Caderno de estudo- desenho tecnico unidade 3

157 UNIDADE 3 AS REPRESENT AÇÕES DO DESENHO TÉCNICO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS Esta unidade tem por objetivos: \u2022\ue231 apresentar\ue231a\ue231classi\ue119cação\ue231e\ue231a\ue231aplicação\ue231do\ue231desenho\ue231técnico\ue231de\ue231vistas\ue231e\ue231cor - tes; \u2022\ue231 explicar\ue231 a\ue231 importância\ue231 da\ue231 Associação\ue231 Brasileira\ue231 de\ue231 Normas\ue231 Técnicas\ue231 e\ue231 apresentar\ue231brevemente\ue231as\ue231normas\ue231destinadas\ue231ao\ue231desenho\ue231técnico; \u2022\ue231 conceituar\ue231o\ue231 desenho\ue231 de\ue231 edi\ue119cações\ue231 e\ue231 suas\ue231 representações\ue231 básicas\ue231 feitas\ue231 a\ue231 partir\ue231de\ue231plantas\ue231baixas\ue231e\ue231cortes; \u2022\ue231 demonstrar\ue231 como\ue231 são\ue231 feitas\ue231 as\ue231 construções\ue231 do\ue231 sistema\ue231 de\ue231 representação\ue231 de\ue231 plantas\ue231 baixas\ue231 e\ue231 cortes,\ue231 explicando\ue231 sua\ue231 \ue119nalidade\ue231 e\ue231 seus\ue231 elementos\ue231 míni - mos; \u2022\ue231 proporcionar\ue231 o\ue231 conhecimento\ue231 sobre\ue231 o\ue231 desenho\ue231 de\ue231 instalações\ue231 elétricas\ue231 pre - diais,\ue231compreendendo\ue231seus\ue231elementos,\ue231simbologias\ue231e\ue231diagramas. Esta\ue231 unidade\ue231 está\ue231 dividida\ue231 em\ue231 tr ês\ue231 tópicos.\ue231 Em\ue231 cada\ue231 um\ue231 deles\ue231 você\ue231 encon - trará\ue231atividades\ue231para\ue231ajudá-lo\ue231na\ue231compreensão\ue231dos\ue231conteúdos\ue231apresentados. TÓPICO\ue2311\ue231\u2013\ue231DESENHO\ue231TÉCNICO\ue231DE\ue231VIST AS\ue231E\ue231CORTES.\ue231NORMAS\ue231 \ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231DESTINADAS\ue231 AO\ue231DESENHO\ue231TÉCNICO\ue231(ABNT) TÓPICO\ue2312\ue231\u2013\ue231DESENHO\ue231DE\ue231EDIFICAÇÕES:\ue231PLANT A\ue231BAIXA\ue231E\ue231CORTE TÓPICO\ue2313\ue231\u2013\ue231DESENHO\ue231DE\ue231CIRCUITOS\ue231ELÉTRICOS\ue231PREDIAIS:\ue231 \ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231\ue231ELEMENTOS,\ue231SIMBOLOGIAS\ue231E\ue231ESQUEMAS 158 159 TÓPICO 1 DESENHO TÉCNICO DE VIST AS E CORTES NORMAS DESTINADAS AO DESENHO TÉCNICO (ABNT) UNIDADE 3 1 INTRODUÇÃO As\ue231vistas\ue231 e\ue231os\ue231 cortes\ue231são\ue231 formas\ue231de\ue231 representação\ue231ortográ\ue119ca\ue231 de\ue231um\ue231 objeto\ue231 e\ue231 têm\ue231 por\ue231 função\ue231 fornecer\ue231 detalhes\ue231 que\ue231 servirão\ue231 de\ue231 base\ue231 para\ue231 a\ue231 sua\ue231 execução.\ue231As\ue231 vistas\ue231 mostram\ue231 os\ue231 elementos\ue231 externos\ue231 (as\ue231 faces),\ue231 e\ue231 os\ue231 cortes\ue231 possuem\ue231 a\ue231 \ue119nalidade\ue231 de\ue231 revelar\ue231internamente\ue231o\ue231objeto.