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Método tópico-problemático e Princípio do efeito integrador Método tópico-problemático O método tópico-problemático foi desenvolvido por Theodor Viehweg (1907-1988), em sua obra Topik und Jurisprudenz (Tópica e Jurisprudência), de 1953. Theodor Viehweg retomou a tópica no campo jurídico, como uma forma de reação ao positivismo jurídico. O método tópico-problemático de interpretação constitucional tem por pressupostos: 1) a Constituição que é um sistema aberto de normas, o que significa dizer que cada uma das normas constitucionais admite interpretações distintas, que podem variar no tempo; 2) que um problema é uma questão que admite, também, respostas distintas; 3) que a tópica é uma técnica de pensar a partir do problema. Os operadores do direito servem-se de argumentos (topoi), os quais são submetidos a várias opiniões, favoráveis e contrárias afim de se descobrir qual a interpretação mais conveniente. O método atua sobre as Aporias (dificuldade de escolher entre duas opiniões contrárias e igualmente racionais sobre um dado problema). Os topoi são extraídos de princípios gerais, decisões judiciais, crenças e opiniões comuns, tendo como intervir, em caráter auxiliar, na discussão em torno de um problema concreto a ser resolvido. Há um processo aberto de argumentação entre vários intérpretes na busca da adequação da norma ao problema concreto. Parte-se de um caso concreto para a norma. É uma teoria da argumentação jurídica em torno do problema, que será solucionado pela argumentação. Vence não o argumento que for considerado correto, vence o argumento que for mais convincente. Exemplo: Na questão do aborto em caso de anencefalia (que é um problema, pois comporta mais de uma solução possível), vencerá a tese que conseguir convencer o maior número de pessoas. Princípio do método integrador De acordo com este princípio, na resolução dos problemas jurídico-constitucionais, deve-se dar prioridades as interpretações ou pontos de vista que favoreçam a integração política e social, e possibilitem o reforço da unidade política, porquanto essas são as finalidades precípuas da Constituição. Assim, partindo de conflitos entre normas constitucionais, a interpretação deve levar a soluções pluralisticamente integradoras. Permanece a ideia de que o intérprete deverá sempre que possível buscar soluções que propiciem a integração social e a unidade política na aplicação da norma jurídica, com respeito ao pluralismo existente na sociedade. A interpretação da Constituição não pode ser dada de modo a desfavorecer a desintegração social, a desintegração política, o conflito entre entes políticos, por exemplo. A Constituição deve ser interpretada de modo a integrar os entes federativos, a integrar os poderes que integram a república, tem que ser um elemento de integração e não de desagregação. Referências Bibliográficas CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 1998, p. 1050-1051. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 19. ed. São Paulo: Saraiva. 2015. CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição, p. 1084. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.56461&seo=1>. Acesso em: 04 mar. 2018. FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS CAMPUS SÃO NORBERTO MÉTODO TÓPICO-PROBLEMÁTICO E PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR GRADUANDO DO SEGUNDO PERÍODO DE DIREITO ANA FLÁVIA DE JESUS SANTOS ANNY KAROLINNY PARANHOS SANTANA DOS SANTOS BRUNA CECÍLIA SILVA RUAS CECÍLIA SILVA ARAÚJO DAIANE MARLEN CARVALHO DE SOUZA RODRIGUES ARAÚJO DANIELE PEREIRA SOARES MÁRCIA ALVES MACHADO MONTES CLAROS-MG 2018
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