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Direito do Trabalho FNR 2016.2

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Direito	do Trabalho I
Elaborado por
Charlston Ricardo Vasconcelos dos Santos E-mail: ricardo@santosemonteiro.adv.br http://www.facebook.com/charlstonricardo
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Direito do Trabalho I
Elaborado por Charlston Ricardo Vasconcelos dos Santos E-mail: ricardo@santosemonteiro.adv.br http://www.facebook.com/charlstonricardo
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PONTOS A SEREM VISTOS COM OS ALUNOS
Programa da disciplina.
Objetivos da disciplina.
Integração do conteúdo com os objetivos da disciplina.
Relevância e aplicação do conteúdo da disciplina.
Teoria e prática.
Fontes de consulta sobre o conteúdo.
Procedimentos adequados ao objetivo da disciplina.
Relação alunos/professor
Questionamentos/dúvidas.
Correlacionar o conteúdo da disciplina com as demais disciplinas.
Pontualidade e assiduidade.
Avaliação: P1, P2 e PS
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Normas sobre prestação de serviço.
Trabalho escravo; servos, vassalos, camponeses, artesão (Corporação de Ofício).
Direito do Trabalho = final do Sec. XVIII = Revolução Industrial = Novo no ordenamento jurídico.
Capitalismo.
Liberalismo: individualismo, igualdade formal, contratualismo particular (princípio do laisser faire, laisser passer, enfatizando a liberdade de contratar).
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Desigualdade real.
Fim do Sec XVII até meados do XIX o trabalho nocivo, menor e mulher.
A partir de meados do Sec. XIX reação à exploração do trabalho humano = Direito do Trabalho.
Associativismo: inicialmente reprimido (crime de conspiração, Lei Chapelier), posteriormente passa a ser admitido, como ocorreu na Inglaterra, em seguida passa-se a reconhecer a entidade sindical.
Pessoa jurídica = Sindicato do Trabalhador = Direito Coletivo = melhores condições de trabalho, caixa de assistência e paralisação.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Brasil = Até 1888 = escravidão = período escravo, com pouco trabalho urbano.
1930 = Era Vargas = princípio do Estado Novo = fim da política café com lei = fim das oligarquias rurais.
CF/1934 = Justiça do Trabalho
CF/1937 = Estado Novo = governo autoritário = forte intervenção nos sindicatos = MT fiscalizando os sindicatos = Carta Sindical = unicidade sindical por categorias = base territorial (município) = paralelismo = Assistência judiciária gratuita = contribuição sindical = desenvolvimento do Direito Individual do Trabalho
1943 = CLT
CF/1988 (Direitos Fundamentais) = fortalecimento do Direito Individual e Autonomia Sindical
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Desregulamentação / Flexibilização.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Alguns autores defendem que os primeiros trabalhos foram os da Criação, sob Gen. 2,2 (Primeiro Testamento-Biblia): “Deus acabou no sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou...)
“O termo trabalho, segundo alguns dicionários etimológico, deriva do latim vulgar tripaliare, que significa “martirizar com o tripalium” (instrumento de tortura composto de três paus). (Barros, Alice Monteiro, 2007, p. 51).
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Período Pré-industrial
Escravidão: o trabalhador era escravo, e ele era considerado uma coisa. No Brasil a escravidão foi abolida em 1888. Logo, como coisa, o escravo não possuía nenhum direito, muito menos trabalhista
Servidão: os camponeses ou colonos eram vinculados às glebas de terra que cultivavam e que pertenciam aos senhores feudais, eram livres, contudo, estavam vinculados aos senhores feudais. Por serem livres transmitiam direitos, inclusive o de servo. Esse regime entrou em declínio a partir do Século IX.
Corporações de ofício: as corporações de ofício surgiram na Idade Média, no Século X, com o declínio do sistema de servidão. Eram compostas pelos mestres, companheiros e aprendizes. Os mestres eram os proprietários das corporações, os companheiros eram trabalhadores livres e recebiam salários e os aprendizes, menores entre 12 e 14 anos, recebiam ensinamentos dos mestres, sob pagamento de taxas. As corporações foram extintas com a Revolução Francesa em 1789.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Período Industrial
O Direito do Trabalho nasce com a sociedade industrial e o trabalho assalariado, conforme Amauri Mascaro Nascimento (2011, p. 44). Por isso, diz- se que o direito do trabalho é um produto da Revolução Industrial, conforme Adalberto Martins (2011. p. 18).
Revolução Industrial: século XVIII, com a máquina a vapor, de fiar e o tear mecânico, ocorreu a substituição do trabalho escravo, servil e corporativo pelo trabalho assalariado.
Aspectos econômicos, políticos e jurídicos. E ideia de justiça social. “Aspecto econômico: sociedade industrial e trabalho assalariado. Aspecto político: transformação do estado liberal para o neoliberalista, o estado passa a intervir e diminui a liberdade das partes. Aspectos jurídicos: os trabalhadores se reuniram e reivindicaram direitos, e dão força ao sindicalismo. A ideia de justiça: a ideia de justiça social, com a participação da igreja católica, pelas Encíclicas Rerumm Novarum (1891)
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
Lei de Peel, de 1802, da Inglaterra, limitava a jornada de trabalho dos menores a 12 horas diárias, e vedava o labor antes das 6h e após às 21h.
Na França foi editada lei em 1813 e 1814, proibindo trabalho de menores de 8 anos em minas e aos domingos e feriados.
Em 1819 a Inglaterra editou lei que vedava o trabalho do menor de 9 anos nas prensas de algodão, e limitava o trabalho dos de 9 a 16 anos a uma jornada de 12h diárias nessas prensas.
A Inglaterra também editou lei em 1833, que passou a proibir o trabalho do menor de 9 anos e limitava a jornada de trabalho dos menores de 13 anos a 9h diárias e de 12h para os menores de 18 anos.
Em 1839 a Alemanha passa a proibir o trabalho para os menores de 9
anos e limita a jornada 10h para os menores de 16 anos.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
Em 1844 a Inglaterra limita a jornada de trabalho da mulher para 10h diárias.
Em 1847 a Inglaterra passa a admitir o intervencionismo do Estado nas relações de trabalho, bem como a limitar a jornada de 10h diárias para os trabalhadores.
Em 1886, na Itália, haviam leis de proteção ao trabalho da mulher e do menor.
Em 1891 o Papa Leão XIII edita a Encíclica Rerun Novarum (Das Coisas Novas), era uma carta aberta a todos os bispos, sobre as condições das classes trabalhadoras, e ele proclamava a necessidade da união o capital e o trabalho, dizendo que não pode haver capital sem trabalho nem trabalho sem capital.
Em	1901,	a	Austrália	edita a primeira lei que	limita	a	jornada	de trabalho a 8h diárias.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
De	acordo	com	Amauri	Mascaro	Nascimento,	“a	primeira Constituição do mundo que dispõe sobre direito do trabalho é a do México, de 1917, que no art. 123 disciplina a jornada diária de 8 horas, a jornada máxima noturna de 7 horas, a proibição do trabalho de menores de 12 anos, a limitação da jornada do menor de 16 anos a 6 horas, o descanso semanal, a proteção à maternidade, o direito ao salário mínimo, à igualdade salarial, à proteção contra acidentes no trabalho, direito de sindicalização, de greve, de conciliação e arbitragem dos conflitos, de indenização de dispensa e de seguros sociais.”
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Breve evolução
da História Geral do Direito do Trabalho
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
Constituição Alemã de 1919, de Weimar, considerada a base das democracias sociais.
O Tratado de Versailles, de 1919, além de tratar do fim da I Guerra Mundial, prevê a criação da OIT - Organização Internacional do Trabalho.
Carta Del Laboro (1927): a	Carta	del	Laboro	da	Itália,	de	1927, controle do direito coletivo do trabalho e concessão de direitos aos trabalhadores por meio de lei.
Os primeiros beneficiados pelas leis trabalhistas na Europa foram os menores e as mulheres, e estas leis visavam combater o trabalho de menores, pois naquela época menores de 6, 7 e 8 anos já trabalhavam nas fábricas, e as mulheres eram submetidas a extensas jornadas.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
O direito do trabalho se firmou como uma necessidade para a