\ue231 Todas\ue231essas\ue231ferramentas\ue231 e\ue231informações\ue231 do\ue231desenho\ue231 técnico\ue231são\ue231regulamentadas\ue231e\ue231normatizadas\ue231pela\ue231 Associação\ue231Brasileira\ue231de\ue231Normas\ue231 Técnicas.\ue231 Este\ue231 tópico\ue231 está\ue231 destinado\ue231 a\ue231 estes\ue231 dois\ue231 conteúdos\ue231 importantes\ue231 para\ue231 o\ue231 desenho\ue231técnico\ue231que\ue231você\ue231precisa\ue231conhecer.\ue231V amos\ue231lá? 2 DESENHO DE VIST AS Como\ue231 já\ue231vimos\ue231 na\ue231Unidade\ue231 2\ue231deste\ue231 caderno\ue231de\ue231 estudos,\ue231no\ue231 desenho\ue231técnico\ue231 as\ue231 representações\ue231 grá\ue119cas\ue231 obtidas\ue231 através\ue231 da\ue231 projeção\ue231 ortográ\ue119ca\ue231 do\ue231 objeto\ue231 corresponderão\ue231às\ue231tr ês\ue231vistas\ue231principais: \u2022\ue231 A\ue231projeção\ue231no\ue231plano\ue231vertical\ue231corresponde\ue231à\ue231vista\ue231frontal. \u2022\ue231 A\ue231projeção\ue231no\ue231plano\ue231horizontal\ue231corresponde\ue231à\ue231vista\ue231superior. \u2022\ue231 A\ue231projeção\ue231no\ue231plano\ue231de\ue231per\ue119l\ue231corresponde\ue231à\ue231vista\ue231lateral\ue231esquerda. Agora\ue231 que\ue231 você\ue231 já\ue231 sabe\ue231 o\ue231 que\ue231 são\ue231 as\ue231 vistas\ue231 em\ue231 um\ue231 desenho,\ue231 iremos\ue231 aprofundar\ue231 um\ue231 pouco\ue231 mais\ue231 sobre\ue231 a\ue231 classi\ue119cação\ue231 delas,\ue231 começando\ue231 pelo\ue231 que\ue231 chamamos\ue231de\ue231vistas\ue231necessárias. 2.1 VIST AS NECESSÁRIAS E SUFICIENTES V eri\ue119ca-se\ue231que\ue231às\ue231vezes\ue231a\ue231representação\ue231 de\ue231um\ue231número\ue231elev ado\ue231de\ue231vistas\ue231é\ue231 desnecessária\ue231e\ue231que,\ue231ainda,\ue231não\ue231se\ue231considera\ue231correta\ue231uma\ue231representação\ue231em\ue231que\ue231se\ue231 encontre\ue231excesso\ue231de\ue231 informação.\ue231Por\ue231 isso\ue231devemos\ue231estudar\ue231cuidadosamente\ue231 todas\ue231 as\ue231 combinações\ue231 de\ue231 vistas,\ue231 observ ando\ue231 quais\ue231 são\ue231 as\ue231 mais\ue231 representativas.\ue231 Desta\ue231 forma\ue231 é\ue231 possível\ue231 obtermos\ue231 uma\ue231 leitura\ue231 exata\ue231 com\ue231 o\ue231 menor\ue231 número\ue231 de\ue231 elementos\ue231 desenhados.\ue231 Na\ue231 maioria\ue231 das\ue231 representações\ue231 da\ue231 engenharia\ue231 e\ue231 do\ue231 design \ue231 industrial,\ue231 tr ês\ue231vistas\ue231são\ue231su\ue119cientes\ue231(VERSUS,\ue2312016).