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PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 1 NOTAS DE AULAS ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I UNIDADE IV – APLICAÇÕES Prof. Flávio Maurício de Souza 2/2017 PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 2 4.1 - CONVERSORES DUAIS Denomina-se Conversor Dual o circuito de acionamento de máquinas de corrente contínua, composto por dois conversores estáticos ca/cc montados em antiparalelo alimentados por uma única rede alternada. Um único conversor fornece corrente unidirecional nos terminais de saída e a tensão média nos mesmos pode ser invertida. Sendo assim, sua operação é possível em dois quadrantes. Se dois conversores forem conectados em antiparalelo, tanto a tensão como a corrente nos terminais de saída poderão ser invertidas, e portanto o sistema operará em quatro quadrantes. Montado desta forma o conversor possibilita o controle da velocidade em ambos os sentidos de rotação, tanto para a aceleração quanto para a frenagem, sendo esta regenerativa, ou seja com devolução da energia armazenada na máquina à rede. Os dois tipos de conversores duais mais encontrados são: Com corrente de circulação e sem corrente de circulação Circuito equivalente de um conversor dual PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 3 Exemplo de um conversor dual trifásico PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 4 4.2 – APLICAÇÃO: ACIONAMENTO E CONTROLE DE VELOCIDADE DE MOTORES CC A) MOTORES CC INTRODUÇÃO O advento dos conversores estáticos proporcionou o desenvolvimento do acionamento e controle de velocidade de motores cc que tem um excelente comportamento quando se exige regulação e controle preciso em ampla faixa de operação. MODELO DO MOTOR CC DE EXCITAÇÃO SEPARADA Equações Básicas conjugado ou torque ( C) C = Kf Ia PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 5 Unidades C = N. m ( Newton x Metros) Se é constante ( Vf e If constantes) Kf = KB = N.m/A Então, C = KB Ia Ia é a imagem do conjugado Força contra-eletromotriz - fcem (E) E = Kt N onde N é a velocidade Se é constante Kt = KA Então, E = KA . N E é a imagem da velocidade Unidades KA = V/ (rad/s) Potência mecânica (P) - potência que o motor pode desenvolver Torque x velocidade P = C. N Velocidade, N N = (Va - IaRa)/ KA Unidades N = V/ (V/(rad/s)) = rad/s CONTROLE DA VELOCIDADE Variar o fluxo através da variação de If PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 6 N maior menor C menor resposta lenta por causa da constante de tempo Lf/Rf ser grande vantagem: nível de potência baixo Variar a resistência Ra associada a armadura baixo rendimento;redução da corrente de partida Variar a tensão terminal Va de armadura maior velocidade de resposta: La/Ra pequeno se é constante, Va variando desenvolve-se o mesmo conjugado em todas as velocidades. Curvas características de velocidade à vazio PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 7 FRENAGEM Processo de dissipar a energia mecânica e cinética do motor Tipos: frenagem por tamponamento (plugging) inversão da tensão Va aparecimento da corrente de curto-circuito sobreaquecimento da máquina. frenagem dinâmica bloqueio da alimentação da armadura conectando-a a uma resistência externa, If constante baixo rendimento. frenagem regenerativa conectar a armadura a uma fonte externa Va2 < E alto rendimento. FUNCIONAMENTO EM 4 QUADRANTES 1 quadrante: motor direto Va, Ia e E são todos positivos torque e velocidade positivas PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 8 2 quadrante: frenagem direta Motor gira no sentido direto e E é positiva. Para o torque ser negativo e a direção do fluxo de energia ser reversa, Ia < 0 A tensão Va deve ser mantida menor do que E, Va <E 3 quadrante: motor inverso Va, Ia e E são todos negativos torque e velocidade negativos Va >E E deve ser invertida pela troca ma direção de If ou pela reversão dos terminais da armadura 4 quadrante: frenagem inversa Motor gira no sentido reverso Va e E são negativos Para torque positivo, o fluxo de energia é do motor para a fonte, Ia >0 Va <E PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 9 ACIONAMENTO MOTORES CC ATRAVÉS DE CONVERSORES ESTÁTICOS O conversor estático é largamente utilizado no acionamento de motores de cc. Ele é conectado entre a fonte de tensão fixa e o motor para variar a tensão de armadura. Além dessa aplicação em acionamento, o conversor pode proporcionar a frenagem regenerativa de motores a retornar energia de volta para a fonte. Esta economia de energia é particularmente atrativa em sistemas de transportes com paradas frequentes. A figura abaixo mostra um sistema em malha fechada de acionamento e controle de velocidade de um motor cc. PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 10 MODELO DO MOTOR CC DE EXCITAÇÃO SEPARADA Para a alimentação de campo constante, por exemplo através de um retificador não controlado, pode-se escrever Ea = Kv If Como If é constante Kv If = constante = KA Ea = KA fcem do motor é uma imagem da velocidade TM = Kt If Ia Como If é constante Kt If = constante = KB TM = KB Ia A corrente de armadura Ia é a imagem do torque (conjugado) Ea dt dia LaiaRava PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 11 Kb dt dia LaiaRava TL dt d JBTM Aplicando Laplace )(;)( sS dt d sIaS dt dia )1()()()()( sKasIaLaSsIaTasVa )2()()()()( sBsJSsTLsTM Da equação (1) RaSLa sKasVa sIa )()( )( Definindo a Ra La Constante de tempo do circuito de armadura Assim, )1( )()( )( aSRa sKasVa sIa (3) PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 12 Da Equação 2 BSJ sTLsTM s )()( )( Definindo m B J (constante de tempo mecânica) Assim, )1( )()( )( mSB sTLsTM s (4) Com as equações 1,3 e 4 podemos obter o diagrama abaixo Assim, para o torque de carga, TL constante, teremos a seguinte função de transferência: PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 13 Ka mSBaSRa Kb mSBaSRa Kb sVa s )1( 1 )1( 1 )1( 1 )1( )( )( Resultando em: BRa KbKa SmaSma BRa Kb sVa s 1)()( )( )( 2 Considerando somente as variações do torque TL, o diagrama em blocos modifica-se para: A função de transferência será: )1( 1 )1( 1 )1( 1 )( )( mBaSRa KaKb mB sTL s PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto Politécnico – IPUC Curso: Eng. Eletrônica e de Telecomunicação Prof. Flávio Maurício de Souza 14 Resultando em : BRa KbKa SmaSma aSRa sTL s 1)()( )1( )( )( 2
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