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5. apostila neuroanatomia e neurofisiologia basica

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Neuroanatomia e neurofisiologia básica1 
Ana Paula Furtado Santos e Felipe Nunes Mourão 2 
O sistema nervoso tem a capacidade de detectar, transmitir, analisar e utilizar 
as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, 
luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno. 
Além disso, organiza e coordena, direta ou indiretamente, o funcionamento de 
quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, 
viscerais, endócrinas e psíquicas. Assim, o sistema nervoso estabiliza as 
condições intrínsecas do organismo, como pressão sanguínea, tensão de O2e 
de CO2, teor de glicose, de hormônios e pH do sangue e, participa dos padrões 
de comportamento, como os relacionados a alimentação, reprodução, defesa e 
interação com outros seres vivos. 
 
Classificação Funcional do sistema nervoso 
O sistema nervoso inclui os componentes sensoriais que detectam eventos do 
ambiente, integradores que processam e armazenam dados sensoriais, entre 
outros, e os componentes motores que geram movimentos e secreções 
glandulares. 
 
Divisão sensitiva do sistema nervoso 
O sistema sensitivo (ou aferente) apresenta os componentes: (a) somático: 
exteroceptivo somestésico (geral: com sensibilidade a calor, frio, dor, tato e 
pressão) e especial (visão, audição, equilíbrio, olfação e gustação), e 
proprioceptivo (cinestésico proprioceptivo); e, (b) visceral interoceptivo. A 
captação de estímulos ocorre por células sensitivas especializadas auxiliares 
ou neuronais. 
Depois que a informação captada é transmitida aos sistemas integradores ou 
de memória por vias de projeção, que se dirigem para estruturas presentes em: 
 
1 Trabalho desenvolvido como atividade de monitoria em Fisiologia I, do curso de Medicina da 
Universidade Federal de São Joao del Rei, campus Dom Bosco. 
2 Discentes do segundo período de Medicina da UFSJ-CDB, monitores da disciplina de Fisiologia I. 
1. Medula espinhal. 
2. Formação reticular do bulbo, ponte e mesencéfalo. 
3. Cerebelo. 
4. Tálamo. 
5. Córtex cerebral. 
O giro pós-central é o sistema hierárquico superior responsável por receber e 
processar os estímulos sensitivos, se tornando estes, estímulos conscientes. 
 
 
Divisão motora do sistema nervoso 
O sistema motor é responsável por controlar diversas funções do corpo, e faz 
de forma integrada com informações corticais conscientes-voluntários e 
subcorticais inconscientes. Este controle se dá sobre as estruturas 
participantes dos processos de: 
1. Contração dos músculos esqueléticos apropriados, por todo o 
corpo. 
2. Contração da musculatura lisa dos órgãos internos e miocárdio. 
3. Secreção pelas glândulas e células endócrinas e exócrinas. 
A projeção das vias motoras somáticas pode se dar de: 
Figura 1- Eixo somatossensorial do sistema nervoso 
Fonte: Tratado de Fisiologia Médica, Gyton 2012. 
1. Córtex motor. 
2. Cerebelo. 
3. Núcleos da base. 
4. Formação reticular do bulbo, ponte e mesencéfalo. 
5. Medula espinhal. 
O giro pré-central (ou motor) é o local de iniciação do programa motor, ou seja, 
a origem da via descendente córtico-espinhal, área de execução motora 
cortical que apresenta axônios longos que se projetam para os núcleos 
motores do tronco encefálico e da medula espinhal, para que posteriormente 
inerve motoneurônios. 
 
 
 
 
Figura 2- Giro pré-central cortical. 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm. 
Acesso em 20 de março de 2016. 
 
 
 
 
Função integrativa do sistema nervoso 
O sistema nervoso recebe constantemente informações do meio ambiente. 
Entretanto, 90% dessas informações processadas inconscientemente, e não é 
percebida pelo indivíduo. Exemplo é o contato entre a vestimenta e a pele, cujo 
estímulo é constante, entretanto passa a não ser percebido de forma 
consciente (graças as fibras de adaptação rápida). Dessa forma, a informação 
recebida por determinado receptor tem sua via de projeção rotulada, ou seja, 
tem uma rota constante e pré-definida. Para tanto, essas vias são integradas 
de forma a promover uma resposta rápida e delimitada, por exemplo, quando 
se encosta a uma superfície quente a resposta de retirada se dá através da 
integração das vias aferentes dos nociceptores e as vias motoras eferentes da 
medula espinhal. Essa via rotulada se dá sempre através de um neurônio 
aferente até seu local de processamento, que pode se dar nas seguintes 
estruturas: 
Figura 3 - Eixo neuromuscular do sistema nervoso 
Fonte: Tratado de Fisiologia Médica, Gyton 2012. 
1. Medula espinhal. 
2. Tronco encefálico (bulbo, ponte, mesencéfalo e tálamo). 
3. Córtex cerebral. 
 