\ue231\ue231 160 UNIDADE 3 | AS REPRESENT AÇÕES DO DESENHO TÉCNICO O\ue231 mesmo\ue231 não\ue231 poderá\ue231 ser\ue231 dito,\ue231 por\ue231 exemplo,\ue231 em\ue231 relação\ue231 à\ue231 arquitetura,\ue231 em\ue231 que\ue231 inicialmente\ue231 são\ue231 necessárias\ue231 no\ue231 mínimo\ue231 quatro\ue231 vistas\ue231 de\ue231 uma\ue231 edi\ue119cação\ue231 (que\ue231 chamamos\ue231 de\ue231 fachadas).\ue231Assim,\ue231 o\ue231 número\ue231 de\ue231 vistas\ue231 necessárias\ue231 e\ue231 su\ue119cientes,\ue231 que\ue231 pode\ue231 v ariar\ue231 entre\ue231 duas\ue231 a\ue231 seis,\ue231 deve\ue231 ser\ue231 instituído\ue231 caso\ue231 a\ue231 caso.\ue231 Uma\ue231 vez\ue231 estabelecidas\ue231 as\ue231 vistas\ue231 necessárias\ue231 e\ue231 su\ue119cientes,\ue231 é\ue231 necessário\ue231 escolher\ue231 qual\ue231 das\ue231 vistas\ue231 deverá\ue231 assumir-se\ue231 como\ue231 principal,\ue231 em\ue231 função\ue231 da\ue231 qual\ue231 resultaram\ue231 as\ue231 demais.\ue231 Por\ue231 isso,\ue231 recomenda-se\ue231 que\ue231 sejam\ue231 executadas\ue231 tantas\ue231 vistas\ue231 quantas\ue231 forem\ue231 necessárias\ue231 à\ue231 perfeita\ue231 caracterização\ue231 da\ue231 forma\ue231 do\ue231 objeto.\ue231 Estas\ue231 vistas\ue231 devem\ue231 ser\ue231 selecionadas\ue231 conforme\ue231os\ue231seguintes\ue231critérios\ue231(VERSUS,\ue2312016): \u2022 A vista mais importante de um o bjeto deve ser utilizada como a vista fr ontal, contendo pr efer encialmente o comprimento do objet o e o maior número de detalhes. \u2022 Limitar ao máximo o númer o de vistas. \u2022 Evitar vistas com r epetição de detalhes. (ABNT , NBR 1006 7 , 1995). 2.2 SUPRESSÃO DE VIST AS De\ue231 acordo\ue231 com\ue231 o\ue231 que\ue231 foi\ue231 visto\ue231 anteriormente,\ue231 um\ue231 objeto\ue231 pode\ue231 ser\ue231 representado\ue231 através\ue231das\ue231tr ês\ue231 vistas\ue231ortográ\ue119cas\ue231 principais\ue231(frontal,\ue231 lateral\ue231esquerda\ue231e\ue231 superior )\ue231 ou\ue231 por\ue231 mais\ue231 de\ue231 tr ês\ue231 vistas\ue231 (até\ue231 seis),\ue231 conforme\ue231 a\ue231 sua\ue231 complexidade\ue231 de\ue231 forma\ue231 ou\ue231 detalhes.\ue231 Se\ue231 o\ue231 objeto\ue231 tiver\ue231 formas\ue231 e\ue231 detalhes\ue231 simples,\ue231 a\ue231 sua\ue231 representação\ue231 pode\ue231 ser\ue231 reduzida\ue231 de\ue231 tr ês\ue231 para\ue231 duas\ue231 ou\ue231 até\ue231 mesmo\ue231 para\ue231 uma\ue231 única\ue231 vista.\ue231 Ao\ue231 suprimir\ue231 alguma\ue231vista,\ue231deve-se\ue231respeitar\ue231alguns\ue231critérios,\ue231como: \u2022 A vista fr ontal sempre ser á mantida, uma vez que é a de maior importância. \u2022 Ser ão suprimidas as vistas que não apresentar em detalhes importantes par a a compreensão da forma do objet o, como, por exemp lo, r aios de circunf erência e ângulos (VERSUS, 20 16). 