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História da Arte

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Renascimento - Séc.XV ao Séc.XVII. 
O Renascimento foi um momento da historia muito mais amplo e complexo do que o simples reviver da antiga cultura Greco-romana. Nesse período ocorreram muitos progressos e realizações no campo das artes, literatura e ciências, que superaram toda a herança clássica. O ideal do Humanismo foi certamente o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. O Humanismo pregava a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e sobrenatural, conceitos muito presentes na Idade Media. 
Nas artes o ideal humanista e o rigor cientifico são encontrados em diferentes manifestações. Trabalhando ora o espaço, na arquitetura, as linhas e cores, na pintura, ou os volumes, na escultura, os artistas do Renascimento buscavam expressar os maiores valores da época: a racionalidade e a dignidade do ser humano. Diminui então o misticismo da Idade Média e o homem descobre o mundo a sua volta. Continua representando temas e personagens, porem humaniza-os. Interesses terrenos passam a dominar os celestiais. Os valores mudam: de místicos à religiosos a materiais e intelectuais. A paisagem aparece como acessório do tema pintado. Só torna-se um tema independente a partir do sec. XVII. (artistas descobrem fascínio e beleza no mundo que os rodeava). 
Conquistas na arte: perspectiva, claro-escuro, realismo, volume. Artista com estilo pessoal ao contrario da Idade Média, quando a produção era anônima. 
ARQUITETURA NO RENASCIMENTO: a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. Um dos arquitetos que pela primeira vez projetou edifícios que expressam o ideal renascentista foi Fillipo Brunelleschi. Brunelleschi também é um exemplo de artista completo, neste período porque foi arquiteto, pintor, escultor, alem de conhecer profundamente a geometria , matemática e a poesia de Dante Alighieri. 
A PINTURA RENASCENTISTA: Os pintores renascentistas aperfeiçoaram três conquistas muito importantes que os artistas do Gótico já tinham alcançado, no que se refere a ilusão tridimensional: a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo. 
Embora tais recursos já tivessem sido dominados pelos gregos e romanos, foi abandonado pelos bizantinos, românicos e o primeiro período do gótico. Entretanto no Renascimento predomina a tendência a uma interpretação científica do mundo. O resultado disso nas artes plásticas são os estudos da perspectiva, segundo princípios da matemática e da Geometria, O uso da perspectiva conduziu ao claro-escuro, que, juntos dão a ilusão de volume dos corpos, e, consequentemente para o maior realismo das pinturas. 
Outra característica importante foi o surgimento de artistas com estilo pessoal. Durante a Idade Média, a produção artística era anônima, porem no Renascimento as coisas mudam, por causa do ideal de liberdade e valorização do homem, que permeia todo o período, e isso leva a um individualismo nas artes. Surgem inúmeros artistas, com estilo próprio, que expressam em suas obras seus sentimentos e idéias, sem a submissão a nenhum poder que não a sua própria capacidade de criação. 
PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO: Masaccio, Fra Angelico,Paollo Uccello, Piero della Francesca,Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci,Rafael, Michelangelo,(Italia).Dürer, Hans Holbein, Hieronimus Bosh,Pieter Brueguel (Alemanha e Paises Baixos). 
ESCULTURA: Destaque para dois artistas: Michelangelo e Verrocchio. Embora a influencia Greco-romana seja visível, podemos perceber que as figuras são mais despojadas e realistas, além de possuírem mais movimento. 
BARROCO - Séc.XVII ao Séc.XVIII 
Não podemos entender os acontecimentos desse período, sem buscar suas origens em fatos do século XVI, principalmente na Reforma Protestante, que teve início na Alemanha, expandindo-se posteriormente por outros países. Embora tenha sido um movimento de caráter religioso, a Reforma teve conseqüências que ultrapassaram as questões da fé, a exemplo da implantação dos Estados Nacionais e dos Governos Absolutos, que propunham que cada nação se libertasse da submissão ao papa. Porém, a igreja Católica logo se organizou contra a Reforma Protestante. A Arte Barroca surge nesse contexto, de ameaça da perda do poder e da supremacia, que gozava a Igreja Católica. Desse modo torna-se uma arte essencialmente religiosa e de grande importância estratégica, porque é posta a serviço da Igreja católica, com a tarefa de propagar o catolicismo e ampliar sua influência. 
