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História Das Políticas De Saúde Pública No Brasil

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História Das Políticas De Saúde Pública No Brasil
 
O investimento em saúde nunca é suficiente, a saúde então sempre fica na moldura, isto é na periferia das ações.
Período Colonial – chegada das primeiras pessoas ao Brasil, não se preocupava com saúde.
A população era assistida por Boticários (farmacêuticos da época), a assistência a população era filantrópica, através das Santas Casas de Misericórdias.
Em 1789 haviam apenas 4 médicos no Rio de Janeiro, que era a capital do Brasil.
Brasil Império – 1808- vinda da família real  ao Brasil.
-Saneamento Mínimo,
-Controle de navios e saúde dos portos.
Com a família real vieram as primeiras faculdades de medicina, direito e bibliotecas.
Brasil República – 1889 até 1930  –  Proclamação da Republica. Adoção do voto direto pelo sufrágio universal – direito de voto, a todos os indivíduos considerados “intelectualmente maduros”(em geral os adultos),  Primeira Oligarquia do “Café com leite” – a burguesia mandava.
A falta de um modelo sanitário deixavam as cidades brasileiras a mercê das epidemias.
O então Presidente Rodrigues Alves, nomeou o sanitarista Oswaldo Cruz, como Diretor do Departamento  Federal de Saúde. que se propôs a erradicar a  febre amarela na cidade do Rio de Janeiro.   Foi criado um verdadeiro exercito de 1500 pessoas que passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito vetor da febre-amarela. Os chamados guardas sanitários entravam nas casas das pessoas e queimavam colchoes, roupas, etc..
Este modelo ficou conhecido como campanhista.
Em 1910 acontece a Revolta da vacina, a vacinação anti-varíola era obrigatória em todo território nacional.
Inicio do processo de industrialização no país, que se deu principalmente no eixo Rio-São Paulo.
Em 1917 e 1919 ocorreram as duas greves gerais, do movimento operário.
1923 – Foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei Eloi Chaves, marco inicial da previdência social no Brasil.
Através desta lei foram instituídas as Caixas de Aposentadoria e Pensão.(CAP’S), essa lei deveria ser aplicada somente ao operariado urbano.
Para que fosse aprovado no Congresso Nacional, dominado na sua maioria pela oligarquia rural, foi imposta a condição de que este beneficio não seria estendido aos trabalhadores rurais. Fato que na história da previdência social do Brasil perdurou até a década de 60.
1930 – Nasce a Previdência Social
Uma parcela é paga pelo patrão, uma parcela é descontada dos vencimentos do trabalhador e o governo prometeu entrar com uma parcela, o que só veio a acontecer  mais tarde, através da Constituição Federal de 1934.
Em 1930/45
Época de Getúlio Vargas –  Onde houve contenção de gastos e ações centralizadas do governo Federal para saúde publica.
1945 /66
Crise do regime capitalista, vem a Ditadura, suprimindo os direitos sócias da saúde, como a população não pode se expressar, por sua vez a saúde decai.
1966/73
O golpe de estado -31 de março de 1964, e instalaram um regime militar, com o aval dos Estados Unidos. Um processo que se repetiu na maioria dos países da América Latina.
Criaram-se atos institucionais, principalmente o de Nº 5 de 1968 ,que limitavam as liberdades individuais e constitucionais.
O êxito da atuação do executivo justivicava-se na área econômica, com o chamado milagre brasileiro, movido a capital estrangeiro.
saída da Ditadura, no período pós-ditadura as pessoas pleiteavam direitos, o povo passou a eleger seus dirigentes.
Houve o acirramento da crise e a Privatização da Assistência Médica.
1974/79
Cria-se o Ministério da Previdência Social, o sistema previdenciário não é mais atrelado ao Ministério do trabalho.
Crise, reforma e a consolidação da rede privada de saúde.
Em 1978 – A declaração de Alma-Ata , na conferência (OMS), propôs a participação da população sobre as ações da saúde: planejamento, organização, execução e controle.
Também declarou que a saúde deve ser dever do Estado e direito do cidadão.
1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde.
Princípios: – Conceito ampliado de saúde;
reconhecimento da saúde como direito da cidadania e dever do Estado;
defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde.
Em um sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. É assim antes de tudo,o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis da vida.
1988 – Nascimento do SUS – A Nova Constituição de 1988, no capitulo VIII da Ordem Social e na seção II referente à Saúde define no Artigo 196 que:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
1- Implantação do SUS;
2- Comando único em cada esfera do Governo;
3-  Primazia para o Município na execução das ações;
4-  Definição ampliada de saúde;
5- Saúde como dever do Estado e direito do cidadão;
6- Gerência através dos Municípios.
Princípios e Diretrizes do SUS-
Os principais são: Doutrinários : – Universalidade, Equidade e Integralidade.
e Organizativos: – Descentralização, Regionalização, Hierarquização e Participação Popular.  –  Resolubilidade ; Complementaridade do Setor Privado e Comando Único.
Universalidade – Todos tem direito à saúde, independente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.
Equidade – Todos tem direitos iguais conforme suas necessidades. As ações devem ser voltadas as necessidades reais da população a ser atendida.
Integralidade – tratar o ser humano de forma integral. Usando a prevenção, promoção e cura da doença.
Desses derivam alguns princípios organizativos: Hierarquização, Participação popular e Descentralização.
Hierarquização: –  entendido como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.; referencia e contra referência.
Participação Popular: –  ou seja a democratização dos processos decisórios consolidado na participação dos usuários dos serviços de saúde no chamados Conselhos Municipais de Saúde.
Descentralização: – consolida com a municipalização das ações da saúde, tornando o município gestor administrativo e financeiro do SUS.
Promoção – Eliminar ou controlar as causas das doenças, estas ações estão relacionadas à: tratamento da água e prevenção de doenças.
Hierarquização – Níveis de complexidade.
 
