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Economia Empresarial – Teoria elementar do funcionamento do mercado Introdução Consumidores → Teoria da Demanda: Estudo do comportamento dos consumidores; Produtores → Teoria da Oferta: Estudo do comportamento dos produtores. 1. Teoria da demanda Depende fatores (objetivos e subjetivos), podemos destacar que a demanda varia em função do (a): Fatores climáticos e sazonais; propaganda; expectativas sobre o futuro; facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos); do preço do bem; da renda do consumidor (e sua distribuição); dos preços dos outros bens (substitutos e complementares); das preferências dos consumidores, com base nos seus hábitos e gostos; etc. Figuras 1 e 2 – Análise da demanda do mercado (q1 - q0) (10 – 15) -5 Exemplo: Vide tabela 1: ----------- = ---------- = ---- - 4 (q0 – momento inicial (ponto de partida) e q1 momento seguinte) (p1 - p0) (60 – 40) 20 Figura 3 - Tipos de funções da demanda 1.2.1 Bens substitutos ou concorrentes → Exemplo: Coca-cola e guaraná. Há uma relação direta entre, por exemplo, uma variação no consumo de coca-cola e uma variação no preço do guaraná. Figura 04 – Deslocamento da demanda, supondo um aumento no preço de um bem substituto F Aumento(s) no preço do guaraná provoca(m) aumento(s) no preço da coca-cola (deslocando a curva de demanda da coca-cola.) qdi = f(ps), supondo pi, pc, R e G contantes 1.2.2 Bens complementares ou bens consumidos conjuntamente → Exemplo: automóveis e gasolina, camisa social e gravata, sapato e meia, pão e manteiga. Figura 05 – Deslocamento da demanda, supondo um aumento no preço de um bem complementar Aumento(s) no preço dos automóveis provoca(m) reduções no preço da gasolina (deslocando para baixo sua curva de demanda da gasolina.) qdi = f(pc), supondo pi, ps, R e G contantes Como identificar tratar-se de um bem substituto ou complementar pela equação da reta? qx = 30 – 1,5px +0,8py + 10R Solução: É indicado pelo sinal positivo do coeficiente de py (+ 0,8). Indica que, se py aumentar, a quantidade demandada, qx aumentará → O bem y é um bem substituto ao bem x. Caso o sinal do coeficiente de py fosse negativo (- 0,8) indicando que se py aumentar a quantidade demandada qx diminuirá → O bem y é seria um bem complementar ao bem x. qdi = f(R), supondo pi, ps, pi e G contantes Podemos ter três situações: Δqdi ---- > 0 → Bem normal: aumentos da renda levam ao aumento do consumo do bem. Ex: Eletrônicos. ΔR Δqdi ---- < 0 → Bem inferior: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem. Ex: Carne de segunda. ΔR Δqdi ---- = 0 → Bem de consumo saciado ou neutro: indiferentes à renda do consumidor. Alimentos básicos. ΔR Observação: A classificação depende da classe da renda à qual pertencem os consumidores. Quanto maior a renda, maior número de produtos passa a ser classificado como inferior. Para consumidores de baixa renda praticamente não há bens inferiores. Figura 6 – Bem normal e bem inferior qdi = f(ps), supondo pi, pc, R e G contantes Observação: No caso de um bem de consumo saciado alterações na renda não provoca mudanças na curva de demanda Como identificar se é um bem normal ou inferior pela equação da reta? qx = 30 – 1,5px +0,8py + 10R Solução: Trata-se de um bem normal, o sinal do coeficiente da variável renda é positivo (+). → O bem x é um bem superior. Caso o sinal do coeficiente da renda fosse negativo → O bem x seria um bem inferior. 1.3 Paradoxo de Giffen) A curva de demanda é positivamente inclinada, ou seja, não há uma relação direta e inversa, como usual, entre a quantidade demandada e o preço do bem. 1.4 Os hábitos do consumidor Preferências e gostos podem ser alterados “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais. Figura 8 – Relação entre demanda de um bem e hábitos dos consumidores Figura 08 – Análise da demanda em função da manipulação dos preços no mercado Com base na teoria da demanda, assinale a alternativa correta: a) A demanda representa a efetiva aquisição de um bem e não a aspiração (desejo) de adquiri-lo. b) O espaço de tempo num estudo de caso é irrelevante para a quantificação da demanda. c) A teoria da demanda parte da hipótese de que os consumidores são pouco racionais. d) As preferências, as limitações orçamentárias e o preço dos bens, entre outros, são fatores que afetam os desejos dos consumidores. e) A medida que o preço dos bens e serviços