Buscar

Filosofia Medieval II Bizu

Prévia do material em texto

Filosofias Medievais II
Al: 1191- Aron
Prof: Rafael Leite
Doutrina do Oriente
Séculos antes do surgimento da religião cristã, no Oriente e no Oriente médio produziram-se grandes reformas no pensamento filosófico-religioso. Nesse período viveram homens considerados sábios ou profetas e que se tornaram líderes espirituais de seus povos. Na Pérsia (atual Irã), o quase mítico Zoroastro (século VII a.C), Na Palestina, os profetas Isaías, Jeremias e Ezequiel (entre VIII e VI a.C) na China, Confúcio e Lao-Tsé (VI-V a.C), na Índia, Buda (563-483).
Observe que foi mais ou menos nessa mesma época que nasceu e floresceu a filosofia na Grécia. Por isso, o filósofo alemão Karl Jaspers (1883-1969) batizou esse período de ERA AXIAL, pois quase ao mesmo tempo foram "plantados" novos eixos conceituais e morais em culturas tão distintas do Oriente e do Ocidente
Santo Agostinho - Foi bispo da Igreja Católica, foi professor de retórica em escolas romanas, despertou para a filosofia com a leitura de CÍCERO (orador e político romano que se inspirou no ecletismo, que é a busca de um acordo entre os ensinamentos das escolas platônica,aristotélica,hedonista etc). Posteriormente deixou -se influenciar pelo maniqueismo (doutrina persa que dizia: o universo é dominado pelo princípio do bem e do mal e eles lutam incessantemente entre si). Mais tarde entrou em contato com o ceticismo (não existe verdade plena) e, depois, com o neoplatonismo (filosofia do período greco-romano) marcado por sentimentos religiosos e crenças místicas.
Precedência da fé - È a discussão de Agostinho sobre a diferença entre fé cristã e razão. Baseando-se no profeta bíblico Isaías, dizia ser necessário crer para compreender,pois a fé ilumina os caminhos da razão, e a compreensão nos confirma a crença posteriormente. Isso significa que, para Agostinho, A FÉ REVELA VERDADES AO SER HUMANO DE FORMA DIRETA E INTUITIVA. Vem depois a razão, esclarecendo aquilo que a fé já antecipou. Há, portanto, para ele, uma precedência da fé sobre a razão.
Escolásticas - A partir do século XIII, o aristotelismo penetrou de forma profunda nas escolásticas. Isso se deveu à descoberta de muitas obras de Aristóteles, desconhecidas até então, e à tradução de algumas para o latim, diretamente do grego. No período escolástico seu objetivo é a busca de harmonização entre a fé cristã e a razão manteve-se como problema básico de especulação filosófica. 
Filósofos árabes - Antes da descoberta das obras de Aristóteles em grego, os europeus só conheciam uma pequena parcela de seu pensamento. E o que conheciam vinha de traduções e comentários feitos pelos filósofos árabes. como AVICENA (980-1037) e AVERRÓIS (1126-1198). Foi por meio deles que suas obras de física, metafísica e ética chegaram à Europa.
Mérito de Tomás de Aquino - Tomás de Aquino é reverenciado nos meios católicos por filósofos e professores de filosofia. È o caso do filósofo católico Jacques Maritain (1882-1973), que assim enaltece a contribuição de Tomás de Aquino. Filósofos não cristãos, como o britânico Bertrand Russell, questionam os méritos de Tomás de Aquino, considerando-os insuficientes para justificar sua imensa reputação. Diz Russell: Em que pese essa discordância de opiniões sobre os méritos de Tomás de Aquino, é praticamente unânime o reconhecimento de que sua obra filosófica representa o apogeu do pensamento medieval católico.
A escolástica pós-tomista - Entre os filósofos significativos desse período, destacam-se:
São Boaventura (1240-1284) - iniciou uma reação contra a filosofia tomista e buscou recuperar a tradição platônica agostiniana.
Roberto Grosseteste (1168-1243) e Roger Bacon (1214-1292) - iniciaram uma investigação experimental no campo das ciências naturais que abriu caminho para a ciência moderna.
Guilherme de Ockham (1280-1349) - proclamou uma distinção absoluta entre fé e razão. Para Ockham, a filosofia não seria serva da teologia, e a teologia não poderia sequer ser considerada ciência, pois seria tão somente um corpo de proposições mantidas não pela coerência racional, mas pela força da fé.

Continue navegando

Outros materiais