Áreas subcorticais 
 
 
Medula espinhal 
 
Figura 4 - Arco reflexo de retirada. 
Fonte: http://bibliotecadeeducacaofisica.blogspot.com.br/2011/07/anatomia-do-
sistema-nervoso.html 
 
Tronco Encefálico 
Bulbo 
O bulbo é a estrutura do tronco encefálico que dá continuidade à medula 
espinhal no sentido caudo-craniano. 
Assim como as demais estruturas do tronco encefálico, o bulbo apresenta uma 
substância cinzenta própria (central; núcleos sensitivos e motores), que é 
No arco reflexo de retirada (fig. 4), o 
estímulo sensorial chega ao corno 
posterior-dorsal da medula espinhal pelo 
neurônio aferente primário (1º neurônio) 
e através de um neurônio de associação 
(2º neurônio) faz sinapse com o 
motoneurônio(3º neurônio) cujo axônio 
se encontra no corno anterior-ventral . 
Então a informação propaga-se 
peloneurônio motor (3º neurônio) que 
mediante secreção de neurotransmissor 
excitatório acetilcolina na junção 
neuromuscular (sinapse de placa motora) 
resulta em contração muscular. 
composta por corpos neuronais que se organizam em núcleos encefálicos, que 
dão início ao processamento das informações que serão transmitidas àsvias de 
projeção (descendentes e ascendentes) e a pares de nervos cranianos. A 
substância branca presente no bulbo, assim como no tronco encefálico, é 
composta pelos axônios que se projetam a partir dos corpos neuronais 
presentes na substância cinzenta. Essas fibras nervosas (conjunto de axônios) 
promovem a condução das informações aferentes (ou vias ascendentes, para 
núcleos centrais superiores) e eferentes (ou descendentes, nos quais é gerada 
uma resposta ou ação voluntária, do SNC para a periferia). 
 
 
 
 
Vias de projeção pelo bulbo 
 
Vias ascendentes 
a) fascículo grácil e 
cuneiforme 
b) lemnisco medial 
c) trato espino-talâmico 
lateral 
d) trato espino-talâmico 
anterior 
e) trato espino-cerebelar 
anterior 
f) trato espino-cerebelar 
posterior 
g) pedúnculo cerebelar 
inferior 
 
Vias descendentes 
a) trato córtico-espinhal 
b) trato córtico-nuclear (núcleos ambíguos e hipoglosso) 
c) tratos extra piramidais 
 (rubro, vestíbulo, teto, retículo e olivo espinhais) 
 d) trato espinhal do nervo trigêmeo 
 e) trato solitário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estruturas em Roxo: 
Pares de nervos cranianos 
que emergem do 
bulbo/ponte. 
 Estruturas em verde: 
Estruturas que se 
relacionam com as vias 
motoras. 
 Estruturas em vermelho: 
Relacionam-se com as vias 
de projeção sensoriais. 
Figura 5- Visão posterior e anterior do bulbo, respectivamente. 
Fonte: NETTER, F.H. ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. 2ª ed. 
Porto Alegre, Artmed, 2002. Adaptado. 
 
Ponte 
A ponte é a estrutura central do tronco cefálico e se encontra entre o bulbo 
(inferiormente a ela) e o mesencéfalo (superiormente). Anatomicamente,se 
divide em base (ventral) e tegmento da ponte (dorsal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6- Visão anterior e posterior da ponte, respectivamente. 
Fonte: NETTER, F.H. ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. 2ª ed. Porto Alegre, Artmed, 
2002. Adaptado. 
 
Tegmento da Ponte 
 O tegmento da ponte é a porçao dorsal da ponte e apresenta 
fibras ascendentes, descendentes e transversais, além de 
núcleos de nervos cranianos e substância cinzenta própria.
 