sobem os consumidores desejo de adquirir mais produto acompanha o movimento. APLICAÇÃO 02 Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento na renda do consumidor provocará: a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B permanecerá constante. b) Aumentará simultaneamente os preços de A e B. c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá. d) O consumo dos dois bens aumentarão. e) O consumo dos dois bens diminuirá. APLICAÇÃO 03 2 Teoria da oferta 2.1 Definição e representação gráfica Quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender em um determinado período. Também representa um plano ou intenção. Figura 9 – Variáveis que afetam a oferta de um bem Obs: na figura acima faltou o A = fatores climáticos e/ou ambientais. A função geral da oferta de um bem ou serviço está determinada pelas seguintes variáveis: Sx = f(pi, πm, pn, T, A) onde: O “S” derivado do inglês supply (oferta); Si = quantidade ofertada do bem x; pi = o preço do bem x; πm = preço dos fatores de produção e insumos da produção m (mão de obra, matérias-primas, etc.) T = Tecnologia; A = fatores climáticos e/ou ambientais. Δqsi ---- > 0 → É a chamada lei geral da oferta Δpi Quando o preço do bem ou serviço aumenta, as empresas produzirão mais, pois a receita e o lucro aumentam, melhor, os empresários reagem positivamente quando se altera o preço de um bem ou serviço. Exemplo: S = 20(p). Figura 9 – Preços e quantidades ofertadas Preço (R$) Quantidade ofertada (unidades) 1,00 20 2,00 40 3,00 60 4,00 80 5,00 100 Figura 10 – Curva de oferta de um bem ou serviço 2.2 A lógica da oferta A curva da oferta, estabelece que, ocorrendo um acréscimo no preço de um bem, a quantidade ofertada desse bem aumentará naturalmente (elevação do preço como incentivo). Este incentivo surge da lógica racional de que os produtores são movidos pela maximização do lucro. Outros fatores, além do preço, que influenciam diretamente à curva de oferta: Custos (disponibilidades) dos fatores de produção; Incentivos fiscais ou impostos; Tamanho do mercado ou volume da demanda; Comportamento dos concorrentes, inclusive capacidade de produção do mercado. 2.3 Deslocamentos da curva de oferta A simples análise do formato da curva de oferta aponta que as duas variáveis, preço(p) e quantidade (q), deslocam-se sempre no mesmo sentido: quando uma desce a outra também desce, e vice-versa. Figura 11 – Deslocamentos da curva de oferta (para a direita ou para a esquerda) 2.4.1 Expansão da oferta – Deslocamento da curva para a direita (fica mais vantajoso ofertar); Figura 12 – Deslocamento da oferta para a direita, exemplo em função das chuvas/clima (produtor rural) 2.4.2 Redução da oferta – Deslocamento da curva para a esquerda (menos vantajoso ofertar); Figura 13 – Deslocamento da oferta para a esquerda, em função da estiagem/(produtor rural) 2.4.3 Outras causas de deslocamento da oferta: Mudanças no preço dos insumos – O aumento do preço dos insumos pode fazer com que as firmas, fiquem menos dispostas a produzir e ofertar, deslocando, assim, a curva de oferta para a esquerda. A cada novo patamar de preço, o desejo das empresas em ofertar o produto ou serviço varia; Expectativas de alta de preços – Expectativas de elevação futura do preço de um bem ou serviço pode fazer com que, já no presente, sua oferta seja reduzida. Aumento IPI sobre combustíveis até ocorrer a publicação no D. Oficial da União; A lterações tecnológicas – O surgimento de uma nova tecnologia que permita a menor utilização de insumos e, portanto, que reduza os custos de produção, incentiva os produtores a aumentar sua produção. Dessa forma, a oferta aumenta e a curva se desloca para a direita; E xpectativas de baixa de preços – Expectativas de redução futura do preço de um bem ou serviço pode ensejar, por antecipação, um aumento na oferta desses bens e serviços. 2.4.4 Causas que mais proporcionam deslocamentos na lei da oferta (coeteris paribus) Variações no preço dos fatores de produção – Aumentos ou reduções do preço dos fatores de produção, implicará em aumento ou redução do custo de produção. Mudança nos preços dos demais bens – Caso os preços dos demais bens ou serviços subam e, por exemplo, o preço de um bem “x” permanecer inalterado, sua produção tornar-se-á menos atraente em relação à produção de outros bens, consequentemente, sua oferta diminuirá; Redução dos custos de produção – A diminuição dos custos de produção, queda de preços de matéria-prima, redução do custo da mão-de-obra, melhoria nos processos/procedimentos internos (isoladamente ou em conjunto) pode trazer duplos benefícios, por um lado, aumento de produtividade e, por outro, correção de pontos de ineficiência; Condições climáticas favoráveis ou desfavoráveis – Variações de clima e temperatura podem, provocar, no curtíssimo prazo, fortes deslocamentos na curva de oferta de produtos perecíveis (reduções/expansões bruscas na curva de oferta). 