2.3 VIST AS DE PEÇAS SIMÉTRICAS (MEIA-VIST A) De\ue231 acordo\ue231 com\ue231 a\ue231 NBR\ue231 10067\ue231 (ABNT ,\ue231 1995),\ue231 quando\ue231 a\ue231 peça\ue231 for\ue231 simétrica,\ue231 podemos\ue231 representar\ue231 a\ue231 vista\ue231 apenas\ue231 em\ue231 uma\ue231 parte\ue231 do\ue231 todo.\ue231 Isto\ue231 é\ue231 possível\ue231 desde\ue231 que\ue231 esta\ue231 parte\ue231 contenha\ue231 todos\ue231 os\ue231 detalhes\ue231 necessários\ue231 para\ue231 a\ue231 interpretação\ue231 do\ue231 objeto.\ue231 Desta\ue231 forma,\ue231 podem\ue231 ser\ue231 representadas\ue231 pela\ue231 metade,\ue231 quando\ue231 a\ue231 linha\ue231 de\ue231 simetria\ue231 dividir\ue231 a\ue231 vista\ue231 em\ue231 duas\ue231 partes\ue231 iguais,\ue231 ou\ue231 quando\ue231 as\ue231 linhas\ue231 de\ue231 simetria\ue231 dividirem\ue231em\ue231quatro\ue231partes\ue231idênticas\ue231(MICELI;\ue231FERREIRA,\ue2312001). ATENCAO ATENCAO 161 TÓPICO 1 | DESENHO TÉCNICO DE VIST AS E CORTES NORMAS DESTINADAS AO DESENHO TÉCNICO (ABNT) FIGURA 153 \u2013 VIST AS DE PEÇAS SIMÉTRICAS COM DUAS E COM QUA TRO PARTES IGUAIS FONTE: Disponível em: om.br/content/ABAAAfST8AG/desenho-tecnico- basico-maria-teresa-miceli>. Acesso em: 26 jan. 2016 . A\ue231representação\ue231da\ue231simetria\ue231pode\ue231ser\ue231feita\ue231de\ue231duas\ue231formas: \u2022 As linhas de simetria da vista passam a r eceber dois traços curt os nas suas extremidades, perpendicular es a elas. \u2022 As linhas da peça (arest as) são traçadas um pouco além das linhas de simetria, indicando que continuam naquela direção . (MICELI; FERREIRA, 2001). 2.4 VIST AS AUXILIARES De\ue231 acordo\ue231 com\ue231 a\ue231 NBR\ue231 10067\ue231 (ABNT ,\ue231 1995,\ue231 p.\ue231 5),\ue231 vistas\ue231 auxiliares\ue231 \u201csão\ue231 projeções\ue231 parciais,\ue231 representadas\ue231 em\ue231 planos\ue231 auxiliares\ue231 para\ue231 evitar\ue231 deformações\ue231 e\ue231 facilitar\ue231 a\ue231 interpretação\u201d.\ue231 Já\ue231 vimos\ue231 anteriormente\ue231 que\ue231 um\ue231 objeto\ue231 só\ue231 se\ue231 apresenta\ue231 com\ue231 sua\ue231 verdadeira\ue231 grandeza\ue231 quando\ue231 está\ue231 projetado\ue231 em\ue231 um\ue231 plano\ue231 paralelo.\ue231 No\ue231 entanto,\ue231 existem\ue231 objetos\ue231 com\ue231 uma\ue231 ou\ue231 mais\ue231 faces\ue231 inclinadas\ue231 que\ue231 também\ue231 precisamos\ue231 representar\ue231 de\ue231 forma\ue231 verdadeira.\ue231 P ara\ue231 isso,\ue231 utiliza-se\ue231 o\ue231 recurso\ue231 das\ue231 vistas\ue231 auxiliares,\ue231 que\ue231 são\ue231 vistas\ue231 que\ue231 possibilitam\ue231 mostrar\ue231 faces\ue231 oblíquas\ue231 de\ue231 peças\ue231 de\ue231 maneira\ue231que\ue231não\ue231\ue119quem\ue231deformadas.