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* Aspectos da Filosofia Contemporânea * História e Progresso No séc. XIX imperou o Positivismo de Augusto Comte. No séc. XX, imperou o pensamento de que a história é descontínua e não progressiva; cada sociedade tem sua própria história e não há uma superior à outra, respeitando a legitimidade de cada uma. * As Ciências e as Técnicas No séc. XIX, a filosofia afirmava a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos. No séc. XX, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico do século anterior. Razão Instrumental X Razão Crítica * Ideais Políticos Revolucionários No séc. XIX, a filosofia apostou nos ideais políticos revolucionários – anarquismo, socialismo e comunismo. No séc. XX, com o surgimento das sociedades totalitárias ou dos regimes totalitários – fascismo, nazismo, stalinismo, maoísmo, a filosofia passou a indagar se os explorados serão capazes de criar e manter uma sociedade nova, justa e feliz. * A Cultura A cultura é a criação coletiva de idéias, símbolos e valores. A cultura se manifesta como vida social, como criação das obras de pensamento e de arte, como vida religiosa e política. * A Cultura Para a filosofia do séc. XIX, em consonância com sua idéia de progresso da humanidade e de uma historia universal das civilizações, haveria uma única cultura em desenvolvimento ou em progresso, da qual as diferentes culturas seriam fases ou etapas. * A Cultura No séc. XX, a filosofia, ao afirmar que a história é descontínua, também afirma que não há “ a cultura”, mas culturas diferentes. Cada uma, em decorrência das condições históricas, geográficas e políticas em que se forma, tem seu modo próprio de organizar o poder e a autoridade, de produzir seus valores. * O “Fim da Filosofia” No séc. XIX, o otimismo científico e técnico levou a filosofia a supor que, no futuro, todos os conhecimentos e todas as explicações seriam dados pelas ciências. Assim, a própria filosofia poderia desaparecer, pois não teria motivo para existir. * O “Fim da Filosofia” No séc. XX, a filosofia passou a mostrar que as ciências não possuem princípios totalmente certos, seguros e rigorosos para as investigações, que os resultados podem ser duvidosos e precários e que, frequentemente, uma ciência desconhece onde pode ir e quando está entrando no campo de investigação de uma outra. * A Maioridade da Razão Marx e Freud puseram em questão o otimismo racionalista. Marx: o indivíduo é controlado pela ideologia dominante. Freud: O inconsciente domina o consciente. * Infinito e Finito Até o séc. XIX, o mais importante sempre foi o infinito (natureza eterna dos gregos), o Deus eterno (dos cristãos). No séc. XX, a filosofia deu maior importância ao finito, ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites. * Infinito e Finito Existencialismo (entre 1930 e 1950): definiu o homem como “um ser para a morte”, isto é, um ser que sabe que é temporal e que termina e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua existência. Para a maioria dos existencialistas, dois eram os modos privilegiados de o homem aceitar e enfrentar sua finitude: * Infinito e Finito 1º: por meio das artes 2º: por meio da ação político-revolucionária Nessas formas excepcionais da atividade, os humanos seriam capazes de dar sentido à brevidade e finitude e sua vida. * A Pós-Modernidade Considera infundadas e ilusórias as pretensões da razão no conhecimento e na prática, quando não um disfarce para o exercício da dominação sobre os homens. Considera infundada a distinção entre sujeito e objeto, pois tanto as filosofias como as ciências são construções subjetivas de seus objetos, os quais só existem como resultado das operações teóricas e técnicas. * A Pós-Modernidade Não admite a distinção entre ordem natural necessária e ordem histórica ou cultural instituída pelos homens: ambas são invenções ou instituições humanas, contingentes, efêmeras, passageiras. * A Pós-Modernidade Não admite a definição do ser humano como um animal racional dotado de vontade livre, mas o concebe como um ser passional, desejante, que age movido por impulsos e instintos, embora, ao mesmo tempo, institua uma ordem social que reprime seus desejos e paixões. * A Pós-Modernidade Desconfia da Política: a democracia gera a apatia crescente dos cidadãos; o socialismo e o comunismo desembocam em regimes e sociedades totalitárias. * A Pós-Modernidade Dá importância à ideia de diferença. Ou seja, em lugar de tomar a sociedade como uma estrutura que opera pela divisão social das classes, concebe o social como uma teia fragmentada de grupos que e diferenciam por etnia, gênero, religião, costumes, comportamentos, gostos e preferências. * Temas e campos No séc. XX, a filosofia reduziu-se à Teoria do Conhecimento, à Ética e à Epistemologia. * Temas e Campos O interesse pela consciência reflexiva ou pelo sujeito do conhecimento deu surgimento a uma corrente filosófica conhecida como Fenomenologia, iniciada pelo filósofo Edmund Husserl. Já o interesse pelas formas e pelos modos de funcionamento da linguagem corresponde a uma corrente filosófica conhecida como filosofia analítica, iniciada por Ludwig Wittgenstein.
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