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Aula 07 Rebaixamento de Lencol Freatico

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Aula 07
Rebaixamento de Lençol Freático
Prof. Danilo Bernardes Lourenço
Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações
O que é rebaixamento de lençol freático?
Quando fazemos um buraco no chão, o mesmo vai ficar cheio de água até um certo nível. Este é o nível do lençol freático do local. Este é um poço freático.
O rebaixamento do lençol se torna necessário quando desejamos executar uma obra de grande profundidade no terreno. Se o lençol freático for raso, a escavação vai ficar cheia de água e não será possível desenvolver qualquer tipo de trabalho.
Então, instalamos bombas (muitas, se for o caso) que funcionando 24 horas por dia, jogarão para fora toda a água que minar das paredes da escavação. 
Dessa maneira é possível trabalhar no “seco”. 
Esse bombeamento de água de dentro de um buraco para fora é conhecido como Rebaixamento do Lençol Freático.
Efeitos do rebaixamento do lençol freático.
Qualquer rebaixamento do lençol freático deve ser executado com muitos cuidados.
Como é feito?
A maioria dos rebaixamentos é feito empregando-se bombas de grande profundidade que são instaladas em poços de diâmetro relativamente pequenos, coisa do tipo 10 centímetros. É feito uma fileira de bombas, a intervalos regulares, de forma a formar uma espécie de “cortina de bombas”.
Depois de alguns dias, o resultado é algo parecido com o apresentado na figura seguinte:  
Como se pode observar na figura, o lençol freático natural que era horizontal passa para um nível mais baixo com uma curvatura que tem vértice no bocal da bomba. Parte do terreno que antes tinha água passa a não ter. Ao secar, o terreno apresenta uma série de problemas
Deve-se ter em mente que, ao se realizar um rebaixamento do lençol freático, introduzem-se certas alterações nas condições naturais do subsolo. Assim, poderão surgir danos no interior ou no exterior da escavação, quando o rebaixamento é realizado incorretamente.
É preciso observar também se existe o perigo de ruptura hidráulica, por causa da presença de águas artesianas, confinadas entre certos horizontes do subsolo.
Somente após a realização de ensaios preliminares de rebaixamento do lençol freático, pode-se definir quais os métodos a serem empregados.
Problemas observados devido ao rebaixamento do Lençol Freático.
O terreno em volta sofrerá um adensamento e uma perda da capacidade de sustentação;
A morte da vegetação existente nas proximidades, em especial das árvores de porte, que ficarão sem água nas suas raízes;
Afundamento do leito carroçável (piso da rua) provocando desastres com veículos e pessoas;
Rompimento de tubulação de concessionárias (rede de esgoto, rede de água, rede de águas pluviais, redes de gás, rede de telefonia, rede de TV a cabo, etc.);
Recalques diferenciais (afundamento parcial) de casas e sobrados;
Rachaduras nas paredes das casas e sobrados;
Afundamento e trincas em pisos das casas;
Queda de muros, de jardineiras e de guaritas de condomínio.
Elementos estruturais apoiados diretamente no solo, como piso cimentado, baldrame, sapata e outros como jardim, guarita, churrasqueira, piscina, etc. poderão afundar devido ao ressecamento do terreno. Edificações de pequeno porte apoiadas sobre fundações diretas rasas também poderão sofrer recalques diferencias com o surgimento de muitas trincas ou mesmo vindo a desmoronar. 
Em regiões em que há desníveis do terreno como terrenos inclinados, em aclive ou declive e particularmente em regiões baixas próximas a rios e córregos, o rebaixamento pode assumir proporções catastróficas inclusive com casas afundamento para dentro do terreno.
Os efeitos danosos do rebaixamento do lençol freático se faz sentir em todos os lados da obra. 
 Efeitos à jusante, isto é, no lado de baixo da obra devido ao rebaixamento do lençol freático:
 Efeitos à ,montante, isto é, no lado de cima da obra devido ao rebaixamento do lençol freático:
Campos de Aplicação de vários métodos de rebaixamento.
 Os limites de eficiência desses métodos de drenagem são definidos de forma aproximada, porque existem casos em que há duas alternativas a se considerarem, podendo-se optar pela mais econômica ou pela mais facilmente exequível, devido ao equipamento disponível.
Esquema de métodos de rebaixamento usados em função das curvas granulométricas dos materiais.
Faixas de aplicação dos diferentes métodos em função do coeficiente de permeabilidade (K).

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