\ue231 Nelas,\ue231desenha-se\ue231somente\ue231a\ue231face\ue231 inclinada,\ue231 omitindo-a\ue231 da\ue231 vista\ue231 na\ue231 qual\ue231 encontra-se\ue231 inclinada.\ue231 Isso\ue231 é\ue231 possível\ue231 porque\ue231 será\ue231 no\ue231 conjunto\ue231 de\ue231 vistas\ue231 principais\ue231 e\ue231 auxiliares\ue231 que\ue231 será\ue231 demonstrada\ue231 a\ue231 forma\ue231 real\ue231 do\ue231 objeto\ue231(ARRUDA,\ue2312004). ATENCAO 162 UNIDADE 3 | AS REPRESENT AÇÕES DO DESENHO TÉCNICO FIGURA 154 \u2013 VIST AS AUXILIARES FONTE: Disponível em: om.br/content/ABAAAfST8AG/desenho-tecnico- basico-maria-teresa-miceli>. Acesso em: 26 jan. 2016 . 2.5 VIST AS ESPECIAIS (CORTE) Outros\ue231 recursos\ue231 são\ue231 usados\ue231 para\ue231 ilustrar\ue231 todos\ue231 os\ue231 detalhes\ue231 do\ue231 projeto,\ue231 como,\ue231por\ue231exemplo,\ue231as\ue231vistas\ue231em\ue231corte,\ue231que\ue231explicaremos\ue231mais\ue231adiante. 2.6 VIST AS ENCURT ADAS (LINHAS DE INTERRUPÇÃO) Quando\ue231precisamos\ue231representar\ue231 peças\ue231muito\ue231longas,\ue231 não\ue231precisamos\ue231fazer\ue231 seu\ue231 desenho\ue231 completo,\ue231 ou\ue231 seja,\ue231 a\ue231 peça\ue231 pode\ue231 ter\ue231 seu\ue231 desenho\ue231 simpli\ue119cado,\ue231 mostrando\ue231 somente\ue231 as\ue231 partes\ue231 que\ue231 contêm\ue231 detalhes\ue231 importantes\ue231 para\ue231 a\ue231 interpretação.\ue231 A\ue231 representação\ue231de\ue231 interrupção\ue231 é\ue231 feita\ue231 através\ue231 de\ue231 traçado\ue231 com\ue231 linha\ue231 estreita\ue231 (ABNT,\ue231 NBR\ue231 10067,\ue231 1995).\ue231 Mas,\ue231 atenção!\ue231 Conforme\ue231 já\ue231 estudamos\ue231 na\ue231 unidade\ue231 anterior,\ue231 mesmo\ue231que\ue231a\ue231peça\ue231seja\ue231interrompida,\ue231a\ue231 cota\ue231sempre\ue231será\ue231contínua.\ue231V eja\ue231o\ue231exemplo\ue231 da\ue231imagem\ue231a\ue231seguir: FIGURA 155 \u2013 VIST AS ENCURTADAS FONTE: Disponível em: om.br/content/ ABAAAfST8AG/desenho-tecnico-basico-maria-teresa-miceli>. Acesso em: 26 jan. 2016. 163 TÓPICO 1 | DESENHO TÉCNICO DE VIST AS E CORTES NORMAS DESTINADAS AO DESENHO TÉCNICO (ABNT) 3 DESENHO DE CORTES O\ue231 corte\ue231 é\ue231 uma\ue231 representação\ue231 utilizada\ue231 em\ue231 desenho\ue231 técnico\ue231 para\ue231 mostrar\ue231 a\ue231 parte\ue231 interna\ue231 de\ue231 um\ue231 objeto.\ue231 Para\ue231 isso,\ue231 ele\ue231 é\ue231 cortado\ue231 por\ue231 um\ue231 plano\ue231 vertical\ue231 imaginário\ue231 e\ue231a\ue231parte\ue231anterior\ue231a\ue231este\ue231plano\ue231é\ue231removida,\ue231deixando\ue231à\ue231mostra\ue231o\ue231seu\ue231interior. FIGURA 156 \u2013 DESENHO DE CORTE FONTE: Disponível em: eap.br/material/MA T24022010183930 .PDF>. Acesso em: 22 dez. 2015. 