regulamentação das relações de trabalho.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, prevê direitos trabalhistas, como férias remuneradas e periódicas e repouso.
O direito do trabalho deixou de ser apenas instrumento de tutela do trabalhador	para	também	ser	coordenador	dos	interesses	entre	o capital e o trabalho.
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Breve evolução da História Geral do Direito do Trabalho
Sociedade pós-industrial: deslocamento do processo de produção da indústria para outros setores.
Direito	do	trabalho	do	século	XXI:	atualmente	os	direitos	do trabalhador são considerados direitos fundamentais,	cada	vez	mais protegidos, pois têm por finalidade garantir a dignidade da pessoa humana.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no Brasil
A formação do direito do trabalho no Brasil deu-se por influências externas, como a legislação trabalhista que estava sendo criada na Europa e o fato do Brasil ter ingressado na Organização Internacional do Trabalho – OIT, criada pelo Tratado de Versailles em 1919.
Essa formação também se deu por influências internas, como o forte	movimento operário, que contava com a participação de imigrantes com inspirações anarquistas, quando ocorreram inúmeras	greves no início de 1900. Além disso, destaca-se a elevação do número de fábricas e operários após a Primeira Grande Guerra Mundial, bem como a política trabalhista de Vargas em 1930.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no Brasil
A Constituição Imperial de 1824, movida pelo pensamento da Revolução Francesa, preconizou o direito à liberdade do trabalho, ao abolir as corporações de ofício (art. 179, XXV).
A abolição da escravatura, ato formal e tardio, diante dos reclamos da sociedade brasileira, em 13 de maio de 1888, veio no bojo da decadência do Império, que cedeu à República, proclamada em 15 de novembro de 1889.
A primeira Constituição Republicana, de 1891, garantiu o livre exercício de qualquer profissão "moral, intelectual ou industrial"(art.72).
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no Brasil
Primeiras Leis Trabalhistas de Destaque
Lei	605/1949,	dispondo	sobre	o	repouso	semanal	remunerado	e remuneração de feriados.
Lei 2.757/1956, que dispõe sobre a situação dos empregados porteiros, zeladores, faxineiros e serventes de prédios de apartamentos residenciais.
Lei	3.207/1957,	regulamentando	as	atividades	dos	empregados vendedores-viajantes.
Lei 4.090/1962, que instituiu a gratificação de natal (13º).
Lei 5.107/1966, institui o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Lei 5.859/72, das empregadas domésticas.
Lei 5.889/73, do trabalhador rural.
Lei 6.019/74, do trabalhador temporário.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
O Direito do Trabalho institucionalizado ingressou na história das Constituições Brasileiras em 1934, como consequência da Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas. Estabeleceu-se, ali, a garantia da liberdade e autonomia sindicais (art. 120), a declaração dos direitos dos trabalhadores com previsão de legislação tutelar (art. 121) e a instituição da "Justiça do Trabalho", de composição paritária, com representantes de empregados e empregadores e vinculada ao Poder Executivo. Surgiu aí a instituição da representação classista na composição dos órgãos da Justiça do Trabalho, bem como a pluralidade sindical.
A partir da Constituição brasileira de 1934, todas as Constituições passaram a ter normas de direito do trabalho, assim, a de 1937, 1946, 1967 EC de 1969 e a de 1988, possuem normas de direito do trabalho.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
A Constituição de 1937 consagrou os direitos dos trabalhadores em seu art. 137, no bojo do regime autoritário instaurado (Estado Novo), com a restrição da liberdade sindical, trazendo a unicidade sindical, e a definição da greve como delito, anti-social e nocivo à econômia.
É nesse período, mais precisamente, em 1º de maio de 1943, por meio do Decreto-Lei 5.452, que surge a Consolidação das Leis do Trabalho, ainda hoje a síntese da legislação trabalhista por excelência.
A doutrina traz que Inicialmente a legislação trabalhista era regulada pelo Código Civil de 1916, que regulamentava o contrato de trabalho de locação de serviço.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
Extinto o Estado Novo, emergiu a Constituição de 1946 que outorgou à Justiça do Trabalho o status de órgão do Poder Judiciário, mantendo a sua organização paritária e outorgando-lhe poder normativo na solução dos conflitos coletivos de trabalho. Essa Constituição restabeleceu o direito de greve.
A Constituição de 1967 introduziu o FGTS, que já havia sido criado por lei em 1966. Atualmente a lei que regulamenta o FGTS é a de nº 7.839/89.
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
Promulgada em outubro de 1988, a atual Constituição trouxe inovações significativas no campo dos direitos sociais, que passaram a integrar o rol de direitos e garantias fundamentais, cujas normas
definidoras têm aplicação imediata (art. 5º, § 1º).
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
Promulgada a CF/88, novas conquistas foram garantidas: redução da carga horária semanal para 44 horas; adicional de 50% para as horas extras; acréscimo de 1/3 de remuneração das férias; proporcionalidade do aviso prévio ao tempo de serviço; equiparação do trabalhador avulso ao trabalhador com vínculo de emprego; retorno do limite mínimo de idade para o trabalho para 14 anos; extensão de vários direitos aos trabalhadores domésticos; prazo prescricional elastecido para cinco anos (art. 7º e seus incisos). O direito de greve foi amplamente assegurado (art. 9º); a liberdade sindical foi resgatada, mantendo-se, contudo, a unicidade (art. 8º, incisos I e II); os sindicatos passaram a ter legitimidade para a defesa de direitos individuais da categoria profissional (art. 8º, inciso III). Consagrou-se a proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, inciso I).
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Breve evolução da História do Direito do Trabalho no
Brasil
Atualmente aponta-se como tendências atuais do Direito do Trabalho, a retirada do Estado das relações entre Capital e Trabalho, no momento em que a flexibilização dos princípios e a desregulamentação ganham os temários de todas as discussões em torno dos direitos sociais.
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Ordenamento Jurídico do Direito do Trabalho
Segundo Maurício Godinho Delgado, “ordenamento jurídico é o complexo de princípios, regras e institutos regulatórios
da vida social em determinado Estado ou entidade supranacional. É a ordem jurídica imperante em determinado território e vida social”.
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Ordenamento Jurídico do Direito do Trabalho
Após muitos embates, atualmente, o Direito do Trabalho, dentre outras normas, é regulamentado, em regra, pela Constituição Federal de 1988 e pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (Decreto-Lei 5.452/1943).
Em relação à Constituição Federal (CF), destaca-se o Art. 7º e seus incisos e o Art. 8.
.O Poder Judiciário, representado pelo Tribunal Superior do Trabalho, órgão máximo da Justiça do Trabalho, quando em atuação, acaba por corroborar na regulamentação do Direito do Trabalho, pois, por meio de Súmulas e Orientações Jurisprudências regula várias relações de trabalho.
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ATENÇÃO!!!
DOS	PRINCÍPIOS	FUNDAMENTAIS	da	CF.	Art.	1º	A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...]
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
CLT. Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
CLT. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
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ATENÇÃO!!!
“Em toda comunidade, durante a história da civilização, apareceram, como surgirão sempre, pessoas que procuram fraudar o sistema jurídico em vigor, seja pelo uso malicioso e abusivo do direito de que são titulares, seja pela simulação de atos jurídicos, tendente a desvirtuar ou impedir a aplicação da lei pertinente, seja, enfim, por qualquer outra forma que a má-fé dos homens é capaz de arquitetar. Por isso mesmo, inúmeros são os atos praticados por alguns empregadores inescrupulosos visando a impedir a aplicação dos preceitos de ordem pública consagrados pelas leis de proteção do trabalho. E, em alguns casos, os próprios trabalhadores, premidos pela coação econômica ou pelo poder hierárquico do respectivo empregador, ou, ainda, pelo desconhecimento da legislação aplicável, participam do ajuste estipulado em fraude à lei”. (Ministro Arnaldo Sussekind, na consagrada obra Instituições de Direito do Trabalho, ed. LTR, 17ª edição, vol. 1, pg. 231)