Dentre as obras que melhor expressam a preocupação da Igreja em revigorar seus princípios doutrinários está O JUÍZO FINAL, que Michelangelo pintou na Capela Sistina, expressando, por meio do seu estilo, que era precursor do Barroco, que surgiu como reação à Reforma Protestante, comandada por Lutero, na Alemanha. O movimento organizado pela Igreja Católica contra a Reforma Protestante foi denominado Contra Reforma, e possibilitou que a igreja Católica retomasse a sua força, e edificasse novas e grandes igrejas. 
A Arte Barroca originou-se na Itália, mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida por colonizadores portugueses e espanhóis. Apesar das diferenças nesse estilo, nos diversos países em que se desenvolveu, alguns princípios são comuns, como por exemplo: 
- As obras barrocas rompem com o equilíbrio entre a simetria razão ou entre a arte e a ciência, aspecto importante no Renascimento.
-Na arte barroca predominam as emoções
-A disposição dos elementos nos quadros sempre forma uma composição em diagonal, que sugere movimento e dinamismo
- Excessivo uso do claro-escuro, o que intensifica a expressão dos sentimentos, sugere dramaticidade.
- A representação é realista. Além de temas religiosos representa a vida de pessoas simples e não apenas nobreza e os poderosos
- Seus artistas usavam figuras grandiosas, normalmente com temas religiosos
- A escultura e arquitetura também eram grandiosas
-Artistas mais importantes: Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Andrea Pozzo, Velasquez, Vermeer.
Rococó - 1730 a 1760 
Arte aristocrática, requintada e convencional. Tecnicas de execução perfeitas nas formas leves e delicadas, tons pastéis. O termo Rococó originou-se da palavra ROCAILLE, me português, CONCHA Estilo que floresceu na Corte Francesa, no século XVIII. O Rococó surgiu na França, após a morte de Luis XIV, quando a corte mudou de Versalhes para Paris, e refletia os valores de uma sociedade fútil que buscava nas obras de arte algo que lhes desse prazer e a levasse a esquecer os problemas reais, ou seja, a crise social, política e econômica vivida pela França antes da Revolução. O povo estava na miséria, enquanto a nobreza, a aristocracia e a burguesia ascendente representada por banqueiros, financistas e homens de negócios cultivavam o luxo e gozavam os prazeres de uma sociedade fútil e alienada. Os temas preferidos pelos artistas de um modo geral eram as cenas graciosas, recheadas de uma sensualidade sutil, quadros pequenos e estatuetas de porcelana para uso doméstico, que agradavam muitíssimo à sociedade da época. 
 
Na Arquitetura, o estilo Rococó manifestou-se principalmente na decoração de interiores, que eram revestidos de abundante e delicada ornamentação. Os salões tinham, geralmente o formato oval e as paredes eram pintadas com cores suaves e claras e possuíam espelhos e ornamentos com motivos florais. 
Em oposição a esse interior rico em elementos decorativos, a fachada dos edifícios reflete um barroco sem exageros ou o estilo clássico dos renascentistas italianos. 
Na pintura, há grandes diferenças entre o Barroco e o Rococó. Enquanto o Barroco desenvolvia temas religiosos, o Rococó desenvolvia temas mundanos, ambientados em parques ES jardins ou em interiores luxuosos. As personagens não são mais inspiradas no povo simples, e sim em membros de uma aristocracia ociosa que vivia seus últimos temposde prosperidade antes da Revolução Francesa. Também surgem mudanças com relação à técnica de pintura. Desaparecem os contrastes radicais de claro-escuro e passam a predominar as tonalidades claras e luminosas. 
