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Apostila de Saúde Pública Unidade 1

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Capítulo 1 
Tema: Saúde Pública 
Neste capítulo, pretendo enfatizar a história, o conceito de Saúde Pública e sua 
contextualização no campo científico. 
A saúde e a doença sempre fizeram parte da realidade e das preocupações 
humanas. 
Ao longo da história, afirmava a existência de uma conexão fundamental entre 
a doença e o pecado. Como este mundo representava apenas uma passagem 
para a purificação da alma, as doenças passaram a ser entendidas como 
castigo de Deus (FIOCRUZ, 2013). 
Paradoxalmente, foi justamente no interior da igreja que perseguiu os hereges 
defensores do conhecimento baseado na observação da natureza que se 
preservou a maior parte do saber e do conhecimento de higiene e saúde da 
civilização greco-romana. Além de disporem de instalações e regulamentações 
higiênicas, no final da Idade Média alguns mosteiros começaram a abrigar as 
primeiras universidades (FIOCRUZ, 2013). 
Ao lado das condições objetivas de existência, o desenvolvimento teórico das 
ciências sociais permitiu, no final do século XVIII, a elaboração de uma teoria 
social da Medicina. O ambiente, origem de todas as causas de doença, deixa, 
momentaneamente, de ser natural para revestir-se do social. É nas condições 
de vida e trabalho do homem que as causa das doenças deverão ser buscadas 
(PAIM, 1998). 
Os conceitos de saúde e doença são analisados em sua evolução histórica e 
em seu relacionamento com o contexto cultural, social, político e econômico, 
evidenciando a evolução das ideias nessa área da experiência humana (PAIM, 
1998). 
 
 
 
Temos a clássica definição de Saúde Pública elaborada por Winslow, em 1920 
(ROUQUAYROL, 1999): 
 
 
 
 
 
A partir dessa concepção de Saúde Pública, os profissionais da área saúde, 
com trabalho em equipes multidisciplinares, têm quatro eixos para 
atuação(ROUQUAYROL, 1999) : 
1. Prevenção das Doenças não infecciosas 
2. Prevenção das Doenças Infecciosas 
3. Melhoria da Atenção 
4. Reabilitação 
Considera como campo de aplicação da Saúde Pública, as condições e 
respostas assentadas nas bases científicas das ciências biológicas, sociais e 
comportamentais, tendo como áreas de aplicação populações, problemas e 
programas. Para melhor delimitar o novo campo científico, é desenvolvida uma 
tipologia da investigação em saúde, distinguindo os níveis de atuação individual 
e coletivo, onde se concentram a pesquisa biológica e a pesquisa clinica, em 
relação ao nível populacional que toma como objetos de análise as condições 
(pesquisas epidemiológicas) e as respostas sociais frente aos problemas de 
saúde (pesquisas em sistemas de saúde, políticas de saúde, organização dos 
serviços de saúde entre outros) (SCLIAR, 2007). 
 
 
 
“É a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física 
mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade, para o 
saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a 
organização de médicos e paramédicos para diagnóstico precoce e o tratamento 
preventivo de doença, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a 
cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção 
da saúde.” 
 
Nota: 
A imagem sobre caçadores-coletores há pelo menos 50.000 anos. 
 
Fonte: Fundação Museu do Homem Americano, 2013. 
Nesta imagem, o contexto, a ocorrência de doenças era explicada pela crença 
de forças sobrenaturais. 
Ao longo da história, os modelos de explicação da saúde e da doença sempre 
estiveram vinculados aos diferentes processos de produção e reprodução das 
sociedades humanas. Desde a visão mágica dos caçadores-coletores até a 
perspectiva individualizante do capitalismo concorrencial, a diversidade de 
práticas que procuram promover, manter ou recuperar a saúde tem estreita 
relação com as formações sociais e econômicas, os significados atribuídos e o 
conhecimento disponível em cada época(SCLIAR, 2007) . 
No que nos remete a Grécia Antiga, refletia um antagonismo ancestral entre as 
duas filhas do deus Asclépio: Panacéia e Higéia. Panacéia era a padroeira da 
medicina curativa, prática terapêutica na intervenção sobre os doentes, através 
de preces e uso de pharmakon (medicamentos). Sua irmã Higéia, era adorada 
por aqueles que consideravam a saúde como resultante da interação entre o 
homem e o meio ambiente, e buscavam promove-la por meio de ações 
preventivas. Iniciando o pensamento sobre a medicina individual e a medicina 
coletiva (ROUQUAYROL, 2007). 
Atualmente, a epidemiologia é o eixo da Saúde Pública, o modelo 
epidemiológico da tríade causal considera os agentes, o ambiente e os seres 
humanos como categorias de um mesmo nível do mundo natural, no que se 
refere à determinação das doenças. As ações de saúde devem ser capazes de 
identificar o elo mais fraco da tríade e atuar especificamente sobre ele 
(ROUQUAYROL, 20207). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz. Educação Profissional e Docência em 
Saúde: a formação e o trabalho do Agente Comunitário em Saúde. Disponível 
em: http://www.epsjv.fiocruz.br 
FUMDHAM – Fundação Museu do Homem Americano. Disponível em: http:// 
www.fumdham.org.br 
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: uma “nova saúde pública” ou 
um campo aberto a novos paradigmas? Rev. Saúde Pública. 1998; 32 (4): 299-
316. 
ROUQUAYROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde – 5 ed. Rio 
de Janeiro: MEDSI, 1999. 
SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Rev. Saúde Coletiva. 2007; 17 (1): 
29-41.

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