 
 
Mesencéfalo 
O mesencéfalo é constituído por uma porção dorsal, o teto 
do mesencéfalo e outra ventral e muito maior, os pedúnculos 
cerebrais, separados pelo aqueduto cerebral. Em cada 
pedúnculo têm-se estruturas denominadas base, tegmento e 
uma lâmina de substância cinzenta, a substância negra. 
Núcleos
•N. vestibulo coclear
•N. facial e abducente
•Salivatório superior e lacrimal
•N. Trigemio
Fibras 
longitudinais
•Leminisco espinhal
•Leminisco lateral
Leminisco medial
•Leminisco trigemial
Formaçao 
reticular
•Núcleos da Raph (sono / vigília)
•Locus Ceruleos (SARA)
Vias de projeção 
do tegmento da 
ponte 
 
Lemnisco espinhal 
Lemnisco lateral 
Lemnisco medial 
Lemnisco trigemial 
 
 
Figura 7- Tegmento da ponte. 
Fonte: NETTER, F.H. ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. 2ª ed. 
Porto Alegre, Artmed, 2002. Adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9- Corte transversal do mesencéfalo, evidenciando vista superior desse 
corte. Fonte: MACHADO, Ângelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. 
 Neuroanatomia funcional. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2006. 
 
Figura 8- Mesencéfalo. 
Fonte: NETTER, F.H. ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. 2ª ed. Porto Alegre, 
Artmed, 2002. Adaptado. 
 
Teto do Mesencéfalo 
 
 
Base do pedúnculo cerebral 
É formado pelos axônios que formam as fibras descendentes do trato cortico- 
espinhal, trato cortico- pontino e trato cortico-nuclear. 
 
 
Tegumento do mesencéfalo 
Colículo 
superior
•Fibras derivadas da retina
•Fibras do córtex occiptal
•Fibras que formam o trato 
tecto-espinhal 
Colículo 
inferior
Área pré 
tectal
Trato cortico-
espinhal 
(descentes)
Trato 
cortico-
pontino 
(descenden
tes)
Trato 
cortico-
nuclear 
(descenden
tes)
Figura 10 – Teto do mesencéfalo. 
Fonte: MACHADO, Ângelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. 
 Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006.Adaptado. 
Figura 11 – Tegumento do mesencéfalo. 
Fonte: MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia 
funcional. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2006.Adaptado. 
É caracterizado como a porção central do mesencéfalo, é composto por 
substância negra, núcleo rubro, núcleo do nervo troclear, núcleo do nervo 
oculomotor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Substancia 
negra
Núcleo 
Rubro
Núcleo 
do n. 
Troclear
Núcleo do 
n. 
Oculomoto
r
Figura 12 – Tegumento do mesencéfalo. 
Fonte: MACHADO, Ângelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. 
 Neuroanatomia funcional. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2006.Adaptado. 
Córtex cerebral 
 
Figura 13 – Lobos cerebrais 
Fonte: Centro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana 
 
O córtex é a sede do entendimento e da razão e se divide em lobos: 
- Lobo Frontal: Relacionado a processamentos complexos, como a cognição e 
o planejamento (córtex associativo motor) e a iniciação dos movimentos 
voluntários (córtex motor primário); 
- Lobo Temporal: Área de projeção (córtex auditivo primário) e processamento 
da audição (córtex associativo); 
- Lobo Parietal: Área de projeção e processamento somestésico; 
 - Lobo Occipital: Área de projeção e processamento visual; 
- Lobo da Ínsula (oculta sobre os lobos frontais e temporais): Área de 
processamento gustativo e associado ao sistema límbico. 
 
No córtex cerebral chegam impulsos provenientes de todas as vias da 
sensibilidade que aí se tornam conscientes e são interpretadas. Do córtex 
saem os impulsos nervosos que iniciam e comandam os movimentos 
voluntários. 
 