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Denominação da Disciplina
A disciplina direito do trabalho já foi denominada de:
Direito operário
Direito industrial
Direito corporativo
Direito social
A partir da Constituição Federal de 1946 a disciplina passou a ser denominada de Direito do Trabalho
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Conceito/Definição do Direito do Trabalho
Há 03 (três) correntes doutrinárias sobre o conceito e definição do Direito do Trabalho:
Teoria Subjetivista
Teoria Objetivista
Teoria Mista
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Conceito/Definição do Direito do Trabalho
Teoria Subjetivista: conceitua o Direito do Trabalho considerando os sujeitos que fazem parte da relação de trabalho. No magistério de Orlando Gomes, “é o conjunto de princípios e regras jurídicas aplicáveis as relações individuais e coletivas que nascem entre empregadores privados ou equiparados e os que trabalham sob sua direção”. A teoria subjetivista leva em consideração as pessoas que são regidas pelo direito do trabalho, e parte dessa corrente entende que todos os trabalhadores são regidos pelo direito do trabalho, enquanto a outra entende que apenas os trabalhadores da condição de empregados são regidos pelo direito do trabalho. Prevalece a segunda corrente.
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Conceito/Definição do Direito do Trabalho
Teoria Objetivista: de acordo com Amauri Mascaro Nascimento, “objetivistas são as definições que partem não das pessoas sobre as quais o direito do trabalho se aplica, mas da matéria de que se ocupa. Aqui também há divergências, porque, para alguns, o direito do trabalho disciplina todas as relações de trabalho, enquanto, para outros, recai apenas sobre o trabalho subordinado e não sobre o trabalho autônomo ou outras atividades prestadas continuamente pela pessoa física.” (2011.
59). Seria, respectivamente, sentido amplo e sentido restrito (Adalberto Martins, 2011. p. 29)
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Conceito/Definição do Direito do Trabalho
Teoria	Mista:	refere-se tanto às pessoas como à matéria do direito do trabalho, utilizando o pensamento da teoria subjetivista e objetivista. Amauri Mascaro do Nascimento traz o “direito do trabalho como o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade.” (2011. p. 59). Prevalece a teoria mista.
Assim como Amauri Mascaro do Nascimento, Adalberto Martins destaca que a teoria mista diz que o direito do trabalho regula a relação de trabalho subordinado.
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Função do Direito do Trabalho
Teorias
Função Tutelar
Função Econômica
Função Social
Função Conservadora ou Opressora do Estado
Função Coordenadora
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Função do Direito do Trabalho
Teorias
Função Tutelar: diz que o Direito do Trabalho tem por objetivo a proteção do trabalhador, com o finalidade de igualar a relação jurídica entre as partes, protegendo-o do poder econômico.
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Função do Direito do Trabalho
Teorias
Função Econômica: o Direito do Trabalho tem por função permitir uma regulamentação entre trabalhador e empregador, para	que	essa	relação	não	prejudique	o	desenvolvimento econômico, portanto, o objetivo fim não é a proteção do trabalhador, mas sim da produção econômica, trata o trabalhador como fator de produção a ser adequadamente tratado (administrado), para que a produção atinja a produtividade máxima. Sob outro enfoque, destaca-se o que diz Amauri Mascaro do Nascimento: “toda e qualquer vantagem atribuída ao trabalhador deve ser meticulosamente precedida de um suporte econômico, sem o qual nada lhe poderá ser atribuído”. (2011. p. 69)
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Função do Direito do Trabalho
Teorias
Função Social: tem a função de regulamentar a relação de trabalho não apenas para proteger o individuo enquanto trabalhador, mas sim para proteger a paz social, por isto, considera a proteção do trabalhador como condição para a proteção da sociedade (social), justiça social. Preservando um valor absoluto e universal, qual seja, a dignidade do ser humano que trabalha.
Função Conservadora ou Opressora do Estado: o Direito do Trabalho é uma forma de controle do Estado sobre os sujeitos da relação de trabalho, oprimindo essa relação com as normas de ordem pública.
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Função do Direito do Trabalho
Teorias
Função Coordenadora: o Direito do Trabalho tem a função de coordenar a proteção do trabalhador e, ao mesmo tempo, a manutenção	do	empregador	(empresa),	esta	teoria	é	a	que prevalece.	A		função de coordenar os interesses entre o capital e o trabalho.
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Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
O Direito divide-se em dois grandes ramos, ou seja, em Direito Público e Direito Privado.
Direito Público: há a intervenção do Poder Público, ou seja, o direito público regula as relações jurídicas em que o Estado é parte.
Direito Privado: em regra, os particulares podem transigir independente da intervenção do Poder Público, o direito privado regulamenta a relação entre particulares, é disponível.
O Direito do Trabalho é composto de normas cogentes.
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Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
Contudo,	em	relação	ao	Direito	do	Trabalho,	tem-se	ainda	as seguintes teorias sobre a sua natureza jurídica:
Teoria	do	Direito	Misto:	traz	que	o	Direito	do	Trabalho	é
composto de normas de Direito Público e de Direito Privado.
Teoria do Direito Social: O Direito do Trabalho como produto da vida social, e como uma ramo do direito que reúne todas as normas de proteção do trabalhador (do hipossuficiente).
Teoria do Direito Unitário: sustenta que o Direito do Trabalho comporta normas de natureza sui generis, não encontrada em outro ramo, sendo uma fusão do direito público e privado.
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Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
Prevalece o entendimento de que o Direito do Trabalho faz parte do direito privado, portanto, que sua natureza é de direito privado, pois prepondera nele normas de direito privado.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes é expressão utilizada para indicar de onde vêm as normas trabalhistas, quais são e quais compõem o sistema de direito interno de nosso país.
Godinho entende que fontes do Direito “designa a origem das normas jurídicas”.
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Fontes do Direito do Trabalho
A Ciência do Direito classifica as fontes jurídicas em fontes materiais e formais, no que diz respeito à exteriorização, e em sociais e estatais quanto à sua origem.
Também se divide as fontes do Direito em estatal e não estatal:
Estatal: as leis, os princípios e a jurisprudência
Não estatal: o costume e a doutrina
De produção mista: sentença normativa
Há duas teorias principais que tratam sobre as fontes quanto à origem, uma sustenta que as fontes formais do Direito advém de um único centro de positivação, qual seja, o Estado, esta é a teoria monista. Já a outra, é a teoria pluralista, que prega a existência de mais de uma fonte formal, por exemplo, os acordos coletivos.
Classificação	das	Fontes	do	Direito	do	Trabalho:	a	Ciência	do Direito classifica as fontes jurídicas em fontes materiaisVEeRfSoÃrOm2a0i1s4.-2
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Fontes do Direito do Trabalho
As	fontes	materiais	designam	os	fatores	que	conduzem	à emergência e construção da regra de Direito. Fatores influenciam na construção e mudança das normas jurídicas, que são fatores materiais econômicas, sociológicas, políticas e filosóficas (ou político-filosóficas), assim, fonte material é o acontecimento que inspira o legislador a editar a lei, são os fatos sociais. E são de fatores:
econômicas,
sociológicas,
políticas e
filosóficas
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Fontes do Direito do Trabalho
As fontes materiais
Adalberto Martins exemplifica as fontes materiais do Direito do Trabalho como o desemprego, as greves e as reinvindições dos trabalhadores. (2011. p. 58)