Nos quadros, a técnica do Pastel começa a se muito utilizada, por permitir certos efeitos de delicadeza e leveza nos tecidos, maciez na pele feminina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos. 
Escultura: nessa arte, o Estilo Rococó substituiu os volumes que indicam o vigor e a energia barrocos por linhas suaves e graciosas. A escultura se torna intimista, e geralmente retrata as pessoas mais importantes da época. Ex.: Voltaire, Diderot, Rousseau e outros nomes famosos da historia francesa e universal. Também foram exímios criadores de estatuetas decorativas, de porcelana. Reproduziam também estatuetas de temas mitológicos, campestres e da sociedade cortesã. 
Principais artistas: Watteau, Chardin (pintura), J.J M. Kuchel, Balthazar Neumann, Germain Boffrand, Nicolas Pineau e Jackes-Ange Gabriel, François Boucher, Ètiene Marie Falconet e Houdon.
Neoclassicismo – 1760 a 1795 
O Neoclassicismo teve inicio nas duas ultimas décadas do século XVIII. Anunciava uma nova tendência estética, na Europa. O Academicismo voltou a reinar expressando os valores de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da sociedade européia após a Revolução Francesa, e, principalmente junto ao Império de Napoleão.
A PINTURA NEOCLÁSSICA: Suas maiores características foram o equilíbrio da composição, contenção de movimentos dos elementos, harmonia do colorido, técnica perfeita, domínio do desenho. Além da influencia Greco-romana, os artistas neoclássicos também foram muito influenciados pelos mestres renascentistas, principalmente Rafael, que é um verdadeiro referencial para as Academias de Belas Artes até hoje. 
TEMAS ABORDADOS: fatos históricos relacionados à vida do imperador, composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens. 
PRINCIPAIS ARTISTAS: O maior representante da pintura Neoclássica é Jackes Luis David, pintor oficial do Império de Napoleão Bonaparte. Outro pintor importante foi Ingres, 
 ARQUITETURA NEOCLASSICA: também seguiu o modelo dos templos Greco romanos ou das edificações do Renascimento Italiano, tanto nas construções civis, quanto nas religiosas. 
Principais representantes: Jackes Germain Souflot.e Karl Gottard Langhans.
Romantismo final do século XVIII início do sec. XIX 
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas pela Revolução Francesa. Atividade artística também se tornou mais complexa. No século XIX identificamos vários movimentos artísticos que produziram obras segundo concepções e estilos diferentes como o Romantismo, Realismo, Impressionismo e Pós Impressionismo. 
O romantismo surgiu como reação ao Neoclassicismo. Os artistas românticos libertaram-se das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista, portanto, pode-se afirmar que a característica mais marcante do Romantismo é a valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística. 
Outros valores como o sentimento do presente, o nacionalismo, a paixão por uma causa ou ideal e a valorização da natureza também estavam bem presentes. Identificamos também as semelhanças na composição com as formas barrocas, utilizando também a diagonal, que sugere movimento e dinamismo, bem como a valorização da cor e dos contrastes. Todo esse conjunto denota a dramaticidade e a paixão na obra romântica. 
A pintura Romântica negou a estética Neoclássica e se aproximou das formas barrocas. Pintores românticos como Goya, Delacroix, Turner e Constable recuperaram o dinamismo e o realismo que os Neoclássicos haviam negado. 
Arquitetura Romântica: Na França e na Itália, a arquitetura Romântica também buscou as formas Barrocas, porém na Europa, a produção arquitetônica voltou-se essencialmente para a construção de edifícios públicos. Não atendiam as necessidades das classes menos favorecidas cujas condições de vida e de moradia eram paupérrimas. 