3. Estruturas de mercado 3.1 Mercados competitivos ou de concorrência perfeita Podem ser vistos como uma situação ideal que, em geral, tornam as análises econômicas mais simples, visto que, nesse caso, os agentes (empresas e consumidores) consideram os preços dos bens e serviços como dados não são afetados por suas decisões individuais. Veremos a seguir que, quando algumas dessas condições são afetadas surgirão outras estruturas de mercado (monopólio, oligopólio, entre outras) e as decisões de empresas e consumidores tornam-se um pouco mais complexas. Para ser considerado competitivo (ou perfeito), um determinado mercado (o de ameixas, por exemplo) deve apresentar as seguintes características. Grande número de compradores e vendedores, de modo que nenhum deles, individualmente, pode influenciar o preço ao decidir comprar ou vender um produto; Produtos são homogêneos (sem diferenciação). O produto de uma firma pode ser substituído perfeitamente pelo produto de outra firma; Não há barreiras a entrada de novas firmas, ou seja, há mobilidade de recursos e produtos, novos concorrentes podem entrar ou sair do mercado e os recursos podem ser facilmente transferidos para usos mais eficientes. Perfeita informação, ou seja, demandantes e ofertantes detém perfeito conhecimento das informações necessárias sobre preços, processos de produção, etc. Isso garante que consumidores não paguem um preço mais alto do que o de equilíbrio de mercado e nem empresas vendam a um preço mais baixo. 3.2 Monopólio (aprofundar, com exercício) Uma única empresa, produto sem substitutos próximos, com barreiras à entrada de novas firmas. 3.3 Oligopólio (aprofundar, com exercício) Pequeno número de empresas que dominam o mercado, os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, com barreiras a entrada de novas empresas. 3.3 Monopsônio (aprofundar, com exercício) 4. Equilíbrio de mercado de bens ou serviços Resultado interação entre oferta e demanda. Dessa ação conjunta resultará um determinado preço, Figura 15 – Equilíbrio de marcado de um bem ou serviço No gráfico acima, para qualquer preço superior a PE (como PV), a quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que a que os compradores desejam comprar. Há um excesso de oferta; De outra parte, com qualquer preço inferior PE (como PX), surgirá um excesso de demanda. Em qualquer dessas situações, não existe compatibilidade de desejos entre ofertantes e consumidores. Em um mercado concorrencial, o mecanismo de preço leva automaticamente ao equilíbrio. 5. Elasticidade Preço-demanda 5.1 Conceitos gerais Mede a intensidade da variação da quantidade demandada de um bem ou serviço frente a uma variação do seu preço. O cálculo da elasticidade dependerá do conhecimento ou não da função demanda e se o objetivo é calculá-la num ponto específico ou num determinado trecho da curva. Um bem ou serviço tem demanda elástica quando a quantidade demandada responde substancialmente a variações no preço. E tem demanda inelástica quando a quantidade demandada responde pouco a variações no preço. Podemos apontar alguns fatores determinantes da elasticidade – preço da demanda: O que já conhecemos: Que há uma relação entre os preços praticados no mercado e quantidade demandada, coeteris paribus. Epa! Conhecemos apenas a direção, o sentido, e quanto a magnitude numérica Conceito de Elasticidade Preço-demanda Alteração percentual no preço, provoca que variação percentual da quantidade demandada. Sensibilidade; resposta ou relação entre variáveis. Uma Δ% nos preços provocará uma Δ% na demanda. Assim é: 5.1.1 Calculando a elasticidade-preço da demanda no ponto Exemplo: Dados p0 = 10,00 ; p1 = 15,00; q0 = 120 e q1 = 100, calcular a elasticidade preço da demanda no ponto inicial (0) Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tkLbcHmJdmU Passos para cálculo da derivada no ponto inicial p0: 