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Nietzsche

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Introdução: 
Friedrich Nietzsche nasceu em Röcken, a 15 de outubro de 1844, e tornou-se um dos mais importantes filósofos da Alemanha do século XIX. Era de uma família protestante – o pai e os dois avôs eram pastores -, ele cresceu praticamente direcionado para a mesma vocação. Entre as crianças, seu apelido era ‘o pequeno pastor’, pois era um aluno exemplar e obediente. Perdeu o pai logo cedo e foi criado pela mãe, duas tias e a avó. Com os colegas ele fundou uma sociedade artística e literária, graças à qual esboçou seus primeiros poemas e produziu suas primeiras melodias.
Ao se tornar adolescente, porém, sua vida mudou radicalmente de rumo. Seus estudos, principalmente os de filologia, o distanciaram da crença em Deus e de qualquer inclinação para as pesquisas teológicas. Ao ingressar na célebre Escola de Pforta, pela qual passaram, ele entrou em contato com os escritos de Schiller, Hölderlin e Byron, os quais marcaram definitivamente seu pensamento, levando-o na direção contrária ao Cristianismo. 
Desenvolvimento:
Nietzsche depois de se formar, o passo seguinte de Nietzsche foi entrar para a Universidade de Bonn, em 1864, como estudante do curso de Teologia e Filologia. Como provavelmente deduziríamos, o jovem universitário inclinou seus estudos para a filologia, tendo como professores principais Otto Jahn (1813–1869), especialista em Lucretius e inventor do método genealógico da análise textual e Friedrich Wilhelm Ritschl (1806–1876), de trabalho centrado em Plautus (254–184 BC), poeta cômico romano. No ano seguinte, Nietzsche seguiu Ritschl para a Universidade de Leipzig e lá começou a dar consistência em sua carreira acadêmica, publicando artigos sobre poetas do século 6 antes de cristo. Mas a grande relevância dos estudos em Leipzig foi o encontro – por acaso – com O Mundo Como Vontade e Representação, de Arthur Schopenhauer: seu estilo ateu e sua crítica voraz ao mundo lhe conquistou.
Com 23 anos foi chamado para o serviço militar obrigatório, no qual foi dispensado após um ferimento no peito. Ao voltar para Leipzig, Nietzsche conhece Wagner (1813–1883), na casa de Hermann Brockhaus (1806–1877), orientalista casado com a irmã de Wagner. Brockhaus era especialista em sânscrito e persa e de suas publicações podemos citar Vendidad Sade, texto da religião Zoroastra, cujo profeta era Zaratustra.
Nietzsche, que havia composto obras para o piano, coral e orquestra desde a adolescência, tinha grande admiração pelo músico alemão, devido à sua genialidade, personalidade atraente e influência cultural. Era uma relação quase familiar, que afetou Nietzsche profundamente, tanto que em 1882, o autor escreveu sobre os dias que passou junto à Wagner como seus melhores dias da vida. Neste meio tempo da amizade entre esses dois gigantes da cultura alemã, Ritschl recomendou Friedrich Nietzsche para uma vaga de professor de filologia na Universidade da Basileia, na Suíça. Seu trabalho começou em maio de 1869, ainda com 24 anos de idade.
Devido aos seus estudos sobre a língua, sua paixão pela obra de Schopenhauer, seu interesse pela temática da saúde e sua necessidade e se colocar com um bom acadêmico (mesmo que ainda jovem), Friedrich Nietzsche “pari” seu primeiro livro: “O nascimento da tragédia”, publicado em janeiro de 1872. O livro é recebido com uma crítica mordaz e ácida de Ulrich von Wilamowitz-Möllendorff (1848-1931), filólogo de renome naquela época. Wilamowitz-Möllendorff, que também havia estudado em Schulpforta, atribuía a Nietzsche o adjetivo de “desgraça de Schulpforta”, pelo seu estilo exagerado de escrita e por redigir uma história completamente não uniforme.
Em 1873, Nietzsche conhece Paul Rée, com quem tem um triângulo amoro, junto com Lou Salomé. Rée foi um grande filósofo, estudioso em Schopenhauer, também. Os anos se passam e em 1878, o autor lança Humano, Demasiado Humano, mesmo ano em que rompe com o antissemita Wagner. Um ano depois, já com dores de cabeça intensas, Nietzsche deixa a Universidade ainda com 34 anos e passa a levar uma vida nômade: sem local fixo para morar, sem sua cidadania alemã e sem ter adquirido a cidadania suíça, passa a viajar por toda a Europa, procurando por um ambiente tranquilo para o pensamento e para sua saúde já deteriorada.
Em 1889, Nietzsche sofreu uma infecção por sífilis (que foi o diagnóstico original dos médicos em Basel e Jena) contraída enquanto ainda era um estudante ou enquanto servia o exército da Prússia na guerra; outros dizem que seu uso de hidrato de cloral, uma droga utilizada com sedativo, definhou seu já doente sistema nervoso; alguns especulam que seu colapso tem a ver com uma doença adquirida de seu pai; já outros mantém que Nietzsche sofreu da síndrome de CADASIL, uma desordem hereditária. A causa exata da queda do filósofo ainda não foi esclarecida, o que sabemos é que ele tinha uma forte constituição nervosa e chegou a tomar uma grande gama de medicamentos.
E no dia 25 de agosto de 1900, quase com 56 anos, Nietzsche morreu na residência que sua irmã o colocou. A causa da morte foi um misto de pneumonia e com um ataque nervoso. Seu corpo foi transportado para o cemitério onde o resto de sua família estava sepultada, na vila de Röcken. A casa onde estavam seus manuscritos, a Villa Silberblick, se transformou em um museu e, desde 1950, eles foram armazenado no arquivo Goethe-und Schiller-Archiv, em Weimar.
Frases:
- "Em uma importante vitória, o que existe de melhor, é que ela tira do ganhador o medo de uma derrota."
- "O que não provoca minha morte faz com que eu me torne mais forte".
- "Não poderia existir felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento."
- "O ser humano preferirá ainda querer o nada a nada querer..."
Obras:
- O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (1872)
- A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (1873)
- Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral (1873)
- Considerações Intempestivas (1873 a 1876)
- Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos Livres (1886)
- Aurora, Reflexões sobre Preconceitos Morais (1881)
- A Gaia Ciência (1882)
- Assim Falou Zaratustra, um Livro para Todos e para Ninguém (1883 - 1885)
- Além do Bem e do Mal, Prelúdio a uma Filosofia do Futuro (1886)
- Genealogia da Moral, uma Polêmica (1887)
- O Crepúsculo dos Ídolos, ou como Filosofar com o Martelo (1888)
- O Anticristo - Praga contra o Cristianismo (1888)
- Ecce Homo, de como a gente se torna o que a gente é (1888)
- Nietzsche contra Wagner (1888)
Conclusão: 
Nietzsche gerou muita polêmica com seu pensamento, e muitos ainda o vêem como um megalomaníaco, ao pretender uma substituição total de velhos valores sociais por novos. Mas teve o mérito de denunciar um certo cinismo nos escritos dos contemporâneos, abrindo espaço para uma filosofia mais voltada para uma reflexão humanística e naturalística, lançando as sementes precursosras da fundação da psicanálise e da postulação dos saberes como poder através da sociologia de Foucault.

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