Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * * A Razão: inata ou adquirida? * * * Inatismo ou Empirismo? O inatismo afirma que, ao nascermos, trazemos em nossa inteligência não só os princípios racionais mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós pela experiência. * * * Inatismo Platônico Na República, Platão desenvolve a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas ideias. Conhecer é recordar a verdade que já existe em nós; é despertar a razão para que ela se exerça por si mesma. * * * Inatismo Cartesiano Descartes mostra que nosso espírito possui três tipos de ideias que se diferenciam segundo sua origem e qualidade: Ideias Adventícias: são aquelas que se originam de nossas sensações, percepções e lembranças. * * * Inatismo Cartesiano Ideias Fictícias: são aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação, compondo seres inexistentes com pedaços ou partes de ideias adventícias que estão em nossa memória. Por exemplo: cavalo alado, fadas, duendes, dragões, sereia, super-homem, etc. * * * Inatismo Cartesiano Ideias Inatas: são inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas. Os princípios da razão (identidade, não-contradição, terceiro excluído, razão suficiente), são ideias inatas. Exemplo: a ideia do infinito é inata, pois não temos nenhuma experiência sensorial da infinitude. * * * O Empirismo Afirma que a razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridas por nós pela experiência. Antes da experiência, nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito. A razão é uma maneira de conhecer e a adquirimos (por meio da experiência sensorial) no decorrer de nossa vida. * * * O Empirismo As sensações se reúnem e formam uma percepção, ou seja, percebemos uma coisa ou objeto que nos chegou por meio de várias e diferentes sensações. As percepções, por sua vez, se combinam ou se associam. Essas associações são as ideias. As ideias, trazidas pela experiência, isto é, pela sensação, pela percepção e pelo hábito, são levadas à memória e, de lá, a razão as apanha para formar os pensamentos. * * * A Solução Kantiana no Séc. XVIII Para Kant, os objetos é que se adaptam ao conhecimento, e não o conhecimento aos objetos. Ou seja, comecemos colocando no centro a própria razão (crítica da razão pura). É verdade que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, mas não é verdade que todos eles provenham dela. * * * A Solução Kantiana no Séc. XVIII O conhecimento é transcendental: todo conhecimento que, em geral, se ocupa menos dos objetos e mais de nosso modo de conhecer. A priori: ser anterior à experiência e não provir dela. A posteriori: ser posterior à experiência e dependente dela * * * A Solução Kantiana no Séc. XVIII Por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão é anterior à experiência e independente da experiência, portanto, a estrutura da razão é a priori. Os conteúdos que a razão pensa, dependem da experiência, portanto, são adquiridos a posteriori. * * * A Solução Kantiana no Séc. XVIII Qual o engano dos inatistas? Supor que os conteúdos do conhecimento são inatos, quando o que é inato é a estrutura da razão. Qual o engano dos empiristas? Supor que a estrutura da razão é adquirida por experiência, enquanto que a experiência não é a causa das ideias, mas a ocasião para que a razão, recebendo o conteúdo, formule as ideias. * * * A Resposta de Hegel Criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. A todos endereçou a mesma crítica, qual seja, a de não terem compreendido o que há de mais fundamental e de mais essencial à razão: a razão é histórica. * * * A Resposta de Hegel Afirma que a mudança, a transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão. A razão é o conhecimento da harmonia entre as coisas e as idéias, entre o mundo exterior e a consciência, entre o objeto e o sujeito, entre a verdade objetiva e a verdade subjetiva.
Compartilhar