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Considerando	a	regra	já	plenamente	construída,	as fontes formais designam os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais	essas regras se revelam para o mundo exterior, i.e., fenômeno	de exteriorização final das normas jurídicas, os mecanismos e modalidades mediante os quais o Direito transparece e se manifesta. São as que exteriorizam o Direito.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
As fontes formais se dividem em fontes:
Primarias ou imediatas (diretas):	Constituição	Federal,	leis, CLT, dissídios, convenções, acordos e sentenças normativas e contrato de trabalho.
Secundárias ou mediatas (indiretas): jurisprudência, analogia, doutrina, regulamento de empresa, equidade, direito comparado (Art. 8º da CLT).
Há doutrinador que considera a jurisprudência, a doutrina, a equidade e o direito comparado como método de interpretação ou de integração, nesse sentido Sérgio Pinto Martins.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
As fontes formais se dividem ainda em fontes:
Heterônomas: decorrentes da vontade do Estado
Autônomas: provenientes da vontade dos próprios agentes sociais.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Fontes formais heterônomas são regras de origem estatal, como:
Constituição	Federal	(CF),	como	norma	fundamental	de comando do sistema jurídico (Arts. 7º a 11);
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como legislação geral infraconstitucional;
Leis esparsas, inclusive medidas provisórias;
Regulamentos normativos (expedidos mediante decretos do Presidente da República);
Tratados e convenções internacionais ratificados e adesão
internas
Sentença normativa.
Precedentes normativos
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Fontes formais autônomas, de produção profissional ou não estatais	são	regras	produzidas	pelos	destinatários principais, i.e., regras originárias de segmentos ou organizações da sociedade civil, coletivamente negociadas e construídas, autodisciplinamento das condições de vida e do trabalho pelos próprios interessados, como:
Costumes;
Instrumentos	de	negociação	coletiva	(contrato	coletivo,
convenção coletiva e acordo coletivo de trabalho);
Regulamentos de empresas.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
CLT. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Hierarquia da normas: internas x internacionais
Teorias: Monista x Dualista
Monismo (Monista): o direito interno e o internacional integram o mesmo sistema, pois se considera o ordenamento num único sistema, podendo haver conflitos entre tratados e normas internas, a serem resolvidos no caso concreto.
Monismo radical ou extremado/internacionalista: o tratado se sobrepõe a norma interna.
Monismo moderado, temperado ou relativizado/nacionalista: considera que há uma equiparação hierárquica entre o tratado e à lei ordinária, por conseguinte, que o tratado se subordina a CF e em conflito com	lei ordinária prevalece a análise com base na especialidade e temporalidade.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Hierarquia da normas: internas x internacionais
Teorias: Monista x Dualista
Dualismo (Dualista): o direito interno e o internacional não se comunicam, por serem distintos, havendo a necessidade de mecanismos de internalização dos tratados no ordenamento jurídico interno.
Dualismo radical ou extremado: exige a edição de lei para a incorporação do tratado;
Dualismo moderado ou temperado: dispensa a exigência, mas	exige procedimento interno para incorporação, como ocorre	no Brasil, que exige a aprovação do Congresso Nacional e a promulgação pelo Presidente.
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Fontes do Direito do Trabalho
Fontes Formais
Os princípios podem ser tomados como fonte supletiva (princípios	normativos subsidiários), em situações de lacunas nas fontes jurídicas principais do sistema, sendo permitido por
lei (LINB, art. 4º; CLT, art. 8º). Todavia, há na doutrina quem sustente, como Robert Alexy, que no caso concreto, diante de um conflito de direitos, numa questão difícil, à luz de Ronald Dworkin, que o princípio se converte em regra no momento em que ele venha a se sobrepor para a solução da lide.
A competência para legislar em matéria trabalhista é da União, conforme Art. 22, I, da CF. Porém, Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislarem sobre questões específica de direito do trabalho.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
CLT. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,	pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado,	mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
Os princípios assumem a função informadora, normativa e
interpretativa:
Função informadora:	inspiram	o	legislador	e	fundamentam	o ordenamento jurídico. Os princípios como verdades fundantes.
Função normativa: diante da lacuna da lei, parte da doutrina traz que serve de meio de integração.
Função interpretativa:	utilizado	como	critério	de	interpretação
das normas trabalhistas
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
O princípio da proteção ao trabalhador. Esse princípio também é chamado de protecionista, tutelar, tuitivo ou protetivo ou, ainda, tutelar-protetivo: ele se concretiza em três outros princípios:
In dúbio pro operário/misero/trabalhador
Aplicação da norma mais favorável:
Teoria da acumulação/tomista/atomista/da soma;
Teoria do conglobamento/conjunto/bloco;
Teoria	do	conglobamento	mitigado/Intermediária	ou	Eclética	ou conglobamento por instituto;
Condição	mais	benéfica:		SUM-277	CONVENÇÃO	COLETIVA	DE TRABALHO		OU		ACORDO	COLETIVO	DE	TRABALHO.	EFICÁCIA.
ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada
em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012.
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trVaEbaRlShÃo.O 2014-2
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
O princípio da proteção ao trabalhador.
Condição mais benéfica:	SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)
SUM-288	COMPLEMENTAÇÃO	DOS	PROVENTOS	DA	APOSENTADORIA
(inclusão do item II) - Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e 17.12.2013
- A complementação dos proventos da aposentadoria é regida pelas normas em vigor na data da admissão do empregado, observando-se as alterações posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito.
- Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência complementar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a
às regras do outro.
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opção do beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos (art. 468 da CLT) - Os direitos trabalhistas não podem ser objeto de renúncia por parte do empregado, a não ser em raras situações. Portanto, a renúncia de direitos somente será possível se feita de forma expressa e dentro das situações previstas em lei.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: o legislador procurou proteger o trabalhador com a garantia de continuidade de seu contrato de trabalho e das condições do mesmo. Ex: sucessão, presunção na dispensa (Súmula 212 do TST).
A indeterminação da duração dos contratos constitui regra geral, já que	há a presunção jurídica da continuidade da prestação de serviços (Súmula	n.	212	do	TST.	DESPEDIMENTO.	ÔNUS	DA PROVA. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.)
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
Princípio da Primazia da Realidade: Segundo Arnaldo Süssekind, o princípio da primazia da realidade é aquele “em razão do qual a relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contraentes, ainda que sob capa simulada, não corresponde à realidade”.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
Prevalência da Norma mais Benéfica:	significa que prevalecerá sempre	a condição mais benéfica ao trabalhador, seja ela decorrente da Constituição Federal ou de um regulamento interno da empresa.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL
ESTE PRINCÍPIO ASSEGURA A IRREDUTIBILIDADE SALARIAL, QUE	É UM OUTRO PRINCÍPIO, REVELANDO-SE COMO ESPÉCIE DO GÊNERO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA.
“ ART. 7º, DA C.F.: - SÃO DIREITOS DOS TRABALHADORES (...) ALÉM DE OUTROS:
VI – IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO, SALVO O DISPOSTO EM
CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVO;
X – PROTEÇÃO DO SALÁRIO NA FORMA DA LEI, CONSTITUINDO CRIME A SUA RETENÇÃO D.
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Princípios Fundamentais/Específicos do Direito do Trabalho
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA
	