1º) Substitui p na equação e calcula a quantidade demanda → D = 140 – 2 (10)= 120 unidades (denominador); 2º) faz a derivada da função demanda → q'd(p) = 140 – 2p, que é igual a -2 3º) substituindo na fórmula, vide acima. Calculando a elasticidade-preço da demanda no arco Variando o preço (Δ%), qual será a Δ% quantidade demandada? Importante para os empresários, pois afeta: as despesas do consumidor as receitas dos produtores. Basta Utilizar a fórmula abaixo: variação percentual qD EPD = ---------------------------- variação percentual p (q1 – q0) x 100 q0 variação percentual qD = ------------------- (p1 – p0) x 100 p0 Esta relação (pela lei geral da demanda) é sempre negativa (resultado em módulo) APLICAÇÃO: Suponha que um aumento no preço da pamonha de R$ 2,00 para R$ 2,20 reduza a demanda de 10 para 8 unidades. Qual foi esta magnitude da variação na quantidade demandada? Sugestão: faz o quadro abaixo; depois aplica a fórmula – É sempre dada em módulo. inicial final p0 q0 p1 q1 2,00 10 2,20 8 q1 – q0 x 100 (8 – 10) x 100 - 20 q0 10 ed = -------------------, assim: ------------------- = ------- = |-2| ou 2 (é um número puro) p1 – p0 x 100 (2,2 – 2) x 100 10 p0 2 Interpretação da elasticidade: (ed>1), portanto, demanda elástica. Uma variação de 1% no preço da pamonha, provoca uma variação de 2% na demanda deste produto. Quantidade demandada bastante sensível em relação a uma variação de preços. 5.2 Classificação da demanda com relação a elasticidade-preço Classificação Conceito Preço-elástica Variação de 1% nos preços causar uma variação percentualmaior do que 1% na quantidade demandada (ed>1). Preço- inelástica Variação de 1% nos preços, a variação na quantidade demandada é menor do que 1% (ed<1). Preço-unidade Variações percentuais no preço e na quantidade ocorrem na mesma proporção. (ed=1). Observação: A elasticidade refere-se a um ponto na curva de demanda (conceito pontual) e não em toda a curva de demanda. A classificação é no ponto da curva. (PINHO E VASCONCELLOS, 2006). Quadro 2 – Exemplo de demanda por ameixa no arco Pontos na curva de demanda Quantidades demandadas Níveis de preços A 10 0,0 B 9 0,5 C 8 1,0 D 7 1,5 E 6 2,0 F 5 2,5 G 4 3,0 I 2 4,0 J 1 4,5 L 0 5,0 APLICAÇÃO 08 Com base no quadro abaixo, calcule: a elasticidade-preço da demanda para um aumento do preço a partir do ponto B para o ponto C; a elasticidade-preço da demanda para um aumento do preço do ponto I ao ponto J; classifique as demandas nos pontos B e I. Primeiro caso, utilizando a fórmula, a elasticidade seria: Ponto B (inicial) Ponto C (final) p0 q0 p1 q1 0,50 9 1,00 8 ed (do ponto B para o ponto C) q1 – q0 x 100 (8 – 9) x 100 - 11,11 q0 9 ed = -------------------, assim: ------------------- = –------- = |0,11| ou 0,11 p1 – p0 x 100 (1 – 0,5) x 100 100 p0 0,5 Interpretação: (ed<1), portanto, no ponto B a elasticidade preço-demanda é inelástica. Uma variação de 1% no preço da ameixa, provoca uma variação muito pequena na demanda por ameixa (0,11%). Quantidade demandada muito pouco sensível em relação a uma variação de preços Figura 16 – Elasticidade em pontos específicos de demanda Do ponto I para o J, teríamos: Ponto I (inicial Ponto J (final) p0 q0 p1 q1 4,00 2 4,50 1 ed (ponto I para o ponto J) q1 – q0 x 100 (4,5 – 4,0) x 100 12,5 q0 4 ed = -------------------, assim: ------------------- = –------- = |- 4| ou 4 p1 – p0 x 100 (1 – 2) x 100 - 50 p0 2 Interpretação: (ed>1), portanto, no ponto I a elasticidade-preço demanda é elástica. Uma variação de 1% no preço da ameixa, provoca uma grande variação na demanda por ameixa de (4%). Muito sensível. Figura 17 – Comportamento da elasticidade-preço da demanda ao longo da curva 4.3. Receita total das empresas e elasticidade-preço da demanda O cálculo da elasticidade-preço da demanda é importante inferir se um aumento de preços elevará ou reduzirá a receita total das organizações (quantidade vendida multiplicada pelo preço). Uma elevação nos preços reduz a quantidade demandada. Qual será o efeito dessa mudança nos preços no faturamento? A elasticidade-preço da demanda encarrega-se de nos responder essa questão: Demanda é preço-elástica, um aumento de preço reduza a receita total; se há uma queda de preço, a receita total aumenta. Isso acontece no caso de uma demanda preço-elástica, pois a variação na quantidade mais do que compensa a variação nos preços; Demanda é preço-inelástica, um preço mais alto