A arquitetura Romântica foi marcada por elementos contraditórios, que a tornaram um tanto quanto inexpressiva. O final do século XVIII e inicio do XIX foram muito influenciados pela Revolução Francesa e a Revolução Industrial, principalmente esta última, que provocou um rearranjo na vida urbana. A arquitetura dessa época reflete tais mudanças; identificamos o uso de novos materiais como o ferro e o aço. No entanto, as igrejas e os castelos fora das cidades, preservaram características de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional. 
Em razão da urbanização na Europa, a produção arquitetônica voltou-se para a construção de edifícios públicos e de moradias para a média e alta burguesia, não atendendo as necessidades das classes menos favorecidas, cujas condiçoes de vida e de moradia eram as piores possíveis. 
Arquitetos mais importantes: Garnier, Barry, Puguin e Waesemann. 
ECULTURA ROMÂNTICA: Se expressando através de temas como monumentos funerários, estátuas eqüestres e um estilo que caminhava entre o classicismo e o barroco, a grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta. Adotaram os motivos heróicos e as homenagens solenes sob a forma de estatuas imensas de reis e militares, abandonando mum pouco os temas religiosos 
PRINCIPAIS ESCULTORES: Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha. 
 	Realismo – secunda metade do século XIX
Nesse período surge na Europa o estilo Realista, que desenvolveu-se ao lado da crescente Industrialização das sociedades. O homem europeu, após obter e utilizar conhecimentos científicos e técnicos entendeu que precisava expressar a arte de uma forma realista, abandonando as representações subjetivas e emotivas da realidade. 
PINTURA: Nos ideais estéticos, havia o compromisso com a realidade em cenas do cotidiano. “Ao artista não cabe melhorar artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal como ela é.” Dessa forma, abandonaram os temas mitológicos, bíblicos, históricos e literários, em favor da criação a partir da realidade, e não de algo irreal. 
O interesse pela representação do real teve como consequência à politização do artista, porque o grande desenvolvimento tecnológico e a industrialização, suscitaram o surgimento de uma grande massa de trabalhadores, que viviam em condições de pobreza extrema, trabalhando em condições sub humanas. Identificamos, então, nessa época o surgimento da Pintura Social, que denunciava injustiças e desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e 
a opulência da burguesia. 
Principais pintores: Courbet e Manet. 
ARQUITETURA: preocupação em atender as novas necessidades urbanas criadas pela industrialização. As cidades não precisavam mais de palácios e templos, e sim de fabricas, estações ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para operários, quanto para a nova burguesia. 
ESCULTURA: A exemplo da pintura, também não se preocupou coma idealização da realidade. Preferiam temas contemporâneos, assumindo por vezes intenções políticas em suas obras, como identificamos nas obras de Rodin, que expressavam um intenso realismo.
Impressionismo -final do século XIX 
Movimento artístico que revolucionou por completo os conceitos de arte existentes até então, influenciando profundamente a arte do século XX. 
A primeira exposição impressionista foi realizada em Paris, em 1984, tendo sido muito criticada pelo público e pela critica, que não aceitavam algo que não fosse acadêmico. Dessa exposição participaram Monet, Renoir, Pissaro, Cezanne, Degas, Sisley e Morisot. Somente apos dez anos é que os impressionistas começaram a ser compreendidos 
pelo publico e pela critica. 
Abaixo alguns princípios básicos do Impressionismo: A pintura deve registrar astonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. 
As figuras não devem ter contornos nítidos, já que a linha é uma abstração da qual se vale o homem para representar as imagens. 
As sombras devem ser luminosas e coloridas, de acordo com a impressão visual que transmitem. Nada de sombras escuras ou pretas, tal como eram utilizadas até então. 
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. 
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura de cores na paleta do pintor, e sim, inseridas nos quadros através de pequenas pinceladas, cabendo ao observador juntá-las, para formar as imagens. Sendo assim, a mistura deixa de ser técnica para ser óptica. 
PRINCIPAIS PINTORES: Renoir, Dégas, Monet, Sisley, Seurat (Pontilhismo).

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