	CLT. Art. 468 - Nos contratos individuais
	de trabalho só é lícita a
	
	alteração	das	respectivas	condições	por
	mútuo	consentimento,	e
ainda	assim	desde	que	não	resultem,	direta	ou	indiretamente,
prejuízos	ao	empregado,	sob	pena	de	nulidade	da	cláusula infringente desta garantia
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Princípios Gerais do Direito
Além dos princípios específicos, o direito do trabalho deve se guiar pelos princípios gerais, trazidos na Constituição Federal, como o do respeito à dignidade da pessoa humana, isonomia, da livre iniciativa e da boa-fé.
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Eficácia da Lei Trabalhista no Espaço e no Tempo
Eficácia no Tempo: irretroatividade e efeito imediato, segue	o inciso XXXVI, do art. 5º, da CF: "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada".
SUM-277 CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO.
DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE. As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho.
Correntes em relação a vigência no
tempo das normas de negociação coletiva:
a) aderência irrestrita: os direitos se incorporam definitivamente ao contrato individual (art. 468 CLT)
b) aderência limitada pelo prazo: só vige pelo prazo fixado na negociação coletiva, a doutrina diverge ao considerar que essa posição está de acordo com a S. 277 TST.
c)	aderência	limitada	por	revogação:	a	previsão	coletiva	vigora	até ser revogada por outra negociação coletiva, como visto acima, há quem diga que
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essa posição é a da S. 277 TST.
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Eficácia da Lei Trabalhista no Espaço e no Tempo
Eficácia no Espaço: Empregado contratado no Brasil e transferido para outro país, de acordo com a Lei 7.064/82, Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido:
I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado
no território brasileiro;
II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro;
III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior.
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços:
I - os direitos previstos nesta Lei;
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.
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Eficácia da Lei Trabalhista no Espaço e no Tempo
Eficácia no Espaço: Empregado contratado no Brasil e transferido para outro país, de acordo com a Lei 7.064/82, Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido:
Art. 3º [...] Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta	Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP.
Lei	trabalhista	é	aplicável		no	Brasil	para	estrangeiros		e nacionais.	§2º	art.		651	da	CLT	–	competência	da	Justiça	do Trabalho brasileira para julgar ação ocorrida em empresa que possua
agência ou filial no estrangeiro, desde que empregado brasileiro e inexista convenção internacional nesse sentido.
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Relação do Direito do Trabalho com demais ramos do Direito
Direito Constitucional: fenômeno do Constitucionalismo social.
Direito Internacional Público:	conjunto	de	regras	ou	princípios	que regulam os direitos e deveres internacionais. Tratado de Versalhes, que criou a Organização Internacional do Trabalho – OIT (1919).
Direito Internacional Privado: regula o conflito de leis no espaço.
Direito Penal: dentre outros dispositivos legais, o Direito do Trabalho se comunica com o Direito Penal por meio dos Arts.197/207 CP (DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO), do qual
destaca-se ainda os Arts. 216-A (Assédio sexual), 297 (Falsificação de documento público) e 337-A inciso I (Sonegação de contribuição previdenciária) CPP, bem como o Art. 7 inciso X da CF (X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;.
Direito da Seguridade Social
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Relação do Direito do Trabalho com demais ramos do
Direito
Direito Civil: fonte subsidiária.
Direito Empresarial/Comercial.
Direito Administrativo.
Direito Tributário.
Direito Processual.
Direito Constitucional
Direito Previdenciário
Direito Internacional
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Autonomia do Direito do Trabalho
O Direito do Trabalho é autônomo, pois ainda que se relacione com outras	disciplinas, possui desenvolvimento legal, doutrinário e didático próprio, possui autonomia científica, que decorre da peculiaridade de seus institutos, princípios e fontes normativas, como ensina Adalberto Martins (2011. p. 55)
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Direito Tutelar do Direito do Trabalho
O direito tutelar do trabalho	cuida das normas atinentes à proteção do trabalhador quanto à sua saúde, ao seu ambiente e às condições físicas de trabalho.
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Direito Tutelar do Direito do Trabalho
O Direito tutelar do Direito do Trabalho visa a regulamentação do trabalhador em situações especiais, fixando:
Limites	da	jornada	de	trabalho,	horas	extras,	percentual	do adicional.
Concessão de férias anuais.
Intervalos;
Trabalho da mulher e do menor
Combate ao Trabalho escravo
Trabalho do aprendiz-empregado
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
A CLT regulamenta os trabalhadores na condição de empregado,
nos moldes do Art. 1º e 3º.
Portanto, estão excluídos do âmbito de atuação da CLT o trabalhador autônomo, o representante comercial autônomo, o eventual, o empreiteiro, o cooperado etc.
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Âmbito de Aplicação Direito do Trabalho
Empregado
CLT.	Art.	3º	-	Considera-se	empregado	toda	pessoa	física	que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
	Parágrafo	único	-	Não	haverá	distinções
	relativas	à
	espécie	de
	emprego	e	à	condição	de	trabalhador,
	nem	entre
	o	trabalho
	intelectual, técnico e manual.
	