aumenta a receita e uma queda de preço reduz a receita total; e Demanda por um bem tem elasticidade unitária, o aumento de preço não muda a receita total visto que as variações no preço e na quantidade se compensam. APLICAÇÃO 09 Sobre a venda de anúncios veiculados em uma revista especializada em mercado financeiro. No período 1, foram vendidos oito anúncios no valor de R$ 7 mil cada. Portanto, a receita publicitária no período 1 corresponde a R$ 56 mil. Suponha que houve um reajuste no período 2 e o preço do anúncio passou a valer R$ 9 mil. Com o novo preço, a revista conquistou apenas cinco anunciantes. Notem que houve uma redução na receita (de R$ 56 mil para R$ 45 mil): Calcule: variação % da quantidade demandada; variação % no preço; elasticidade-preço da demanda. É elástica ou inelástica. Por que? Elevar preços significa elevar receitas com vendas inicial final p0 q0 p1 q1 7 mil 8 9 mil 5 q1 – q0 x 100 (5 – 8) x 100 - 37,50 q0 8 ed = -------------------, assim: ------------------- = ------- = |-1,31| ou 1,31 p1 – p0 x 100 (9 - 7) x 100 28,57 p0 7 Interpretação: (ed>1), portanto, elasticidade-preço demanda elástica. Uma variação de 1% no preço da ameixa, provoca uma variação de 1,3% na demanda por anuncios. Quantidade demandada sensível em relação a uma variação de preços. Complemento das respostas: Variação na quantidade demandada – primeira parte da fórmula = - 37,50% variação no preço = 28,57%; elasticidade-preço da demanda = 1,31; Não. Para produtos com demanda elástica – elevações nos preços causa redução nas receitas. A redução da receita ocorre porque o aumento do preço gera dois efeitos: Efeito preço - aumento de preço tende a aumentar a receita caso a demanda não caia; Efeito quantidade - aumento do preço gera a redução da quantidade demandada (lei da demanda), o que tende a diminuir a receita. Como diversos fatores afetam a demanda, não é fácil precisar o que efetivamente determina a elasticidade- preço da demanda, contudo, com base na experiência, é possível relacionar algumas regras relativas aos fatores que a influenciam: Essencialidade do bens – Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura. Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. Exemplos clássicos: sal e remédio de uso contínuo, vide gráfico 2. Figura 18 – Demanda perfeitamente inelástica Obs: Bens que dispõem de substitutos próximos tendem a ter uma demanda mais elástica; 2.4 Representação gráfica da elasticidade Gráfico 17 – Elasticidade preço- demanda elástica Interpretação: (ed>1), portanto elasticidade-preço demanda elástica. Percebe-se que uma pequena redução percentual nos preços, causa um aumento percentual maior na quantidade demanda. 5. Elasticidade-Renda demanda Elasticidade-renda da demanda é muito importante para o planejamento empresarial, pois é um importante parâmetro para projetar suas vendas, de acordo com o crescimento da renda do país. O que é elasticidade-renda da demanda? É a medida de quanto a demanda por um bem é afetada por mudanças na renda dos consumidores. ou variação % na quantidade demandada ER = ---------------------------------------------- variação % na renda (q1 – q0) x 100 q0 er = ------------------- (r1 – r0) x 100 r0 Classificação da elasticidade-renda demanda: Elasticidade-renda > 1 Bem superior (ou bem de luxo): dada avariação de renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. Elasticidade-renda > 0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumente. Elasticidade-renda < 1 Bem inferior: A demanda cai quando a renda aumenta Elasticidade-renda = 1 Bem de consumo saciado: variações de renda não alteram o consumo. Atenção: “Olho no sinal” da elasticidade-renda da demanda depende do tipo de bem envolvido. APLICAÇÃO 10 Uma Família sofre uma alteração na sua Renda passando de R$ 2.500,00 para R$ 3.000,00 mensais. Essa alteração na Renda provocou um aumento na demanda de vinhos importados variando de 5 para 7 unidades. Calcule a Elasticidade-renda da demanda eidentifique que tipo de bem é este, justifique sua resposta. Solução: Sugestão: faz o quadro abaixo; depois aplica a fórmula – É sempre dada em módulo. inicial final 2.500 5 3.000 7 (q1 – q0) x 100 (7 – 5) x 100 40 q0 5 Er = -------------------, assim: -------------------------- = ------- = 2 (trata-se de um bem normal) ( r1 – r0) x 100 (3.000 – 2.500) x 100 20 r0 2.500
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