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Sociologia – 2° Bimestre Modo de Produção Asiático Relembrando: O modo de produção permite compreender a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. Podemos utilizar uma fórmula simplificada, entendendo tratar-se de um recurso meramente didático: Modo de produção = forças produtivas + relações de produção. A história humana pode ser dividida em períodos relativamente longos de acordo com a estrutura do modo de produção: Comunidade Primitiva; Modo de produção asiático; Escravidão Clássica; Feudalismo; Capitalismo. Na teoria marxista, o modo de produção comunista deverá substituir o capitalismo, mediado por um período de transição, o Socialismo, entendendo que esta substituição não se dará de maneira natural, mas como resultado da intervenção revolucionária consciente dos homens Modo de Produção Modo de Produção Asiático É o modo como se estruturava a economia e a produção de bens nos primeiros estados surgidos no Oriente, como por exemplo Índia, China e Egito. Aparece em Marx como uma evolução sócio-cultural das formas tribais sedentárias e semi- sedentárias. A época em que teve início a história das civilizações é conhecida como “idade antiga” que tem início aproximadamente 4000 a.c. e vai até 476 com a queda do império romano. Os primeiros estados que se tem notícia surgiram em áreas localizadas próximas a grandes rios, que vai do nordeste da áfrica até o golfo pérsico, concentrados próximos aos rios Nilo, Tigre e Eufrates, região conhecida como crescente fértil. Pelo motivo das terras se localizarem próximas a grandes rios, foi desenvolvida a agricultura com base na irrigação (cheias e vazantes, no rio Nilo, canais (Mesopotâmia). A agricultura, que fez o homem abandonar o nomadismo, continuava sendo a mola propulsora de todas as comunidades mais avançadas que iam surgindo, mas agora, quem era responsável pelo cultivo eram comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam sob um regime de Todas as terras pertenciam ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam do excedente agrícola, dividindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Esse cenário caracterizava um estado centralizador, onde reis ou imperadores eram venerados como verdadeiros deuses, e por isso mesmo, tinham o poder de controlar a produção de alimentos, favorecendo ou não o seu povo, mediante Nos períodos entre-safras, era comum o deslocamento de grandes levas de servos e escravos que iriam trabalhar nas imensas obras públicas, especialmente canais de irrigação e monumentos. Despotismo Oriental Principais características: Formação de grandes comunidades agrícolas ; Apropriação do excedente de produção, tornando estas civilizações as primeiras sociedades estratificadas, ou sociedades de classe. O ser humano completava assim, um ciclo, de indivíduo nômade, coletor a membro de uma sociedade de classes. Sociedade do Antigo Egito Faraó/ Família real Sacerdotes Militares Escribas Felás Escravos Sociedade: Estamental (sem mobilidade) Critério de divisão: nascimento/religião . Justificativa religiosa da visão de mundo. A partir daí, predominaria um modelo de servidão... Onde de um lado ficavam os exploradores, e do outro, os explorados. A servidão coletiva era o modo de pagamento ao rei, imperador ou faraó pela utilização das terras. Em razão de um Estado teísta, forte, despótico e centralizado toda a comunidade era levada a obedecer a esses grandes deuses que a governava. Eles acreditavam que esse grande deus controlava, inclusive, os destinos da própria Natureza. Dessa forma, observamos nesse momento também a criação de mecanismos de dominação ideológica, além de uma mera preocupação com o controle sobre a Natureza. O fim do modo de produção asiático O progressivo desenvolvimento da propriedade privada, quando os dirigentes estatais passaram a se apropriar, de forma particular, das propriedades estatais, dos bens produzidos pela sociedade, obtidos através do comércio ou da guerra; O crescimento do comércio e da escravidão; O alto custo de manutenção dos setores improdutivos; A rebelião dos escravos. Apesar da diferença de séculos entre as várias civilizações antigas que se desenvolveram do Norte da África ao Extremo Oriente, pode-se afirmar com segurança que todas estas nações dividiram muito dos conceitos aqui abordados e que receberam coletivamente o nome de modo de produção asiático. Da Etiópia, Sudão, Egito Antigo, passando pela Suméria, Babilônia, Assíria, antigas civilizações do vale do Indo e chegando até à China Histórica, os modelos se repente em uma coincidência impressionante, com monarcas fortes, apoiados por uma nobreza que se beneficiava do poder do chefe de estado, e de um grupo militar e clero que reforçavam a exploração do grupo no poder em relação à população que era visivelmente explorada.
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