	
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Âmbito de Aplicação Direito do Trabalho
Empregado
Empregado: é toda pessoa física que presta serviço não-eventual, pessoalmente, sob subordinação jurídica e mediante salário (art. 3 da CLT). Destacam-se os 5 (cinco) elementos da relação de emprego e do contrato individual de trabalho:
Pessoa física (pessoa natural);
Pessoalidade;
Não-eventualidade (habitualidade);
Subordinação (o empregador tem o poder organizador, controlador e disciplinar) jurídica (há quem diga que é econômica, técnica e hierárquica), mas prevalece a teoria da subordinação jurídica;
Onerosidade
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Âmbito de Aplicação Direito do Trabalho
Empregado
Subordinação:
Jurídica: submetido ao poder empregatício do Empregador;
Econômica;
Técnica
Não exclusividade;
Caráter forfetário do salário: o salário é sempre devido, e cabe ao
empregador garanti-lo.
Subordinação estrutural, objetiva ou integrativa: “Em outras palavras, a subordinação, em sua dimensão estrutural ou integrativa, faz-se presente, quando a prestação de trabalho integra as atividades exercidas pela empresa, e o trabalhador não possui uma organização empresarial própria, não assume verdadeiramente riscos de perdas ou de ganhos e não é proprietário dos frutos do seu trabalho, que pertencem, originariamente, à organização produtiva alheia para a qual presta a sua atividade”
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregado
Subordinação # Autonomia
	

	
Habitualidade	#	Eventual:	A	prestação	dos	serviços	deve habitual e não eventual
	ser
	

	
Onerosidade # Voluntário/Gratuito
	
	

	
Pessoalidade = Com relação a figura do empregado
	
	

	
Pessoa física # pessoa jurídica
	
	

	
Alteridade = o empregador responde pelos riscos da atividade
	
�
Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregado
Denominações Utilizadas para o Empregado!
Trabalhador
Obreiro
Operário
Colaborador
Proletário
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregador
A Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,
os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma	delas,	personalidade		jurídica		própria,	estiverem	sob	a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão,		para	os	efeitos	da	relação	de	emprego,	solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregador
Impessoalidade;
O princípio da despersonalização da figura do empregador: CLT. Art.
10	-	Qualquer	alteração	na	estrutura	jurídica	da	empresa	não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.;
Alteridade;
Poder Empregatício:
�
Diretivo;
Disciplinar;
Fiscalizador e
Regulamentador
�
�
Direito Individual do Trabalho
Elementos do contrato de trabalho
Empregador
CLT. Art. 2º [...]§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos	exclusivos	da	relação	de	emprego,		os profissionais liberais,	as	instituições	de	beneficência,	as	associações recreativas	ou	outras		instituições		sem	fins		lucrativos,	que admitirem trabalhadores como empregados.
CLT. Art. 2º [...]§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica,	serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregador
Grupo de empresas:
Teoria da Solidariedade Ativa:		para	essa	teoria	o	grupo	de empresas	é	um	só	empregador,	portanto,	o trabalhador, como regra, é contratado para prestar serviço ao grupo.	SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais
de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
Teoria	da	Solidariedade	Passiva:	para	essa	teoria	só	há solidariedade do grupo de empresas, portanto, a relação, como regra, é distinta para com o trabalhador.
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Direito Individual do Trabalho
Elementos do contrato de trabalho
Empregador
CC. Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
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Direito Individual do Trabalho
Elementos do contrato de trabalho
Empregador
TST.	SUM-129	CONTRATO	DE	TRABALHO.	GRUPO
ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003 A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
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Âmbito de Aplicação do Direito do Trabalho
Empregador
Assim, empregador é a pessoa física ou jurídica, ou ente despersonalizado, com ou sem finalidade lucrativa, que admita empregados.
Os entes despersonalizados também podem ser empregadores, por exemplo, o espólio e o condomínio.
Portanto, são 2 requisitos:
Alteridade: o empregador assume os riscos. (entendimento minoritário da doutrina, no que diz respeito à presença desse elemento).
Impessoalidade.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
A	origem	do	contrato	de	trabalho	é	o	contrato	da	locação	de serviços.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Conceito/Definição:	“contrato	individual	de	trabalho	é	o	negócio jurídico em que a pessoa natural, na qualidade de empregado, se obriga, mediante o pagamento de salário, a prestar trabalho não eventual	para outra pessoa, natural ou jurídica, denominada empregador, a quem fica juridicamente subordinada” (JORGE NETO, Francisco Ferreira. 2011. p. 53).
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
	
	Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
	CC.
	

	Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz (capacidade das partes);
	
	


	
- objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
- forma prescrita ou não defesa em lei.
	
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
São absolutamente incapazes:
CC.	Art.	3o	São	absolutamente	incapazes	de	exercer pessoalmente os atos da vida civil:
- os menores de dezesseis anos;
- os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos;
- os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
	
	Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
	
	

	
São relativamente incapazes:
	
	
	
CC.	Art.	4o	São	incapazes,	relativamente a certos atos, maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
	
ou	à
-	os	ébrios	habituais,	os	viciados	em	tóxicos,	e	os	que,	por
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos.
.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
CC. Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
- pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
- pelo casamento;
- pelo exercício de emprego público efetivo;
- pela colação de grau em curso de ensino superior;
- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
CC. Art. 4º [...]
Parágrafo	único.	A	capacidade	dos	índios	será	regulada	por legislação especial.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973: Estatuto do Índio
.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
A capacidade no Direito do Trabalho está regulada no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, que proíbe o trabalho de menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Tem-se ainda os Arts. 3º a 5º do CC.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
Elementos/pressupostos/requisitos essenciais do contrato:
O	legislador	constituinte	veda o trabalho noturno, perigoso e insalubre aos menores de 18 anos
e	de	qualquer	trabalho	aos menores de 16 anos, conforme Art. 7, XXXIII, da CF.
A partir de 14 anos só poderá trabalhar como aprendiz.
O menores de 16 anos são absolutamente incapazes e os maiores de 16 e menores de 18 são relativamente incapazes, os primeiros são representados e os outros são assistidos.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Elementos Essenciais do Contrato Individual de Trabalho
Trabalho Ilícito: nulidade gera efeitos ex tunc, não gera direito trabalhista, mas há entendimento pelo direito ao salário/remuneração pelo trabalho prestado.
Trabalho Proibido: nulidade gera efeitos ex nunc, deixa de gerar
direito a partir da decretação da nulidade.
A ilicitude da atividade do empregador torna a atividade lícita do empregado	como “ilícita”, p. ex., contador que trabalha em banca de jogo de bicho, muito embora haja divergência sobre esse entendimento.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Elementos Essenciais do Contrato Individual de Trabalho
Adalberto Martins esclarece que “o trabalho ilícito pressupõe a ilicitude do objeto e nenhum efeito produz na órbita do direito do trabalho; enquanto o trabalho proibido decorre de alguma restrição	decorrente da condição específica do empregado” (2011. p. 118). Como exemplo do trabalho proibido tem-se o trabalho do menor em horário noturno.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Elementos Essenciais do Contrato Individual de Trabalho
SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente
lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
CLT. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho,	aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de trabalho
A expressão contrato de trabalho ora é utilizada como gênero, do qual	o contrato de emprego é espécie, e ora apenas como referência ao contrato de emprego.
Amauri Mascaro Nascimento esclarece que os “contratos de emprego, por sua vez, subdividem-se em contrato de emprego comum (jornada de 8 horas diárias e 44 semanais) e contratos flexíveis de emprego (contratos a prazo, contratos a tempo parcial, teletrabalho etc.). Além dos contratos de emprego existem os contratos	de	trabalho	sem	vínculo	de	emprego	regidos	por disposições especiais, da lei, da doutrina e da jurisprudência (contrato de trabalho autônomo, contrato de trabalho eventual, contrato de trabalho voluntário etc. (2011. p. 149)
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Direito Individual do Trabalho
Elementos do contrato de trabalho
Forma do Contrato Individual de Trabalho
	Informal
	