3.1 REPRESENT AÇÃO DE CORTES A\ue231 representação\ue231 em\ue231 corte\ue231 consiste\ue231 em\ue231 primeiro\ue231 imaginar\ue231 a\ue231 peça\ue231 cortada\ue231 por\ue231 um\ue231 plano,\ue231 depois\ue231 fazer\ue231 a\ue231 projeção\ue231 da\ue231 parte\ue231 restante\ue231 (aquela\ue231 que\ue231 se\ue231 quer\ue231 representar ),\ue231seguindo\ue231 as\ue231 mesmas\ue231 regras\ue231 do\ue231 rebatimento\ue231 do\ue231 desenho\ue231 de\ue231 vistas.\ue231 E,\ue231 por\ue231 último,\ue231 dar\ue231 acabamento\ue231 no\ue231 desenho\ue231 (espessura\ue231 de\ue231 linhas,\ue231 hachuras\ue231 etc.).\ue231 Assim\ue231 como\ue231 em\ue231 outros\ue231 desenhos,\ue231 a\ue231 representação\ue231 de\ue231 cortes\ue231 obedece\ue231 a\ue231 determinadas\ue231 regras\ue231que\ue231 devem\ue231ser\ue231 seguidas\ue231 para\ue231 que\ue231 o\ue231 desenho\ue231 seja\ue231 legível.\ue231São\ue231 normalizadas\ue231 pela\ue231 Associação\ue231 Brasileira\ue231 de\ue231 Normas\ue231 Técnicas\ue231 por\ue231 meio\ue231 da\ue231 norma\ue231 NBR\ue231 10067\ue231 (ABNT ,\ue2311995). O\ue231 local\ue231 onde\ue231 os\ue231 cortes\ue231 passam\ue231 pelo\ue231 objeto\ue231 precisa\ue231 ser\ue231 indicado.\ue231 P ara\ue231 isso,\ue231 utiliza-se\ue231 de\ue231 símbolos\ue231 e\ue231 textos.\ue231 A\ue231 indicação\ue231 do\ue231 corte\ue231 deve\ue231 ser\ue231 feita\ue231 em\ue231 uma\ue231 das\ue231 vistas\ue231(normalmente\ue231a\ue231superior )\ue231 através\ue231de\ue231uma\ue231 linha\ue231\ue119na\ue231feita\ue231 com\ue231traço\ue231e\ue231 ponto\ue231 e\ue231de\ue231uma\ue231seta\ue231que\ue231dev e\ue231estar\ue231posicionada\ue231para\ue231o\ue231lado\ue231da\ue231visualização\ue231do\ue231corte.\ue231Os\ue231 cortes\ue231dev em\ue231ser\ue231nomeados\ue231 para\ue231facilitar\ue231a\ue231 leitura\ue231do\ue231desenho,\ue231 principalmente\ue231em\ue231 objetos\ue231 mais\ue231 complexos\ue231 que\ue231 terão\ue231 um\ue231 maior\ue231 número\ue231 de\ue231 cortes.\ue231 Este\ue231 nome\ue231 é\ue231 dado\ue231 por\ue231uma\ue231letra\ue231maiúscula,\ue231iniciando\ue231com\ue231a\ue231letra\ue231 A. 164 UNIDADE 3 | AS REPRESENT AÇÕES DO DESENHO TÉCNICO FIGURA 157 \u2013 SIMBOL OGIA UTILIZADA P ARA MARCAR O PLANO DE CORTE FONTE: Disponível em: om.br/content/ABAAAfST8AG/desenho-tecnico- basico-maria-teresa-miceli>. Acesso em: 26 jan. 2016 . Em\ue231corte,\ue231 utilizamos\ue231hachuras\ue231para\ue231 marcar\ue231a\ue231parte\ue231 interceptada\ue231pelo\ue231plano\ue231 de\ue231 corte.