A participação popular se da através dos Conselhos de Saúde, todos os Municípiospossuem, eles são formados por:
50% de participação dos Usuários(população),
25% de representantes das instituições(administradores do SUS, e prestadores de serviços de saúde), e
25% de representantes dos trabalhadores da Saúde.
As Conferências da Saúde são realizadas no máximo a cada 4 anos.
Financiamento do SUS:
Tributos – Impostos, taxas e contribuições; Recursos da Seguridade Social – 30 % vai para o SUS e Recursos Fiscais – do orçamento da União, Estados e Municípios – existe uma portaria recomendativa que seja > ou = a 10% .
Planejamento e Programas de Saúde. A Constituição de 1988 ao orientar que as ações de saúde sejam planejadas com base em Diagnóstico epidemiológicos das regiões, pressupõe que os problemas prioritários em cada Município deverão ser equacionados em termos de melhor assistência a população.
O Ministério da Saúde propõe programas de saúde para que problemas ou situações que por serem de alta mortalidade ou morbidade no Brasil, ações sobre estas questões são necessárias em todos os locais. Apesar de Normatização Federal estes deverão ser readaptados às condições regionais.
Os serviços deverão estar organizados segundo rede hierarquizada por regiões contemplando a assistência integral a população.Em função disto se conceitua os serviços em níveis de assistência primária, secundária e terciária. Que significa o seguinte:
Nível Primário de Atenção: –  Nível de atenção à saúde representado pelos serviços de primeira linha, nas UBS – Unidade Básica de Saúde. O atendimento é de caráter ambulatorial. Nessas unidades possuem médicos clínico geral, pediatra, tocoginecologia.
Agentes comunitários de saúde – percorrem as casas vendo as necessidades, tendo uma maior prevenção, diminui o numero de procura nas redes secundárias e terciárias.
Nível Secundário: -Composto por consultórios especializados e de pequenos hospitais ( tecnologia intermediária)
Nível Terciário: – Nível de atenção à saúde constituído por grandes hospitais gerais e especializados que concentram a tecnologia compatível com as subespecialidades médicas, servindo de referência para os demais serviços.
Programas Implantados:
1- Atenção integrada às doenças prevalentes da infância AIDPI.
2- Programa de Saúde da mulher.
3- Programa de doenças crônicas – diabetes e hipertensão.
4 – Controle da tuberculose – é referencia, o tratamento é de  6 meses.
5 – Programa de atenção a saúde do trabalhador.
6 – Programa de DST/AIDS.
7 – Programa de hanseníase.
8 – Programa de saúde mental.

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