	Escrito
	
	
	Verbal
	
	
	Tácito
	
	
	Expreso
Todavia,
	
para que o empregador não desrespeite
	
o direito do
empregado,	o	contrato	deve	ser	escrito,	com	anotação	na
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
REGRA GERAL:	não é exigida forma solene, podendo até o ato tácito configurar a existência de vinculo de emprego.
É consensual.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Identificação Profissional
A Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego.
São emitidas pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou por órgãos conveniados com o Ministério do Trabalho.
Além da identificação do trabalhador, com seus dados pessoais, são	registrados a identificação do empregador e anotações relativas ao contrato de trabalho, como data de admissão, salário, horário de trabalho, férias, rescisões de contrato e outros registros relativos ao FGTS e Previdência Social.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Identificação Profissional
SUM-12 CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003 As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum".
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Registro de Empregados
Qualquer que seja atividade, o empregador é obrigado a manter o registro de seus empregados em livros ou fichas de registro, inclusive, eletronicamente, observadas as instruções do Ministério do Trabalho.
A empresa que mantiver empregado não registrado incorre em multa
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Registro de Empregados
CLT. Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito	horas	para	nela	anotar,	especificamente,	a	data	de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo	facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Registro de Empregados
CLT. Art. 29
§	4o	É	vedado	ao	empregador	efetuar	anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social..
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Registro de Empregados
CLT. Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme	instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Registro de Empregados
CLT. Art. 49 - Para os efeitos da emissão, substituição ou anotação	de Carteiras de Trabalho e Previdência Social, considerar-se-á, crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal:
[...]
V - Anotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar em juízo	ou fora dêle, data de admissão em emprêgo diversa da verdadeira.
Obs. A pena pode ser	reclusão de até 05 anos e multa.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Características do contrato de trabalho: segundo Orlando Gomes e	Elson Gottchalk: “o contrato individual de trabalho é bilateral, consensual, oneroso, da classe dos comutativos, e de trato sucessivo”.
�
Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Características do Contrato Individual
de Trabalho
De Direito Privado
Consensual
Sinalagmático/comutativo(obrigações recíprocas e equivalentes)
De Trato Sucessivo
Oneroso
Principal ou complexo (admite a realização de outros contratos dentro do contrato de trabalho individual, p.ex., de mandato, locação, comodato, depositário fiel)
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Natureza Jurídica da Relação de Emprego
Teoria Contratualista: a relação de emprego é fruto da autonomia da vontade das partes, por isto, tem natureza contratual.
Teoria do Arrendamento: considera o contrato empregatício como espécie de contrato de locação ou de arrendamento.
Teoria da compra e venda: o empregado vende sua força de trabalho, enquanto o empregador a compra.
Teoria do Mandato: o empregado é um mandatário, ante a
confiança que lhe é delegada pelo empregador.
Teoria	da	sociedade:	as	partes	agem	na	direção	de	um interesse comum.
Teoria contratualista moderna: prevalece a vontade, ante a liberdade.
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Contrato Individual de Trabalho
Natureza Jurídica da Relação de Emprego
Teoria Anticontratualista ou Acontratualista: traz que a relação de emprego não advém de uma relação de vontade, mas sim de necessidade, pois o empregador necessita da mão- de-obra do empregado e o empregado do empregado para subsistência. Além disso, o empregado apenas se incorporado na empresa, que é uma instituição.
Teoria da relação de trabalho: a prestação de serviço já é suficiente para impor obrigações às partes.
Teoria institucionalista: o empregado estaria compreendido
na empresa.
Art. 442, 443 e 444 da CLT, natureza contratual. Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
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Contrato Individual de Trabalho
Obrigações Decorrente do Contrato de Trabalho
Principais: o empregado tem a obrigação da prestação do serviço, e o empregador a de pagar, remunerar pelo serviço prestado.
Acessórias: lealdade e boa-fé, sigilo
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Contrato Individual de Trabalho
Obrigações Decorrente do Contrato de Trabalho
Transferência de Propriedade do bem produzido:
Lei 9279/96–Lei de Propriedade Industrial: Art. 88, 89, 90, 91
Lei 9456/97 – Lei de Cultivares: Art. 5º
Lei 9609/98 – Lei de Criação de Software: Art. 4º
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Transferência de Propriedade do bem produzido:
Lei 9279/96–Lei de Propriedade Industrial: Invenção criada por empregado (Art.88/93):
- A invenção do empregado, em decorrência do contrato, que tenha por objeto a pesquisa ou atividade inventiva, pertence exclusivamente ao empregador (Art. 88).
- A invenção do empregado a ele pertencerá, desde que desvinculada do contrato de trabalho e sem o emprego de informações, instalações e recursos do empregador informação obtida em seu trabalho, nem usando nenhum dos instrumentos ali existentes. (Art. 90).
- A invenção do empregado, não decorrente do contrato de trabalho, mas resultante do emprego de meios, informações, instalações ou equipamentos do empregador, será propriedade comum, em partes iguais, assegurada ao empregador a exclusividade na exploração, mediante justa remuneração do empregado. Se não iniciada a exploração em um ano a contar da data da concessão da patente, passará à propriedade exclusiva do empregado (Art. 91).
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Contrato Individual de Trabalho
Transferência de Propriedade do bem produzido:
Lei 9456/97 – Lei de Cultivares: Art. 5º À pessoa física ou jurídica que obtiver nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada no País será assegurada a proteção que lhe garanta o direito de propriedade nas condições estabelecidas nesta Lei.
§ 3º Quando se tratar de obtenção decorrente de contrato de trabalho, prestação de serviços ou outra atividade laboral, o pedido de proteção deverá indicar o nome de todos os melhoristas que, nas condições de empregados ou de prestadores de serviço, obtiveram a nova cultivar ou a cultivar essencialmente derivada.
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Transferência de Propriedade do bem produzido:
Lei 9609/98 – Lei de Criação de Software: Art. 4º Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador, contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda, que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
§ 1º Ressalvado ajuste em contrário, a compensação do trabalho ou serviço prestado limitar-se-á à remuneração ou ao salário convencionado.
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Transferência de Propriedade do bem produzido:
Lei 9609/98 – Lei de Criação de Software: Art. 4º [...]
