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Kaliane Oliveira @ k a l i a n e _ o l i v e i rModelos conceituais em saúde ANTIGUIDADE A doença explicada por fatores sobrenaturais, posteriormente, vinculado ao caráter religioso,colocando os sacerdotes como mediadores da cura. Modelos conceituais em saúde Surgimento da teoria Hipócrita que centrava as causas das doenças em fatores externos ambientais (clima, geografia, alimentação, trabalho excessivo). Explicação místico religioso (castigo) e a cura é buscada em poderes miraculosos (relíquias, amuletos, água benta, exorcismo).IDADE MÉDIA GRÉCIA ANTIGA Surgimento da teoria miasmática, cuja explicação da doença estava nas partículas invisíveis, os miasmas. A origem das doenças situava-se na má qualidade do ar e surge também a teoria social da Medicina que buscava a explicação da doença com base nas condições de vida e trabalho. O conceito de doença centrado na procura da causa em um agente casual de origem bacteriológica PERÍODO DO RENASCIMENTO SÉCULO XIX A teoria unicausal da doença torna-se insuficiente e abre espaço para a formulação de explicações multicausais de caratér biologista, numa concepção reducionista do social. SÉCULO XX MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL DA DOENÇA Não nega a atenção individual quando necessária, mas ela é contextualizada numa relação entre cidadãos. O médico deve promover a saúde, prevenir doenças e restabelecer o doente e reabitá-lo. Promover a saúde é ter condições de vida, trabalho, educação, cultura, física, distração e descanso. O Estado deve promover a saúde e combater e tratar a doença, para todos, ou seja, saúde: direito de todos, dever do Estado. PROMOÇÃO DA SAÚDE O foco central é a prevenção da saúde que implica em uma abordagem mais ampla da questão da saúde na sociedade, considerando as condições de vida e de moradia e dirigindo um olhar coletivo em todas as dimensões: física, social, política, econômica e cultural. Nega a saúde pública, a saúde mental e as ciências sociais e não considera científicos e válidos outros modelos de saúde Kaliane Oliveira @ k a l i a n e _ o l i v e i r Positivismo: tem verdade científica; Fragmentação/Especialização: ensino com ênfase na anatomia, estudando segmentos do humano, dando origem às múltiplas especialidades médicas; Mecanismo: considera o corpo humano como máquina; Biologicismo: as doenças são causadas sempre por um agente causal (biológico, físico, químico); Tecnificação: centraliza os processos de diagnóstico e cura nos procedimentos e equipamentos tecnológicos; Individualismo: focaliza no individuo, negando os grupos sociais e a comunidade; Curativismo: dá ênfase à cura das doenças, em detrimento da promoção da saúde e da prevenção de doenças. Hospitalocêntrico: o melhor ambiente para tratar as doenças é o hospital, porque tem todos os exames acessíveis e se administra medicamentos nas horas certas. Características do modelo Modelo biomédico Modelo flexneriano, porque Flexner foi quem centralizou uma pesquisa nos EUA, em 1910, concluindo que o bom modelo de ensino de medicina deveria ser o da Rockefeller Foundation. Origem no modelo capitalista norte-americano Posição autoritária, unidisciplinar e com intenso uso do aparato que lucra com a doença: hospitais, exames, remédios, medicina altamente especializada - complexo médico-industrial. Modelo biomédico Kaliane Oliveira @ k a l i a n e _ o l i v e i r Virchow e Neumann elaboraram a lei da saúde pública da Prússia (1848): compete ao Estado a responsabilidade sobre a saúde das pessoas. O Estado deve promover a saúde, combater e tratar a doença, para todos. Modelo de determinação social da doença No mundo, as ideias de determinação social foram retomadas por Henry Sigerist (1942) e Georges Canguilhem (1943/1968), mas ficaram restritas na área das ciências sociais, pouco modificado a tendência norte- americana, do modelo unicasual (flexneriano). Não nega a atenção individual quando necessária, mas ela é contextualizada numa relação entre cidadãos. O médico tem quatro grandes tarefas: promover a saúde, prevenir doenças, restabelecer o doente e reabitá-lo. Segundo Virchow, um dos médicos- sociais, as pessoas adoecem e morrem em função do jeito que vivem, e este jeito de viver é terminado social- cultural e economicamente. Origem na Europa, no século XIX, num movimento chamado de Movimento de Medicina Social Promover a saúde é ter condições de vida, trabalho, educação, cultura, física, distração e descanso, chamando políticos, sindicatos, indústrias, educadores e médicos para essa tarefa. Inspirou a construção do SUS Modelo de determinação social da doença Determinação social X Modelo biomédico Kaliane Oliveira @ k a l i a n e _ o l i v e i r Movimento pela Reforma sanitária Determinação social X Modelo biomédico Verdade como processo Valorização da psicologia e do cultural Valorização da atuação multiprofissional/interdisciplinar Valorização da pessoa como um todo Permeabilidade/humanidade Flexibilidade Pensamento crítico Centro de saúde/comunidade Inclui promoção da saúde Educação como relação sujeito-sujeito, na relação médico-paciente Flexibilidade para outras racionalidades médicas Valorização da saúde pública Determinação social Modelo saúde coletiva brasileira Responsabilidade do social Valorização do complexo industrial Provisoriedade - verdade absoluta Valorização da célula e da química Todo poder do médico Valorização do conhecimento fragmentado Onipotência Rigidez Alienação Hospital/indivíduo Só trata o doente Educação como médico-sujeito e o paciente como objeto Fechamento para outras racionalidades Negação da saúde pública Determinação biológica Modelo biomédico/Flexneriano Culpabilização individual Kaliane Oliveira @ k a l i a n e _ o l i v e i r Enfoque fortemente comportamental, expresso por meio de ações de saúde que visão a transformação de hábitos e estilos de vida dos indivíduos, considerando o ambiente familiar, bem como o contexto cultural em que vivem; Enfoque mais amplo de desenvolvimento de políticas públicas e condições favoráveis à saúde, considera fundamental o papel protagonista dos determinantes gerais sobre as condições de saúde, cujo amplo espectro de fatores está diretamente relacionado com a qualidade de vida individual e coletiva. A saúde deve ser entendida como a capacidade para viver a vida de modo autônomo, reflexivo e socialmente responsável, cujo núcleo de intervenção do setor da saúde deve ser em torno dos "serviços e territórios". A promoção da saúde deve incluir o fortalecimento da democracia e a intervenção sobre o ambiente. Promoção da saúde: é feita através de medidas de ordem geral (moradia adequada, escolas, áreas de lazer, alimentação adequada e educação em todos os níveis; Proteção específica: imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal e do lar, proteção contra acidentes, aconselhamento genético, controle de vetores; Diagnóstico precoce: inquérito para descoberta de casos na comunidade, exames periódicos individuais, para detecção precoce de casos, isolamento para evitar a propagação de doenças, tratamento para evitar a progressão da doença; Limitação de incapacidade: evitar futuras complicações e sequelas; Reabilitação: fisioterapia, terapia ocupacional e emprego para o reabilitado. O modelo trata, na verdade, de doença e não de saúde. Os modelos de promoção da saúde oriundos do Canadá, têm em comum a afirmação do social, já que apresentam a determinação do processo saúde-doença, a busca de superação do modelo biomédico e o compromisso de saúde como direito de cidadania. Promoção da saúde Promoção da saúdeO modelo de Leavell e Clark,proposto originalmente para explicar a História Natural da Doença apresenta três níves de prevenção: primário, secundário e terciário. Modelo proposto pela saúde coletiva brasileira e outros oriundos do Canadá
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