Áreas Corticais e suas funções 
 
Figura 14 – Áreas corticais e suas funções 
Fonte: http://www.cerebromente.org.br/n01/arquitet/cortex.htm 
Área Cortical Função 
Córtex Motor 
Primário (giro pré-central) 
(em vermelho) 
Iniciação do comportamento motor 
Córtex 
Somatossensorial 
Primário (em azul escuro) 
Recebe informação somáticas gerais, 
proprioceptivas e viscerais do corpo (tato, 
vibração, temperatura, dor) 
Córtex Pré-frontal 
(em pink) 
Planejamento, emoção, julgamento 
Córtex de 
Associação Motora (área 
pré-motora) (em verde) 
Coordenação do movimento complexo 
Centro da Fala (Área Produção da fala e articulação 
de Broca) (em preto) 
Córtex Auditivo (em 
marrom) 
Detecção ?do som 
Área de Associação 
Auditiva (em azul claro) 
Processamento complexo da 
informação auditiva e memória 
Área de Associação 
Sensorial(em amarelo) 
 
Área de Associação 
Visual (em laranja) 
Processamento complexo da 
informação visual, percepção do movimento 
Córtex Visual (em 
verde musgo) 
Detecção de estímulo visual simples 
Área de 
Wernicke (em verde limão) 
Compreensão da linguagem 
(conhecimento, interpretação e da 
informação) 
 
 
Pares de nervos cranianos 
 
 
 
Figura 15- Denominação, função, origem e destino dos 12 pares de 
nervos cranianos. 
Fonte:NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2000 
 
 Os nervosos cranianos fazem comunicação com o encéfalo. Estão distribuídos 
em 12 pares. Estes pares são numerados em algarismos romanos. 
 
I – Nervo olfatório (sensitivo) 
II – Nervo óptico (sensitivo) 
III- Nervo óculo-motor(motor) 
IV- Nervo troclear(motor) 
VI- Nervo abducente (motor) 
V- Nervo trigêmeo (misto) 
VII- Nervo facial(misto) 
VIII- Nervo vestíbulococlear (sensitivo) 
IX- Nervo glossofaríngeo(misto) 
X- Nervo vago(misto) 
XI- Nervo acessório(motor) 
XII- Nervo hipoglosso(motor) 
 
Grandes Vias Aferentes 
São as vias que levam aos centros nervosos supra-segmentares os 
impulsos nervosos originados nos receptores periféricos. São consideradas 
cadeias neuronais unindo os receptores ao córtex. 
Via neoespino-talâmica: Responsável pela dor aguda e bem localizada. 
Envolve 3 neurônios: 
 I)nosgânglios espinhais situados nas raízes dorsais 
 II)localizados no coluna 
 III) situados no tálamo 
 Os axônios do III neurônio chegam à área somestésica do córtex 
cerebral (situada no giro pós-central) e transmitem impulsos térmicos e 
dolorosos situados no lado oposto do corpo e no tronco 
Via paleoespino-talâmica: É constituída de uma cadeia de neurônios em 
maior número que os da vida neoespino-talâmica. Não tem organização 
somatotópica, logo, é responsável pela dor pouco localizada. 
 I)Localizados nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. 
 II) Localizados na coluna posterior. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral 
do mesmo lado e do lado oposto, formando posteriormente o tracto espino-
reticular. 
 III) Situados na formação reticular. Dão origem às fibras reticulo-talâmicas, que 
terminam nos núcleos intralaminares do tálamo. 
 
Via de pressão e tato protopático: Os receptores de pressão e tato são os 
Corpúsculos de Meissner e os corpúsculos de Ruffini. 
 I = nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais 
 II = localizados no coluna posterior da medula. Constituem o tracto espino-
talâmico anterior e este ao nível da ponte, une-se ao espino-talâmico lateral 
para formar o leminisco espinhal 
 III = situados no núcleo ventral póstero-lateraldo tálamo 
Por este caminho os impulsos gerados nos receptores de pressão e tato 
chegam ao córtex. Entretanto, os impulsos tornam-se consciente já em nível 
talâmico. 
Via de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade 
vibratória: Permitem a distinção entre dois pontos e o reconhecimento da 
forma e o tamanho dos objetos colocados na mão (estereognosia). 
Receptores: Corpúsculos de Ruffini, corpúsculo de Meissner e 
ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos 
 I = nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais 
 II = localizados nos gânglios espinhais 
 III = situados nos núcleos ventral póstero-lateral do tálamo 
 
Via de Propriocepção inconsciente: 
 
Receptores: Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos situados nos 
tendões e músculos 
 I = nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais 
 II = localizados nos gânglios espinhais 
 III = situados nos núcleos ventral póstero-lateral do tálamo. Podem estar em 3 
posições, dando origem a 3 vias diferentes até o cérebro - no núcleo torácico 
(ou dorsal) 
 
 
Referências 
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 
1981. 
MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: 
Atheneu, 1991. 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ª ed.. Porto Alegre: Artmed, 
2000.

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