§ 2º Pertencerão, com exclusividade, ao empregado, contratado de serviço ou servidor os direitos concernentes a programa de computador gerado sem relação com o contrato de trabalho, prestação de serviços ou vínculo estatutário, e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados, do contratante de serviços ou órgão público.
§ 3º O tratamento previsto neste artigo será aplicado nos casos em que o programa de computador for desenvolvido por bolsistas, estagiários e assemelhados.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação do Contrato de Trabalho quanto à Duração
CLT. Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
A indeterminação da duração dos contratos constitui regra geral, já que há a presunção jurídica da continuidade da prestação de serviços (Súmula n. 212 do TST).
No contrato por prazo indeterminado as partes estabelecem apenas a data do início do contrato de trabalho.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
O Contrato por prazo determinado pode ser realizado nos termos do Art. 443 ss da CLT ou da Lei 9.601/98.
Art. 443, § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
O contrato por prazo determinado depende de termo final ou de condição resolutiva, por isso é importante que esse tipo de contrato seja formalizado por escrito, haja vista a necessidade de produção da prova do cumprimento dos requisitos da lei.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Termo certo: as partes estipulam o término do contrato com data específica (por exemplo, o contrato de experiência de 90 dias).
Termo incerto: a data não é prevista especificamente, mas é suscetível de previsão pelas partes (por exemplo, a implementação	de	um	programa	de	RH),	ocorrendo a condição
resolutiva.
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Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Hipóteses de validade do contrato de trabalho por prazo determinado à luz da CLT:
Art. 443, § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
de	serviço	cuja	natureza	ou	transitoriedade	justifique	a
predeterminação do prazo; (p.ex. reforma de um prédio)
de	atividades	empresariais	de	caráter	temporário;	(p.	ex. expositor em feiras)
de contrato de experiência.
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Classificação	e	Características	do	Contrato	de	Trabalho	quanto	à
Duração
Por prazo determinado:
Hipóteses de validade do contrato de trabalho por prazo determinado a luz da CLT:
O contrato por prazo determinado poderá ser renovado uma única vez, desde que respeitado o prazo máximo permitido.
Prazo de carência para realização de outro contrato com o mesmo trabalhador após contrato determinado anterior: o contrato por prazo determinado que suceder a outro, dentro do prazo de seis meses, é considerado por prazo indeterminado, inclusive, retroagindo desde a data do primeiro.
Obs. Por prazo indeterminado: Portaria MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO - MTB nº 384 de 19.06.1992
Art. 2º Considera-se fraudulenta a rescisão seguida de recontratação ou de permanência do trabalhador em serviço quando ocorrida dentro dos noventa dias subseqüentes à data em que formalmente a rescisão se operou.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Hipóteses	de	validade	do	contrato	de	trabalho	por	prazo determinado à luz da CLT:
Transformação do prazo determinado em indeterminado:
CLT. Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. (Vide Lei nº 9.601, de 1998)
CLT. Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Hipóteses	de	validade	do	contrato	de	trabalho	por	prazo determinado à luz da CLT:
Contrato de Experiência: poderá ser realizado por no máximo 90 dias.
Exemplo de renovação do contrato de experiência: 30 dias+ 30 dias = 60 dias ; 30 dias+60 dias = 90 dias ; 45 dias + 45dias = 90dias.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Hipóteses	de	validade	do	contrato	de	trabalho	por	prazo determinado à luz da CLT:
O Contrato de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo e em atividades empresariais de caráter transitório poderá ser realizado por até 02 anos, e, ainda assim, ser dilatado.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
Direitos do empregado no contrato por prazo determinado:
O contrato por prazo determinado garante ao empregado todos os direitos do por prazo indeterminado, exceto quando da rescisão.
Todavia, no contrato por prazo determinado não há aviso prévio e multa de 40% do FGTS.
E quando houver a rescisão antecipada do contrato por iniciativa do empregador, haverá uma indenização correspondente aos salários faltantes, pela metade, conforme Art. 479 CLT, mais multa de 40% do FGTS, neste último ponto a doutrina diverge.
Se a rescisão antecipada for de iniciativa do empregado, este deverá indenizar o empregador pelos prejuízos causados, limitada ao valor a que teria direito se a rescisão partisse do empregador, Art. 480 CLT.
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Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Por prazo determinado:
O legislador possibilita que seja incluído no contrato por prazo determinado uma cláusula denominada de cláusula de direito recíproco de rescisão antecipada.
CLT. Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
Assim, havendo a cláusula, haverá o aviso prévio e a multa de 40% do FGTS.
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Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Contrato por Prazo Determinado à luz da	Lei 9.601/98: também chamado de contrato provisório e contrato especial por tempo determinado
Hipóteses:	independentes	das	hipóteses	previstas	na	CLT-
qualquer atividade desenvolvida pela empresa.
Flexibilização da legislação trabalhista.
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Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Contrato por Prazo Determinado à luz da Lei 9.601/98
Requisitos:
1. celebração obrigatória por meio de negociação coletiva, com a intervenção do sindicato e mediante autorização deste.
2. comprovação de acréscimo no número de empregados
(média semestral anterior).
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Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Contrato por Prazo Determinado à luz da	Lei 9.601/98
Incentivos até 60 meses após a entrada em vigor da Lei:
1.	FGTS reduzido (2%)
2.	redução de 50% das contribuições de terceiros (INSS,
para o Sistema S (Sesi, Senai etc))
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Direito Individual do Trabalho
Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à Duração
Contrato por Prazo Determinado à luz da	Lei 9.601/98
Prazo:
2	anos,	podendo	haver	sucessivas	prorrogações	dentro
desse prazo.
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à
Duração
Contrato por obra certa: Lei 2.959/56
Art. 1º No contrato individual de trabalho por obra certa, as inscrições na carteira profissional do empregado serão feitas pelo construtor, desse modo constituído em empregador, desde que exerça a atividade em caráter permanente.
Art. 2º Rescindido o contrato de trabalho em face do término da obra ou serviço, tendo o empregado mais de 12 (doze) meses de serviço, ficar-lhe- á assegurada a indenização por tempo de trabalho na forma do artigo 478 da Consolidação das Leis do Trabalho, com 30% (trinta por cento) de redução.
Contrato por temporada: art. 443, § 2º, “a”, da CLT. de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do pVraEzRoSÃO 2014-2
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Direito Individual do Trabalho Contrato Individual de Trabalho
Classificação e Características do Contrato de Trabalho quanto à
Duração
Aprendiz: CLT, art. 428.
Artista: Lei n. 6.533/78, art. 10, inciso II.
Atleta profissional: Lei n. 9.615/98, art. 30.
Radialista: Lei n. 6.615/78.
Técnico estrangeiro:

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