Conselho Nacional de Justiça

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INTRODUÇÂO
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado por meio da Emenda Constitucional 45 de 2004 e instalado a 14 de junho do ano seguinte, com sua sede localizada em Brasília, é um órgão ligado ao Poder Judiciário com o objetivo de melhorar a atuação administrativa e financeira do judiciário brasileiro, além de controlar o cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados, buscando melhorar a atuação dos mesmos, de modo que possa atender melhor as necessidades dos cidadãos no Brasil. 
O Conselho Nacional de Justiça tem assim como objetivos a moralidade, eficiência e efetividade, buscando fortalecer o Poder Judiciário, interligando-o aos interesses da sociedade brasileira.
É atribuído ao CNJ o exercício das seguintes prerrogativas: Planejamento estratégico e proposição de políticas judiciárias; Modernização tecnológica do judiciário; Ampliação do acesso à justiça, pacificação e responsabilidade social; Garantia de efetivo respeito às liberdades públicas e execuções penais.
Com a Emenda Constitucional 61 ocorreu à regulamentação sobre a composição do Conselho, sendo assim composto por quinze membros com direito a um mandato de dois anos, admitida a uma recondução, sendo nove integrantes dos Tribunais Superiores e das Justiças Federal, Estadual e do Trabalho, dois integrantes do Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos com notável saber jurídico e reputação ilibada. 
O Conselho Nacional de Justiça tem uma estrutura elaborada e regimentada, criada pela Emenda Regimental.
1) A presidência
A presidência do Conselho Nacional de Justiça é exercida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ou, em sua ausência ou impedimento, pelo vice-presidente do STF. Entre as atribuições do presidente do CNJ, que estão previstas no artigo 6° do Regimento Interno são: A decisão de voto em caso de empate; representação do Conselho diante de órgãos e autoridades; convocação e direção dos trabalhos em Plenário; ser responsável pela organização, administração e funcionamento geral do CNJ e etc.
2) A Corregedoria Nacional de Justiça
A Corregedoria do CNJ é ocupada por um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo Tribunal, que  atua na orientação, coordenação e execução de políticas públicas voltadas à atividade correcional e ao bom desempenho da atividade judiciária dos tribunais e juízos do País. O objetivo principal da Corregedoria é alcançar maior efetividade na prestação jurisdicional, atuando com base nos seguintes princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37 da Constituição Federal). Há também algumas outras atribuições como, receber denuncias e reclamações que digam a respeito à atuação dos magistrados e dos demais serviços do judiciário, também propõem ao plenário do CNJ a instauração de processo administrativo disciplinar, requisita e designa magistrados. (Artigo 8° do Regimento Interno do CNJ)
3) O Plenário
É a instância de decisões do CNJ e, por isso, cabe a ele realizar todas as funções atribuídas ao Conselho pela lei. Para tal, é necessária sempre a presença de ao menos 10 dos seus 15 membros. A composição do Conselho você confere a seguir. (Artigo 4° do Regimento interno do CNJ)
4) Comissões permanentes e temporárias
São criadas pelo plenário e formadas por pelo menos três conselheiros (isto é, os membros oficiais do CNJ). Seu objetivo é o estudo e desenvolvimento de atividades relacionadas às competências do órgão. Na prática, as Comissões do CNJ promovem campanhas, buscam melhoria dos tribunais, acompanham a execução de leis sobre o Judiciário que tramitam no Congresso, entre outros.
5) Secretaria Geral
Sua atribuição é fornecer assessoria e apoio técnico e administrativo às atividades das demais instâncias do CNJ, como a Presidência, a Corregedoria, as Comissões e o Plenário. ( Artigos 32 ao 35 do Regimento Interno do CNJ)
6) Departamento de Pesquisas Judiciárias
Tem como funções apoiar a Presidência do Conselho na elaboração do seu relatório anual, desenvolver pesquisas e diagnósticos sobre o Judiciário e fornecer subsídios técnicos para que sejam formuladas políticas judiciárias. (Artigos 36 ao 40 do Regimento Interno do CNJ)
7) Ouvidoria
É o canal de comunicação direta entre o CNJ e a sociedade, permitindo que o cidadão participe ativamente no controle da qualidade dos serviços públicos. Toda reclamação feita à Ouvidoria do Conselho é analisada e respondida, de acordo com o caso. (Artigo 41 do Regimento Interno do CNJ).
Poder de Legislar
Embora tenha sido criado como órgão administrativo mais elevado do Poder Judiciário, o CNJ não possui competência jurisdicional, não resolvendo conflitos trazidos pelas partes como os demais órgãos do Poder Judiciário.
Se caso ocorrer alguma irregularidade cometida por magistrado, o Conselho poderá instaurar um processo administrativo pra apurar a denúncia. 
Conclusão
Este trabalho nos mostra que o Conselho Nacional de Justiça exerce a função de órgão controlador interno, administrando e auto disciplinando todo o Judiciário. Sua atuação é claramente perceptível em alguns julgados.
Bibliografia
http://www.cnj.jus.br/sobre-o-cnj
https://www.infoescola.com/direito/conselho-nacional-de-justica/
http://direito.folha.uol.com.br/blog/para-que-serve-o-cnj