\ue231 As\ue231 hachuras\ue231 são\ue231 representações\ue231 de\ue231 diversos\ue231 materiais\ue231 determinados\ue231 em\ue231 forma\ue231 de\ue231 convenção\ue231 pela\ue231 ABNT ,\ue231 através\ue231 da\ue231 NBR\ue231 12298\ue231 (1995).\ue231 A\ue231 seguir\ue231 são\ue231 mostradas\ue231 algumas\ue231 hachuras\ue231 previstas\ue231 na\ue231 norma,\ue231 mas\ue231 outras\ue231 também\ue231 podem\ue231 ser\ue231 utilizadas,\ue231desde\ue231que\ue231identi\ue119cadas\ue231(ABNT ,\ue231NBR\ue23112298,\ue2311995,\ue231p.\ue2313). 165 TÓPICO 1 | DESENHO TÉCNICO DE VIST AS E CORTES NORMAS DESTINADAS AO DESENHO TÉCNICO (ABNT) FIGURA 158 \u2013 DESENHOS TÉCNICOS DE DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENT O FONTE: ABNT (NBR 12298 , 1995, p. 3) Na\ue231confecção\ue231de\ue231hachuras,\ue231devemos\ue231respeitar\ue231as\ue231seguintes\ue231recomendações\ue231 gerais: \u2022 As hachur as devem ser f eitas sempre em tr aço estreito e suav e. \u2022 Devem ser desenhadas com os instrumentos de desenho (com exceções, como as de madeir a e concreto , que são mais fáceis de ser em realizadas à mão livr e). \u2022 Devem ter espaçament o e direção do ângulo de inclinação unif ormes em um mesmo desenho ou objeto , normalmente com um ângulo de 45° em r elação às linhas de contorno principais do objeto . \u2022 A linha da hachur a deve ser interr ompida par a escrever t exto ou cota no interior do o bjeto hachur ado. (MICELI; FERREIRA, 2001). DICAS 166 UNIDADE 3 | AS REPRESENT AÇÕES DO DESENHO TÉCNICO FIGURA 159 \u2013 CONFECÇÃO DE HA CHURAS EM CORTES FONTE: Disponível em: om.br/content/ ABAAAfST8AG/desenho-tecnico-basico-maria-teresa-miceli>. Acesso em: 26 jan. 2016. 3.2 TIPOS DE CORTES Como\ue231 já\ue231 vimos\ue231 anteriormente,\ue231 o\ue231 corte\ue231 é\ue231 uma\ue231 representação\ue231 utilizada\ue231 em\ue231 desenho\ue231 técnico\ue231 para\ue231 mostrar\ue231 a\ue231 parte\ue231 interna\ue231 de\ue231 um\ue231 objeto,\ue231 feita\ue231 através\ue231 de\ue231 uma\ue231 intersecção\ue231 com\ue231 um\ue231 plano\ue231 imaginário.\ue231 Esta\ue231 intersecção\ue231 pode\ue231 assumir\ue231 formas\ue231 v ariadas.\ue231 Apresentaremos\ue231a\ue231seguir: \uf0fc Corte total: o\ue231corte\ue231total,\ue231também\ue231conhecido\ue231por\ue231 corte\ue231pleno,\ue231é\ue231resultado\ue231 da\ue231 intersecção\ue231 longitudinal\ue231 ou\ue231 transversal\ue231 entre\ue231 o\ue231 plano\ue231 de\ue231 corte\ue231 e\ue231 o\ue231 objeto.\ue231 Este\ue231 tipo\ue231de\ue231corte\ue231é\ue231o\ue231mais\ue231comum,\ue231principalmente\ue231no\ue231desenho\ue231arquitetônico. V eja\ue231os\ue231exemplos\ue231a\ue231seguir:

Caderno de estudo- desenho tecnico unidade 3

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