e tecidos, provocandolesões teciduais graves, principalmente no aparelho reprodutor e em
órgãos do aparelho digestivo (esôfago e intestino).   
C ­ Sua transmissão exige a participação de um vetor ­ o inseto mais conhecido no Brasil como barbeiro
(Triatoma infestans), também chamado chupança, bicho­barbeiro, bicho­de­frade, bicho­de­parede,
bicudo, cascudo, chupão, chupa­pinto, fincão, furão, gaudério, percevejão, percevejo­do­sertão,
percevejo­gaudério, procotó, rondão ou vunvum, conforme a região. 
D ­ O vetor é um artrópode da classe Insecta, ordem Hemiptera, família Reduviidae e subfamília
Triatominae. 
E ­ O Trypanossoma cruzy costuma acometer pessoas que vivem em regiões, que apresentam péssimas
condições de habitação, ligados ao fator socio econômico cultural 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A ­ POR QUE SIM.
B ­ POR QUE SIM.
Exercício 4:
Em relação ao diagnóstico, controle e prevenção do Calazar. Assinale a resposta incorreta:
A ­ O inquérito sorológico deve ser realizado em cães através da coleta de sangue da orelha com papel
filtro e os animais positivos devem ser sacrificados, como medida preventiva, após avaliação criteriosa da
vigilância sanitária animal. 
B ­ Os linfonodos dos cães são atingidos pelo parasito e, portanto, a punção destes serve para um tipo de
diagnóstico parasitológico. 
C ­ Entre as medidas profiláticas mais eficientes no controle do Calazar, está o saneamento básico, como
o recolhimento de lixo doméstico na área urbana nas regiões endêmicas. 
D ­ A condição de positividade de um cão, após testes laboratoriais confirmatórios, ainda não são
suficientes para indicação do sacrifício do animal. 
E ­ O tratamento desta doença em humanos é recomendado pelas autoridades de saúde. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ POR QUE SIM.
B ­ POR QUE SIM.
C ­ POR QUE SIM.
D ­ POR QUE SIM.
Exercício 5:
Entre as vias de transmissão, para seres humanos consumidores e para os animais de áreas rurais, mais
preocupantes atualmente na doença de Chagas temos:
A ­ Via Oral e Vetorial 
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B ­ Via Cutânea e Vetorial 
C ­ Via Transfusão e Oral 
D ­ Via Congênita e Cutânea 
E ­ Via oral e congênita 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ POR QUE SIM.

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